O coração de Isabela. escrita por Laris


Capítulo 32
Capítulo 32 – Sequestro.




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Quando acordei ainda demorei um pouco para voltar a realidade, olhei para os lados e percebi que estava em um cômodo escuro deitada em um sofá, me lembrou do porão, mas esse parecia mais um depósito porque estava cheio de caixas empilhadas. Depois de um tempo que eu passei andando pelo cômodo o a porta se abriu e o Geraldo entrou.

— Finalmente você acordou! – Ele me disse.

— O que você está fazendo Geraldo? Porque você me prendeu de novo? A Regina já está presa, não tem mais nada que você pode fazer! – Eu gritei para ele.

— Ah minha sobrinha querida, mas tem sim algo que você pode fazer. Você pode ser minha refém. O julgamento será nessa semana e com você presa posso garantir que sua família e amigos irão dar um jeito para que ela seja inocente.

— Como assim?

— Só vou te devolver para eles quando a Regina for solta.

— Você não pode fazer isso! – Eu gritei com raiva, não é possível que depois de tudo ela seria inocentada. Nunca eu me sentiria segura sabendo que ela está solta por aí.

— Eu já estou fazendo queridinha. – Ele me disse rindo, eu corri e tentei passar por ele e fugir, mas um homem que estava do lado de fora me segurou.

O Geraldo riu e saiu do cômodo.

E eu estava presa e sozinha de novo. Droga!

Andei mais pelo cômodo, não tinha nenhuma janela para eu tentar fugir e não tinha nenhuma outra saída sem ser a porta.

Fiquei horas sozinha lá naquele cômodo e sem o que fazer tentando bolar um plano para fugir. Estava morrendo de tédio.

Só fiquei o dia todo pensando em como estava lá no vilarejo e como o Téo estava, será que ele machucou àquela hora que caiu? Espero que não.

O Geraldo entrou de novo com os homens.

— Bom Isabela, agora que você vai começar a me ajudar. – Ele disse pegando o celular do bolso e discando para alguém. Ele colocou o celular no ouvido e esperou até alguém atender. E parece que a pessoa atendeu.

— Olá Rebeca, aqui é o Geraldo e estou com sua filha. – Reagi ao nome da minha mãe e comecei a gritar.

— Mãe, mãe! – E os homens foram me segurar e taparam minha boca. O Geraldo riu.

— Não se preocupe Rebeca, sua filhinha está bem. Mas eu te liguei para falar o que eu quero de vocês para terem ela de volta.

Ele esperou a Rebeca falar algo e continuou a falar.

— Quero que você e toda sua família, e o Raul e a Marina mintam e falem bem da Regina no julgamento.

A Rebeca disse mais algo.

— Se você quer ver sua filha novamente, vai fazer tudo o que eu disser! – Ele disse sério para ela e olhava para mim enquanto ela falava.

— Tudo bem, mas só um pouco. – Ele disse me dando o telefone. – Sua mãe quer falar com você. Eu peguei o telefone e disse desesperada.

— Mãe!

— Isabela! Você está bem? – Ela disse chorando.

— Estou bem sim mãe, mas vocês não podem fazer o que o Geraldo pede, a Regina não pode ser solta!

O Geraldo puxou o telefone da minha mão.

— Você acabou de perder o direito a terminar a ligação! – Ele colocou o telefone de volta no ouvido e disse. – Não se esqueça das minhas ameaças e que a vida da sua filhinha está em jogo.

Enquanto ele estava falando eu fiquei gritando.

—Não faça isso!! Não deixe a Regina ser solta! – Um dos homens tentou segurar a minha boca e eu mordi a mão dele.

— Você é muito insolente sabia?! – O Geraldo me disse bravo e saiu fechando a porta atrás dele e eu gritei em quanto ele saia:

— Eu te odeio!

Continuei andando pelo cômodo, e abrindo as caixas para encontrar alguma solução.

Podia tentar bater em um quando ele entrar e sair correndo igual fiz uma vez no porão, mas do lado de fora estaria o Geraldo e o outro homem, então ela acabaria me pegando. Eu teria que esperar alguma oportunidade em que estivesse só os dois homens, o Geraldo não iria aguentar ficar aqui o tempo todo. E como eu sou menor e mais astuta posso sair correndo e passar pelo segundo homem sem ele me alcançar.

Parecia um bom plano, mas agora tenho que esperar a hora perfeita para entrar em ação. Só não sabia que ia ter que esperar tanto, enquanto esperava olhei mais algumas caixas e achei uma cheia de vasos e peguei um.

Tive uma ideia. Encostei na porta e consegui ouvir eles falando no outro cômodo.

— Parece que vai dar tudo certo. A mãe das gêmeas está morrendo de medo de perder a filhinha dela de novo. Ela está desesperada.

Fiquei com muita raiva por ele estar fazendo isso com minha família.

Sentei do lado da porta e fiquei ouvindo por um tempão. Pelo que eu entendi o Geraldo não ia passar a noite ali, parece que ele tinha outro lugar para dormir, o que poderia ser uma ótima oportunidade.

— Vou ir agora, fiquem de olho na menina. – O Geraldo finalmente saiu.

Depois disso esperei mais um tempo para iniciar o meu plano. Eles me levaram um lanche há pouco tempo então acho que não iriam levar tão cedo.

Então tive outra ideia e comecei a gritar. Um dos homens veio e abriu a porta.

— O que está acontecendo menina? Porque está gritando? – Ele disse entrando.

— Tem um bicho mexendo ali!! – Apontei para o canto do quarto.

Ele andou um pouco para ver. Eu peguei um vaso e bati com toda força na cabeça dele, ele ficou meio tonto e eu aproveitei para correr.


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Notas finais do capítulo

Esse capítulo foi tenso!
Será que ela vai conseguir fugir?

Até o próximo capítulo!!
Beijos!



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