Uma Noite e Tudo Muda escrita por Dama da Morte


Capítulo 31
Capítulo 31


Notas iniciais do capítulo

Olar rs, voltei!
Obrigada pelos cometários e pela força que todas me dera! Amo vocês!♥
Hoje eu não vou enrolar muito, pois eu enganei algumas pessoas rs!
Então boa leitura e até as notas finais :D



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Thalia


— Quando poderei vê-lo? – Foi a primeira coisa que perguntei ao dar um longo suspiro de alívio ao saber que Nico estava bem.
Mas a resposta para minha pergunta não foi me dada, Hades apenas passou o braço pelos meus ombros cansados e levou a mim e Perséfone para casa, pra descansarmos. Ele disse-me apenas para voltar ao hospital mais tarde.
Ao adentrar a porta do apartamento de Jason, o mesmo me esperava na sala. Fez a mínima questão de brigar comigo, mas eu logo consegui fugir para meu quarto, caindo num sono profundo de algumas horas, descansando bem, mas não totalmente aliviada, pois não havia conferido com meus próprios olhos se Nico estava realmente bem.
E ao estar novamente de pé, totalmente descansada, ou quase isso, mas ainda preocupada, arrumei-me rapidamente, roubei algo que Piper havia feito na cozinha e corri para o hospital com total esperança de vê-lo.
Mas apenas encontrei Hades na mesma sala de espera, descansando com os olhos fechados em uma das cadeiras nada confortáveis que a sala continha.
Ao me ver, ele apenas arregalou os olhos, como se estivesse surpreso e perguntou:
— Você pelo menos dormiu? – Ele olhava-me estranhamente, como se eu carregasse frutas em cima da cabeça.
Franzi a testa perguntando-me se minhas olheiras estavam tão ruins assim. Acabei fazendo que sim com a cabeça.
— Sim, eu dormi, muito bem, aliás. – Falei. - Como ele está? – Questionei sem sentar-me ao seu lado, sem sequer respirar ou algo do tipo.
— Os médicos disseram que Nico está se recuperando bem até agora. – Respondeu-me pondo-se de pé.
— Quando vou poder vê-lo? – Voltei a perguntar, pois precisava falar algumas coisas para Nico.
Vi Hades franzir o cenho, como se estivesse tendo alguma ideia, ou perguntando-se algo naquele momento.
— Que tal agora? – Perguntou ele, sem desviar os seus olhos, que me lembravam dos olhos de Nico, de mim.
Eu apenas arregalei os olhos.
— Agora? – Questionei o olhando também.
Hades fez que sim com a cabeça.
— Venha. – Ele fez um gesto com a cabeça para que eu o seguisse. – Eu já o vi hoje cedo.
Eu comecei a segui-lo à medida que Hades andava pela sala completamente branca, virando em um corredor sem ser impedido por um dos diversos enfermeiros e médicos que circulavam por ali.
— Ele disse algo? – Perguntei ouvindo os ruídos diferentes que nossos calçados causavam a cada novo passo que dávamos ao longo do corredor.
— Eu fiz algumas perguntas e falei algumas coisas para ele, mas Nico não me deu resposta, ele manteve-se calado durante o tempo que estive dentro do quarto. – Contou Hades parecendo preocupada com o silêncio de Nico.
E eu apenas assenti, esperando que quando conversássemos fosse diferente do que com Hades, que obteve apenas o silêncio de Nico.
Não fiz mais perguntas, não sabia como começar um novo assunto com a versão mais velha e menos rabugenta de Nico. Apenas segui lado a lado com Hades até o quarto que Nico fora colocado.
Meu estômago estava revirado por algum estranho motivo. Um estranho medo também tomava-me o corpo naquele momento. Eu ainda me sentia impotente de alguma forma.
— Quanto tempo ele vai ter que ficar aqui? - Deixei que a pergunta escapasse sem que eu percebesse.
— Ainda não sabemos quando ele vai receber alta! – Afirmou Hades com os olhos fixos em algum lugar do corredor em que agora estávamos.
— Quem vai ficar com ele durante esse tempo? – Questionei.
— Eu e Maria vamos revessar. – Contou o mais velho ao meu lado. – Um dia eu aqui, um dia ela.
— Não vai atrapalhar o trabalho de vocês dois? – Voltei a fazer perguntas.
— Um pouco, mas...
— Eu posso ficar aqui. – Eu o interrompi. – A escola ainda não voltou, eu não tenho nada para fazer. Eu posso ficar com ele.
— Você é menor de idade e tem certeza que essa é a melhor coisa a se fazer? – Perguntou-me ele concentrando seus olhos em mim novamente.
— Fiz dezoito anos primeiro que Nico. – Falei nervosa, apelando para que ele aceitasse minha ideia. – E sim, eu tenho certeza que essa é a melhor coisa a se fazer.
— Não vai se arrepender?
— Não. – Eu disse por fim, com todas as minhas certezas, pondo um ponto final naquela conversa.


{...}


— O que ela está fazendo aqui? – Foi a primeira coisa que Thalia ouviu ao passar pelo arco da porta do quarto de hospital.
Desta vez, Nico encontrava-se acordado, e seu rosto não estava tão sereno quanto quando estava dormindo no dia anterior. Agora o rapaz, que ainda se encontrava deitado na cama de hospital, carregava em seu rosto uma expressão ainda indecifrável para Thalia.
— Você precisa de uma acompanhante Nico. – Disse Hades calmamente olhando para Thalia, enquanto mantinha ambas as mãos nos bolsos do sobretudo preto.
— Você não pode ficar aqui? – Questionou o rapaz com os olhos fixos no pai.
— Thalia ficará com você enquanto eu e sua mãe estamos trabalhando! – Respondeu o mais velho agora olhando para o filho.
Nico fechou os olhos por um instante e suspirou.
— E Bianca e Hazel? – Questionou novamente Nico ao engolir o seco, durante o tempo em que via seus batimentos cardíacos acelerando-se mais e mais, o irritando a cada novo BIP. – Alguém pode parar essa porcaria, por favor?
Todos os presentes ali se assustaram com o pequeno surto do sereno rapaz.
— Infelizmente não senhor Di Angelo. - Disse a enfermeira que ajustava todos os aparelhos hospitalares ligados a Nico.
Hades direcionou-se a porta do quarto, para ir embora dali.
— Bianca tem que cuidar dos gêmeos e Hazel é menor de idade, você sabe disso! – Afirmou virando-se para o filho quando chegou ao lado de Thalia. Nico ignorava totalmente o olhar de todos ali, ele preferiu encarar o teto branco e sem graça acima da sua cabeça. – Thalia vai ficar com você durante esse tempo. Eu e sua mãe vamos vir vê-lo nos tempos livre. E não grite, aqui não é sua casa. Use a educação que eu e sua mãe lhe demos!
Assim que Hades terminou sua frase, Nico voltou a encará-lo e perguntou:
— Qual educação?
Hades apenas desviou o olhar e suspirou.
— Ainda há tempo de desistir, você não é obrigada a suportar meu filho malcriado! Você tem certeza que quer ficar aqui? – Ele perguntou uma última vez a garota. Thalia apenas fez que sim com a cabeça, sem pensar duas vezes, pois estava totalmente disposta a passar alguns dias ali com o rapaz. – Certo. Qualquer coisa não hesite em ligar para mim ou para Maria.
— Certo Hades. – Disse ela.
— Tchau Nico. – Disse ele antes de ir e sem obter resposta do respectivo filho.
Thalia entrou no quarto hospitalar sem que o olhar do moreno estivesse sobre ela. Não havia o que observar no quarto totalmente branco e sem vida, com a apenas uma janela de vidro que estava fechada a esquerda da cama onde Nico encontrava-se, diversos aparelhos que estavam ligados ao rapaz, a maioria deles Thalia não sabia pra que servia, e a poltrona que lhe serviria de cama durante aqueles dias.
Ela dirigiu-se para a poltrona, sem largar sua bolsa ao chão ou algo do tipo. Thalia apenas esperou que a enfermeira, que aparentava ser anos mais velha, terminasse de regular os aparelhos ligados a Nico, lhe deixado totalmente confortável e dizendo:
— Irei buscar sua medicação e seu café da manhã, Nico, eu volto em alguns minutos. – Ela avisou para Nico.
E depois que Nico fez que sim com a cabeça sem olhar para a enfermeira que carregava um belo e doce sorriso no rosto, ela saiu indo fazer o que havia dito ao rapaz.
Nos primeiros instantes sozinhos, Thalia não disse nada, pois, talvez pela primeira vez em sua vida, ela não sabia o que falar ou o que perguntar ao rapaz.
Acabou lembrando-se de que o conhecia bem, tinha intimidade o bastante para perguntar qualquer coisa ou falar sobre qualquer assunto com Nico.
Mas e se ela tivesse perdido toda aquela intimidade que um dia tiveram? E se ele tivesse mudado dentro desses dias que passaram longe um do outro? E se agora ela não o conhecesse tão bem quanto um dia conheceu?
Essas perguntas que lhe rodeavam a cabeça a fizeram hesitar, tremer na base, como nunca havia feito antes. Mas, com hesitação, ela acabou perguntando um simples:
— Como você está?
Nico, que ainda mantinha seu olhar afastado da garota como havia prometido a si mesmo assim que a viu na porta do quarto, apenas deus de ombros e disse:
— Vivo. – Seu tom de voz não trazia nenhum tipo de emoção que desse a Thalia alguma esperança.
Thalia não fez mais perguntas, mesmo que várias dúvidas lhe cercavam naquele momento, pois Nico não parecia querer conversar naquele momento.
Em momento algum o olhar de Nico fora dirigido a Thalia durante o primeiro dia que ficaram juntos no quarto de hospital, pois Nico, durante todo o dia, fingiu dormir, enquanto Thalia não se deu por vencida e continuou a procurar um caminho para um diálogo que acabasse em uma conversa calma entre os dois.
Mas sua tentativa de achar um meio de comunicação que não a levasse a ser ignorada ou a um briga fora falha.
— Eu acredito em você!
A enfermeira havia acabado de sair do quarto do rapaz uma última vez em seu turno, era madrugada e Nico continuava a insistir em manter os olhos fechados fingindo dormir com a cabeça virada na direção oposta a Thalia.
Mas ao ouvir as palavras da moça que ainda se encontrava acordada e sentada na poltrona, ele abriu os olhos, enquanto Thalia via os batimentos cardíacos dele se acelerarem um pouco através do monitor cardíaco.
Nico virou a cabeça na direção da moça e olhou em seus olhos em meio ao quarto mal iluminado, por ser tarde, encarando-a ciente de que ela via que seu coração estava acelerando-se a cada novo instante.
— Agora?
— É tarde? – Thalia estava conseguindo o que queria, por isso não deixou que a conversa ficasse por aquilo mesmo. Apenas o encarou de volta nos olhos rodeados de orelhas e um deles ainda um pouco roxo.
— Pra você é? - Questionou o rapaz de aparência doentia.
Thalia falhou ao desviar seu olhar, abaixando a cabeça, com o coração apertado, e um enorme peso na consciência, ela fez que sim com a cabeça, sem esperanças de que ele aceitasse suas desculpas.
— Talvez seja um pouco tarde, mas...
— Pra mim não é!


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Notas finais do capítulo

Olar, de novo :3
Então o que acharam? Thalinda merce o perdão do nosso Baby trevoso?
Enfim, espero que tenham gostado! Deixem suas opiniões sobre o capítulo, o que querem e tudo mais :3
Beijinhos!!



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