Only You escrita por LivOliveira


Capítulo 24
Deu certo?


Notas iniciais do capítulo

Oie, pessoas lindxas. Desculpem a demora. Eu esqueci de postar. Vcs devem estar tipo: "Como assim, cara?". Mas eu esqueci. Eu estava tão focada no próximo que esqueci desse. Mas não tem problema, não é? Espero que sim. Bem, boa leitura.



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— Eu sei. Eu também o amo. - Respondo para Henry. - Mas não conte isso para ele, quero eu mesma contar.

— Não se preocupe, não vou contar. Até porquê, não sou pombo correio. - Ele responde e eu rio.

— Vamos entrar. Vou fazer... Pizza!

— Pizza?!

— Sim. Mas vai tomar um banho primeiro.

— Nunca fiquei tão feliz em tomar banho! - Ele diz e corre para dentro. O sigo sorrindo.

* * *

Acabo de colocar Henry na cama. O dia foi longo para ele. Henry não parou de falar sobre Violet. Parece que ele parou de gostar de Grace. Ele disse que teve "concorrência demais" e que só a admirava, não chegou á... Gostar realmente. Agora, com Violet, ele insiste em dizer que é só amizade. Mas não sei se estou pronta para ver meu filho nesse tipo de relação.

A campainha toca. Desço para ver quem é no olho mágico. Sorrio ao ver Killian parado em frente á porta. Abro rapidamente e avanço para um abraço apertado. Ele fica surpreso no início, mas me abraça também.

— Você está bem? - Pergunto quando me desvinculo de seus braços. Ele está meio gelado, consegui sentir.

— Sim. Por quê? - Ele pergunta.

— Você está gelado, venha. - O puxo para dentro de casa e fecho a porta.

— Acho que você não perguntou se estou bem porque estou com frio.

E ele tem razão. Na verdade, depois que Neal falou sobre aquilo e me ameaçou, estou alerta com todo mundo. Não sei como vou pegar o dinheiro. Talvez seja só um joguinho para me manipular. E se eu provar para Neal que ele não tem domínio sobre mim?

— Perguntei sim. Onde está sua jaqueta?

— Está com Graham.

— Por que vocês dividem as roupas?

— Porque... Sim. Do mesmo jeito que vocês mulheres emprestam roupas, nós também.

— Preciso te contar algo. - Suspiro.

— O quê?

— É sobre... Neal.

— Neal?

— Ele quer a herança. Ele sabe que tenho o direito de tê-la. Vou ter que pegar toda aquela quantia no banco e colocar em uma mala. Lógico que não será só em uma mala. É muito dinheiro...

— Espera. - Ele me interrompe. - Neal está cobrando a porcaria da herança?

— Sim. E disse que coisas ruins poderia acontecer caso eu não faça o que manda.

— E você vai cair nessa? Que coisas ruins são essas?

— Coisas... Ruins...? - Tento disfarçar. - Eu não sei.

Eu não quero contar para Killian o que aconteceu - ou o que vai acontecer. Bem, Killian entraria em pânico se eu contasse a verdade pra ele.

Essa é a segunda vez que minto pra ele. A primeira foi em dizer que não gostava dele - sendo que eu era louquinha de amores por aqueles olhos e aquele sorriso e... Parei. - e essa agora.

— Emma, você não precisa mentir pra mim. - Ele se aproxima.

— Não estou mentindo. - Mais uma mentira.

— Por que não está olhando para mim? Quer dizer... Em meus olhos...? - Ele se aproxima mais.

Não que eu não goste de olhar para Killian - eu amo -, mas é que não dá pra mentir olhando nos olhos dele. É impossível.

Olho nos olhos dele. E não dá pra mentir mais.

Os olhos de Killian são tipo os da Medusa, mas em vez de nos transformar em pedra, nos deixa hipnotizado. É como se ele pudesse controlar todo mundo só com um simples olhar.

— Porque são lindos demais para eu conseguir disfarçar algo...? - Respondo. Killian dá um pequeno sorriso de lado.

— Vai me contar?

— Não posso.

— O que foi, Swan? Me conta. - E ele se aproxima mais ainda. Estamos praticamente colados.

— Killian, para de se aproximar, por favor? - Ele sorri e coloca a mão em meu rosto, acariciando.

— Então estou descobrindo seu ponto fraco?

— Não tenho ponto fraco.

— Tem sim.

— E qual poderia ser?

— Meu olhar sexy.

— Sério? - Rio. - Esse foi o seu melhor?

— Não inventei isso.

— Ah, claro que não... - Ironizo.

Ele arqueia as sobrancelhas e me lança um olhar. Tipo... Aquele olhar que ele sabe que não resisto. Como eu amo esse olhar...

— Ta, você acertou. Parabéns. - Assumo.

— Se não quer me contar, tudo bem.

— Por favor, não é que eu não queira. Não fique mal com isso.

— Não. Eu estou bem. Só fiquei preocupado e queria te ajudar.

— Não é nada de mais.

Mais outra mentira.

— Tem certeza?

Não...

— Sim. Claro.

— Tudo bem então, confio em você.

Aí vem aquela baita consciência pesada por ter mentido.

— Hã... Quer pizza?

— Pode ser. - Killian sorri e vai comigo pra cozinha.

* * *

— Quem fez a pizza? - Killian pergunta comendo o seu quarto pedaço.

— Eu mesma. - Respondo terminando de comer.

— Está incrível!

— Obrigada. - Sorrio. Ele volta á comer e fico o observando.

— O que foi? - Ele pergunta quando acaba.

— Me promete algo?

— Sim... O que foi?

— Promete nunca me abandonar? - Seguro a mão dele.

— Claro que eu nunca te abandonaria, Emma. Por que eu faria isso?

— Só promete.

— Claro, eu prometo.

— Obrigada. - Sorrio, ele me beija.

E, como sempre, eu esqueço do mundo inteiro.

Isso é a parte louca do amor: Ele é como se fosse amnésia. Você esquece das mais de 7,2 bilhões de pessoas no mundo e deseja ter apenas uma.

Confesso que isso tudo é magnífico. E Killian só torna tudo mais fácil.

* Dia seguinte *

Pronto. Liguei para todo mundo. Só basta eles me encontrarem, aqui na floresta, daqui há cinco minutos. Ou antes, meu relógio está errado. Tanto faz. Vamos determinar o que eu realmente devo fazer.

— O que uma moça tão linda está fazendo sozinha na floresta? - Killian aparece entre as árvores.

— Esperando o resto chegar. - Respondo.

— Cheguei. - August anuncia vindo do lado oposto do que Killian veio.

— August. - O abraço. - Como foi?

— Incrível. - Ele responde quando me afasto. - Ela é incrível! E linda também.

— Sabia que ia adorar. - Digo.

— Isso com um pequeno empurrãozinho meu. - Diz Killian.

— Obrigado, Killian. - August agradece.

— Então... Qual foi a necessidade desse nosso encontro ser na floresta? - Regina pergunta caminhando em nossa direção. - Não que tenha algum problema com florestas... Mas me incomoda.

— O assunto de hoje é o de sempre. - Digo.

— Já cansei de falar desse cara, por que não falamos de Barack Obama? - Regina bufa. Killian ri.

— Porque o Barack Obama tem dinheiro suficiente para não vir me pedir para entregar a herança em dinheiro vivo para ele. - Respondo o mais rápido que posso

— Então a novidade é essa? - Regina pergunta.

— Como assim? - August pergunta.

— Estamos perto de onde ele está? Eu quero socá-lo. - Killian pergunta.

— Hã... - August resmunga e pega o celular. - Basicamente, sim, mas é melhor não.

— Vocês sabem, eu nunca quis tudo isso. Mas Neal gosta de dominar as pessoas. - Digo.

— E também de ter tudo o que quer. - Regina completa.

— Pois é, Gold sempre mimou ele. - Comenta August.

— É, mas não viemos aqui para discutir como Gold educou seu filho. - Killian se coloca á frente.

— Emma, sabe o que você deveria fazer? Não fazer nada. Deixa ele pra lá. Se ele quisesse esse dinheiro, ele teria ficado e feito a coisa certa. - Regina diz.

— Eu concordo com Regina. - August se junta á ela.

— O quê? Vocês estão loucos, só pode ser! - Killian praticamente grita. - Emma vai se colocar em risco só porque vocês a convencerão á ser tão orgulhosa.

— Killian, perceba...

— Não tem como perceber nada. - Killian interrompe August. - Emma toma a decisão.

— Eu? Eu nem sei o que fazer. - Digo.

— Já sei! Você usa dinheiro falso! - Regina propôs.

— Dinheiro falso? - Eu e August perguntamos em uníssono.

— Sim! Você pega dinheiro falso, coloca na mala e entrega pra ele. - Regina se aproxima mais de mim com um sorriso no rosto.

— E se ele descobrir? - Pergunto.

— Ele não vai porque o dinheiro falso se parece muito com o real. - Regina diz num tom óbvio.

— Pode dar certo. - August fala.

— Emma... Pensa antes. Não é mais fácil você fazer o que ele manda? - Killian segura minha mão.

— E ser fraca? Neal acha que pode mandar em Emma e ela vai mostrar o contrário. - Regina tenta me convencer.

Está claro que são idéias opostas. E bem opostas. Eu nem sei o que fazer. Eu vim para decidir e não para ter mais dúvidas, mas parece que não está dando certo. Nada dá certo mesmo.

— Olha, desculpem. Mas vocês não podem decidir por ela. - Killian tenta me defender. De quê? Não sei.

— Killian, talvez Regina esteja certa. - Digo me virando para ele. - Neal não é o rei do mundo.

— Sabemos disso. Mas Neal está por aí, solto e te ameaçou. - Killian me lembra.

— Espera, ele te ameaçou? - August pergunta.

— Mais um motivo para você nos ouvir, Emma! - Regina insiste.

— Não! Não é assim que funciona! - Diz Killian.

Minha cabeça está girando. São tantas opiniões diferentes. Comecei em cima do muro, depois pulei para um jardim, depois fui para outro, e agora estou em cima do muro de novo. Nada está adiantando.

Os três estão discutindo sem parar. Elevam voz, falam meu nome, falam nome de Neal, gritam... Tudo isso por uma decisão minha. Eu sei que chamei-os aqui. Mas era para me darem um impulso, e não pra decidirem por mim.

— Parem!! - Grito.

Talvez Regina tenha razão. Neal sempre teve o que queria, manipulava e trapaceava. Acho que sou só mais uma da listinha de "trouxas da vida" dele. E não vou cair nessa. E essa ameaça? Isso é tão clichê. Ele nunca faria isso.

— Pelo amor de Deus, parem! - Grito de novo e suspiro. - Vou fazer o que Regina falou. - Killian respira fundo, impaciente. - Killian, sei que se preocupa comigo. - Me viro pra ele e me aproximo. - Mas não tem nenhum perigo. É como se estivéssemos... Trolando ele.

— É. Mas ele não vai se vingar colando nas suas costas um papel escrito 'chute-me' e vocês não são mais adolescentes. Emma, você é uma mulher forte e corajosa, por que estaria fazendo isso? - Killian responde.

— Justamente por isso. Por ser forte e corajosa. - Respondo. Killian suspira e passa a mão no cabelo, parece nervoso e impaciente.

— Desculpem, não contem comigo para isso. - Ele diz antes de se virar e sair andando.

Claro que estou de coração partido por ter feito isso com ele. Mas... Nem sempre ele tem razão. Sei que ele está preocupado comigo, mas eu tomei minha decisão.

— Finalmente, ele me irrita. - Regina resmunga. - Então...? Vamos articular o plano para tirar a coroa de Neal?

— Neal?! - Meu pai sai de trás de uma árvore. E não é só ele, Graham também está. - Então Neal está vivo? - Ele cruza os braços observando nós três. Graham apenas fica nos observando, sem entender nada. - Anda, me responde!

Ferrou.

* * *

Esfrego os olhos com sono. Se eu tivesse 16 anos meu pai me colocaria de castigo para o resto da vida. Mas ele só ficou me olhando e dizendo: "Por que não contou?".

Bebo mais um gole do café, coloco a xícara em cima da mesa e olho para meu pai. Ao lado dele está Graham e minha mãe. Estamos na casa de meus pais, observando uns aos outros, em silêncio.

Passei a tarde toda aqui e contei tudo á eles. Desde a morte falsa até a ameaça. E eles estão calados, me observando como se eu tivesse acabado de colar um chiclete no cabelo da professora mais amada da escola.

— O que você vai fazer, Emma? Sobre... - Meu pai começa e faz uma pausa, suspirando. - ...Essa herança.

— Não vou deixar ele mandar em mim. - Respondo.

— Você nem me contou. - Minha mãe finalmente diz algo.

— Desculpem. - É a única coisa que consigo dizer.

— Tem mais algum segredo? Se casou com Killian e não nos convidou? Tem um filho com ele? Dois? Três? Conta! - Meu pai perde a calma e o controle de si mesmo. Minha mãe segura o braço dele e sussurra em seu ouvido alguma coisa. - Que bom, então. - Acho que minha mãe falou algo que desmentiu essa história que ele acabou de inventar. - Você é adulta, toma suas decisões do seu jeito. Você não quer nossa ajuda, então espero que esteja fazendo a coisa certa. - Ele se levanta e vai subindo as escadas, mas para no meio. - Ah, Graham...

— Sim? - Graham responde e olha pra ele.

— Você está me devendo cem dólares. - Ele diz por fim e sobe.

— Não acredito que apostaram isso. - Minha mãe fala pra Graham.

— Foi anos atrás. - Ele responde.

— Emma, você desapontou seu pai. - Minha mãe se vira para mim.

— Não foi eu que fiz a merda. - Respondo.

— Olha os nomes! - Ela me dá um tapa leve na perna.

— Eu não sou criança. - Digo.

— Mas agiu como. - Ela me opõe.

— O que vai fazer? Confiscar meu celular? Cancelar a Netflix? Vender as minhas roupas favoritas? - Pergunto.

— Não. Vou só ficar no meu canto, em silêncio. Parece que você só aprende na prática. Assuma as consequências, Emma. Lembre-se: Tudo tem um preço. - Ela se levanta e vai subindo as escadas. - Boa noite, Graham. - Ela some.

— Wow... - É o que Graham diz.

— Não é tão fácil encarar tudo isso. - Me levanto e vou pra cozinha.

— Claro que não. - Graham me segue. - Eu tinha certeza que ele estava morto.

— E eu tinha certeza que você e Regina se odiavam. - Digo pegando o queijo da geladeira.

— Ainda com esse assunto?

— Desculpa. Estou sob muita pressão. - Pego o pão para fazer um sanduíche. - Quer um?

— Não, obrigado. Tenho que ir.

— Tudo bem, tchau.

Ele sorri e sai da cozinha. Ouço a porta abrir, uma conversa não tão curta e a porta se fechar. Não ouvi a conversa e nem quem era, só continuei passando manteiga no pão.

— O que está fazendo, Swan? - Killian diz atrás de mim. Tomo um susto e deixo a faca cair.

— Você está louco? - Pergunto pegando a faca. - Poderia ter me ferido.

— Desculpa.

— O que está fazendo aqui? - Pergunto me virando para ele.

— Vim te ver. Soube que seus pais descobriram sobre Neal. Sinto muito.

— Eles estão bem.

— E você? Como está?

— Cansada disso tudo. Quero me livrar logo dele.

— Qualquer decisão que tomar, eu te apoio.

— Você não precisa fazer isso.

— E você não deveria fazer um sanduíche sozinha quando se tem um especialista nisso.

— Ah, sério?

— Sim. - Ele sorri.

E assim me vi fazendo um sanduíche bem louco com Killian. Usamos praticamente tudo da cozinha nesse sanduíche. Ficou bem nojento. Mas nós dois comemos. Daí decidimos limpar a nossa bagunça. E tivemos a belíssima ideia de fazer a janta para meus pais. E deu certo. Eles gostaram e nós quatro sentamos comendo. Eles me perdoaram por eu não ter contado a verdade. Mas, amanhã... Amanhã será o dia.

* Dia seguinte *

Deixei Henry com Regina, ele vai dormir na casa dela. Já peguei o dinheiro falso, está tudo num mala que estou segurando.
Olho para o relógio em meu pulso esquerdo, já são 18:43. Neal já deve estar me esperando. Estou caminhando pela floresta. Em uma mão está uma lanterna, na outra a mala.

A floresta nunca foi um problema para mim. Aliás, é o meu lugar favorito para pensar. Mas, á noite... Á noite me dá medo. Não gosto de estar aqui de noite. Me incomoda um pouco.

Finalmente consigo ver a casa abandonada na qual Neal está. Vou jogar essa mala na cara dele e me mandar.

— Emma... Chegou na hora certa. - Ele diz saindo da casa. - Fizemos pizza.

— Não, obrigada. - Respondo.

— Não te ofereci. - Ele fala. Só fico o observando. - De qualquer jeito, você trouxe a grana?

— Sim. Mas não sei porque quer tanto isso. - Entrego a mala pra ele.

— Sabe quanto tempo eu não durmo em uma king-size?

— Você optou por isso.

— Eu não tive escolha.

— Olha, quer saber? Isso não é da minha conta.

Me deu uma leve culpa de ter feito isso. Colocar dinheiro falso numa mala e entregar para alguém como se fosse original é errado. Acho que eu não deveria ter feito isso...

— Tem razão. - Ele concorda. - Está tudo aqui? - Ele olha pra mala.

— Sim. - Engulo á seco.

— Tudo bem então. Se estiver falando a verdade, e for mesmo o dinheiro, vou te deixar em paz para sempre. Mas... Se não for o que eu pedi, você já sabe, não é?

— Você parece um psicopata. - Digo num tom de nojo.

— Até mais ou nunca, Emma Swan. - Ele sorri e entra de novo.

Vou caminhando pela floresta com a lanterna.

Deu certo? Não sei. Torço que sim.


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Notas finais do capítulo

ENFIM RECESSO ESCOLAR!!! Eu já estava implorando por alguns dias em casa.

E aí? Gostaram do capítulo? Espero muito que sim. Até o próximo:3 ❤❤



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