Storm Born escrita por esa
Notas iniciais do capítulo
bem, pelo tanto de palavras podemos claramente ver que alguém se empolgou, não é mesmo?? fdsjhfgdshjgdshjsfd
eu juro que não tinha pretensão alguma de escrever uma sinopse da bíblia, peço desculpas pela empolgação e espero que não desistam ao ver o tamanho do capítulo e gostem do resultado
Doze horas depois da tempestade
Eu estava outra vez sentada no banco do carona do Corola verde musgo que Harry me deixara carinhosamente apelidar de Caquinha, as pernas cruzadas sobre o assento, cantarolando indiferente a música que tocava no rádio.
—- Você não pode fingir que não está me escutando, Hailee. – ele esbravejava, os olhos atentos à rua, seu nariz franzido e a boca meio crispada. – Sabe o quão preocupada Teresa está?
Eu havia dado uma das minhas famosas escapadas. Descera sorrateiramente os degraus da escada e me espremera janela afora no meio da noite. O céu ainda estava escuro, naquela transição de negro para roxo, e o painel digital mostrava ser pouco antes das cinco da manhã.
—- Entendo que você adore passear pelas ruas como um gato sem dono, mas é perigoso, Hailee. – eu sabia que, mesmo que seu tom de voz insinuasse o contrário, ele estava realmente muito puto. – Você já pensou o que aconteceria se você saísse qualquer dia desses, sem nenhum aviso, e desaparecesse? – continuei encarando o cenário que passava do outro lado da janela, cantarolando. – Olhe para mim quando falo com você!
Me virei para encará-lo. Os nós dos dedos estavam brancos devido à força com que segurava o volante, e seus olhos tão negros quanto os meus brilhavam tanto que me encolhi no banco, abraçando os joelhos.
Então, como se alguém mexesse no interruptor de um quarto, o mundo foi de escuro à cegamente claro quando a luz dos faróis iluminou todo o interior do Corola. Virei o rosto em direção à luz, os olhos quase fechados.
—- Pai! – gritei o mais alto que consegui, como se isso fosse magicamente nos teletransportar quinze metros à frente, para fora do alcance do para choque enorme do caminhão que acelerava em nossa direção.
Diferente de como acontece nos filmes, quando a cena passa a rodar em câmera lenta, tudo se tornou um borrão, como se alguém pressionasse o avançar. Harry girou o volante para a direita, jogando minha metade do carro para fora de pista, a luz dos faróis iluminando sua expressão consciente de que com aquilo estaria acabando com a própria vida.
—- Hailee. – Jack sussurrou, o rosto próximo ao meu, tocando meu ombro suavemente. Arregalei os olhos e inspirei com força, o ar gelado preenchendo meus pulmões com tanta velocidade que chegou a doer. – Você estava se chorando. – ele se justificou quase imediatamente.
Levei as mãos aos olhos e os sequei rapidamente, me sentando em meio ao amontoado de cobertores. Ainda usava as mesmas roupas da noite passada, agora secas e quentinhas devido à montanha de edredons que me cobria.
—- Foi só um pesadelo. – tentei sorrir para ele, mas a luz dos faróis ainda estava tão nítida em minha mente que, mesmo com a luz do quarto apagada, parecia difícil manter os olhos abertos.
Eu não precisei contar qual fora o pesadelo. Jack sabia. Ele se sentou na beirada da cama e ficamos ali em silêncio encarando a estampa azul de flores do cobertor que estava por cima dos outros, na penumbra do quarto. Ele passou o braço por meus ombros e me puxou para seu peito.
—- Que horas são? – murmurei com a voz pesada do sono recente.
—- Passa do meio dia. – senti cócegas quando ele falou, seu queixo apoiado em meu ombro.
—- Ela saiu do quarto? – me afastei um pouco para encarar seus olhos tão diferentes dos meus. Jack voltou o olhar para estampa do cobertor. – Certo... – sentia o nó em minha garganta crescer.
—- Eu levei o café da manhã para ela, mas não tenho certeza nem mesmo se ela ao menos chegou a tocar em qualquer coisa. – ele se abaixo e ergueu uma bandeja com café e bolinhos. – E eu também trouxe o seu, mesmo que já seja hora do almoço.
—- Obrigada. – sussurrei com o fio de voz que atravessou o nó que arranhava minha garganta. Mordisquei um dos bolinhos e estendi um segundo para Jack, que aceitou de imediato.
A única luz que entrava no quarto era a que passava entre o carpete e o vão da porta, vinda das escadas. Jack se remexeu na beirada da cama depois de terminar seu bolinho, limpou a boca com as costas da mão e abriu um sorriso suave.
—- Eu estarei lá na sala, tudo bem? – assenti com a cabeça enquanto mastigava a massa fofinha de chocolate. Ele se inclinou e beijou minha testa, levantou e se foi, abrindo a porta só o suficiente para se esgueirar para fora sem deixar que a luz entrasse.
Sentia minhas pernas doloridas da longa caminhada, a cabeça doendo como se meu cérebro trabalhasse a todo vapor. A imagem dos faróis e do volante sendo virado com força para a direita ficava se recriando em minha mente.
Balancei a cabeça com força, na vã esperança de afastar as imagens. A bandeja tilintou em meu colo, o copo e o prato escorregando um pouquinho para lá e para cá, o café gotejando em minha coxa.
Enfiei o último dos bolinhos na boca, mastigando-o ruidosamente em meio ao silêncio mortal do quarto escuro. O café ainda estava bastante quente, e mesmo que àquela luz tudo se tornasse negro, sabia que mesmo que acendesse a lâmpada que vivia dependurada no teto não encontraria outra cor no conteúdo do copo.
Bebi tudo em três longos goles – estava quente demais para que eu não fizesse pausas sem queimar o céu da boca – e deitei o copo sobre o prato, acomodando a bandeja no colchão ao meu lado. Não queria levantar, nem em dez minutos nem em dez horas.
Sabia bem o que aconteceria: Jack e eu passaríamos o dia em completo silêncio, sentados ao sofá, a televisão baixa o suficiente para que escutássemos qualquer movimentação no quarto de Teresa, mas ainda assim alta o suficiente para que não perdêssemos o que quer que estivesse passando. Não, muito obrigada. Já havia assistido àquele filme vezes o suficiente para saber como as coisas aconteceriam.
Me virei na cama, desconfortável com aquela posição, as costas coladas à parede gelada, a luz fraca que passava pela porta em meus olhos, e o som da bandeja tilintando outra vez foi seguido pelo baque abafado de alguma coisa caindo e batendo contra o carpete. Droga!
Bufei e me sentei com cuidado. O copo havia rolado para fora do prato, da bandeja e da cama, e, pior do que sobre carpete, aterrissara sobre a mochila de Jack, que eu havia abandonado no chão junto à cama pouco antes de pegar no sono.
Ainda havia um pouco de café no copo, escorrendo lentamente da borda até o tecido desgastado da mochila. Puxei o copo o mais rápido que consegui e o devolvi à bandeja, depositando-a no chão ao lado da mochila.
—- Jack vai me matar. – cantarolei baixinho ao notar a rodela de tecido manchada pelo café. Era uma mochila velha e surrada, mas continuava sendo a mochila preferida dele.
A puxei para o colo e abri o zíper, preocupada com a possibilidade de o líquido ter atravessado o tecido e manchado também as outras coisas dele que estavam ali dentro – algumas camisas e uma calça – mas por sorte aquilo não havia acontecido. Virei o conteúdo em meu colo e quando algo mais consistente que roupas atingiu meu tornozelo empurrei tudo para o lado.
Era o caderninho preto de capa dura – bem dura, mesmo— que eu havia encontrado debaixo do banco no ponto de ônibus. As páginas antes molhadas haviam secado, enrugando e o tornando ainda mais volumoso.
Mesmo no escuro, podia perceber enquanto o folheava que a tinta da caneta havia borrado em todas as páginas que estiveram molhadas, mas mesmo em meio aos borrões a letra continuava ali, legível – só estava escuro demais para ler.
—- Lee. – Jack havia aberto a porta e seus olhos apareciam à beirada da madeira. Soltei o caderninho e ergui os olhos em sua direção. Quando voltou a falar, sua voz não passava de um sussurro. – Ela saiu do quarto.
Joguei os cobertores para o lado e as pernas para fora da cama – quase pisando na bandeja com o pé esquerdo. Um dos pés calçava uma meia curtinha, e o outro mostrava meus dedos brancos com unhas pintadas de vermelho.
Equilibrei a bandeja entre o pulso e o cotovelo esquerdos e com a mão direita coloquei meus cabelos para trás das orelhas. Jack levou o indicador aos lábios e meneou a cabeça em direção à porta do banheiro quando passamos por ele. O chuveiro estava ligado, o costumeiro zumbido da água esquentando preenchia o corredor.
Descemos as escadas nas pontas dos pés. A televisão estava desligada e, pela janela da cozinha, pude ver o céu cinzento lá fora, a rua completamente parada. Garoava e as gotinhas de chuva se prendiam ao vidro, embaçando-o.
—- Você fez isso? – perguntei com um sorriso, apontando para a mesa posta. Jack sorriu seu melhor sorriso orgulhoso e jogou a cabeça para trás, gargalhando. Deixei a bandeja sobre a ilha e o copo e o prato sobre a pia.
—- Sua falta de fé em meus dotes culinários é no mínimo decepcionante. – ele provocou, o sorriso brincalhão nos lábios. Me encolhi quando a água gelada tocou minha pele. – Você sabe que temos uma lava louças, não sabe?
—- Você sabe que essa coisa gasta bastante água e energia, não sabe? – devolvi. – São só um prato e um copo, eu posso lavá-los. – empurrei os cabelos para trás com um movimento do ombro.
—- Que prestativa, Hailee.
—- Alguém tem que ser, Jack. – me virei e sorri por sobre o ombro enquanto ele revirava os olhos. O registro do chuveiro foi fechado e a água da torneira começou a esquentar. Só porque eu já terminei...
Tínhamos água quente... mas saindo de um encanamento por vez. Remexi as mãos sobre a pia para que o excesso de água escorresse por meus dedos e depois as bati na lateral da calça, para secar.
—- Você acha que ela vai... – ele lançou um olhar preocupado em direção às escadas e caminhou até a ilha, se curvando sobre os ombros e sussurrando – voltar para o quarto? – Teresa apareceu no topo da escada, a toalha enrolada nos cabelos, vestindo calças jeans e um casaco de lã bonito. Acenei que não com a cabeça em resposta a Jack.
—- Bom dia. – sua voz soava meio mole de sono, mas seus olhos pareciam mais atentos do que nunca. Ela sorriu minimamente e beijou Jack na bochecha, passando ao meu lado e bagunçando meu cabelo.
Lancei um olhar de “você também viu isso?” com os olhos um pouco arregalados em direção a Jack, cuja expressão estava provavelmente idêntica à minha, e ele moveu a cabeça positivamente.
—- Bom dia. – devolvi depois de alguns segundos em silêncio pelo choque de vê-la de pé e parcialmente feliz. Ela estava acomodando a toalha dentro da secadora, os cabelos castanhos molhados tapando a lateral de seu rosto.
—- Sabe, eu acho que deveríamos almoçar fora hoje. – ela sorriu e passou o braço ao redor da minha cintura, abraçando-me de lado. – Eu sei que você preparou um almoço maravilhoso, Jack... – seus olhos claros brilhavam em um pedido de desculpa silencioso – mas eu adoraria uma fatia gigante de pepperoni e queijo, vocês não?
Isso é, com certeza, um milagre de feriado!, pensei enquanto soltava uma risada nervosa e o ar que vinha prendendo desde que a vira no topo da escada. Jack, no entanto, tinha as sobrancelhas unidas e ergueu um dos dedos.
—- Espere. – ele pediu, visivelmente confuso. – Você sabe que dia é hoje, não sabe?
—- É claro que eu sei, Jack. – sua voz se tornara triste, mas ela sorriu mesmo assim. – Mas você acha que Harry gostaria de nos ver assim? – apontou para ele, para mim e então para si mesma. – Tristes, trancados dentro de casa como se fosse proibido que vivêssemos no dia do seu aniversário?
—- Não, Teresa, mas o que eu quis dizer... – ele começou, e ela parecia prestes a se zangar.
—- O que ele quis dizer é que... – me virei e segurei suas mãos. Ela não se desfez em uma montanha de areia branca e caquinhos como imaginei milhões de vezes que aconteceria se a tocasse naquele dia. – Não nos importamos de ficar em casa com você se for isso que quiser fazer.
Seus olhos se encheram de lágrimas, e quando ela sorriu, as maçãs do rosto subindo, as lágrimas rolaram por suas bochechas. Com um gesto de cabeça ela chamou Jack para perto e nos puxou para um abraço apertado.
—- Vocês são filhos maravilhosos, e eu não quero que passemos mais um ano trancados em casa como se não existisse nenhuma perspectiva de as coisas melhorarem e sermos felizes. – ela nos soltou e empurrou delicadamente. – Portanto subam e troquem essas roupas.
Subimos as escadas como os dois filhos maravilhosos e obedientes que éramos e quando Jack fechou a porta do quarto trocamos olhares confusos e meio desconfiados, e então, como se ensaiado, demos de ombros.
Dividíamos o quarto – Teresa até mesmo se dispusera a dividir o quarto comigo, mas Jack e eu concordamos que não havia necessidade, e que ela merecia um quarto inteirinho só para ela, arrancando o primeiro sorriso em meses – e aquilo significava que: não havia aquele tal negocio de privacidade.
Minha cama ainda estava bagunçada, mas eu não me encontrava muito disposta a arrumá-la – sem falar que temia, caso demorássemos muito, que Teresa desistisse daquela ideia.
Tirei a camisa de Harry e minha blusa fininha e as troquei por uma blusa de mangas compridas e um suéter. Prendi os cabelos em um coque de qualquer jeito e calcei os tênis que estavam debaixo da cama – junto de várias outras coisas. Jack levou mais tempo para se arrumar do que eu.
O caminho até a pizzaria foi curto e barulhento – Jack e Teresa cantavam animadamente as músicas que tocavam no rádio, mesmo aquelas que não conheciam por inteiro.
Aquela era uma das pouquíssimas pizzarias da cidade, e como se tratava de um feriado, estava lotada. Teresa bateu o pé com uma atendente, mas a garota disse que não adiantaria de nada reclamar: não havia mesas disponíveis, e a fila de espera levaria pelo menos três horas.
—- É isso o que ganhamos por morar num fim de mundo deste tamanhinho. – ela uniu o indicador e o polegar, deixando um espaço mínimo de ar entre eles. Jack massageou seus ombros e pediu para que voltássemos para dentro do carro.
—- Confiem em mim, garotas. – ele pediu, sorrindo, e nos deu as costas, seguindo em direção à pizzaria.
—- Devemos confiar nele? – ela perguntou, sorrindo, a irritação com a falta de mesas na pizzaria já se esvaindo. Ela não consegue ficar brava com nada por mais de dois minutos, pensei e sorri.
—- Em Jack? – gargalhei bem alto, fazendo-a rir. Se não podemos comer fora, pelo menos que ela não volte a ficar triste. — Não mesmo. Mas venha, – a puxei pelo cotovelo, em direção ao carro – está congelando aqui fora.
Nos sentamos nos bancos traseiros, onde sempre havia um cobertor, e o passamos por cima de nossos colos. Não levou nem mesmo três minutos para que os vidros do carro se embaçassem com nossa conversa, e quando Jack abriu a porta e o vento gelado e a garoa fina entraram, nos encolhemos.
—- Nós vamos comer fora... – ele começou a falar e então mostrou a caixa de pizza, fazendo com que nós duas sorríssemos. – Só não vai ser exatamente onde vocês imaginaram.
Quinze minutos depois estávamos os três encolhidinhos debaixo do cobertor, a caixa de pizza vazia debaixo do banco do motorista, as barrigas cheias. Não me dera conta de com quanta fome estava até a primeira mordida.
—- Ei, Jack... – Teresa começou alguns segundos depois daquele silêncio que todos fazemos depois de comer bastante. – O que você acha de deixarmos que a Hailee nos leve para casa?
Meus olhos se arregalaram e eu abri um sorriso tão enorme que senti minhas bochechas doerem. Os dois riram e Teresa ergueu as chaves do carro para mim. As apanhei, ainda sorrindo como uma criança e saltei do carro, cortando o vento e me sentando no banco do motorista.
Eu ainda não havia tirado minha carteira de habilitação, mas Teresa me deixava experimentar um pouquinho a sensação maravilhosa de pisar no acelerador e sentir o motor roncando sob meus pés.
Dirigi o caminho inteiro dividindo minha atenção entre a rua e os comentários que eles faziam, sentados atrás de mim. Coisas como “diminua a velocidade, esse não é um filme de Velozes e Furiosos” ou “cuidado, Hailee, aquele carro quase nos fechou!”.
—- O importante é que chegamos todos inteiros, não é mesmo? – eu sorri ao estacionar na entrada enquanto eles comentavam sobre como eu jamais passaria no teste de direção. – Eu não bati em ninguém, e ninguém bateu em mim.
—- Mas você não pode ignorar os limites de velocidade. – apontou Teresa.
—- E nem as placas de “pare”. Ou os sinais vermelhos. – Jack argumentou, sorrindo debochado. Ele bagunçou meu cabelo, que se soltou do elástico e caiu sobre meus ombros. – Tem essas coisas chamadas “leis de transito” – ele fez aspas com os dedos no ar – e elas existem para serem seguidas.
Teresa riu enquanto eu bufava e revirava os olhos. Empurrei Jack de brincadeira e entrei em casa correndo, tirando os tênis segundos antes de me atirar no sofá, a barriga virada para cima, os braços esticados.
—- Conversaremos depois da digestão. – propus, e eles riram.
Os dois desapareceram do meu campo de visão, seguindo em direção à cozinha. Ouvi os armários sendo abertos, e então um muxoxo de Teresa. Pude ouvir sua voz abafada reclamando sobre como era hora de visitar o supermercado.
—- Vamos aproveitar que estamos decentemente vestidos e vamos agora. – a voz de Jack ia aumentando conforme ele caminhava em direção à porta. Apanhou as chaves que eu deixara sobre o aparador.
—- Tem certeza? – Teresa estava próxima ao sofá, de costas, e vi seu polegar por sobre o ombro, apontando discretamente para mim. – Você pode fazer como certas pessoas e se atirar no sofá, se quiser.
—- Há há. – ri amarga, e ela se virou para mim, sorrindo. – Muito engraçada.
—- Não. – Jack respondeu, mordendo o lábio inferior para não rir. – Vamos. – ela caminhou até seu lado e ambos lançaram olhares em minha direção. – Hailee?
—- Oh, não. – levei as mãos à barriga, literalmente dilatada. – Podem ir, não acho que levantarei daqui tão cedo. – eles sorriram, e eu os devolvi o sorriso. – Mas me liguem quando estiverem chegando, para ajudar a descarregar.
Poucos minutos depois de ouvir o som do motor desaparecendo rua acima, me lembrei de que meu celular estava em algum lugar entre os cobertores e as roupas de Jack, em minha cama, muito provavelmente descarregado.
Subi as escadas dois degraus por vez e acendi a luz do quarto. A cama de Jack era o sinônimo da perfeição, o cobertor tão esticado que não se via um vinco, os sapatos alinhados no chão junto à parede, enquanto parecia que um furacão havia visitado o meu lado do quarto. Podemos notar claramente quem é o bagunceiro da família.
Remexi ainda mais o mar de cobertores que era minha cama e desenterrei o celular de debaixo das blusas de Jack. Estava prestes a sair quando meus olhos pousaram no caderninho de capa dura. Bem, eu tenho que fazer alguma coisa enquanto os espero, não?
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bem, por enquanto é só
espero atualizar a história até pelo menos quinta-feira, e espero também que tenham gostado
ah, deixem um comentariozinho pra mim, vai, eu juro que não dói nada!
até a próxima ♡