Life Is Weird escrita por Lifeisweird


Capítulo 2
Vida no meio da morte


Notas iniciais do capítulo

Olá! Como prometido aqui está um capítulo mais longo! Tive algumas ideias novas e elas deram uma mudada no rumo que esse capítulo ia tomar, mas não se preocupem, é pelo bem do que vem a frente. Sabem como é, pra chegar no topo você vai aos poucos. Boa leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/674196/chapter/2

Muita sorte a nossa a pista estar completamente vazia, só o nosso carro podia ser visto há vários metros a nossa frente, porque a Chloe realmente estava indo rápido. Ela mantinha o olhar tão fixado a frente dela que eu estava vendo a hora de abrir um buraco no asfalto. O clima ali dentro estava começando a se transformar novamente, parecia que estávamos indo atrás de uma outra aventura. O que não era exatamente verdade, porém, qualquer mentira que podemos contar agora para nós mesmas para tirar os pensamentos ruins, são válidas.

Eu e ela ainda estávamos processando toda a dor, mas infelizmente – ou felizmente – teríamos que deixar nossos sentimentos de lado, já que tínhamos algo tão grande a nossa frente. Precisamos ajudar qualquer um que víssemos, de totais desconhecidos até as pessoas mais próximas nossas, cada vida vale.

— Você acha que muitos sobreviveram? – Chloe me pergunta, me pegando de surpresa. Nosso pacto silencioso foi quebrado. Nem eu e ela estávamos com vontade de tocar nesse assunto, entretanto eu entendo. Não podemos simplesmente chegar lá sem ter um plano, precisamos saber nossos passos, somente assim conseguiremos fazer as coisas funcionarem.

— Eu... Espero que sim, mas não tem como termos certeza, o tornado... – Não terminei a frase porque não era necessário. Tinha medo de colocar ambas as nossas esperanças no alto para no final serem massacradas quando chegarmos em Arcadia Bay. Solto um longo suspiro, levando uma mão ao meu rosto. Pensar demais está me dando uma dor de cabeça, justo agora, boa mad max.

— Tem lugares que essa gerigonça não vai poder passar, a não ser que queira estourar os pneus e me ajudar a empurrar ele, esteja pronta para um parkour pela cidade – Isso é verdade, não havia parado pra pensar nisso. Se encontrarmos alguém ferido como levaremos essa pessoa para um lugar seguro? Bem, pra tudo se tem um jeito.

— Só não estacione em um lugar errado de novo, você já coleciona muitas multas – Falo num tom de brincadeira, levantando um pouco mais nossos espíritos. Sei que tanto a Joyce quanto o William sempre foram extremamente responsáveis, mas eles também tinham suas multas aqui ou ali, acho que é uma coisa da família Price.

— Você já tá sabendo demais pra quem está comigo só há uma semana hippie — Chloe me dá um pequeno empurrão com a mão e seu tom irônico faz eu e ela soltarmos uma risada. E da mesma maneira que o clima ficou leve, começou a ficar pesado novamente. Pelo canto do olho consigo ver o sorriso no rosto dela ir caindo. O que leva meu coração junto.

— De qualquer forma... Vamos primeiro passar nos locais que conhecemos – Somente aceno com a cabeça, concordando com ela, mesmo que ela não possa ver. Tem suas vantagens porque já conheceremos essas partes da cidade, mesmo que quase tudo tenha ido pro chão, isso nos dá uma dica de onde procurar por sobreviventes.

Começo a ver ao longe a cidade e meu estômago se revira. Não consigo imaginar como eu e ela iriamos conseguir simplesmente deixar tudo isso para trás. Nessas horas eu gostaria de ter um saco pra colocar a cabeça para esconder a vergonha, ou o capacete do Darth Vader – que pelo menos me deixaria mais legal - mas qualquer um dos dois funcionaria.

Sinto outra pontada no canto da minha cabeça. Perfeito. Além da dor emocional ainda vou ter que aguentar essa física. Se bem que até mereço, não fui uma das melhores pessoas nos últimos tempos, estragando mais do que consertando. Pois é Max, papai noel não vai te fazer uma visita esse ano.

Tive que ser forte para não fechar aos olhos quando finalmente entramos na cidade, parecia que tinha sido obra de uma bomba, não de um tornado. Construções aos pedaços no chão, carros capotados, morte. Sentia-me como se estivesse dentro uma obra, the Walking Dead ou Silent Hill, você quem escolhe.               

O Two Whales era próximo da saída da cidade, então não demoramos para chegar até ele e consequentemente, chegar onde a desgraça realmente foi feita. Chloe estacionou o carro, todo torto como é de se esperar, porém não é como se isso fosse fazer diferença uma hora dessas.

 Eu e ela nos olhamos. Tava meio que acontecendo um debate entre nossos olhares sobre quem sairia primeiro, sei que nenhuma de nós duas estava a fim de ganhar isso. Chloe ergue uma sobrancelha e eu respiro fundo. Afinal, fui eu mesma que fiz a desgraça, nada mais justo que eu encará-la. Abri a porta do carro e saí dele, fechando logo em seguida. Minhas mãos estavam tremendo.

 - Vamos juntas até o Two Whales, a partir dele cada uma vai pra uma direção okay? Só não podemos ficar totalmente fora da visão uma da outra, grite por meu nome se precisar – Minha melhor amiga fala ao sair do carro. Eu sabia o porquê dela querer nos separar por um tempo, isso aqui está sendo mais difícil pra ela do que pra mim, claro que ela vai querer um tempo e da forma que eu conheço ela, se ela quebrar, não vai querer que seja na frente de ninguém, nem mesmo de mim. Porque mais que eu não queira isso, eu tenho que respeitar, devo isso a ela.

 - De todas as coisas que eu não esperava encontrar aqui, animais estavam perto do topo da minha lista – Comento enquanto passamos por um coelho que se permitem-me dizer, eu não faço a mínima ideia de como veio parar aqui. Ver animais só me entristecia ainda mais, dói ver algo inocente no meio de tanta destruição sem nem fazer ideia do que houve.

 - Antes de ser uma cidade era só natureza, a casa deles não? Se algum merda tentasse roubar a minha casa eu também pegaria ela de volta na primeira oportunidade – Olhávamos dentro dos carros, toda vez criando uma expectativa e vendo ela morrer diante dos nossos olhos.

 Estávamos a poucos metros do two Whales quando vejo pelo canto do olho algo rosa. Parei no mesmo instante. Demorei uns segundos para processar a informação que tinha chegado ao meu cérebro antes de virar o meu rosto. Cabelo rosa, um corpo. Alyssa.

—Chloe... Chloe! Aqui! Acho que encontrei alguém! – Falei um tanto desesperada, nem parei pra ver se ela estava me seguindo quando parti numa pequena corrida para me aproximar o mais rápido possível. Só podia ser ela e ela precisa estar viva. Minha respiração ficou ofegante ao chegar, coração a mil. Não estava cansada, a adrenalina que estava muito alta.

 - Max! Me ajuda a levantar isso aqui – Chloe chegou poucos segundos depois que eu, partindo no mesmo instante na direção de pedaços de madeira que cobriam parte do corpo dela e retirando-os o mais rápido que podia. Eu fiquei parada. Eu parecia dormente. Aquilo ali era sangue?

 - Max! Anda! Você está me ouvindo? Você precisa me ajudar! – Chloe gritou me tirando daquele transe. No mesmo instante coloco minhas mãos pra trabalhar, no entanto a punk já havia feito a maior parte do trabalho. Assim que retiramos tudo nos ajoelhamos no chão, ela estava de bruços.

Eu e ela começamos a virar o corpo, com o maior cuidado que podíamos e era exatamente o que eu pensava. Alyssa, com um pedaço de madeira encrustado em seu estômago, roupa coberta de sangue, olhar fixo no horizonte. Morta. Se eu tinha alguma expressão no meu rosto, era a mesma que a Price tinha naquele momento. Desolação pura. Coloquei minhas mãos sobre minha boca na mesma hora que solucei. Isso era culpa minha.

 — Max eu... Eu sinto muito – Chloe colocou novamente o corpo dela ao chão, com delicadeza, respeito mesmo após a morte. Momentos depois sinto braços ao meu redor, uma mão confortante no meu cabelo.

 - Eu a ajudei tantas vezes... Na minha cabeça eu estava salvando-a, me sentia como uma heroína – Retribuí o abraço dela, precisava nada mais do que uma âncora nesse momento e não há ninguém melhor do que ela – E no final, no momento que mais importa, eu falho, eu, eu que fiz isso. Me desculpa Alyssa – Será que seria sempre assim? Toda vez eu vou chorar quando ver a minha própria destruição? Eu não sabia dizer se era forte o suficiente para aguentar isso, talvez no fundo eu realmente era uma covarde. Talvez eu tivesse nos deixado ir embora.

 - Max, Max olha pra mim – Ela se solta de mim para segurar em meus ombros, forçando o olhar dela sobre o meu – Você não tem culpa, okay? Não foi você que fez aquele maldito furacão, não foi você que matou ela. Você é tão vítima dessa situação quanto qualquer outro, você não pediu pra que essas coisas acontecessem, não temos controle sobre tudo – Abaixo o meu olhar, em dúvida se acreditava nela ou em minha própria consciência, no entanto como até agora provei ser uma pessoa desastrosa, por hora acreditaria no que ela me disse – Então, vamos, levanta, vamos continuar a vasculhar esse lugar, pode ter alguém precisando de nossa ajuda nesse exato momento.

  - Mas e ela? Não podemos simples... – Começo a falar, mas sou cortada.

  - Nós voltaremos, eu prometo, não podemos fazer nada por ela agora, porém por outras pessoas aqui pode ser que sim – Com a ajuda dela eu me levanto, enquanto volto meu olhar para o corpo ao nosso lado.

   - Pode me dar só um minuto... – Pergunto já sabendo a resposta. Sinto que é a minha responsabilidade me despedir. Chloe busca meu meus olhos com os preocupados dela, para ter certeza e ao vê-los, aperta de leve meu ombro, antes de sair em silêncio em direção ao Two Whales. Me volto imediatamente para a Alyssa, fechando os olhos dela, que ela ao menos descanse em paz. Olho ao redor procurando por algo e vejo uma árvore caída, junto com suas flores. Vou até lá, retirando uma delas e trazendo até a Alyssa. Não chega nem aos pés do que é um enterro, entretanto, era o que eu podia fazer por hora.

  Secando as lágrimas e me prometendo tentar se forte eu vou até a Chloe, ela estava olhando ao redor do Two Whales. Ele não estava totalmente ao chão - o que me impressionou - mas com certeza não tinha nenhuma passagem para dentro dele.

  - Ela deve ter saído, não é Max? Ela não, ela não ficaria aqui para... – Chloe estava cada vez ficando mais desesperada, andando frenética ao redor do restaurante tentando achar uma passagem. E é aí que me lembro de algo, gasolina, fogo, em um outro momento eu tinha visto esse lugar em chamas. Comecei a me desesperar de novo, mas não, não podia. Calma Maxine, você sabe como uma mudança só traz milhares de consequência, talvez... Isso também tenho mudado ou, quem sabe... Quem eu estava tentando enganar? A Chloe ou eu mesma? A madeira que outrora era marrom agora em muitos lugares parecia com carvão. Eu não podia omitir esse fato, eu preciso contar pra ela. Como eu digo que a mãe dela estava lá? Como eu digo que ela, o Frank, Pompidou e até mesmo o Warren uma hora dessas estão soterrados? Minha dor de cabeça estava ficando cada vez mais forte, me sentia enjoada, meus sentimentos só podem estar afetando o meu corpo. Antes mesmo que eu soubesse o que estava acontecendo comigo e criasse coragem pra ser sincera com a Chloe eu ouço uma voz. Tenho certeza que eu não falei nada e tenho certeza que a boca da Chloe não se mexeu. Okay, tô certamente delirando ou-

 -Max! MAX! Me ajuda! Por favor! – Meus olhos se arregalaram no mesmo instante e virei 180 graus na direção da voz. Eu andava entre os carros, olhando para todos os lados? Meu Deus, onde que ela estava? Chloe sendo mais rápida do que eu, já estava na minha frente.

 -Você também ouviu isso Max? – Ela parecia estar tão eufórica quanto eu.

  - Com certeza eu ouvi. Kate?! Onde você está? – Gritei em resposta, ainda fazendo meu ziguezague por entre aqueles veículos abandonados.

  - Bem aqui! – Ouvi do meu lado esquerdo e na mesma hora me abaixei. A Kate estava no chão, com um carro capotado em cima de uma das pernas. Além disso por alguma sorte do destino ela não apresentava machucados tão sérios como esse, só alguns arranhões e cortes até onde eu podia ver. Porém o mais importante é que ela sobreviveu, que ela está aqui, viva.  

 -Meu Deus Kate... Você, sobreviveu, mas como? – Estava incrédula, eu esperava encontrar mais pessoas nas partes afastadas dessa parte da cidade, porque aqui fui logo a área mais afetada, eu infelizmente pude ver – Você acha que nós duas conseguimos levantar isso? – Digo para a Chloe, acenando em direção ao carro com minha cabeça.

 - Não tenho certeza, mas podemos tentar, vem, vamos provar pra ele quem é realmente feito de ferro – E eu tenho que dizer que, definitivamente não era eu e a Chloe que éramos feitas ferro. Porém, depois com um pouco de suor conseguimos. Na mesma hora ajudamos a Kate a se sentar. Eu estava a todo segundo com medo de perder ela também, parecia tão fraca.

 - Eu não sei o que aconteceu, foi tudo tão de repente... Eu tentei sair da cidade e... – Ela estava com várias lágrimas ameaçando escorrer.

 - Ei, fica calma, você tá bem agora, o que você menos precisa é gastar o resto de energia que tem – Kate no mesmo instante esboça um pequeno sorriso de gratidão e se encosta no carro. Chloe foi ver se conseguia encontrar algo para cobrir a Kate, o sol dessa manhã ainda não tinha sido o bastante para secar a Kate da chuva do dia anterior.

 Chloe encontrou um cobertor em alguns dos carros, o que foi uma benção pra a nossa primeira sobrevivente. Apesar de tudo o que eu sei sobre medicina eu aprendi com seguidas maratonas de House, tinha quase certeza que estava tudo bem com a perna da Kate, entretanto os hematomas não iam sumir nem tão cedo, pelo menos ela conseguiria ficar de pé.

— Precisamos de comida – Ou melhor, a Kate precisa. Porém, onde encontraríamos no mesmo desses destroços?

— Se conseguirmos entrar no Two Whales pode ser que algo tenha sido salvo, e quem sabe também... – A voz da Chloe foi sumindo aos poucos e assim, ela também se senta e se encosta contra o carro, fechando os olhos com força. Eu sabia e tinha sido inocente em pensar que ela não. Era óbvio. Quem sobreviveria àquela explosão? Ela não é cega pra não ver os desastres que o fogo fez.

 - Blackwell – Levo um susto, voltando minha atenção para a Kate, assim como a Chloe.

— Ninguém liga pra Blackwell – Chloe falou com desdém, eu até repreenderia a atitude dela se fosse outra situação, mas ela tem todo o direito de estar se sentindo assim. Ela só não está aos prantos porque ainda tem esperança, mesmo que mínima. Meu coração começa a se apertar porque eu sei o que vai acontecer daqui uns momentos, mas eu vou estar aqui pra ela, sempre, do mesmo jeito que ela está comigo. E mesmo que a culpa e saudade me consuma sabendo das pessoas também queridas pra mim dentro daquele lugar, dessa vez eu seria a mais forte, por ela.

 - Quando... Quando notaram o que estava começando a acontecer, as pessoas começaram a se organizar pra sair daqui. Vocês sabem que a escola é um pouco afastada, então... – Dessa vez eu corto a fala dela. Tenho que parar com isso, tá virando vício.

  - Então com certeza conseguiram se preparar pra conseguir escapar... Chloe, sabe o que isso significa? – Meu coração encheu de esperança de um momento para o outro, tudo não estava realmente perdido, a cidade não foi cem por cento condenada.

   Chloe continuava quieta. Olhando para o que outrora era o restaurante que sua mãe trabalhava. Ela mexia nas pulseiras em seu braço, como se nem tivesse ouvido a grande revelação. Ela abaixou o olhar e foi nessa hora que eu fui até o lado dela.

   Passei um braço por seus ombros e o rosto dela some em meu pescoço, e é nele que eu sinto as lágrimas. Não foram alguns simples segundos e poucos minutos que eu fiquei ali ao lado dela. Dando apoio, me desculpando, conseguindo só graças sabe-se lá qual força superior não chorar. Kate em respeito ficou calada o tempo inteiro, somente segurando a cruz em seu pescoço, parecia fazer uma oração.

  Chloe perdeu o seu pai, e agora, a mãe. Joyce era uma pessoa incrível e não merecia esse destino. Por que isso tinha que acontecer? Eu não sei, do mesmo jeito que eu não sabia como tinha conseguido meus poderes, do mesmo jeito que não sei porquê a Rachel morreu também por um motivo tão estúpido e até mesmo o motivo pelo qual um artista vira um fotógrafo insano. Agora a única coisa que eu posso fazer, é tentar fazer o meu melhor, mesmo que seja pouco, mesmo que seja nada.

  Do mesmo jeito que a minha melhor amiga tinha começado a chorar, ela se levantou abruptamente, limpando o rosto com as mãos com certa violência.

  - Eu não vou repetir a mesma coisa que anos atrás – Ela se vira para nós, com os punhos cerrados – Tenho o resto da minha vida para sentir pena de mim mesma, podemos deixar isso para depois – Ela vai até a Kate, ajudando-a a se levantar – Max, nós precisamos ir para a Blackwell, agora.

  Eu não sabia o que nos esperava por lá, se muitos conseguiram sair, se realmente chegaram a sair. Toda aquela cidade e seus habitantes eram um mistério, mas pouco a pouco conseguiríamos desconstruí-lo. Levou apenas um segundo para eu me levantar, da mesma forma que também levou um segundo para eu sentir algo escorrendo do meu nariz e mais outro para a dor de cabeça voltar, trazendo consigo a escuridão.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Um cliffhanger é sempre bom, não é? As coisas vão começar a serem colocadas na mesa. Momentos de tensão, haha. Enfim, espero que tenham gostado, se sim, feedback é sempre extremamente apreciado! Espero você no próximo capítulo!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Life Is Weird" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.