Primaveras escrita por Melli


Capítulo 28
Capítulo 28


Notas iniciais do capítulo

1. Trechos com " * " se referem aos pensamentos da personagem.

2. Família Hollister = Família de Melli

3. Família Yamazaki = Família de Sagi e Sage



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— Sage? – A professora de português fazia a chamada da terceira aula.

— Presente... – Dizia, rabiscando algumas coisas em seu caderno.

— Sagi? 

— Ela não veio, professora. Está doente! - Respondeu o menino.

— O que ela tem? – Quis saber a professora.

— Ela está ruim desde ontem... Está com febre e dor de garganta.

— Tadinha dela... – Repeti baixinho, sem que ninguém me ouvisse.

— Uma vez eu tive dor de garganta. – Opa, acho que a Alessa me ouviu.

— Eu também tive!  Foi muito ruim, porque fui para o hospital e lá...

— Classe, silêncio por favor! Continuando a chamada... Sara?

— Presente! – Respondia a menina.

 Depois de alguns minutos de aula, o sinal soou indicando que era a hora do intervalo. E lá se foi aquele mundaréu de crianças e adolescentes rumo ao pátio. Sempre que o sinal era dado, eu dizia para as minhas colegas que a porteira havia sido aberta para que os bois escapassem, e elas sempre riam, porque pelo jeito que todos saíam desesperados, pareciam mesmo com uma boiada. Minha preocupação naquele instante foi perguntar a mim mesma com quem iria passar o intervalo. Alessa e Roxy sempre iam lanchar com as meninas da sétima série, entretanto, por vezes iam me ver. Andei pelo pátio olhando para todos os lados procurando alguém que pudesse me fazer companhia. Me lembrei que eu conversava com a Tiffany, a menina mais inteligente da sala, mas não éramos assim tão amigas, sabe? Ela me ensinava algumas coisas de matemática de vez em quando, mas nunca passamos o intervalo juntas, e procura-la seria um pouco estranho e constrangedor para mim. Decidi então me sentar sozinha em baixo de uma árvore que fazia uma grande sombra. Retirei das minhas costas minha bolsa vermelha, a qual levava comigo no intervalo, e de dentro dela puxei uma toalha xadrez. A estendi ali mesmo e me sentei. Retirei da bolsa um embrulho feito com papel toalha e colado com algumas fitas adesivas. Eu não estava muito animada, afinal, Sagi não estava por ali para me acompanhar. De repente algo chamou a minha atenção. Algumas meninas que estavam a poucos metros longe de mim, estavam reunidas com alguns meninos. Julgando pela aparência delas, deveriam estar também na sexta série, assim como eu. Pareciam um pouco... Frescuradas ou atiradinhas demais. Eu não coloquei atenção no assunto delas, mas ao mesmo tempo que abraçavam os garotos, também batiam nos mesmos. Aquilo fez com que eu ficasse pensando durante alguns minutos, até que uma voz conhecida quebrou os meus pensamentos.

— Porque está sozinha? – Olhei em direção aos pés da pessoa, que vestia um all star preto e desamarrado. Ah, era o Sage.

— Por... Porque? Oras, sua irmã faltou da aula, então... – Eu ainda estava um pouco “avoada” diante dos pensamentos que tive há pouco.

— Porque não me chamou pra passar o intervalo? – Dizia, sentando-se junto a mim.

— Eu achava que você ia ficar junto com os meninos, então eu resolvi ficar sozinha mesmo. – Desembrulhei o pacote de papel que havia retirado da bolsa, e notei que era um pedaço de pizza.

— Ai Melli, Melli... – Ele bagunçava o meu cabelo. – Mas não tem problema, eu venho aqui com você.

 – Ei menino! Não faz isso!  - Retirei a mão dele do meu cabelo.

— Hahahaha! Foi mal. Ei, quer um pouco de salgadinho? Eu sei que você gosta desse aqui – Ele me mostrava um saquinho de batatinhas.

— Ah! Eu quero! Você quer pizza? Tá um pouco murcha porque é de ontem.

— Não quero não, valeu. Ei Melli...

— Hm? – Murmurei enquanto coloquei um pedaço de pizza na boca.

— Você pode visitar a Sagi hoje da tarde, que tal?

— Eu tenho que ver com a minha mãe... Mas eu queria muito!

— Então tá. Conversa com a sua mãe, daí depois você liga lá em casa.

— Tudo bem! Eu acho que... – Fuçando no fundo da minha bolsa, acabei encontrando um pequeno pedaço de chocolate. – Tem chocolate aqui. Pode ficar pra você, eu não quero. – Entreguei a ele um pequeno pedaço de chocolate branco embrulhado em papel filme.

— Você tá triste? – Ele olhou para meu rosto, notando algo de diferente.

— Não, não estou. – Na verdade eu estava somente pensativa.

— Hm... – Eu parecia não convence-lo.

— Você vai dizer que sou boba...

— Se você disser que ainda dorme com ursinhos de pelúcia, eu vou achar.

Perdi a fala, pois realmente, eu ainda dormia com um ursinho de pelúcia, mas era porque ele foi dado pelo meu pai, e era uma espécie de lembrança dele. Eu dormia abraçada com o ursinho para que me lembrasse do meu pai, todas as vezes que ele ia viajar.

— B-bem... É que eu não entendo uma coisa... – Olhei novamente para as meninas que agora estavam abraçadas aos meninos.

— O que é?

— É que... – Eu sentia um pouco de vergonha ao perguntar aquilo pra ele, afinal, ele também era um menino. – Porque é que os meninos gostam daquele tipo de menina? - Apontei para as garotas.

— Aff... – Ele abaixou a cabeça, com ar de desaprovação.

— Eu disse algo de errado?

— Não. Hahaha! Olha Melli, você tem muito o que aprender ainda!

— Como assim?

— Aquelas meninas são interesseiras! Nunca queira ser como elas, sério...

 – Elas são interessadas em que?

— Nos meninos. É só você perceber na saída que várias delas estão lá no parque beijando algum garoto.

Boquiaberta, eu não acreditava no que estava ouvindo. Naquele instante me lembrei do que minha mãe sempre me dizia.

— Minha mãe sempre me disse que com doze anos ninguém namora... Como isso acontece?

— Sei lá! – Sage abocanhava o pedaço de chocolate que eu havia lhe dado.

— Eu gosto de brincar de boneca, e minha mãe diz que é melhor que eu continue sendo assim.

— Hmm... – Ele lambia os dedos sujos de chocolate. – Eu não tô nem aí para essas... Interesseiras! Quero mais é lutar.

— Eu não gosto do jeito que elas agem, mas... *Elas conseguem a atenção dos meninos. Não que eu queira chamar a atenção de algum deles...*

— Mas...?

— Ah, nada não. Vamos comigo beber água?

— Claro!

E lá fomos em direção ao bebedouro. O que não sabíamos, era que Karen e suas amigas nos observavam de longe.

— E então os dois estão juntos, é? – Dizia Karen, emburrada.

— Não sei... – Respondia uma de suas amigas.

— Pois com certeza não.  Ela não é bonita como eu. E além disso é infantil e desajeitada.

~ Mais tarde... na residência dos Hollister... ~

— Puxa vida, essa lição me deu uma canseira... – Me espreguicei sentada na cadeira da escrivaninha que ficava em meu quarto.

— Melli – Mamãe batia na porta. – Vai querer almoçar o que?

— Ah, oi mãe! Hm... Batata frita com carne!

— Mas não tem batata...

— Ah...

— Eu faço a carne. E tire o uniforme da escola, por favor... Pode sujar.

— Tá, eu vou tirar.

Antes que mamãe fosse embora, a chamei novamente.

— Ah, ô mãe!

— O que? – Ela apontou a cabeça para dentro do quarto.

— Depois posso ir na casa dos gêmeos?

— Daqui uns dias a Sara não te deixa mais entrar lá, de tanto que você enche as paciências deles!

— Ah mãe, por favor... A Sagi tá doente, até faltou da aula. – Quase supliquei aos seus pés.

— Hmm... Tudo bem. Ah, você pode levar algumas coisas para ajuda-la a ficar melhor, o que acha?

— Eu gostei da ideia!

— Tá. Vá tomar um banho pra descansar um pouco o corpo e dar uma refrescada. Depois que eu acabar o almoço, vou preparar algo pra você levar pra Sagi, pode ser?

— Oba! Obrigada momi! – A abracei e dei um beijo, quase a derrubando no chão.

— Ai Melli, cuidado! Vai lá pro seu banho, vai...

Bem, depois de tomar banho e almoçar, me peguei pensando no Sage, que tinha sido muito legal comigo hoje me fazendo companhia. Eu achava ele muito bonito, tinha uma aparência diferente dos outros meninos, pois além de ter o cabelo um pouco mais comprido do que os garotos costumavam ter, eu adorava o tom de ruivo de suas madeixas. Entretanto, eu não queria dizer isso diretamente pra ele, porque com certeza meu rosto iria queimar de tanta vergonha, e certamente ele iria me achar uma boba, e claro, rir muito da minha cara  toda vermelha.

— Eu tenho que fazer algo... – Pensei alto. – Acho que... Eu vou escrever uma carta! Isso!

Depois de ter pego minha caneta preferida, escrevi em uma folha de papel branco: Oi Sage! Eu gosto muito de você! Seu cabelo é bonito e te acho muito legal!

— *Será que... Você quer ser meu namorado? NÃO! Namorado não! Eu não quero namorar.*

Podemos ser amigos pra sempre?

— Isso! – Eu finalizava a minha carta. – Agora tenho que assinar o meu nome! – Me...lli! Pronto! OH NÃO! – Amassei rapidamente o papel. – Como eu sou boba! Eu não posso dizer que sou eu que estou mandando esta carta! Ah... Vou fazer de novo...

Peguei outra folha de papel, e cautelosamente escrevi tudo de novo, atenta para que não escrevesse novamente qualquer besteira.

— Pronto!

— Ei filha... – Mamãe apontou a cabeça na porta do quarto, me fazendo guardar rapidamente a carta.

— Oi mãe!

— Eu fiz um bolo de limão com cobertura para a Sagi. Acha que ela vai gostar? Está bem docinho, ela não vai ter que se preocupar quanto a acidez.

— Ah, vai sim, mãe! Vai sim! – Me levantei da cadeira e me dirigi até a sala.

— Você vai agora lá pra casa dos gêmeos?

— Vou sim! Ah, me lembrei que o Sage pediu pra ligar lá avisando que eu ia.

— Vou embrulhar tudo, e vou colocar mais alguns pedaços para que todos possam comer.

— Tá! – Peguei o telefone nas mãos e disquei. – Rachel? É a Melli! Eu posso falar com o Sage?

— “ Está tudo bem, Rachel?” – Mamãe me dava uma pequena bronquinha por eu não perguntar como a empregada dos gêmeos estava.

— Ah, tá tudo bem com você, Rachel? ... Tá, eu espero.

— Alô? – Sage atendeu.

— Oi Sage! Tudo bem? – Ao  meu lado, mamãe sorria e fazia sinal de positivo, como se eu estivesse fazendo a coisa certa.

— Ah, tá tudo sim.

— Eu vou na sua casa, tá?

— Oba! Pode vir. Estou te esperando!

— Tudo bem, daqui a pouco eu tô aí. Tchau!

— Tchau! – Ele desligou o telefone.

— Mãe, pode me levar lá na casa dos gêmeos?

— E qual é a “palavra mágica?”

— Por favor!

— Tá, eu te levo. Que horar quer que eu busque?

— Eu vou te ligar, pode ser?

— Tá, pode ser. Mas não ligue muito tarde, viu? Se não fica muito escuro para que eu te busque.

— Oba! – Saltitei empolgada por visitar meus amigos.

Mamãe me levava até lá, e vocês sabem, eles moravam muito perto do nosso apartamento. Eu já estava crescidinha, mas ainda tinha medo de andar na rua sozinha, sabe como é, não?  Cheias de pessoas estranhas e tal... As vezes minha mãe achava um pouco ruim em ter que me levar em um lugar que é tão perto quanto a casa dos gêmeos, mas mesmo resmungando, ela me levava. Ainda bem que desta vez ela não falou nada. Íamos de mãos dadas, não por medo, mas porque eu gostava de segurar nas mãos da minha mãe. Era uma forma de carinho, que eu acho que todas as mães e filhas já demonstraram. Não demorou muito para que eu chegasse até a casa dos gêmeos.

— Olá Melli, boa tarde! – Rachel me recepcionava na porta da casa com toda a simpatia que sempre demosntrava.

— Oi Rachel, boa tarde! Os gêmeos estão aí?

— Estão sim!Pode entrar, eles estão te esperando.

— Mãe, eu vou entrar. Tchau!- A abracei e dei um beijo em sua bochecha.

— Ok. Não faça bagunça, hein! Se não a Sara vai ficar brava!

— Hahaha, eu não faço bagunça, mãe!

Ra! Será que todas as mães dizem a mesma coisa ao deixar os filhos na casa de algum colega? Mas é claro que eu não vou fazer bagunça! Não gostaria de bagunçar a casa da tia Sara, e aquilo não era do meu feitio, se bem que... Sempre brincávamos de guerrinha de travesseiros, mas tia Sara não ligava nem um pouco pra isso. Mesmo assim, eu não abusava de sua boa vontade. Sabia que tinha de me comportar em um ambiente que não era meu. Após despedir-se de mim, mamãe foi embora, e acompanhada de Rachel, segui até o quarto dos gêmeos.

— Espere só um instante! – Rachel dizia simpaticamente depois de bater na porta.

— Quem é? – Ouvi uma voz vinda de lá de dentro.

— Sou eu, Rachel! Tem visita para vocês aqui fora!

— Pode entrar! – Com certeza era Sage que estava gritando do lado de dentro.

Sagi estava na cama e envolvida em cobertores. Deveria estar sentindo muito frio, afinal, ela estava com febre. Não tenho boas recordações das vezes que fiquei com dor de garganta, bem eu acho que ficar doente não é uma coisa boa, não é mesmo? Sage estava terminado a lição de casa em sua escrivaninha, que ficava perto de sua cama. Adentrei o quarto, e fui em direção á minha amiguinha adoentada, e era muito estranho a ver naquela condição. Sagi sempre foi alegre e agitada, e acho que ela sentia falta das suas brincadeiras, e claro, das aulas de artes marciais.

— Oi... – Me aproximei da cama, um pouco preocupada com a situação.

— Oi Melli... – Disse em voz rouca.

— Você tá melhor?

— Um pouco...

— Eu te... Trouxe alguns pedaços de bolo pra que você se sinta melhor. Não é de chocolate, mas está tão bom quanto!

— Epa, você trouxe bolo? – Sage se levantou da escrivaninha e veio até mim.

— Sim! É de limão. Fique tranquila, Sagi. Não está ácido.

— Opa, vamos comer agora! Vai Sagi, levanta daí e vamos lá pra cozinha!

— Mas ela não precisa descansar? – Perguntei.

— Mas ela já descansou bastante. Vai, vamos! – Sage retirava as cobertas da irmã.

— Ela está com frio, Sage. É melhor deixar os cobertores com ela.

— Ah! Tive uma ideia!

— E qual é? – Perguntei.

— Posso pedir pra mamãe deixar a gente comer aqui no quarto, nem que seja só por hoje.

— Seria muito legal, mas... Acho que sua mãe não deixa não, Sage... Talvez ela diga que faça muita sujeira.

— Mas mesmo assim, eu vou tentar falar com ela! Nem se for pra gente limpar depois.

— Tudo bem então!

— Você vem comigo para falar com a minha mãe, ou vai ficar com a Sagi?

E agora, o que eu iria responder? Eu gostava muito da companhia dele, mas eu estava com uma peninha da Sagi...

— E-eu...

— Pode ir com ele, se você quiser... – dizia Sagi, deitada na cama.

— Vou ficar aqui com você! – Me sentei na beirada da cama.

— Tá. Eu vou lá e já volto. – Sage retirou-se do quarto.

— A escola foi legal hoje? – Perguntou Sagi.

— Ah... Até que sim, mas sabe...

— O que?

— Você fez falta hoje...

Ela riu.

— Mas porque?

— Porque eu te adoro! – Me aproximei de Sagi e a abracei fortemente.

— Ahh... Que bonitinha! – Ela também me abraçava.

— Gente... – Sage aparecia no quarto no momento em que estávamos nos abraçando. – A mamãe deixou a gente tomar café aqui.

— Puxa, mas que legal! – Deixei de abraçar Sagi.

— Desde que não façamos sujeira, e que deixemos ela e o Leon virem tomar café com a gente.

— Ah, por mim tudo bem! Vai ser mais divertido! – Me levantei da cama, ansiosa para que tomássemos logo o café.

— Vou pedir para que a Rachel sirva o café aqui então. – Sage retirava-se novamente do quarto.

— Isso! Ei Sagizinha...

— Diga..?

— Posso abrir a janela pra entrar luz? Eu deixo os vidros encostados para que não entre vento.

— Tá.

— Sabe, eu queria ter te trazido uma florzinha, mas saí com um pouco de pressa de casa. – Eu abria as janelas do quarto a fim de deixar a luz entrar.

— Haha... Não precisa.

— Minha mãe diz que as flores fazem as pessoas se sentirem melhores. E acho que você se sentiria bem mais alegre.

— Ah Melli... Eu já fico feliz por você estar aqui.

— Daqui a pouco a Rachel já vem. – Sage adentrou o quarto novamente.

— Ok.

— Oi filhotes, bom dia! – Tia Sara entrava no quarto junto com tio Leon.

— Bom dia, mamãe! – Responderam os gêmeos ao mesmo tempo.

— E aí, como está se sentindo, filha?

— Estou melhorando... A garganta ainda dói um pouco.

— Mais tarde você volta a tomar o remédio de novo, tá?

— Ai... Remédio de novo? – Sagi fazia uma cara de quem não gostava nada do remédio.

— Você vai se sentir bem melhor, com certeza! – Disse tio Leon.

— Espero que essa dor de garganta vá embora logo! – Dizia Sagi, se sentando no tapete do quarto.

— Vai passar rapidinho! Amanhã mesmo você já vai pra escola, vai ver! – Falei, na esperança de faze-la se sentir melhor.

Bem, tomamos o café todos juntos e foi bem divertido ter a tia Sara e o tio Leon junto com a gente! Sagi ficou mais animada, e acho que depois de se divertir tanto, com certeza a sua dor de garganta  vai embora. Foi engraçado ver a tia Sara e o tio Leon sentados no chão, pois eu sempre os via em pé, sempre ocupados com seus afazeres, e com roupas elegantes. Será que os dois ainda brincavam com os gêmeos? Eu acho que sim!


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