Save my soul escrita por rickthesizzler


Capítulo 1
I hate you


Notas iniciais do capítulo

oi galeres, bom, essa fic já está no social spirit, mas sei lá né, tem gente que não le por lá e prefere aqui. Então resolvi postar aqui também, mil beijoss



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/673899/chapter/1

Das minhas amigas eu sempre fui a mais normal (eu acho) mas assim, a mais discreta. Só que desde quando comecei a namorar o Fred elas ficam reclamando que eu nunca mais tive tempo pra elas e não vou negar, era a mais cruel e pura verdade. Fred era o garoto dos sonhos de qualquer garota na época do colegial. Seu cabelo era impecável, seus olhos azuis acinzentados chamavam a atenção de todas, seu corpo escultural era de causar inveja em qualquer garoto, mas (sempre tem um porém, não é mesmo?) ele me impedia de muita coisa, quer dizer, ele me privava muito de sair com minhas amigas e então, por isso nos separamos. Não Fred e eu, eu e minhas amigas, paramos de conversar. Eu não era nenhuma "líder de torcida" ou "a mais popular"  ou até mesmo a "mais gata". Eu apenas era bonita do meu jeito. Fred era lindo e aparentava ser a melhor pessoa do mundo. Foi aí que fiz a maior burrada da minha vida. Quando completei 19 anos ele me pediu em casamento. Eu era uma jovem inocente, super apaixonada e acreditava em todas as palavras do namorado Fred gostosão e acabei aceitando.

3 meses depois nos casamos. Foi tudo perfeito, ocorreu tudo perfeitamente bem com 1 ano de casada. Fred já tinha 25 anos quando nos casamos e como eu ja disse, eu tinha apenas 19.  Não demorou muito depois que fizemos 1 ano de casados e comecei a ouvir rumores de que ele me traía. Nunca acreditava em nada do que me falavam, sempre acreditei muito na palavra de Fred. Ele me fazia feliz. Mas de tanto ficarem me falando que ele me traía e tal resolvi seguir ele numa sexta a noite. Fred desceu as escadas todo arrumado e seu perfume exalava na sala por completo. 

—Onde você vai amor? -Perguntei me levantando do sofá e indo em direção a ele que estava na cozinha onde o mesmo, bebia um copo d'agua. 

—Sair com uns amigos. -Disse enquanto goleava sua água. 

—E prefere seus amigos a sua mulher? -Perguntei desabotoando minha blusa. 

—Evie, não começa. Preciso ir tratar de uns negócios. -Fred disse grosso enquanto pegava as chaves do carro e saindo. 

—Não vai nem dar um beijo na sua esposa? -Perguntei

—Se cuida. -Foi tudo o que respondeu e bateu a porta logo em seguida. 

O que? Ele não me beijou? Ah, não contei né? Faz três meses que não fazemos sexo, ele já não me deseja tanto como antes e vive me evitando, mas isso deve fazer parte da vida de um casado né? Acho que sim... Aproveitei que hoje eu não iria fazer nada mesmo, peguei minha bolsa, as chaves do meu carro e sai. O gps do celular dele vivia ligado (motivo? não faço nem ideia) liguei o meu e o procurei, achei e comecei a segui-lo. Fiquei 15 metros de distância, ele não podia nunca perceber que eu estava o seguindo. Minutos depois andando em ruas que nunca acabavam, ele parou em frente a um portão enorme onde haviam vários carros querendo entrar no mesmo lugar. Parei atrás de 5 carros atrás dele e pude ver que do lado do portão havia um gabinete onde provavelmente tinha alguém. Fred esticou o braço e entregou um papel a pessoa que estava atendendo e o portão foi aberto. Fred entrou. 

Talvez eu não conseguiria entrar pois não tinha o devido papel que eu deveria entregar a pessoa do gabinete. Rapidamente procurei qualquer papel que tivesse em meu carro e enfim encontrei um. 

—Achei! -Falei e ri vitoriosa 

Chegou minha vez e entreguei o papel a um senhor que estava lá dentro. 

—2Kg de acém, 3kg de contra filé... -ele falou mais algumas coisas que estavam no papel. -Senhora sinto muito, mas a senhora não pode entrar, por favor, retire-se, outras pessoas querem entrar. 

—Ue, mas aqui não é o açougue? -Bati com a mão em minha testa. -Poxa me desculpa, me deram o endereço errado, sou nova nessa cidade, mas obrigada e desculpa aí viu! -Dei tchauzinho e o senhor me olhou sério como se não tivesse achando nenhuma graça. Fechei a janela do carro, engatei a ré e sai bufando. Estacionei em frente a um muro alto com alguns galhos no mesmo. Fiquei pensando o que iria fazer para conseguir entrar até que.. 

—É isso! haha -Falei sozinha, de novo.

Peguei meu moletom que estava jogado no banco de trás do carro, subi minha calça até a canela, travei o carro e fui em direção ao muro. Não havia ninguém passando na rua aquela hora. Comecei a escalar o tal muro que foi bastante difícil pois eu estava fora de forma e fazia muito tempo que não escalava as coisas. Por fim cheguei ao topo. Graças ao meu pai que me fez ser escoteira. Olhei em volta da grande casa e tinha um jardim onde eu estava, desci da mesma forma que subi até que:

—Você é maluca? -Uma voz rouca falou comigo em um tom um pouco alto e eu me assutei e acabei soltando o galho que me segurava e cai com tudo no chão soltando um gritinho de dor. 

—Aí caralho, você ta bem? 

—Sim, só acho que quebrei a clavícula. -Pude ouvir uma risada abafada. 

—Vem, me de sua mão. -Ele disse estendendo sua mão e eu estiquei a minha para que ele me ajudasse a levantar. 

—Sou Justin, você é... ? 

—Evie. -Falei enquanto tirava as gramas de meu corpo. -Puta que pariu -Disse ao olhar para Justin

—O que foi? -Ele perguntou confuso. 

—Você  é lindo pra cacete. -Disse boquiaberta sem tirar meus olhos de sua face. -Você é de verdade? Posso tocar? -Disse levando meu indicador até seu braço e o tocando de leve. -Você é real mesmo... 

—Obrigado... eu acho! Você é... meio maluca, mas bonitinha. 

—Eh... Então, preciso ir, obrigada! -Disse saindo e colocando meu capus. Quando ia entrar pela porta da grande mansão fui interrompida por um segurança que mais parecia um armário. Droga, de novo? 

—Posso ajudar? -Uma voz rouca soou, dei um pulo e me virei. 

—Ah que susto. É você Austin, ta me perseguindo? 

—É Justin. E não, não estou te perseguindo, mas acho que precisa de ajudinha, não? -Ele ergueu o copo em sua mão. 

—Ok, preciso, me ajude a entrar por favor, mas sem perguntas. 

—E por que você acha que eu te ajudaria? -Ele disse com um sorriso divertido... e que sorriso ein... 

—Porque um dia você vai precisar da minha. Vai ajudar ou não ein cara? -Perguntei impaciente. 

—Ta bom. -Ele se rendeu. -Mas primeiro tire esse casaco horrível. 

—Ei! Qual foi? Eu gosto da Minnie -Disse me abraçando que no caso eu estava abraçando meu moletom. 

—Anda logo. -Bufou

—Ta, ja tirei. E agora? -Perguntei

—Agora joga ele aí no canto... 

—Ah não por favor Justin, não quero perder ele, gosto muito dele. --Falei e pude ver Justin revirar os olhos. 

—Me dê então. -O entreguei e ele entregou a um cara que estava passando e pediu pra deixar no quarto principal. O cara apenas assentiu e seguiu andando. 

Segurei no braço de Justin e entramos, ele nem precisou dizer nada. Deve ser um desses caras importantíssimos né? Acho que sim... Entrei na mansão e meus olhos percorreram por toda parte. Me separei de Justin e me perdi na multidão a procura de Fred. Depois de uns minutos o procurando acabei cansando e fiquei parada em um lugar arrependida de ter seguido meu marido. Foi quando olhei para a escada e lá estava ele, sorri quando o vi piscando para um cara que estava embaixo e olhei para o mesmo e ele fazia um sinal obsceno. Me assustei e olhei a cima de Fred e tinha uma loira peituda o puxando pela camisa. No mesmo instante senti meu corpo fraquejar, meu coração acelerava mais e mais, lágrimas começaram a se formar e a raiva foi tomando conta. Quando percebi já estava na escada indo atrás dele. Mas fui interrompida

—Só pode entrar no corredor se tiver um acompanhante senhorita. 

Assenti e desci as escadas atrás de um homem qualquer. Achei. Segurei-o pelo braço e o puxei para subir as escadas. 

—Xiu, não pergunte nada. -Disse quando notei que o cara ia perguntar algo. 

O segurança viu que agora eu estava acompanhada e assim deixou eu passar. Empurrei o cara para o outro lado e ele resmungou algo que não entendi. Passei por algumas portas e teve uma que me chamou a atenção por completa. Ouvi um gemido, mas não qualquer gemido, era o de Fred. Tentei abrir a porta mas a mesma estava trancada. 

—Porra, esse ja ta ocupado, vaza fora. -Fred disse 

Meu sangue estava fervendo, agora ele acordou a fera. Peguei um grampo que havia em meu bolso pois eu adorava prender minha franja com grampo quando a mesma me incomodava. Enfiei o grampo na fechadura e comecei a gira-lo para todos os lados e por fim consegui abrir. (Obrigada filmes de ação! Obrigada.) Abri a porta por completo e pude ver a pior cena que eu poderia ver na minha vida. Fred estava deitado e tinha uma mulher, a loira em cima dele e ela cavalgada o fazendo soltar alguns gemidos, quando ele percebeu que a porta foi aberta e que eu era quem estava na porta, ele me olhou assustado e confuso. 

—Mas o que?... -Minha voz saiu trêmula e falhada. 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

bom, como sempre o primeiro cap nunca fica tão legal né, mas espero que tenham gostado



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Save my soul" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.