Blue is the hottest color escrita por TulipaFlores
Notas iniciais do capítulo
Desculpem a demora. Prometo tentar não demorar tanto com o próximo cap. Bejooos :*
Benjamim
— Me leva para casa - a Claire falava com tom de brava. Essa menina tem o dom de mudar de humor de uma hora para outra.
— Está tarde, é melhor você dormir lá em casa só mais essa noite.
— Mas eu não quero ficar mais lá - falava igual a uma criança mimada. Vontade de beijar essa garota. Quero dizer socar, eu disse socar.
— Olha o tempo. Vai cair um temporal, e eu não quero molhar meu bebê aqui, então se quiser ir embora, vai a pé - me referia ao carro.
— Ok - aquela louca abriu a porta do carro em movimento e se jogou, freie o carro bruscamente e vi ela jogada no chão.
— Você está louca? Por que fez isso? - ela se levantou e se limpou como se nada tivesse acontecido.
— Você falou que eu podia ir. E eu já vi isso em filmes, não achei que doía assim - ela estava com o joelho da calça rasgada e sangrando.
— Vem, vamos para casa pra eu dar um jeito nisso - dessa vez ela não protestou. Entrou no carro e fomos para casa.
Chegando em casa meu pai já estava dormindo.
— Vamos lá no meu quarto para eu limpar isso - apontei para o joelho que não parava de chorar sangue.
Subimos e ela sentou na cama com cara de horizonte. Peguei os remédios e comecei a passar.
— Devagar Beeeen. Isso doí. Calmaaa - eu mal encostava e ela reclamava.
— Desisto passa você - ela terminou de passar e se deitou na cama enquanto eu escovava os dentes - Vai dormir aí é?
— Vou - falou de olhos fechados.
— Adorei a idéia - sorri malicioso, já com planos em mente. A Claire não é nenhuma daquelas gostosas que já peguei, mas estou a um tempão na seca, e ela até que dá um caldo.
— Eu vou, você não.
— É o meu quarto eu decido isso.
— Eu estou debilitada. Por tanto eu decido.
— Só vai dormir aqui se eu dormir também, ou então pode ir lá para o sofá.
— Eu até gosto daquele sofá - ela se levantou. Droga, preciso de um plano.
— Gosta dos... É... Dos Gorêns que tem lá também? - vi ela me olhar com cara de confusa.
— Gorêns? O que é isso?
— Nunca ouviu falar? - ela negou com a cabeça - Senta aqui, vou te contar a história - fiquei quieto um tempo para bolar uma historia - Os Gorêns, são espécies de monstros eles são enormes... E eles só aparecem durante a madrugada. Eles não fazem mal. Só faz se a pessoa tiver segredos, ou medos. Eles atacam as pessoas que escondem medos e segredos. A minha sala é cheia deles.
— Isso é serio Ben? - ela me olhava assustada. Estava conseguindo.
— Super serio. Está vendo esta cicatriz aqui? - mostrei minha cicatriz enorme na perna de quando eu cai de skate - Foram eles, me atacaram durante a madrugada. Eles não são visíveis, e eles podem não atacar você se você tiver... Tiver um... - não sabia o que inventar e ela me olhava apreensiva. Olhei ao meu redor e vi minha meia jogada - Se você tiver tomado um café coado na meia ou na cueca da pessoa que você ama.
— Mas a onde eu vou arranjar a meia do Justin, ou a cueca?
— Então, acho melhor você não dormir lá, ou quer ter uma cicatriz dessa? - ela balançou a cabeça negativamente e de olhos arregalados.
— Eu vou ficar por aqui mesmo.
— Você quem sabe - fingi não me importar - Vai dormir com tudo isso de roupa?
— Estou com frio.
— Mentira, deve estar fazendo uns 30 graus lá fora.
— Frio para mim - comecei a tirar minha roupa.
— O que você está fazendo?
— Tirando a roupa para dormir. Só durmo de cueca.
— Você não vai dormir de cueca comigo.
— Se você quiser descer e dormir na sala por mim tudo bem.
— Não, acho que estou bem aqui - ela se encolheu e se cobriu toda com o cobertor. Apaguei a luz e me deitei.
Cheguei perto dela e senti ela se afastar. Me aproximei mais e ela se afastou mais. Quando fui mais perto e senti seu corpo ela se jogou no chão.
— Acho que aqui está mais confortável.
— Sobe para cá Claire.
— Não, você vai me estuprar.
— Para de ser besta e sobe logo - ela subiu e ficou de frente para mim. Me olhando com medo.
Peguei uma mecha do seu cabelo e ela fechou os olhos. Passei meu dedos por sua bochecha e fui descendo até seu pescoço e ela abriu os olhos. Ela não era tão feia assim. Tá, ela não era feia. Ok ok, ela era linda. Tinha a pele clara, e os olhos grande e assustados, seu cabelo era curto e desgrenhado. Mas ela era linda. Isso é tão gay. Passei os dedos pelos seus lábios e ela arfou.
— O que você está fazendo? - ela falou sussurrando.
— Nada, só estou esperando você dormir.
— Isso está me fazendo cócegas.
— Cala a boca Claire, não estraga.
— Tá bom - ela fechou os olhos e eu fiquei olhando para ela. O que está acontecendo? Ela está mesmo mexendo comigo? Não claro que não. É a seca em que me encontro, nada a mais. Quando eu conseguir o que quero com ela, isso vai passar. Mas não hoje, estou cansado.
— Boa noite Claire - ouvi um murmuro dela indecifrável. Me virei e dormi.
...
— EU NÃO VOU ACEITAAAAA! - acordei com a Claire cantando, ou melhor gritando do andar de baixo. Olhei o relógio e eu estava muito atrasado para a escola. Vesti as roupas que usei ontem, usei a mão como pente no cabelo e desci correndo as escadas - FAÇO DE TUDO POR VOCÊ, TIRO DE MIM SÓ PRA TE DAR PRAZER! - Claire continuava cantando alto e interpretando a música e nem me viu. Pegou sua mochila e quando foi abrir a porta me viu - Oi Susie, dormiu bem? - perguntou sarcástica pela minha aparência.
— Por que não me acordou? - olhei furioso para ela que segurava o riso.
— Esqueci - respondeu sínica - Agora vamos que estamos atrasados.
— Claro - sorri para ela e peguei minha mochila.
Entrei no meu carro e travei as portas.
— Susie, abre aqui. Está travado - ela falava do lado de fora.
— Isso é por você não ter me acordado - joguei um beijo para ela e sai acelerando. Ouvi seus grito e vi pelo retrovisor ela correr um pouco atrás do mim, mas logo desistiu.
...
Cheguei na escola e vi o Will. Ele é gay, mas ele foi o único que falou comigo quando cheguei nessa escola.
— Eae Will - estendi a mão para cumprimentar ela com um toque. E ele me abraçou e deu beijinho em mim.
— Oi Benzinho - ele falava com uma voz fina forçada, e usava sempre roupas chamativas - Fiquei sabendo que você vai ter aulas com a bruxa da diretora agora.
— É, não está fácil para mim.
— Eu sou megaaa amiga dela de você quiser eu posso falar ela.
— Sério você faria isso? - hoje é meu dia de sorte.
— Claro. Você só me daria uma coisa em troca - ele me olhou malicioso e me deu um beijo na bochecha, quase no canto da boca.
— BENJAMIM - ouvi uma voz severa e familiar.
— Mãe? - definitivamente, hoje não é meu dia de sorte.
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