Only You escrita por LivOliveira


Capítulo 10
"Não pode ser!"


Notas iniciais do capítulo

Oie, lindxas e lindxos. Como eu havia dito, estou postando um capítulo hoje para compensar a demora do anterior. Espero que gostem desse. Então... Boa leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/673807/chapter/10

Pronto. Agora lascou-se tudo. Como é que vamos sobreviver em Nova York com apenas U$20,00 dólares? Como? Ainda mais com Killian, que come mais que um elefante. Mas, segundo ele, vamos tentar voltar pra casa.

E é isso que estamos fazendo. Killian decidiu dirigir pelas ruas de Nova York atrás de ajuda. A garçonete da lanchonete não sabia de que banco estávamos falando. Ela, provavelmente, nem deve ser daqui. Eu não ligo mais para a droga desse banco. Quero voltar logo pra casa.
Ver Henry e meus pais. Quanto mais cedo eu chegar, melhor.

— Vamos no banco? - Killian pergunta. Ele deve ter percebido minha desanimação.

— Nem sei mais se quero ir para esse banco... - Respondo e me viro para a janela.

Killian para na sinaleira em vermelho enquanto olho as pessoas atravessando a faixa de pedestre. Achei estranho um homem que pareceu muito familiar para mim. Ele estava usando uma camiseta branca, por cima uma jaqueta preta, calça jeans escura e uma mochila preta nas costas. Eu poderia jurar que conhecia ele.

Incrivelmente, ele se vira em minha direção e estreita os olhos, tentando enxergar melhor. Mas eu estou enxergando muito bem! Nem sei di quão feliz estou em vê-lo. E, melhor, em tão bom estado. O sinal fica verde e a primeira coisa que digo é:

— Estaciona o carro do outro lado! - Foi uma ordem, um grito.

Killian logo faz o que mandei, embora tenha dado um suspiro impaciente. Mas logo quando ele se vira pra mim (ele ia reclamar), eu o perco de vista.

— Não acredito... - Resmungo olhando para os lados.

— O que foi? - Killian lambe os lábios e me olha com atenção.

— Deixa pra lá. - Respondo.

— Emma, o que está... - Uma batida na janela o interrompe. Ambos nos viramos para ver. Era ele. - Eu não abro de jeito nenhum, Swan.

— Abre logo, Killian. - Ele revira os olhos e abaixa a janela.

— Nós não temos dinheiro nem... - Killian foi começando.

— Emma? - O homem interrompe Killian.

— Sim, sou eu. - Sorrio. Saio rapidamente do carro correndo e dou um abraço forte em August. Ele retribuo rapidamente enquanto sorri.

Vejo Killian descer do carro, por cima do ombro de August. Me solto dos braços dele e me viro para Killian.

— Killian, - Puxo ele para frente de August. - Esse é August, meu melhor amigo de infância. E, August, esse é Killian Jones, um amigo meu.

— Prazer, companheiro. - Killian diz enquanto aperta a mão de August.

— O prazer é todo meu. - August responde com um sorriso. - Mas, Emma... - August se vira para mim. - O que está fazendo aqui?

— Bem, eu vim investigar o caso de Neal. - Respondo.

— Ainda nessa? Eu pensei que tudo já tinha passado. - Responde August.

— Não mesmo. Acontece que ele nunca faz nada em sigilo. Neal fazer algo secretamente, é a mesma coisa que um tiranossauro Rex estar tentando entrar num formigueiro. Totalmente impossível. - Digo.

— Um dia desses me esbarrei com ele na rua.

— Espere, você sabe que Neal está vivo? - Killian pergunta.

— Mas quem não sabe? - Responde August. Mas ele percebe o que acabou de dizer e revira os olhos. - Storybrooke inteira, eu sei.

— Verdade. - Killian ri.

— Porque estão com cara de cansados? E com roupas sujas? - August se encosta no carro.

— Bem - Olho para Killian pelo canto do olho, mas volto á fitar August. -, tivemos algumas... Complicações.

— Que tipo de complicações? - Ele contrai os lábios.

— É muito complicado de explicar mas...

— Fomos assaltados duas vezes e totalmente molhados com água suja de uma poça. - Killian me interrompe.

— Nossa, nem sei o que dizer. A não que essa é a parte em que convido os dois para um belo dia em minha casa. - August segura meu braço.

— Não precisa, August. - Respondo.

— Por mim, tudo bem. - Killian entra no carro.

— Viu? Killian concorda. Vamos logo. - Reviro os olhos e entro também.

August assume o volante e dirige até um prédio alto e luxuoso. Fiquei boquiaberta ao ver o seu tamanho. Killian desce do carro e fica olhando a estrutura. Desço também e passo os olhos em todos os detalhes.

— Vão entrar ou não? - August surge ao meu lado.

— Claro. - Sorrio.

* * *

Acabei de tomar um banho bem relaxante na banheira do apartamento rico de August. Eu não sabia que ele tinha ficado tão bem sucedido aqui. Isso é magnífico. Eu o aconselhei vir para cá, e, olha o que deu?

Eu falei para August que não precisava, mas ele fez questão de colocar nossas roupas para lavar. Killian já deve estar na sala com August conversando sobre coisas de homens, eu acho. Me visto e solto meu cabelo. Decido ir de fininho até a sala, para ouvir o que estão conversando.

Estou no corredor, eles não conseguem me ver, mas vou ficar e ouvir o que estão falando. Sempre quis saber o que os homens falam quando as mulheres não estão por perto.

— Não creio que virou as costas para Graham por causa de uma garota. - Ouço August dizer.

— Ele errou. Mas, não é só uma garota. É a Emma, companheiro. - Killian responde.

— Tem razão. Por muito tempo tentei entender Emma. Mas percebi uma coisa...

— A graça disso, é não entendê-la. - Killian completa.

Não entendi essa parte de "a graça é não entendê-la". Por quê? Eu sou uma pessoa difícil?

— Como você sabe?

— Tenho um pouco de experiência com Emma.

— Que tipo de experiência?

— Tem alguns momentos que ela parece estar interessada em mim, outros não.

— Agora ela está?

— Não mesmo. - Ouço uma risadinha de Killian. Reviro os olhos. - Ontem até estava. Quando me abraçou, parecia que nunca iria me soltar.

— Entendo. Até apoio vocês dois, Killian, se você prometer nunca magoar minha Emma. Gente demais já fez isso com ela e, sinceramente, ela não merece mais um na lista.

— Eu não vou magoá-la jamais, August. Pode apostar.

— Que bom. Mas, me ouça... Você pode até nunca entender Emma, mas pode acreditar, em certos momentos, ela consegue te entender. Digo isso por experiência própria.

Está aí a resposta. O que os homens falam quando as mulheres não estão por perto: Mulheres.

— Obrigado, August. Só queria saber um modo de impressionar Emma.

— Seja você mesmo. Uma hora ela vai desistir de lutar contra.

Reviro os olhos e marcho até a sala.

— O que estão falando? - Pergunto sentando ao lado de August como se não soubesse nada.

— Sobre as Olimpíadas deste ano. Espero que os atletas do nosso país ganhem várias medalhas de ouro. - Killian responde. Mas que mentira cabeluda!

— Concordo. - August concorda. Só consigo rir baixinho. - Então, estão prontos para um café da manhã descente?

— A gente já comeu, August. - Respondo.

— Mas não a comida da minha cozinha. Vamos logo. - Ele levanta e me puxa, junto com Killian.

* * *

— Mas, August, temos que voltar! - Protesto contra meu velho amigo. Está de noite, passamos o dia inteiro no apartamento dele, e eu disse que voltaria para Storybrooke. Mas, como sempre, ele não deixou. Disse que poderia ser perigoso porque a qualquer momento pode nevar. Killian simplesmente está tomando chocolate quente enquanto assiste um canal de notícias.

— Emma, deixa de ser teimosa, ouça ele. - Killian se intromete.

— Isso ela nunca vai deixar de ser, Killian. - August responde.

— Engraçado, por que todos que Killian se mistura ficam dando uma de engraçadinhos comigo? - Cruzo os braços.

— Eu? Eu não fiz exatamente nada. - Killian se defende.

— Pois bem, você fica alguns dias em Nova York até essa nevasca acabar. - August propôs.

— Mas não está nevando! - Respondo.

— Ainda não. Mas em breve, sim.

— Então vamos agora, antes da nevasca chegar.

— Por que quer tanto voltar? - August se apoia na parede e percebo Killian colocar a xícara na mesinha e dedicar a atenção em mim.

— Estou com saudades de Henry e meus pais. - Respondo.

— Ou você não quer se esbarrar com Neal? - August pergunta.

Permaneço em silêncio. Por que ele me conhece tão bem?

Isso também é verdade, mas não consigo admitir. Dói tanto olhar nos olhos de Neal. Ninguém nunca quebrou meu coração como ele. E a verdade é que eu nunca superei. E, de novo, não consigo admitir.

— Venha comigo. - August me puxa até seu escritório, que fica em seu apartamento. - Pode me contar a verdade se quiser.

Sento no sofá cinza claro que tem do outro lado da sua mesa de trabalho. August logo se senta ao meu lado.

— Você odeia ele? - August pergunta.

— Não. Não mesmo.

— Ainda o ama?

— Não. Mas a dor ainda está presente.

— Emma, você não pode ficar guardando essa dor para sempre. Precisa se abrir. Você tem que terminar o assunto com ele.

— Acha que nunca tentei?

— Você se encontrou com ele?

— Ontem.

— E como foi?

— Eu bati nele. - August ri.

— Esse foi seu modo de tentar acabar esse assunto?

— Não. Eu tentei. Mas ele me irritou.

— Tudo te deixa irritada. - August sorrio de lado.

— Nem me fale. - Reviro os olhos ao lembrar de alguém que me deixa irritada.

— Hmm... Como assim 'nem me fale'? - Ele fica me olhando como se estivesse dizendo: "Conte-me mais...".

— Não é desse jeito, August. - Rio. - Mas tem sim alguém que me deixa bastante irritada.

— Quem?

— Killian Jones. - Respondo.

O pior é que não consigo mentir para meu amigo. Não mesmo. É totalmente impossível enganar ele, pelo menos eu.

— Killian Jones? Pensei que gostasse dele.

— Não gosto dele desse jeito, eu acho.

— Você ainda termina com esse 'eu acho'?

— August! - Dou um soco amigável no braço dele. - Não dificulte mais do já é!

— Pode me contar sobre isso também?

— Bem, tem horas que gosto dele.

— Tipo...?

— Ontem. Eu abracei como se nunca fosse soltá-lo. E eu realmente não queria me afastar dele.

— Está sentindo isso agora?

— Um pouco. - Dou de ombros. - Menos quando ele me chama de estressadinha. Eu fico totalmente irritada.

— Eu acho que você gosta.

— Bem... No fundo... Até gosto. Mas me deixa irritada. - August sorri e desvia o olhar para a porta por um momento, mas volta á me olhar.

— Emma, você não percebe?

— O quê?

— Está gostando dele. Não só como amigo.

— Hã... É... Não mesmo. - Sorrio amarelo. - Ele poderia ser um parceiro incrível, companheiro, amigo, romântico e tudo mais... Mas, eu não sou a pessoa certa para ele. Ele me deixa irritada.

— Só porque ele te deixa irritada não quer dizer que não goste dele.

— August, vamos focar em Neal?

— Por que esse interesse de repente por esse assunto que você luta tanto para evitar?

E, de novo, permaneço em silêncio. Nem sei porquê quis mudar de assunto.

— Espere aqui, ok? - Balanço a cabeça positivamente. August se levanta e sai do escritório.

Me levanto e vou para a janela, fico olhando a cidade de Nova York e aquelas milhões luzes acesas. Me abraço por causa do frio, está á cada dia mais intenso.

Não ouvi nenhum barulho de porta, nem passos. Apenas senti alguém colocar uma jaqueta de couro sobre mim. Me viro rapidamente e vejo Killian.

— Vista. Você está com frio. - Ele diz. Faço o que ele pediu e sorrio. - O que foi?

— Você se preocupa comigo... - Respondo.

Killian sorri e me abraça forte.

— É claro que me preocupo com você, Swan. - Ele sussurra.

— Por muito tempo pensei que ninguém se importava comigo. - Ele para de me abraçar e fica centímetros de distância de mim.

— Eu não sou Neal, Emma. - Ele olha em meus olhos.

Pego uma chave de August em cima da mesa ao meu lado e abaixo o olhar brincando com ela. Foi o único modo que consegui para evitar olhar nos olhos de Killian.

— Eu sei. - Respondo ainda de cabeça baixa

— Não se preocupe com isso. Eu não vou te magoar.

— Você nem tem motivo para isso.

— Ou tenho? - Ele se aproxima mais de mim, praticamente colando nossos corpos. Sinto sua respiração regular.

— Killian eu... - Começo á tentar protestar, mais foi tarde demais. Já estou hipnotizada por seus olhos.

— Shh... - Ele coloca o dedo indicador em meus lábios. - Não diga nada. - Ele abaixa o dedo. - Apenas sinta...

Ele vem aproximando seus lábios do meu, tão devagar que parecia câmera lenta. Não resisto e fecho meus olhos, esperando o contato.

Mas acabo deixando a chave cair no chão, atrapalhando a cena. Abro os olhos rapidamente e olho para Killian que está olhando para o chão.

— Eu... Preciso ir. Estou com sono. - Pego a chave e coloco na mesinha de novo. - Boa noite.

— Boa noite. - Ele olha para mim.

Saio rapidamente do escritório de August e o vejo na sala assistindo televisão.

— E então...? Como foi? - Ele pergunta ao me ver.

— Eu te mato. - É o que digo antes de August rir e eu me direcionar para o meu quarto provisório.

Deito na cama e me cubro. Percebo que ainda estou usando a jaqueta de Killian e durmo sentindo o seu cheiro.

Não, eu não posso estar gostando de Killian. Não pode ser!


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E então? O que acharam? Diga a sua opinião, é muito importante. Estou aberta para dicas. Obrigada pelos comentários do capítulo anterior. Fiquei muito feliz. Então... Até o próximo! Bjs, :)