As Sombras de Um Amor escrita por karol_kinomoto


Capítulo 4
Tudo pode acontecer


Notas iniciais do capítulo

Voltei galera... Depois de anos-luz sem aparecer. Prometo surpresas agradáveis nesse cap. Um novo personagem aparecerá ;p
Desculpem os erros de português



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Meiling agarrou o braço de Tomoyo e nada delicadamente a puxou para dentro do Ginásio.

 

 

- Olhe como tudo está magnífico. – Meiling disse com olhos brilhando. – Você ainda vai me agradecer por eu ter “gentilmente” te obrigado a vir. – A menina terminou com um sorriso enigmático no rosto.

 

 

Aquele era o primeiro evento do ano da escola, era a oportunidade dos alunos se divertirem no Baile das Flores.

 

 

Rika e os outros membros da comissão se superaram. Buquês de flores frescas foram cortados e colocados em todo o ginásio, o que deu um aspecto majestoso e colorido a escola.

 

 

Tudo parecia representar algum aspecto da natureza. Sejam, as folhas espalhadas pelo chão, sejam os balões azuis no teto que davam a impressão de um céu. E ainda o magnífico e enorme Sol feito de isopor.

 

 

A comissão de decoração fez um trabalho impressionante ao transformar o “sem graça” ginásio da escola em um bonito ginásio.

 

 

Mas ainda assim Tomoyo se questionava do porquê de estar ali, enquanto tentava desvender as expressões de Meiling que literalmente a “forçara” a comparecer a este evento.

 

 

Conferiu o horário em seu relógio de pulso mais uma vez. Meiling dissera que precisava ficar somente até as nove.

 

 

Bem. Já são oito horas. Quer dizer oito e um. Logo só faltam cinqüenta e nove minutos. Tomoyo riu internamente enquanto admirava seu relógio.

 

 

- Você prometeu. – Meiling disse emburrada para Tomoyo. – E rapidamente emendou num tom... Alegre?! – Por favor, tente se divertir. Lembre-se que tudo pode acontecer em um baile.

 

 

A menina apenas queria ver de novo a felicidade estampada nos olhos de Tomoyo, como na época de Sakura. E ela só podia imaginar uma coisa que fizesse aqueles olhos brilharem: o professor Toyua.

 

 

Meiling suspirou. Estava realmente se achando no papel de cúpido.

 

 

Não era novidade para ninguém que Tomoyo tinha um ótimo gosto para roupas. Além de outros talentos, é claro. Mas essa noite ela estava diferente. É claro que por insistência de Meiling.

 

 

Tomoyo trajava um vestido decente, mas não como os que sempre usava. Esse era bem mais curto que os do dia a dia. E ainda mantinha o “ar” de menina

Tomoyo concordou com a cabeça enquanto olhava em volta para seus colegas.

 

 

Alguns deles estavam dançando, outros estavam falando ou comendo.

 

 

Um grupo de meninas estava perto de uma tigela de ponche, ao passo em que trocavam olhares secretos com um grupo de meninos no canto, cada grupo fingindo não estar interessado no que o outro estava fazendo.

 

 

Ela suspirou.

 

 

Ao lembrar-se que ainda teria que passar mais uma hora nesse Festival. Não que estivesse com inveja de seus amigos nem nada. Mas era totalmente desconfortável ver todos os seus amigos e conhecidos encontrarem o “seu” alguém especial e ela não.

 

 

Dessa vez, foi a vez de Meiling suspirar . Pelo menos ela tinha conseguido trazer Tomoyo.

 

 

Agora, onde ele está?” A menina pensava enquanto procurava com os olhos de rubi ao redor do ginásio, mas sua busca foi imediatamente interrompida por um toque em seu ombro.

 

 

- Boa noite, Li-san, Daidouji-san", Hiro Tanaka cumprimentou, seu cabelo caindo nos olhos verdes. - Eu espero não estar muito atrasado.

 

 

-Na hora certa, como de costume, - Meiling respondeu com um sorriso. -Eu estarei com você em breve, dê-me um minuto.

 

 

Ela observou o caminhar de seu acompanhante enquanto o mesmo ia buscar dois copos de ponche. - Ele é tão bonitinho, - ela murmurou sonhadora antes de voltar sua atenção de volta para a amiga. - Agora, Tomoyo-chan...

 

 

- Eu sei, eu sei. Vou tentar me divertir. -Essa era a unica maneira de fazer Meiling largar de seu pé.

 

 

- Certo. Nos vemos mais tarde. – A outra deu um beijo no rosto da amiga e em seguida saiu em direção de Hiro, para que o mesmo não tivesse chance de encontrar um de seus amigos do Time e começassem a conversar sobre algum esporte.

 

 

Oito e sete. Só mais cinqüenta e três minutos.

 

 

Tomoyo procurou um lugar para sentar-se. E perto da pista de dança avistou o enorme sofá branco.

 

 

Nesse momento, ele parecia muito aconchegante. Os saltos, extremamente altos, aos quais a adolescente não estava acostumada a estavam incomodando um pouco.

 

 

Riu ao lembrar-se da noite de meninas que tivera com Meiling no dia anterior. E de algumas partes da conversa que tiveram. Os conselhos sobre homens da amiga.

 

 

“Para você conquistar os homens você precisa ser confiante e elegante. Salto alto ajuda a mulher a ter uma postura mais bonita. Além do mais, se o rapaz for muito mais alto do que a gente, fica melhor para ele nos notar.” Meiling deu uma piscadela para a amiga que preferiu ignorar.

 

 

Ela se sentou no sofá branco, ajeitando delicadamente o vestido curto que vestia. Era um vestido antigo, mas ela mesma o tinha feito, nunca tivera coragem de vesti-lo, pois achava que não combinaria com seu estilo. Pelo menos até ontem, antes de Meiling o encontrar.

 

 

 

“Eu escolherei a roupa pra você ir ao Festival amanhã. – Meiling dizia enquanto procurava um bom vestido para a amiga, ou melhor, para fazer certo professor abrir os olhos e ver o que estava perdendo. – Esse não. – a menina separava os vestidos no enorme closet. – Longo Demais. Sério demais. – Ela revirava tudo determinada enquanto Tomoyo sorria com a empolgação da menina. – Esse eu gostei. E sem protestos Dona Tomoyo. Eu escolho o seu e você o meu. Esse é o trato.

 

 

Era impossível argumentar com a amiga quando ela estava tão determinada. Nem lembrava o quanto era divertido provar roupas e escolher acessórios. Sempre gostara de fazer isso com Sakura. Mas tinha que admitir que Meiling era muito mais animada para essas coisas.

 

 

Passaram a tarde toda de hoje, também se arrumando.

 

 

Mas no final de contas não sabia pra quê de tanto trabalho.Não tinha quem impressionar. Como Meiling tinha Hiro.

 

 

- Daidouji-san? – Uma voz timida se aproximou dela. – Você gostaria de dançar? – Ele perguntou, deixando claro o nervosismo em seu tom, ao prestar mais atenção em seus próprios sapatos do que na menina.

 

 

- Muito obrigada pelo convite, mas eu não estou me sentindo muito bem. – Pode perceber a decepção na voz do menino. Então lhe sorriu de forma polida, mas também de cabeça abaixada e completou. – Mais tarde, pode ser?

 

 

- Claro. Eu não vou me esquecer. Espero que você não esqueça.

 

 

Ela apenas confirmou com a cabeça. Nem se dando ao trabalho de prestar atenção no rapaz. Estava mais preocupada em constatar que já eram oito horas e vinte minutos.

 

*~*~*~*

 

Do outro lado do ginásio, certo professor esforçava-se para conseguir vigiar todos os estudantes. Touya estava pensando nos contras de ser o mais novo professor da escola.

 

 

Ter que vir a esses Festivais era muito bom em sua época de estudante. Quando ele quem procurava diversão. Não agora que ele era o “empata diversão”.

 

 

Ele pegou um copo de ponche e constatou que também era ruim o suficiente para rivalizar com o café da Reunião dos Pais.

 

 

- Uma escola com um orçamento invejável para projetos de arte e tecnologia podia pelo menos oferecer uma bebida mais decente. – Toyua pensou enquanto bebia aquele ponche horrível.

 

 

Provavelmente aquele gosto horrível permaneceria por um bom tempo. Ele estava cansado de ficar atrás de alunos. Mas ao menos a música era agradável.

 

 

A banda contratada pela comissão era realmente muito boa. Sendo composta por um grupo de estudantes universitários. Apesar de não terem uma presença marcante de palco, e terem instalações realmente simples, a banda surpreendeu pelo talento.

 

 

As musicas românticas começaram a ser tocadas. E aquele era um sinal de que era a hora do Professor voltar a fazer as rondas, para assim evitar que os alunos ficassem se “pegando” pelos cantos.

 

 

Na opinião de Touya aquilo não era necessário, fazia parte do crescimento dos adolescentes descobrirem a vida. Mas se o seu trabalho era ser “empata” então teria que cumpri-lo.

 

 

Ele deixou seu ponche numa mesa e começou a andar pelo ginásio da escola, procurando por algum tipo de comportamento inadequado.

 

 

Pelo menos foi o que a direção do colégio pediu para ele fazer. Mas esse era um dos impasses que ele tinha que lidar. Por que o que seria considerado inadequado? Beijos? Ele não atrapalharia nenhum, do tanto que não fosse Sakura e Li.

 

 

Andando mais um pouco Touya avistou o “casalzinho”. Eca. Se ele tivesse uma boa desculpa para separá-los... Mas infelizmente eles estavam apenas de mãos dadas.

 

 

Olhou para outra direção e se deparou com uma menina sentada no sofá branco, perto da pista de dança.

 

 

Eu não esperava que ela viesse.”


 

Pelo visto ele tinha encontrado alguém que não parecia estar se divertindo. Já que ela estava sentada, sozinha, e olhando a cada dois segundos para o relógio de pulos.

 

 

Ela estaria esperando alguém?”


 

Um garoto se aproximou dela, mas ela balançou a cabeça e disse algo educadamente, forçando um sorriso. O jovem saiu de perto da menina com uma expressão desajeitada.

 

 

Touya tivera a impressão de já ter visto o rapaz antes. Mas pensou que fosse um de seus inúmeros alunos.

 

 

E o sorriso desapareceu do rosto de Tomoyo.

 

 

E mais uma vez ele sentiu uma necessidade de cuidar dela.

 

 

Ela andava tão triste ultimamente. O que acontecera com a adorável garota que sempre andava com uma câmera de vídeo?

 

 

E quem sabe aquilo era parte do problema dela. Talvez, porque as pessoas só a conseguiam a ver dessa forma. Nunca de outro jeito. Toyua sentiu-se culpado, por também pensar assim. A final, Tomoyo estava passando por mudanças por causa da idade.

 

 

Páre de se preoucupar com todo mundo.”  Yuki disse naquela noite de Natal.

 

 

Mas ele não podia evitar. Ele precisava saber que era útil para alguém. Que alguém precisava dele. Ressentia-se, as vezes, pelo fato de que Sakura não precisava mais dele, nem Yukito.

 

 

Mas talvez ali. Naquela menina de lindos olhos violetas.

 

 

Ele encontrasse alguém que precisaria dele.

 

 

Ele parou alguns metros perto dela. E lembrou-se das palavras de Sonomi pedindo para ele cuidar de sua filha.

 

*~*~*~*

 

Tomoyo começou a pensar na possibilidade de ir embora. Ou de ter trazido um livro. Mas isso iria contra as ordens de Meiling sobre ela se divertir.

 

 

A menina vez ou outra observava Sakura e Syaoran, que já haviam ido cumprimentá-la, mesmo que por insistência de Meiling, já que eles com certeza nem se lembrariam dela.

 

 

Meiling estava se divertindo tanto que talvez nem percebesse que Tomoyo tinha ido embora. Pelo menos era assim que Tomoyo pensava.

 

 

Doce engano.

 

 

Pensando nessa possibilidade de ir embora, a menina nem percebeu o movimento de uma sombra que vinha em sua direção. E surpreendeu-se, portanto quando se deparou com Touya.

 

 

- Boa Noite, Senhorita Daidouji. – Ele a cumprimentou com toda a formalidade possível, fazendo ainda uma reverência exagerada.

 

 

- Boa noite, sensei. – Ela disse ao passo que sentia seu coração bater um pouco mais.

 

 

“Era totalmente errado e desconcertante um homem ser tão lindo como ele.” Tomoyo pensou.

 

 

Mesmo que ainda vestisse as mesmas roupas que usava para dar aulas, ela não soube explicar o porquê de aquela gravata verde listrada combinar tanto com a camisa branca e o cabelo escuro um pouco desarrumado, que caiam encantadoramente sobre seus olhos castanhos, e por conseqüência lhe faziam parecer essa noite ainda mais jovial. Algo estava diferente.

 

 

Ele notou o acento vazio ao lado dela. – Importa-se se eu me sentar um pouco? Eu estou em pé há muito tempo.

 

 

Ela balançou a cabeça tentanto disfarçar o seu olhar de adolescente apaixonada. E finalmente ela se deu conta do que estava faltando: - Aonde está seu óculos?

 

 

Ele puxou de dentro do bolso da calça a caixa aonde guardava seu óculos. – Eu odeio ter que usá-lo, mas devo admitir que são “irritantemente” necessários para a leitura. – Ele balançou a cabeça e riu. – Coisa de nerd.

 

 

- Eles não são tão ruins. Eu acho, na verdade, que eles fazem você parecer – Inteligente, lindo, sexy – respeitável.

 

 

Touya levou uma das mãos em direção de seu coração e brincou. – Meu Deus, isso me fez sentir um velho. Respeitável é um termo usado para uma pessoa muito mais velha. Aposto que da próxima vez você estará me apontando meus cabelos grisalhos.

 

 

Perto dele era sempre assim. Conversa fácil. Impossível não rir ou se divertir.

 

 

Com ele por perto tudo ao redor parecia mais alegre, era mais gostoso de viver. Ele despertava um lado em Tomoyo que nem ela mesma conhecia. Um lado brincalhão. – Sabe, agora que você mencionou, acho que estou vendo alguns fios... – Ela gargalhou da expressão de pânico dele, antes de perceber que ela estava apenas brincando.

 

 

- Isso não foi engraçado. - Ele repreendeu-a, em tom de brincadeira.

 

 

Touya se viu surpreendido por perceber quão bom era vê-la sorrir, ouvi-la rir. O jeito triste e cabisbaixo em que ela se encontrava há alguns minutos parecia ter desaparecido de vez.

 

 

Havia luz em seus olhos novamente, e ela era tão... Tão... - Então, porque uma menina bonita como você está sentada aqui sozinha? - perguntou ele, observando os trajes da menina.

 

 

Ela lutou contra a vermelhidão que ameaçava se espalhar por seu rosto. Foi bom saber que ele a achava bonita, mesmo que para ser apenas educado. - Eu não sou do tipo que dança -, ela respondeu, - mas Meiling-chan disse que eu tinha que vir e ouvir ao menos a banda. - Meiling tinha sido tão insistente para que  Tomoyo viesse ao Festival que ela finalmente cedeu.

 

 

E pela primeira vez, ela estava feliz pela persistência da amiga.

 

 

- É. Realmente eles têm talento. Universitários de Música...

 

 

Ela concordou. – Eu estou esperando eles terminarem as apresentações para quem sabe lhes perguntar sobre as vantagens do curso de Musica. Eu adoraria cursar, se eu conseguir convencer a minha mãe.

 

 

- Ela não quer que você vá para a universidade? – Isso foi estranho. Já que quando Touya conversara com Sonomi na Reunião dos Pais, ela deixara bem clara suas ambições para o futuro de Tomoyo. E obviamente que uma Universidade no currículo da menina seria fundamental.

 

 

 - Oh, mas ela quer que eu vá para a universidade, sem dúvidas. Mas na área dos negócios. – Mãe e filha já tiveram varias discussões sobre o assunto, mesmo que Tomoyo ainda estivesse bem distante de prestar os exames de admissão.

 

 

“ Nunca é cedo demais para começar a se preparar” Sonomi sempre lhe alertava. “A preparação para entrar na faculdade deve ser bem feita. Só porque você vai bem na escola, não significa que você não tenha que se esforçar um pouco mais”.

 

 

- Ela quer que eu trabalhe com ela, que eu seja como ela. Foi o que ela sempre me disse, antes mesmo de eu começar o colegial.  – Ela olhou para os pés por alguns segundos, perguntando-se do porquê de estar contando essas coisas pra ele.

 

 

- Mas não é isso que você quer. - Ele podia constatar pelo tom de voz da menina. Touya  esqueceu-se de suas responsabilidades por alguns minutos  e recostou-se mais confortavelmente no sofá, se virando um pouco para que ele pudesse ver o rosto de Tomoyo enquanto conversavam.

 

 

Quanto melhor eu a conhecer, mais coisas eu poderei fazer para ajudá-la

 

 

Mas o que ele não poderia adivinhar é que talvez todo esse sentimento de proteção para com a menina significasse muito mais do que isso.

 

 

Tomoyo balançou a cabeça. – Eu quero dar aulas de música. – Ela confidenciou, e seus olhos violetas encontraram-se com os olhos castanhos dele. – Eu quero trabalhar com as crianças que apreciam a música tanto quanto eu aprecio. A música sempre foi importante para mim, e eu sinto que é relevante compartilhar esse sentimento com outras pessoas. E esse é o motivo pelo qual eu amo cantar. É como... É como compartilhar uma parte de mim. Eu não sei se isso faz algum sentido. – Por alguns momentos ela sentiu-se como uma garota besta e sonhadora demais. Perturbando Touya  com coisas que ele talvez achasse medíocre.

 

 

Os olhos castanhos continuavam fixos na menina. E ela pode perceber um brilho, talvez, passou por sua cabeça, de admiração? Ele parecia realmente interessado no que ela dizia. E ela sabia que poderia confiar nele.

 

 

Principalmente para compartilhar algo tão importante.

 

 

Ela é simplesmente como mamãe...  Tomoyo era como Nadeshiko.

 

 

A mãe de Touya sempre amou a musica. E aquele sentimento fora uma das heranças que sua mãe havia lhe deixando. – Eu entendo o que você quer dizer. – Ele disse. – Eu tinha oito anos, quando minha mãe me ensinou a tocar piano. E esse sempre foi um jeito que eu encontrei de expressar meus sentimentos quando nada mais parecia fazer sentido. Eu não sei se isso faz algum sentido. – Ele repetiu a mesma frase que a menina usara anteriormente.

 

 

Ele nunca contara nada disso a alguém. Mas , de repente, Touya percebeu que não era nem um pouco estranho revelar isso a ela, porque ele sabia que ela lhe entenderia.

 

 

- é assim mesmo a sensação. – Ela nunca conseguiu explicar para sua mãe que a musica não era apenas um hobby. – Eu sempre sonhei em tocar piano. Essa foi uma das únicas aulas que a minha mãe não me inscreveu. – Ela riu um pouco. – Acho que seria proveitoso que eu aprendesse se eu me tornasse professora infantil, o que você acha? Estou pensando na idéia de talvez começar a ter aulas.

 

 

- Eu poderia te ensinar. – As palavras saíram da boca dele, sem nem ao menos ele ter tempo de raciocinar.

 

 

- Sério?

 

 

Ela estava tão animada que não haveria como ele dizer que não. Além do mais ele não queria mesmo ter que dar uma resposta negativa. Talvez fosse até divertido, e ele poderia usar esse tempo para se distrair.

 

 

Seria bem melhor do que ficar sentado em seu apartamento sozinho. – Bem, eu posso tentar. Eu já tentei ensinar a Sakura, e não acabou bem. Eu acho que a gente ficou sem se falar por todo um final de semana.

 

 

Ela gargalhou imaginando os dois irmãos brigando e gritando. – Touya eu vou entender se você me disser “não”. Eu não quero impor a minha presença. E eu vou pagá-lo.

 

 

- Nem pense nisso. Eu quero fazer isso. Considere um favor para uma “velha” amiga. – Ele disse brincando com o termo “velha” e ela respondeu-lhe com um sorriso tímido.

 

 

Ele pensou que estava apenas tirando uma com a cara dela.

 

*~*~*

 

 

Mas para Meiling que estava minuciosamente perto do sofá prestando atenção em toda a conversa do casal, enquanto seu acompanhante Hiro debatia sobre futebol, aquilo era um bom e conhecido flerte.

 

 

Talvez, Touya não estivesse percebendo o que estava fazendo. Mas Meiling, com certeza, não deixaria passar nada.

 

*~*~*

 

Era sempre bom vê-la sorrir. Ela era linda sorrindo.

 

 

Era difícil acreditar que Tomoyou tinha a mesma idade que Sakura. A sua beleza e maturidade a faziam parecer ter mais do que dezesseis anos. E se ela fosse mais velha e não fosse sua aluna, ele provavelmente ia querer...

 

 

Ia querer o que? Deus, o que estava acontecendo com ele? Talvez, ele precisasse ter uma vida social melhor, conhecer gente nova e de sua idade ao invés de ficar andando com colegiais”.

 

 

- Tem alguma coisa errada? – Ela perguntou notando uma expressão estranha no rosto do rapaz.

 

 

 Será que ele está mudando de idéia?”

 

Touya afastou a ideia, passando a mão pelos cabelos. E esperava que aquela insanidade se afastasse dele de vez. – Você tem uma caneta. Deixe-me lhe dar meu endereço. – Ele disse rapidamente, não era pra ele estar sentado ali com ela.

 

 

Ela tirou da bolsa que carregava uma caneta e um papel.

 

 

Ele era um professor. O responsável pelos alunos. E estava ali sentado com uma aluna dando-lhe seu endereço. Aonde estava com a cabeça?

 

 

- Eu acho que a banda já está terminando a apresentação. É melhor você ir conversar com eles sobre o programa da universidade deles. Nos vemos amanha.- Ele devolveu-lhe a caneta e o papel.

 

 

Tomoyo o viu desaparecer entre as inúmeras pessoas.

 

 

Suspirou fundo.

 

 

- Acho que já passou das nove horas senhorita Daidouji. Já sente-se disposta para aceitar dançar comigo? – Tomoyo estava tão alegre agora que não achou de todo ruim aceitar o pedido do rapaz.

 

 

Quando olhou para o rosto do rapaz. Levou as mãos aos lábios tentando conter a surpresa em vê-lo. Não acreditava que não tinha o reconhecido antes. Aquela voz peculiar e única. A presença imponente que só ele tinha. Então perguntou para confirmar:

 

 

-  Eriol?

 

 

- Oras, Tomoyo já estava ficando triste por você não mais me reconhecer. – Ele sorriu-lhe enigmático

 

Fim do cap 4


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Notas finais do capítulo

Eu estava querendo emoção. E um pouco de competição. O Touya tá mt lentinho. E quem melhor do que o Eriol?????? Admito: eu gosto tb de Tomoyo e Eriol. Pronto. Falei. spoksposkosksposkposk!


Mas agora teremos aulas de piano na casa do professor... O que será que acontece? Surpresas para os proximos capitulos...

Bjos super mega especiais para todos que continuam lendo e acompanhando essa fic.

E bjos tb para quem deixa comentários:
Ulquihime,
Angel__Soul,
Liz-chan,
viny hatake

Quero deixar claro o porquê de tanta demora pra eu postar... Como eu já disse numa outra fic. Estou passando por um momento mt difil. Meu namorado recentemente veio a falecer. E eu estou me sentindo um pouco perdida no momento. Mas em respeito a voces, leitores, estou me esforçando pra continuar minhas fics.


Espero que vocês compreendam a minha demora. Mas eu estou tentando não deixar as minhas fics serem influenciadas pela minha tristeza... De qualquer forma, bjos pra todos

E deixem comentários me dando suas opiniões...