Storm Born escrita por esa


Capítulo 3
II


Notas iniciais do capítulo

bem, pelo tanto de palavras podemos claramente ver que alguém se empolgou, não é mesmo?? fdsjhfgdshjgdshjsfd
eu juro que não tinha pretensão alguma de escrever uma sinopse da bíblia, peço desculpas pela empolgação e espero que não desistam ao ver o tamanho do capítulo e gostem do resultado



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Doze horas depois da tempestade

Eu estava outra vez sentada no banco do carona do Corola verde musgo que Harry me deixara carinhosamente apelidar de Caquinha, as pernas cruzadas sobre o assento, cantarolando indiferente a música que tocava no rádio.

—- Você não pode fingir que não está me escutando, Hailee. – ele esbravejava, os olhos atentos à rua, seu nariz franzido e a boca meio crispada. – Sabe o quão preocupada Teresa está?

Eu havia dado uma das minhas famosas escapadas. Descera sorrateiramente os degraus da escada e me espremera janela afora no meio da noite. O céu ainda estava escuro, naquela transição de negro para roxo, e o painel digital mostrava ser pouco antes das cinco da manhã.

—- Entendo que você adore passear pelas ruas como um gato sem dono, mas é perigoso, Hailee. – eu sabia que, mesmo que seu tom de voz insinuasse o contrário, ele estava realmente muito puto. – Você já pensou o que aconteceria se você saísse qualquer dia desses, sem nenhum aviso, e desaparecesse? – continuei encarando o cenário que passava do outro lado da janela, cantarolando. – Olhe para mim quando falo com você!

Me virei para encará-lo. Os nós dos dedos estavam brancos devido à força com que segurava o volante, e seus olhos tão negros quanto os meus brilhavam tanto que me encolhi no banco, abraçando os joelhos.

Então, como se alguém mexesse no interruptor de um quarto, o mundo foi de escuro à cegamente claro quando a luz dos faróis iluminou todo o interior do Corola. Virei o rosto em direção à luz, os olhos quase fechados.

—- Pai! – gritei o mais alto que consegui, como se isso fosse magicamente nos teletransportar quinze metros à frente, para fora do alcance do para choque enorme do caminhão que acelerava em nossa direção.

Diferente de como acontece nos filmes, quando a cena passa a rodar em câmera lenta, tudo se tornou um borrão, como se alguém pressionasse o avançar. Harry girou o volante para a direita, jogando minha metade do carro para fora de pista, a luz dos faróis iluminando sua expressão consciente de que com aquilo estaria acabando com a própria vida.

—- Hailee. – Jack sussurrou, o rosto próximo ao meu, tocando meu ombro suavemente. Arregalei os olhos e inspirei com força, o ar gelado preenchendo meus pulmões com tanta velocidade que chegou a doer. – Você estava se chorando. – ele se justificou quase imediatamente.

Levei as mãos aos olhos e os sequei rapidamente, me sentando em meio ao amontoado de cobertores. Ainda usava as mesmas roupas da noite passada, agora secas e quentinhas devido à montanha de edredons que me cobria.

—- Foi só um pesadelo. – tentei sorrir para ele, mas a luz dos faróis ainda estava tão nítida em minha mente que, mesmo com a luz do quarto apagada, parecia difícil manter os olhos abertos.

Eu não precisei contar qual fora o pesadelo. Jack sabia. Ele se sentou na beirada da cama e ficamos ali em silêncio encarando a estampa azul de flores do cobertor que estava por cima dos outros, na penumbra do quarto. Ele passou o braço por meus ombros e me puxou para seu peito.

—- Que horas são? – murmurei com a voz pesada do sono recente.

—- Passa do meio dia. – senti cócegas quando ele falou, seu queixo apoiado em meu ombro.

—- Ela saiu do quarto? – me afastei um pouco para encarar seus olhos tão diferentes dos meus. Jack voltou o olhar para estampa do cobertor. – Certo... – sentia o nó em minha garganta crescer.

—- Eu levei o café da manhã para ela, mas não tenho certeza nem mesmo se ela ao menos chegou a tocar em qualquer coisa. – ele se abaixo e ergueu uma bandeja com café e bolinhos. – E eu também trouxe o seu, mesmo que já seja hora do almoço.

—- Obrigada. – sussurrei com o fio de voz que atravessou o nó que arranhava minha garganta. Mordisquei um dos bolinhos e estendi um segundo para Jack, que aceitou de imediato.

A única luz que entrava no quarto era a que passava entre o carpete e o vão da porta, vinda das escadas. Jack se remexeu na beirada da cama depois de terminar seu bolinho, limpou a boca com as costas da mão e abriu um sorriso suave.

—- Eu estarei lá na sala, tudo bem? – assenti com a cabeça enquanto mastigava a massa fofinha de chocolate. Ele se inclinou e beijou minha testa, levantou e se foi, abrindo a porta só o suficiente para se esgueirar para fora sem deixar que a luz entrasse.

Sentia minhas pernas doloridas da longa caminhada, a cabeça doendo como se meu cérebro trabalhasse a todo vapor. A imagem dos faróis e do volante sendo virado com força para a direita ficava se recriando em minha mente.

Balancei a cabeça com força, na vã esperança de afastar as imagens. A bandeja tilintou em meu colo, o copo e o prato escorregando um pouquinho para lá e para cá, o café gotejando em minha coxa.

Enfiei o último dos bolinhos na boca, mastigando-o ruidosamente em meio ao silêncio mortal do quarto escuro. O café ainda estava bastante quente, e mesmo que àquela luz tudo se tornasse negro, sabia que mesmo que acendesse a lâmpada que vivia dependurada no teto não encontraria outra cor no conteúdo do copo.

Bebi tudo em três longos goles – estava quente demais para que eu não fizesse pausas sem queimar o céu da boca – e deitei o copo sobre o prato, acomodando a bandeja no colchão ao meu lado. Não queria levantar, nem em dez minutos nem em dez horas.

Sabia bem o que aconteceria: Jack e eu passaríamos o dia em completo silêncio, sentados ao sofá, a televisão baixa o suficiente para que escutássemos qualquer movimentação no quarto de Teresa, mas ainda assim alta o suficiente para que não perdêssemos o que quer que estivesse passando. Não, muito obrigada. Já havia assistido àquele filme vezes o suficiente para saber como as coisas aconteceriam.

Me virei na cama, desconfortável com aquela posição, as costas coladas à parede gelada, a luz fraca que passava pela porta em meus olhos, e o som da bandeja tilintando outra vez foi seguido pelo baque abafado de alguma coisa caindo e batendo contra o carpete. Droga!

Bufei e me sentei com cuidado. O copo havia rolado para fora do prato, da bandeja e da cama, e, pior do que sobre carpete, aterrissara sobre a mochila de Jack, que eu havia abandonado no chão junto à cama pouco antes de pegar no sono.

Ainda havia um pouco de café no copo, escorrendo lentamente da borda até o tecido desgastado da mochila. Puxei o copo o mais rápido que consegui e o devolvi à bandeja, depositando-a no chão ao lado da mochila.

—- Jack vai me matar. – cantarolei baixinho ao notar a rodela de tecido manchada pelo café. Era uma mochila velha e surrada, mas continuava sendo a mochila preferida dele.

A puxei para o colo e abri o zíper, preocupada com a possibilidade de o líquido ter atravessado o tecido e manchado também as outras coisas dele que estavam ali dentro – algumas camisas e uma calça – mas por sorte aquilo não havia acontecido. Virei o conteúdo em meu colo e quando algo mais consistente que roupas atingiu meu tornozelo empurrei tudo para o lado.

Era o caderninho preto de capa dura – bem dura, mesmo— que eu havia encontrado debaixo do banco no ponto de ônibus. As páginas antes molhadas haviam secado, enrugando e o tornando ainda mais volumoso.

Mesmo no escuro, podia perceber enquanto o folheava que a tinta da caneta havia borrado em todas as páginas que estiveram molhadas, mas mesmo em meio aos borrões a letra continuava ali, legível – só estava escuro demais para ler.

—- Lee. – Jack havia aberto a porta e seus olhos apareciam à beirada da madeira. Soltei o caderninho e ergui os olhos em sua direção. Quando voltou a falar, sua voz não passava de um sussurro. – Ela saiu do quarto.

Joguei os cobertores para o lado e as pernas para fora da cama – quase pisando na bandeja com o pé esquerdo. Um dos pés calçava uma meia curtinha, e o outro mostrava meus dedos brancos com unhas pintadas de vermelho.

Equilibrei a bandeja entre o pulso e o cotovelo esquerdos e com a mão direita coloquei meus cabelos para trás das orelhas. Jack levou o indicador aos lábios e meneou a cabeça em direção à porta do banheiro quando passamos por ele. O chuveiro estava ligado, o costumeiro zumbido da água esquentando preenchia o corredor.

Descemos as escadas nas pontas dos pés. A televisão estava desligada e, pela janela da cozinha, pude ver o céu cinzento lá fora, a rua completamente parada. Garoava e as gotinhas de chuva se prendiam ao vidro, embaçando-o.

—- Você fez isso? – perguntei com um sorriso, apontando para a mesa posta. Jack sorriu seu melhor sorriso orgulhoso e jogou a cabeça para trás, gargalhando. Deixei a bandeja sobre a ilha e o copo e o prato sobre a pia.

—- Sua falta de fé em meus dotes culinários é no mínimo decepcionante. – ele provocou, o sorriso brincalhão nos lábios. Me encolhi quando a água gelada tocou minha pele. – Você sabe que temos uma lava louças, não sabe?

—- Você sabe que essa coisa gasta bastante água e energia, não sabe? – devolvi. – São só um prato e um copo, eu posso lavá-los. – empurrei os cabelos para trás com um movimento do ombro.

—- Que prestativa, Hailee.

—- Alguém tem que ser, Jack. – me virei e sorri por sobre o ombro enquanto ele revirava os olhos. O registro do chuveiro foi fechado e a água da torneira começou a esquentar. Só porque eu já terminei...

Tínhamos água quente... mas saindo de um encanamento por vez. Remexi as mãos sobre a pia para que o excesso de água escorresse por meus dedos e depois as bati na lateral da calça, para secar.

—- Você acha que ela vai... – ele lançou um olhar preocupado em direção às escadas e caminhou até a ilha, se curvando sobre os ombros e sussurrando – voltar para o quarto? – Teresa apareceu no topo da escada, a toalha enrolada nos cabelos, vestindo calças jeans e um casaco de lã bonito. Acenei que não com a cabeça em resposta a Jack.

—- Bom dia. – sua voz soava meio mole de sono, mas seus olhos pareciam mais atentos do que nunca. Ela sorriu minimamente e beijou Jack na bochecha, passando ao meu lado e bagunçando meu cabelo.

Lancei um olhar de “você também viu isso?” com os olhos um pouco arregalados em direção a Jack, cuja expressão estava provavelmente idêntica à minha, e ele moveu a cabeça positivamente.

—- Bom dia. – devolvi depois de alguns segundos em silêncio pelo choque de vê-la de pé e parcialmente feliz. Ela estava acomodando a toalha dentro da secadora, os cabelos castanhos molhados tapando a lateral de seu rosto.

—- Sabe, eu acho que deveríamos almoçar fora hoje. – ela sorriu e passou o braço ao redor da minha cintura, abraçando-me de lado. – Eu sei que você preparou um almoço maravilhoso, Jack... – seus olhos claros brilhavam em um pedido de desculpa silencioso – mas eu adoraria uma fatia gigante de pepperoni e queijo, vocês não?

Isso é, com certeza, um milagre de feriado!, pensei enquanto soltava uma risada nervosa e o ar que vinha prendendo desde que a vira no topo da escada. Jack, no entanto, tinha as sobrancelhas unidas e ergueu um dos dedos.

—- Espere. – ele pediu, visivelmente confuso. – Você sabe que dia é hoje, não sabe?

—- É claro que eu sei, Jack. – sua voz se tornara triste, mas ela sorriu mesmo assim. – Mas você acha que Harry gostaria de nos ver assim? – apontou para ele, para mim e então para si mesma. – Tristes, trancados dentro de casa como se fosse proibido que vivêssemos no dia do seu aniversário?

—- Não, Teresa, mas o que eu quis dizer... – ele começou, e ela parecia prestes a se zangar.

—- O que ele quis dizer é que... – me virei e segurei suas mãos. Ela não se desfez em uma montanha de areia branca e caquinhos como imaginei milhões de vezes que aconteceria se a tocasse naquele dia. – Não nos importamos de ficar em casa com você se for isso que quiser fazer.

Seus olhos se encheram de lágrimas, e quando ela sorriu, as maçãs do rosto subindo, as lágrimas rolaram por suas bochechas. Com um gesto de cabeça ela chamou Jack para perto e nos puxou para um abraço apertado.

—- Vocês são filhos maravilhosos, e eu não quero que passemos mais um ano trancados em casa como se não existisse nenhuma perspectiva de as coisas melhorarem e sermos felizes. – ela nos soltou e empurrou delicadamente. – Portanto subam e troquem essas roupas.

Subimos as escadas como os dois filhos maravilhosos e obedientes que éramos e quando Jack fechou a porta do quarto trocamos olhares confusos e meio desconfiados, e então, como se ensaiado, demos de ombros.

Dividíamos o quarto – Teresa até mesmo se dispusera a dividir o quarto comigo, mas Jack e eu concordamos que não havia necessidade, e que ela merecia um quarto inteirinho só para ela, arrancando o primeiro sorriso em meses – e aquilo significava que: não havia aquele tal negocio de privacidade.

Minha cama ainda estava bagunçada, mas eu não me encontrava muito disposta a arrumá-la – sem falar que temia, caso demorássemos muito, que Teresa desistisse daquela ideia.

Tirei a camisa de Harry e minha blusa fininha e as troquei por uma blusa de mangas compridas e um suéter. Prendi os cabelos em um coque de qualquer jeito e calcei os tênis que estavam debaixo da cama – junto de várias outras coisas. Jack levou mais tempo para se arrumar do que eu.

O caminho até a pizzaria foi curto e barulhento – Jack e Teresa cantavam animadamente as músicas que tocavam no rádio, mesmo aquelas que não conheciam por inteiro.

Aquela era uma das pouquíssimas pizzarias da cidade, e como se tratava de um feriado, estava lotada. Teresa bateu o pé com uma atendente, mas a garota disse que não adiantaria de nada reclamar: não havia mesas disponíveis, e a fila de espera levaria pelo menos três horas.

—- É isso o que ganhamos por morar num fim de mundo deste tamanhinho. – ela uniu o indicador e o polegar, deixando um espaço mínimo de ar entre eles. Jack massageou seus ombros e pediu para que voltássemos para dentro do carro.

—- Confiem em mim, garotas. – ele pediu, sorrindo, e nos deu as costas, seguindo em direção à pizzaria.

—- Devemos confiar nele? – ela perguntou, sorrindo, a irritação com a falta de mesas na pizzaria já se esvaindo. Ela não consegue ficar brava com nada por mais de dois minutos, pensei e sorri.

—- Em Jack? – gargalhei bem alto, fazendo-a rir. Se não podemos comer fora, pelo menos que ela não volte a ficar triste. — Não mesmo. Mas venha, – a puxei pelo cotovelo, em direção ao carro – está congelando aqui fora.

Nos sentamos nos bancos traseiros, onde sempre havia um cobertor, e o passamos por cima de nossos colos. Não levou nem mesmo três minutos para que os vidros do carro se embaçassem com nossa conversa, e quando Jack abriu a porta e o vento gelado e a garoa fina entraram, nos encolhemos.

—- Nós vamos comer fora... – ele começou a falar e então mostrou a caixa de pizza, fazendo com que nós duas sorríssemos. – Só não vai ser exatamente onde vocês imaginaram.

Quinze minutos depois estávamos os três encolhidinhos debaixo do cobertor, a caixa de pizza vazia debaixo do banco do motorista, as barrigas cheias. Não me dera conta de com quanta fome estava até a primeira mordida.

—- Ei, Jack... – Teresa começou alguns segundos depois daquele silêncio que todos fazemos depois de comer bastante. – O que você acha de deixarmos que a Hailee nos leve para casa?

Meus olhos se arregalaram e eu abri um sorriso tão enorme que senti minhas bochechas doerem. Os dois riram e Teresa ergueu as chaves do carro para mim. As apanhei, ainda sorrindo como uma criança e saltei do carro, cortando o vento e me sentando no banco do motorista.

Eu ainda não havia tirado minha carteira de habilitação, mas Teresa me deixava experimentar um pouquinho a sensação maravilhosa de pisar no acelerador e sentir o motor roncando sob meus pés.

Dirigi o caminho inteiro dividindo minha atenção entre a rua e os comentários que eles faziam, sentados atrás de mim. Coisas como “diminua a velocidade, esse não é um filme de Velozes e Furiosos” ou “cuidado, Hailee, aquele carro quase nos fechou!”.

—- O importante é que chegamos todos inteiros, não é mesmo? – eu sorri ao estacionar na entrada enquanto eles comentavam sobre como eu jamais passaria no teste de direção. – Eu não bati em ninguém, e ninguém bateu em mim.

—- Mas você não pode ignorar os limites de velocidade. – apontou Teresa.

—- E nem as placas de “pare”. Ou os sinais vermelhos. – Jack argumentou, sorrindo debochado. Ele bagunçou meu cabelo, que se soltou do elástico e caiu sobre meus ombros. – Tem essas coisas chamadas “leis de transito” – ele fez aspas com os dedos no ar – e elas existem para serem seguidas.

Teresa riu enquanto eu bufava e revirava os olhos. Empurrei Jack de brincadeira e entrei em casa correndo, tirando os tênis segundos antes de me atirar no sofá, a barriga virada para cima, os braços esticados.

—- Conversaremos depois da digestão. – propus, e eles riram.

Os dois desapareceram do meu campo de visão, seguindo em direção à cozinha. Ouvi os armários sendo abertos, e então um muxoxo de Teresa. Pude ouvir sua voz abafada reclamando sobre como era hora de visitar o supermercado.

—- Vamos aproveitar que estamos decentemente vestidos e vamos agora. – a voz de Jack ia aumentando conforme ele caminhava em direção à porta. Apanhou as chaves que eu deixara sobre o aparador.

—- Tem certeza? – Teresa estava próxima ao sofá, de costas, e vi seu polegar por sobre o ombro, apontando discretamente para mim. – Você pode fazer como certas pessoas e se atirar no sofá, se quiser.

—- Há há. – ri amarga, e ela se virou para mim, sorrindo. – Muito engraçada.

—- Não. – Jack respondeu, mordendo o lábio inferior para não rir. – Vamos. – ela caminhou até seu lado e ambos lançaram olhares em minha direção. – Hailee?

—- Oh, não. – levei as mãos à barriga, literalmente dilatada. – Podem ir, não acho que levantarei daqui tão cedo. – eles sorriram, e eu os devolvi o sorriso. – Mas me liguem quando estiverem chegando, para ajudar a descarregar.

Poucos minutos depois de ouvir o som do motor desaparecendo rua acima, me lembrei de que meu celular estava em algum lugar entre os cobertores e as roupas de Jack, em minha cama, muito provavelmente descarregado.

Subi as escadas dois degraus por vez e acendi a luz do quarto. A cama de Jack era o sinônimo da perfeição, o cobertor tão esticado que não se via um vinco, os sapatos alinhados no chão junto à parede, enquanto parecia que um furacão havia visitado o meu lado do quarto. Podemos notar claramente quem é o bagunceiro da família.

Remexi ainda mais o mar de cobertores que era minha cama e desenterrei o celular de debaixo das blusas de Jack. Estava prestes a sair quando meus olhos pousaram no caderninho de capa dura. Bem, eu tenho que fazer alguma coisa enquanto os espero, não?


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Notas finais do capítulo

bem, por enquanto é só
espero atualizar a história até pelo menos quinta-feira, e espero também que tenham gostado
ah, deixem um comentariozinho pra mim, vai, eu juro que não dói nada!
até a próxima ♡



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