Coração De Diamante escrita por Maria Vitoria Mikaelson


Capítulo 24
Capítulo 22 - Isabella E O Fim Do Poço.


Notas iniciais do capítulo

Ei!!! Voltei rápido de novo, e voltei com o penúltimo capítulo da fanfic, da próxima vez que vim aqui, já vai ser o último!!!

Esse capítulo será bem diferente do imaginado! Queria saber, estamos com 172 comentários agora, será que conseguimos atingir os 200 comentários até o bônus?

Boa Leitura!



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Foi aos poucos que abriu seus olhos, piscou no processo para se acostumar com a claridade que provinha de uma janela alta no lugar em que se encontrava. Sua cabeça doía, e estava levemente zonza, mesmo assim, juntou toda sua disposição para se levantar, escorando-se em alguns caixotes de madeira para isso. Não reconheceu o local que estava obviamente, era úmido, pequeno e sufocante. Um típico cativeiro. Bella revirou os olhos para aquele clichê.

—Ninguém me disse que ao virar uma princesa/rainha, eu teria que passar por situações dignas de filmes da Barbie. — murmurou para si mesma, enquanto caminhava rumo a porta enferrujada do que parecia ser um casebre. Ela devia estar com medo, aterrorizada na verdade. Mas, não era assim que se sentia.  Com uma coragem admirável, ela simplesmente sabia como aquilo acabaria; E não conseguia cogitar uma realidade na qual os “malvados” sairiam ganhando. Ela já passou por tantas coisas injustas em sua vida, que se negava convictamente a acreditar que não conseguiria superar mais uma.

         Okay, admitia que se assustou quando em um baque nada delicado, a porta foi aberta, e um Alec Volturi com uma expressão sádica a encarou. Soava bem mais convencido do que na primeira vez que se viram no baile em Londres. Ela deu alguns passos para trás, apenas por precaução, e suspirou, obrigando a sua própria mente e coração a continuarem acreditando que seria salva.

—Que bom que acordou, o sequestro não estava sendo nem um pouco emocionante, com você desmaiada. — comentou após um riso de escárnio.

—Bem, não é como se meu desmaio tivesse sido opcional. — debochou, colocando a mão de forma protetora sob a barriga elevada. — Você falou em sequestro, pedirá alguma coisa ao rei em troca de mim, então?  — indagou apenas para distraí-lo, enquanto com sua criatividade tentava bolar um plano de fuga.

—Acho que usei mal as palavras...Não é como se você ou sua criança fossem voltar para casa. — disse com maldade, e Bella se controlou para não pular em cima dele, quando mencionou seu filho.

—Vejo que você parece bem certo, de que cumprirá seu objetivo. — logo que falava, fitou pelo canto do olho, que a porta pela qual ele passou anteriormente estava entreaberta.

—Sim, você é só uma grávida frágil prestes a ir para o abate, e sendo o idiota que é, duvido que o príncipe Cullen chegue a ponto de salvá-la. — Alec fala como se adivinhasse isso. Bella o encarou com nojo, e em seguida, forçando um sorriso, passou as mãos pelos cabelos, fingindo estar desesperada com a situação. Assim, sem o mínimo esforço, alcançou o prendedor de cabelo mais afiado que já vira, que Esmee havia a presenteado naquela manhã, alegando ser uma herança de família.

—Sabe, eu acho que você não me conhece. — comentou com desdém, logo que pouco a pouco puxava o prendedor.

—O que eu preciso conhecer? Uma rainha que até ontem era plebeia, destruída cedo demais pela minha família, e uma estraga planos irritante. É tudo que você é.  — fez a descrição com desprezo.

—Você pode até estar certo em suas afirmações, mas, deixou de fora a parte mais importante sobre mim... — dito aquilo, ele esperou que ela continuasse para rir de seus absurdos, mas, ela não falou, ela o fez,  em um impulso corajoso, ela se colocou próxima a ele, e enfiou o prendedor em seu estomago, vendo ele arfar e arregalar os olhos logo em seguida.

 

— Eu não preciso de um príncipe para me salvar...Nunca precisei...E eu odeio clichês. — após isso, o presenteou com um chute nas partes baixas e o empurrou para o chão. — Tchau...E foi um desprazer ter que passar por essa tentativa de homicídio sua. — se deu ao direito de dizer, e logo depois correu para fora do lugar.

                  Sabia muito bem que o manteve no chão não foi a força dela, mas, a sim a surpresa por sua ação e que mesmo ferido sua fragilidade duraria pouco. Então foi ai que se desesperou. Olhando o longo corredor que parecia subterrâneo, ela começou a hiperventilar.

—Calma, bebê, sua mãe é louca, mas, ela com certeza sabe sobreviver. — tentou garantir, falando com seu filho e tocando seu ventre.

[...]

        Haviam vários guardas na biblioteca principal do palácio, dezenas deles, os melhores deles e ainda sim nenhum daqueles fazia ideia de onde a rainha podia se encontrar. Logo que Edward foi até seu quarto, lugar que marcou de se encontrar com a mulher, e não a encontrou lá, estranhou sua falta e buscou informações sobre ela. Ninguém a viu. Foi ai que sua preocupação se iniciou, e só se intensificou ainda mais quando fora comunicado pelos pais da amada — que acabaram de chegar— que os Volturi foram vistos em Gardênia. Ali ele soube. Foram eles que a levaram.

—Como é que vocês puderam ser tão incompetentes a ponto de não verem um sequestro acontecendo dentro do castelo? — Edward indagou para os guardas, furioso e a ponto de enlouquecer. Sua mãe, tentava consolar Renée, que já estava aos prantos, temendo que algo de grave  acontecesse a sua  filha recém descoberta.

—Edward, está sendo negativo, sua esposa pode apenas ter fugido daqui mais uma vez...Ela tem o dom de consegui burlar todos os seus homens. — Carlisle alfinetou, olhando para o filho com descaso.

—Você ouviu que os Volturi tiveram a audácia de vir aqui, certo?...Por céus, Carlisle, Isabella carrega um neto seu, e você nem está preocupado.  — Edward explodiu com seu pai, e fora a vez de Charlie tentar acalmar as coisas.

—Mandei meus homens de confiança procurarem por Bella também, se os Volturi a levaram vamos encontrá-la logo, não deixarei que esses estúpidos machuquem minha filha, não de novo. — garantiu para o genro que suspirou antes de assentir.

             Se sentia um inútil naquele momento. Um homem que devia ter poder para impedir que aquele tipo de coisa acontecesse, mas, não foi capaz de fazê-lo. Um homem que não fora capaz de proteger sua esposa e seu filho. Se sentia um nada.

           Logo ele se virou para os homens que esperavam suas instruções, e colocou sua melhor expressão de firmeza.

—Todos os guardas do castelo irão atrás de seu paradeiro. Não irão comer ou dormir, até que eu a veja aqui, sã e salva, ao meu lado. — Edward disse entredentes. — Usem quanto dinheiro for necessário, se precisarem de mais homem, arranjem mais. E para o bem de vocês espero que sigam minha ordens. — ele gritou, encarando o esquadrão de homens.

 

—Edward, meu filho, não acho que essa  deva ser a melhor maneira de proceder . — Carlisle, que até então tinha voltado a ficar calado, se pronunciou novamente.

 

—Você não tem que achar nada aqui. — Edward disse o encarando. — EU SOU O REI. — ele gritou, frustrado com tudo que estava acontecendo. — E se quiser questionar alguma decisão minha, arranje um momento melhor. — diz em fúria.

—O poder te subiu a cabeça, garoto? — seu pai questiona indignado.

 

—Não. Só estou executando o que aprendi com o último rei. — fala com ironia e assim volta a dar suas ordens.

 

[...]

            O cara era burro o suficiente para ter tentado aquele sequestro sem ter reforços, Bella quase riu dessa estupidez. Correndo com o máximo de velocidade que podia, ela viu escadas no fim do corredor, a qual subiu rapidamente. Havia uma placa de metal a impedindo de chegar a parte de cima. Ela grunhiu frustrada, e então reuniu certa força para impulsioná-la.

           

          Estava soando, e de certa forma, admitia que o medo se encontrava chegando perto dela, pediu ao céus que conseguisse da próxima vez que tentasse empurrar e assim aconteceu. A placa pulou e Isabella conseguiu chegar a superfície.

         Praticamente se arrastou para a estrada, e ofegou quando viu onde o cativeiro que Alec a colocou estava localizado; O lar dos mal nascidos. Se levantou com determinação, e sabendo que Alec estava atrás de si, tampou a entrada, puxando alguns tijolos soltos e colocando em cima da placa metálica.

              Em seguida começou uma corrida de fuga, que se cessou quando a mesma parou no próximo beco e se escorou na parede dele para descansar. Pulou de susto quando sentiu uma presença perto de si, mas, se aliviou ao reconhecer quem era; Trata-se de garoto das esculturas que havia conhecido há um tempo.

—Hey você é a Bella, a garota daquele dia. — ele também reconhece, logo a encara com estranhamento.

—É! Também sou rainha desse reino estúpido, mas, quem se importa? — Bella debochou ofegante, olhando ao redor, buscando uma solução para aquela situação louca.

—Uma rainha que mais parece uma mendiga. — o menino zomba, e Isabella se auto avalia; Seus cabelos estão bagunçados, sua pele suja de poeira, está descalça e seu vestido contém um rasgão que conseguiu durante a corrida até ali.

—Okay, posso não está no melhor dos meus dias, mas, sou uma rainha sim...E se vocês não estivessem tão presos a esse lugar e limitados a ele, saberiam disso. — retruca atrevida. Riley arqueia uma sobrancelha.

—Se você é uma rainha, o que faz aqui? Desse jeito? — indagou a desafiando a responder.

—Eu estou fugindo de um sequestrador babaca e preciso arranjar um jeito de voltar para o castelo. — explica resumidamente. — Sim, isso é louco...Essa não era a vida que eu planejava para mim, e sim, eu estou grávida e tenho agido como uma agente da C.I.A ou coisa assim... — Bella ia continuar seu monólogo, mas, o garoto a interrompeu.

—Cavalos. — o menino disse com certo desdém.

—O que? Cavalos? — Bella fica confusa.

—Sim. O senhor Francis é o homem mais bem de vida daqui, ele tem alguns deles no seu estábulo, essa é uma boa maneira de chegar no castelo. — explica e Bella faz uma careta.

—Okay. Vamos pegar alguns cavalos emprestados, sem que ele saiba. Não tinha como, Isabella Black ir mais baixo que isso. — debochou, e então suspirou.

[...]

              Renée a essa altura, estava pálida e exausta de tanto chorar, sentada no sofá confortável da biblioteca, a mesma estava com a cabeça deitada no ombro de Charlie, que lhe sussurrava palavras de conforto. Esmee estava ao lado do filho, tentando lhe convencer de que a ideia de se aventurar lá fora em busca de Bella era estúpida. Já bastava um reino com a rainha ausente e desaparecia, com o rei também, isso já era demais.

               Rosalie e Emmett não puderam ser informados dos últimos acontecimentos, por estarem no avião a essa altura. Carlisle ainda continuava na biblioteca, mas, permanecia em silêncio, sentado perto das enorme janelas que iluminavam o ambiente.

                       As portas enorme e pesadas foram abertas de forma lenta, e por elas, uma Bella beirando a destruição passou. O coração de Edward se aliviou no início, mas, logo se desesperou quando notou que a mesma estava com o vestido rasgado e com um machucado recente na testa. Correu até sua esposa, e a abraçou o mais forte que pôde, para que pudesse se certificar de que ela estava ali mesmo.

                 Quando se separaram, sem palavras, foi a vez de Renée se agarrar a filha. Carlisle avaliou a situação com curiosidade.

—Por favor, Isabella, esclareça para nós dois pontos; Os Volturi te sequestraram? E se se sim, como escapou? — alguém deveria repreender Carlisle pelo interrogatório, mas, a verdade é que todos queriam saber também. Bella se separou de Renée e encarou seu sogro com desdém.

—Sequestro? Aquilo foi patético, Alec é patético...Não se tratava de um atentado dramático ou coisa assim, era só um garoto tentando dizer para o pai que era capaz de um grande ato. Já namorei caras que fariam coisas piores comigo, do que me fazerem ameaças vazias. — Bella debochou exausta. Todos a olharam com estranhamento por causa da última parte. — Sim, eu não entrava nas boates mais perigosas e exclusivas de rosto só porque tinha um rosto bonito. — ela deixa claro. —  E quanto a minha fuga, por favor, Carlilse, como acha que sobrevivi por toda minha vida? Sendo uma moça indefesa que espera que alguém a salve? Não! Esposa, filha, rainha ou mãe, eu ainda continuo sendo a garota órfã que aprendeu a viver por conta própria cedo demais. Não é um Volturi, ou uma tentativa de vingança fracassada que irão me assustar. E se quer saber, já disse aos guardas da entrada, onde poderiam encontrar Alec, e o julgando bem, quando o pegarem e fizerem algumas ameaças convincentes por assim dizer, ele dirá onde toda a trupe Volturi está. É só um homem assustado. Ah, e precisamos de um cavalo...Dois na verdade. — ela franze as sobrancelhas quando diz a última parte, e Edward simplesmente ri das loucuras da esposa mais forte e corajosa que podia ter.

—Tinha razão ontem... — contou, pegando o rosto dela e o acariciando, como se não estivesse mais ninguém ali, com eles. — Você não está atrás de mim, eu é que estou atrás de você, há muitos ano luz. — brinca e Bella suspira.

—Esse é o ponto, rei...Não quero que ninguém esteja na frente ou atrás, quero que estejamos lado a lado, juntos. — quando Bella sussurra aquilo, ele assente emocionado.

—Eu te amo tanto sua louca. — lhe comunica disso pela milésima vez.

—Não mais do que eu, seu gostoso. — os dois riem com aquela piada interna, chorando em meio as risadas.

—Eu sei que você não precisa de um príncipe, mas, eu preciso de você, Isabella. — queria deixar aquilo mais do que obvio para ela.

—Eu realmente não preciso de um príncipe...Mas, eu preciso de você, Edward Cullen...Só você, sem títulos além do “meu”. — ela diz sorrindo.

—Eu não te salvei hoje. — comenta algo que o vinha destruindo.

—Talvez seja porque você já tinha me salvado antes...Especificamente, quando me deixou te agarrar em uma boate e desde lá não desistiu de mim. — dito aquilo, ela o beijou.


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Notas finais do capítulo

Por que esse capítulo é tão diferente do imaginado? Gente, ele foi feito para passar a imagem perfeita da Bella, ela nunca vai precisar de um príncipe, mesmo se tornando rainha e o escambal a quatro!

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