Only You escrita por LivOliveira


Capítulo 15
De volta á Storybrooke


Notas iniciais do capítulo

Oie, pessoas lindxas. Não demorei muito haha. Espero que gostem muito desse capítulo. Boa leitura.



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— O que foi? - Killian pergunta quando volto para a mesa.

— Nada. Coisas de mulher. - Respondo.

— E então...? Vamos comer? - Sam pergunta.

— Finalmente um assunto que, eu, realmente, no fundo do meu coração, me interessei. - August diz, arrancando uma gargalhada de todos nós.

 

* * *

— Foi bom conhecer vocês. Gostei muito das nossas conversas. - Amanda diz quando estamos na frente do restaurante já nos despedindo. - Tchau, Emma. - Ela me abraça. - Lembre-se do que eu te falei no banheiro. - Ela sussurra em meu ouvido.

— Vou tentar. - Respondo e sorrio.

— Bom, espero rever vocês um dia desses... - Sam diz. - Tchau.

— Até mais. - Killian responde.

— Emma, você tem muita sorte! - Sophia diz olhando para Killian. - Cuida dele por mim?

— Hã... Ta ok. - Respondo meio sem graça.

— Tchau, Killianzinho. - Ela abraça Killian.

Essa garota realmente está brincando com a minha paciência. Sou capaz de perder o controle.

— Tchau. - Ele responde.

— Bom, até mais, pessoal. - Diz August enquanto se afasta deles. - E, Amanda, eu te ligo.

— Você não vai ligar para ninguém, está ouvindo? - Sam se aproxima de August.

— Estou ouvindo muito bem, Sam. Parece que não é só Emma que está com ciúmes. - August olha para mim.

— Estou de olho em você, August. - Sam avisa.

— Estou sabendo disso... - Ele se aproxima de mim. - Vamos? - Balanço a cabeça positivamente e vou em direção ao carro.

Entro e sento ao lado da janela, Killian senta ao lado de August em silêncio. Olho para ele e depois para August, que sentou na cadeira do motorista.

— E então...? O que acharam? - Pergunta August enquanto liga o carro.

— Foi bom. Seus amigos são bem legais. - Killian responde. - Achei a Sophia meio louquinha, mas ela é legal.

— Fale por você. Eu a achei muito oferecida. Parecia que faria de tudo por você. - Cruzo os braços.

— Eu faria tudo por mim. - Killian sorri e dá de ombros.

Esse humor dele é único.

— Killian, não começa, por favor. - Peço rindo.

— Mas eu não falei nada demais...

— Vou te ignorar o dia todo por isso.

— Eu gosto de ser ignorado e também de te irritar, estressadinha.

— E eu gosto de... - Paro.

Essa frase veio automaticamente na minha cabeça. Nem eu mesma sei o que eu iria dizer.

— Termina, Emma. - August diz dando uma leve observada para mim, mas ele volta á olhar a pista.

— ... Dar socos. - Dou um sorriso angelical para Killian.

— Socos? Mas que violência... - Killian balança a cabeça negativamente.

— Ei, perceberam? - August pergunta.

— O quê? - Killian se vira para ele.

— A nevasca se foi. Perceberam que nem ontem nem hoje nevou? - August diz.

— Sim. Então quer dizer que podemos voltar para Storybrooke hoje mesmo? - Pergunto.

Estou louca para rever meus pais e Henry. Sinto tanta falta da minha família. Espero que Mary não esteja dando pizza para Henry. Não quero que meu filho cresça comendo as mesmas porcarias que cresci comendo.

— Se quiser... - August dá de ombros.

— Claro que sim! - Respondo animada. - Estou morrendo de saudades de Henry e meus pais.

— Então quer voltar hoje? - Killian pergunta.

— Por que não? -

— Eu tenho uma novidade. - August anuncia. - Vou com vocês para Storybrooke.

— O quê? Sério? Não brinca com isso! - Digo.

— Sim. Faz tanto tempo que não tenho férias... E a minha psicóloga falou que eu tinha que tirar, urgentemente, uns meses de férias. Então coloquei Sam no controle e vou com vocês para minha cidade. - August explica com um sorriso no rosto.

Isso vai ser incrível. Estou com tantas saudades de August em Storybrooke. A cidade parece tão entediante sem ele. Que bom então que ele vai voltar (pelo menos por um tempo).

— Você não sabe o quanto esperei por isso. - Sorrio.

* * *

Peguei tudo meu. As roupas que August nos obrigou á comprar, meu celular e algumas lembranças de infância que August me deu. Está tudo em uma mala que August me emprestou.

Vou para a sala com a mala na mão e vejo os dois já prontos.

— Estou pronta. Vamos? - Aviso.

— Deixe que eu levo a sua mala. - Killian se aproxima de mim.

— Não. - Respondo.

— Além de ser estressadinha é teimosa. - Ele pega a mala da minha mão.

— Tudo bem. Hã... Eu vou no meu carro, porque depois de um tempo vou voltar. E, Killian, vai no carro de Emma. - August determina.

Muito injusta essa escalação aí.

— Por que Killian vai comigo? - Pergunto.

— Porque não posso te deixar ir sozinha. - August responde.

— Qual o problema de você e meu pai em relação á mim? Eu sei me cuidar. Não sou uma criança.

— Mas é bem teimosa... - Ouço Killian murmurar.

— Está decidido. - August indaga antes de eu reclamar. - Killian vai com você e pronto.

— Está bem, papai... - Digo num tom sarcástico.

— Vamos logo. - Diz August enquanto me guia até a garagem.

 

* * *

— Killian, por favor, desliga a droga desse rádio. - Peço.

Já estamos na estrada. Consigo ver o carro de August á minha frente enquanto dirijo. Killian está inaugurando o som novo que August me deu para o carro. Inaugurando de uma forma muito exagerada. Parece que tem uma balada dentro do carro.

— O quê? - Ele pergunta.

Provavelmente nem tenha escutado o que falei por causa do volume. Não sei nem qual é a necessidade de deixar o volume tão alto.

Sem olhar para o rádio, localizo o botão de "desliga" e desligo. Killian fica me olhando como se eu tivesse cometido um crime.

— Por que desligou? - Ele pergunta.

— Está louco? Eu já estava ficando surda.

— Deixa de exageros, Swan.

— Killian, vai procurar o que fazer.

— Não tenho o que fazer.

— Tente ler um livro.

— Bem, não tenho um livro.

— Deixe isso comigo. - Localizo com a mão um livro de Henry debaixo do meu banco (ufa! Que bom que não roubaram o livro) e jogo no colo de Killian.

— Sério? O Pequeno Príncipe? Você acha que tenho quantos anos?

— Seis. - Respondo.

— Depois me chama de engraçadinho.

— Mas você é um engraçadinho.

— Então está dizendo que sou engraçado...

— Não. Estou dizendo que suas piadas são ridículas.

— E você ainda ri delas?

— Eu rio por serem tão ridículas.

— Você pensa que me engana, eu finjo que acredito.

— Killian, vai dormir então.

— Hm... Boa idéia. - Ele fica meio largado no banco e encosta a cabeça no encosto. - Poderia ligar o rádio outra vez?

— Não.

— Tudo bem. - Ele fecha os olhos e relaxa o corpo.

Espero que ele não tenha percebido que fiquei observando ele de vez em quando.

Killian é tão lindo, legal, atencioso, engraçado, simpático, seu sorriso é tão maravilhoso. Ás vezes parece que estou sonhando quando olho para ele. Á cada toque ou troca de olhar, é como se eu estivesse nas nuvens.

Talvez eu esteja gostando dele. Só talvez, porque ele me irrita. Mas, o engraçado é que eu gosto quando ele me irrita. E eu sei que ele gosta quando me deixa irritada. Mas é que... Quando penso em fazer algo ou ameaçar ele, eu vejo aquele sorriso, aqueles olhos e tudo some. Só penso em como vou fazer para ter tudo isso.

— Emma, foca na estrada. - Killian avisa com os olhos fechados, ou melhor, um pouquinho aberto.

Droga! Ele percebeu que eu estava olhando para ele. Por que ele é tão perfeito?

* * *

— Emma. Emma. - Ouço a voz de Killian me chamar.

Depois dele me pegar o observando, o obriguei á dirigir no meu lugar. Então tive o meu momento de folga. Acabei dormindo profundamente. Parecia que eu não dormia assim há séculos, até Killian me chamar.

— O que foi? - Respondo ainda com os olhos fechados.

— Chegamos.

— Onde?

É, quando estou com muito sono, eu não me lembro das coisas. E eu realmente não me lembro disso.

— Em Storybrooke.

— Ah... - Resmungo e volto á dormir.

Um tempinho depois eu sinto braços fortes me carregarem enquanto minha cabeça está em seu peito. Nem tive tempo de pensar em quem seria. Só lembro de ter adormecido depois e sentir a minha cama.

Alguém me cobriu com o edredom e se deitou ao meu lado. Acho que eu não consegui tirar os braços em torno dele. Deve ser por isso que ele se deitou e me abraçou.

Eu ia abrir os olhos e ver quem realmente era, mas o sono foi maior que eu.

* * *

Abro os olhos e vejo o meu teto. O teto da minha casa. Do meu lar. Não me lembro de ter chegado em Storybrooke. Só me lembro de dormir no carro enquanto Killian dirigia.

Levanto devagar e vou para o meu banheiro. Tomo banho, lavo meus cabelos e me visto. Quando saio do quarto, ouço duas vozes familiares vindo do quarto de Henry. Caminho naquela direção e paro na porta.

— Você viu sereias? - Henry pergunta.

— Sim. Eram cinco. Todas lindas e graciosas. Mas, eu me lembro que uma delas tentou me afogar. - Responde Killian.

Eu poderia fazer qualquer coisa vendo essa cena. Mas só consegui sorrir olhando para os dois. Eu nunca cheguei á apresentar os dois. E agora estão sentados e conversando como velhos amigos.

— Te afogar? Por quê? - Pergunta Henry.

— Boa pergunta, Henry. Eu não sei porque queriam me afogar. - Responde Killian.

É uma imagem impressionante de se ver. Killian está contando uma de suas histórias para Henry. Isso é tão fofo da parte dele. E os dois parecem mesmo se entender. Acho que Henry gosta dele.

— Não vai me dar um abraço? - Pergunto entrando totalmente no quarto com os braços abertos.

— Claro, Swan. - Killian responde e se levanta para me abraçar.

— Você sabe que não era para você. - Me esquivo dele e vou em direção á Henry.

— Nunca se sabe. - Killian dá de ombros e eu reviro os olhos.

— Mãe! - Henry grita correndo em minha direção para um abraço forte. - Senti sua falta.

— Eu também. - Bagunço o cabelo dele enquanto o abraço.

— A vovó não me deu pizza. - Ele diz.

— Espero que não. - Rio.

— Mãe, - Henry para de me abraçar e eu me abaixo para olhar em seus olhos. - você e Killian são namorados?

Olho para Killian. Ele está sério e só dá de ombros. Olho de volta para Henry.

— Não. Por quê? - Pergunto.

— Porque acho que sim. Vocês dois parecem gostar um do outro. E também porque eu acho que vocês combinam. - Henry responde.

— Eu realmente vou ter uma conversa com Mary por te dar pizza no café da manhã. Em falar em café, estou morrendo de fome. Me acompanha? - Pergunto.

— Claro. - Henry responde. Me levanto e seguro a mão de meu filho.

— Pode vir também, Killian. - Digo.

— Não precisa, vou no Granny's. - Ele responde.

— Depois eu que sou a teimosa da história... - Reviro os olhos. - Vamos logo se não vou te obrigar.

— Como não resistir aos seus encantos? Você é tão delicada...

— Cala a boca e me segue. - Saio do quarto.

— Eu sei onde é a cozinha, Swan.

— Mais um motivo para ficar calado. - Desço as escadas.

Deixo Henry assistindo Jovens Titãs na sala enquanto vou na cozinhar preparar algo decente. Killian entra na cozinha também e começa á me ajudar.

— Então...? Vai me dizer como entrou na minha casa? - Pergunto.

— Bolso direito da frente na sua calça. - Ele responde enquanto prepara bacon.

— Andou me reavistando, Jones? - Pergunto.

— Ontem você dormiu no carro.

— Eu sei disso.

— Chegamos em Storybrooke e você não quis acordar. Então te carreguei até seu quarto. E, de novo, você não me soltou, me obrigando á dormir com você.

— E como você estava com Henry?

— Eu acordei seis horas da manhã com um belo de um chute em um lugar muito delicado meu. E adivinha quem deu? - Ele dá um sorriso sarcástico.

— Não sei. Eu não estava acordada. - Me passo por inocente.

— Vou ignorar isso. Bem, eu acordei e fui ao Granny's atrás de seus pais. Então encontrei Mary. Eu falei para ela que você voltou e Henry ficou implorando para vir. Ela disse que iria em casa rapidinho e voltaria para cá. Aí fiquei contando as minhas histórias para Henry. E ele gostou, ao contrário da mãe...

— Killian, suas histórias são tão... Enganosas. - Killian coloca o prato do bacon no balcão da cozinha.

— Não são, não. - Diz Henry entrando na cozinha e pegando um bacon. - São incríveis. - Ele morde um pedaço.

— Incríveis? - Repito.

— Sim. Sabia que Killian já foi á uma ilha mágica? - Henry pergunta.

— Uma ilha mágica? - Repito.

— Sim. Lá se podia voar e ele lutou com um dragão. - Conta Henry.

— Você não me contou essa, Killian. - Me viro para Killian.

— Ué, você nem deixou eu terminar a história das sereias e ainda me deum um banho de ketchup. - Ele responde.

— Claro, você deu em cima de mim. - Digo.

— Você deu em cima de minha mãe? - Henry pergunta para Killian.

— Como não? - Responde Killian.

— Verdade. - Henry morde outro pedaço do bacon e vai para a sala.

— Vocês se conhecem há quanto tempo? - Pergunto para Killian enquanto pego o bolo e ponho na mesa.

— Há duas horas.— Killian responde e leva os resto para mesa, me deixando na cozinha tentando pensar em como eles já estão com uma certa intimidade em tão pouco tempo.

— Vem logo, Swan. - Killian grita da sala.

Vou pra lá imediatamente e sento com Henry e Killian na mesa, como se fôssemos uma família.


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Notas finais do capítulo

E então? Gostaram? Eu vou tentar muito não demorar para postar o próximo. Bjs.