Existem coisas na vida que você consegui suportar, eu por exemplo suportei tudo até agora mais depois de escutar essa proposta não sei se vou morrer ou se vou matar alguém.

— Então quer ser a minha madrinha? Perguntou Jessie animada.

Como ela ousa me chamar para ser madrinha de casamento dela?

Sorri.

— Claro....

Ela não me deixou terminar.

— Serio?

— Não, acha mesmo que vou querer ser a sua madrinha? Perder meu tempo em assistir seu casamento idiota com um homem mais idiota ainda? É louca ou o romance que tem com ele está te deixando assim?

Ela não me respondeu.

— E se quer saber, nem mande convite para mim por que não vou, ok? Prefiro ficar na casa de Leah assistindo um jogo de futebol do que ficar assistindo besteiras. Disse sem rodeis e com raivas nas palavras.

Ao me virar dei de cara com Jeremy.

Não lhes contei. De uns dias para cá Sam deixou Jeremy frequentar a casa de Emily a pedido que Christian. Só para me agradar.

— Vamos dar o fora daqui. Disse pegando sua mão e o puxando para fora.

— Calma, mais para onde vamos? Perguntou ele sem entender nada.

— Não sei, podemos pegar um avião e ir morar em outro pais, ou morar em uma outra cidade muito distante.

— Acabei de me mudar. Brincou ele. - É muito chato ficar guardando as coisas dentro de caixas.

Olhei para ele sorrindo.

— Você sabe arrancar de mim sorriso não é?

Ele sorriu orgulhosamente.

— Ainda bem. Sorriu.

— Mais então, o que faz aqui tão cedo?

— Nada só estava em casa impaciente, de uns dias para cá estou meio sem paciência. Sorriu. - Ontem briguei até com o meu irmão.

— Por que?

— Na verdade não é o por que e sim quem.

— Como assim?

— Ele está chato demais depois que começou a namorar com a Leah.

Estranhei a palavra "namorar".

— Namorar? Perguntei.

— Sim, ela não te contou?

— Não. Disse intrigada.

— Pois é, eles estão namorando, mais para mim... Ele olhou para o nada. - Eles parecem praia e mar.

— Praia e mar?

— Sim, a praia e o mar nunca se separaram, e esta acontecendo o mesmo com eles, é muita melação daqui, muita melação dali, isso me deixa louco. Disse ele.

Eu comecei a rir, não das melações da Leah e do seu irmão mais do nojo em suas palavras.

— Do que está rindo?

— Você é a melhor coisa que já me aconteceu, sabia? Perguntei o abraçando. - Achava que nunca mais iria sorrir. Olhei para Christian e Jessie juntos me olhando tristes. - Mais ai você veio e.... Me afastei do abraço. Sorri. - Colocou esse sorriso em meu rosto.

— Que bom. Sorriu ele. - mais voltando ao assunto, até a minha fome aumentou. Disse ele incrédulo. - Ontem  minha mãe pediu pizza, foram três, eu comi a maioria dos pedaços. Ele se olhou. - e meu corpo está.... ficando escultural e minha força.... bem ela está.

Ele pegou um copo e não fez muito esforço com uma mão só para quebra-lo.

Aquilo me assustou, é tudo o que eu tenho agora que sou loba. Minha força está maior, minha fome aumentou junto com a minha paciência e minha raiva.

Olhei para Sam com uns pensamentos errados.

" ele não pude ser como eu, ele pode ter nascido aqui e tudo mais, mais ele não será como eu".

Sam me olhou.

Meus pensamentos foram  apagados por outros.

— Então quer tomar sorvete? Hoje é domingo e.... não temos nada para fazer.

— Claro, mais e pago.

— Tudo bem.

Saímos da casa de Emily e fomos para forks, aqui tem uma sorveteria boa. Ficamos sentados na sorveteria tomando sorvete praticamente a tarde toda. Como ele disse a fome dele aumentou, ele tomou mais de três sorvetes enquanto eu não conseguia tomar o segundo.

— Então o que vai fazer amanhã depois do trabalho? Perguntou ele estacionando o seu carro na frente da casa de Leah. Seu irmão estava lá também.

— Vou sair com a Leah. Pensei na ronda que teremos amanhã a noite.

— Assim. Disse ele desapontado.

— Por que?

— Nada. Sorriu ele disfarçando.

— Tem certeza?

Ele sorriu. Pelo pouco que o conheço sei muito bem quando ele fica desapontado.

— Na verdade é que.... Ele se aproximou muito de mim. Foi a primeira vez que eu senti sua respiração tão perto da minha boca. - Eu queria te levar a um lugar.

— Que... lugar? Perguntei me afastando. Se eu me afastasse mais me encostaria na porta do seu carro.

— Segredo. Sorriu me olhando carinhosamente.

— Vou ver, se eu conseguir escapar eu ligo para você, ok?

— Sim. Se animou um pouco.

— Boa noite Jeremy. Sorri.

O beijei no rosto. Quase em sua boca.

— Boa noite Nanda. Sorriu.

Foi a primeira vez que ele me chamou pelo meu apelido.

Abri a porta do seu carro e sai. Fiquei esperando ele ir embora para depois entrar.

— Então como foi na sorveteria? Perguntou Leah sentada ao lado do seu "namorado", que não me contou que era.

— Foi legal, como sabe?

— Kol me contou, na verdade o irmão dele contou para ele e ele me contou. Sorriu ela.

— Pois é né.... na verdade foi assim de repente, não foi como se eu estivesse namorando alguém escondido e nunca tivesse contado para a minha amiga de colega de quarto. Indireta.

Ela sorriu.

— Está chateada?

— Chateada é pouco. Disse me sentando com raiva. - Estou com raiva.

— Me desculpa, eu ia contar mais na hora certa, mais como soube?

— Jeremy me disse.

Kol bufou.

— Aquele pirralho não consegue ficar quieto.

— Não o chame assim. Defendi Jeremy. Pensei no que Jeremy me disse horas atrás. - Leah tem como eu não ir com você na casa da Emily amanhã?

— Não sei por que? Perguntou ela.

— Jeremy me convidou para ir em um lugar que não sei, amanhã depois do trabalho.

Ela sorriu.

— Bom nesse caso eu aguento as pontas.

De de ombros.

— É o mínimo que pode fazer depois deu ter conhecido o irmão do seu.... Pensei mil vezes antes de dizer. - namorado. Sorri. Eu estava brincando e ela sabia.

— Engraçadinha.

Sai dali com um monte de almoçadas sendo jogada em mim.

Kol jantou junto conosco e depois foi embora. Leah deitou na cama ao meu lado toda feliz e cheia de segredos.

— O que foi? Perguntei desconfiada.

— Eu e Kol.... agente.... Ela sorriu.

— Agente o que? Perguntei suspeitando. Quando a pessoa fala assim, como ela falou você pode suspeitar de varias coisas mais se tem esse negocio de " agente", bom ai você suspeita de uma coisa só.

— Passamos da fase do beijo ontem a noite. Sorriu ela.

— Não. Disse fingindo minha surpresa.

— Sim, foi tão lindo Nanda. Ela disse toda feliz, seus olhos se encheram de felicidade e de uma magia imensa chamada paixão.

Olhei para ela sorrindo.

— Eu suspeitei mesmo, mais.... como é? Perguntei.

Eu não sei como é " essas coisas".

— Bom, na verdade não dá para explicar por que com cada um com cada casal é diferente, mais quando acontecer com você, você se sentirá a pessoa mais feliz do mundo. Sorriu ela.

Me entristeci.

— Eu não quero que aconteça Leah. Disse.

— Por que?

Meus olhos se encheram de lágrimas. De uns tempos para cá, Jeremy despertou meus sentimentos, com seus sorrisos suas brincadeiras, sua forma de dizer e de me olhar.

— Porque no momento que eu estava pronta, a pessoa com quem eu queria me desapontou e muito, pode não ser culpa dela mais.... eu me entristeci de uma forma que.... que eu praticamente não senti mais nenhum sentimento dentro de mim. Sorri.

— Talvez um dia isso mude. Sorriu ela.

— Quem sabe.

Seu celular tocou.

— Sam? O que quer a essa hora da noite?

É provável que com a mesma pessoa possa acontecer varias desgraças?

É possível a mesma pessoa perder mais alguém com quem ela se importa?

É possível você querer uma coisa mais acontece outra?

É possível você negar aquele pensamentos com os fatos na sua cara?

— Sim, eu a levarei para ajuda-lo.

Ela desligou o celular e me olhou triste.

— Eu sinto muito.

Sorri.

" Eu já estou me acostumando com isso". Pensei sorrindo para ela.

Nos trocamos rapidamente e fomos para a flores. Os meninos estavam fazendo um circula em volta dele, para o mesmo não escapar.

" Por que me tornei esse monstro horrível"? Perguntou ele assustado. 

Como eu desejo que isso nunca tivesse acontecido com ele.

" Fique calmo". Disse Sam. " Trouxemos uma pessoa". Disse ele olhando para mim.

Por que?

Comecei a caminhar e passar pelos meninos. Os olhos dele quando me viram se desesperou.

— Oi Jeremy. Sorri, mais querendo chorar.

" Nanda"?

— Sim, sou eu. Disse olhando para mim mesma. Me aproximei dele, mais ele se afastou.

" Se afasta, eu sou um monstro". Disse ele se odiando.

Como eu queria que isso não tivesse acontecido.

Eu respondia para ele em voz alta.

— Está tudo bem. Sorri. - Eu vejo pessoas assim como você todos os dias. Olhei para todos ao redor.

Ele olhou também.

— Eu também sou assim como você. Disse com medo da reação dele.

" Você"?

— Sim, me transformei antes de te conhecer. 

Ele me olhou confuso.

" e não me contou"? Perguntou um pouco com raiva.

— Não. Disse de cabeça baixa.

" Por que? Por que escondeu isso de mim"?

— Não é que eu escondi, é que.....

" que"?

— Que depois que eu me transformei eu pude ter uma amizade com uma pessoa que aparentava ser normal, essa pessoas comecou a gostar de mim como uma humana e se eu contesse quem eu me tornei realmente de verdade ela poderia se assustar e se afastar de mim, já perdi duas pessoas que amo não quero perder outra. Disse. 

Ele se surpreendeu com as palavras " Já perdi duas pessoas que amo, não quero perder outra". Me revire a ele mesmo.

" Não deveria ter me escondido isso, eu poderia me assustar sim mais.... eu nunca me afastaria de você".

— Como sabe?

" Eu nunca me afastaria da garota que eu amo". Disse ele com amor em seus olhos.

Respirei fundo.

Tive que mudar de assusto.

— Olha eu sei que deve estar bravo comigo, eu entendo e ficaria no seu lugar também, mais você precisa voltar ao normal, Sam precisa le esplicar algumas coisas. Disse. - Por favor.

Tentei me aproxmimar, mais ele estava muito chateado comigo para deixar que eu me aproximasse dele.

— Tudo bem. Disse ele.

Sam caminhou até ele.

Me virei e comecei a ir embora.

— Onde vai? Perguntou Leah.

— Vai se bem difícil para ele aceitar ser assim agora, não quero que ele me veja e seja forçado ao mesmo tempo a me aceitar depois deu ter escondido quem sou. Sorri.

Sai dali e corri para o penhasco. Me sentei e depois de alguns minutos comecei a chorar.

Como é possível varias desgraças acontecerem comigo em menos de quatro meses.