Uma Noite e Tudo Muda escrita por Dama da Morte


Capítulo 21
Capítulo 21


Notas iniciais do capítulo

♥ Oi ♥
Eu resolvi voltar antes, estava ansiosa para essa volta. O por quê? Eu não sei, mas estava com saudades ♥
Obrigada pelos comentários: Minha marida vulgo Dama Das Águas, Kaya, princesa de Jade, Gisi Jackson e Aluada. Amei todos os comentários. E obrigada também as pessoas que estão acompanhando, 62 pessoas e 17 favoritos é muito, espero ver vocês, Obrigada novamente!!
Boa leitura!



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Nico

— Aprendeu a usar o Skype direitinho? – Perguntou Thalia.

Assenti.

Estávamos no aeroporto e faltava pouco para que Thalia, sua mãe, Beryl, Jason e Piper partissem. Mas Thalia ainda estava agarrada em meu pescoço fazendo-me perguntas sobre os meios de comunicações que ela me ensinou a usar.

— Sim, - Falei. – Eu também sei o número e o DDD de lá, o número de sua mãe, o de Piper e o número de Jason!

— Vamos Thalia. – Jason disse apressado. – Seu namorado lembra-se de tudo, ele não vai te abandonar e nem te esquecer durante esses sete dias. Não é mesmo Nico?

— Acho melhor você ir. – Disse eu.

Ela assentiu e foi se despediu de seus amigos. Beryl se aproximou de mim.

— Escute Nico, você é um bom garoto, uma pessoa psicologicamente forte. Quando Thalia voltar eu quero que você cuide dela para mim. Ela parece ser essa pessoa despreocupada e meio louca, mas não é nada disso. Ela precisa de alguém para cuidar dela. – Disse, enquanto via a filha sorrindo para ao se despedir dos amigos. – Você pode cuidar da minha garotinha?

Olhei para Beryl que me olhou de volta. Vi certo desespero em seus olhos. Eu não estava entendendo nada do que ela falou, mas apenas assenti e disse:

— Pode confiar em mim. – Ela assentiu sorrindo. – Eu vou cuidar de sua garotinha!

— O que estão sussurrando ai? – Thalia se aproximou de nós.

O voo deles foi chamado uma última vez. Thalia beijou-me de forma rápida e antes de correr para não perder o voo disse:

— Vou sentir saudades de vocês!

Percy veio para o meu lado esquerdo e colocou a mão em meu ombro.

— Nunca fiquei para ver alguém partir. – Falou ele, vimos Thalia acenar para nós antes de desaparecer. Olhei para Percy que disse: - Vem, cara, vou levá-lo para casa.

Assenti.

Despedimo-nos de Annabeth, Chris e Clarisse no estacionamento do aeroporto e seguimos caminho para minha casa.

A neve caia já e fazia alguns dias que as ruas estavam cobertas por camadas brancas de neve.  Para todos os cantos que olhávamos víamos decorações natalinas diferentes em cada casa ou loja e pessoas com roupas de frio fazendo suas compras de natal.

— Nico? – Ouvi a voz de Percy.

Olhei para ele que não tirava os olhos da estrada por um segundo.

— Sim.

Ele respirou fundo e fungou algumas vezes.

— Poderíamos conversar um pouco? – Perguntou ele depois de longos minutos em silêncio. – Eu necessito de alguém para desabafar urgentemente.

Eu aceitei conversar com Percy.

Nós nunca havíamos conversado desde que nos conhecemos através de Thalia. Quer dizer, nós dois  trocamos poucas palavras e quando eu não entendia algo ou alguma de suas piadas ele me explicava então nossa amizade era razoável.

Paramos em uma lanchonete de estrada, pedimos alguma bebida quente e ficamos lá dentro por 3h que mais pareceram 30min.

Percy estava mal, ele estava pior que eu quando Silena “morreu”. Ele pediu para que eu guardasse segredo e eu prometi não contar nada para ninguém.

— Obrigado por me escutar Nico. – Disse ao entrarmos no carro. – Agora eu vou te levar pra casa pra você poder escutar Lana Del Rey nas trevas fazendo seus rituais macabros de emo gótico suave.

Ri um pouco.

— Eu não faço rituais macabros. – Me defendo.

— Mas escuta a Del Rey e isso já basta. Não quero nem te ver com raiva.  – Falou ele. – Deve ser o mestre das vinganças, se escutar Melanie então...

Percy brincou enquanto dirigia levando-me de volta para casa, mas quando cheguei à mesma preferir que ele tivesse me levando para qualquer outro lugar.

Ao abrir a porta de casa escutei uma discussão. A coisa estava feia. Objetos de porcelana, vidro e quadros quebrados no chão. Tudo um completo caos.

Escutava-se:

— O que você fez com nosso casamento Hades? – Maria falava.

— O que EU fiz com nosso casamento? – Perguntou Hades, sua voz estava em tom normal.

— Éramos jovens e felizes, Hades. – Dava para perceber pela voz da minha mãe que ela estava chorando. – Então tivemos Bianca, depois Nico e adotamos Hazel, nosso casamento já não era o mesmo. Tudo começara a andar para trás em nossa relação. Então fizemos a pior coisa de nossas vidas, mudamos para cá. Ficamos mais importantes os negócios estavam a mil, mas nosso casamento não. Você começou a viajar e eu larguei meus filhos com estranhos para poder ir com você...

— E eu tentava te dar toda a atenção do mundo. – Papai interrompeu. Eu me aproximava cautelosamente da sala. – Construímos castelos de areia que foram levados quando você me traiu duas vezes. Você me fez chorar. Como você acha que eu me senti? Um inútil incapaz de satisfazer a própria mulher. “Se alguém te trai uma vez, a culpa é dela. Se trai duas vezes, a culpa é sua”. E eu não quero continuar a ser o culpado nessa história, pra mim tudo acaba aqui...

Eu, como o belo desastrado que sou sem querer pisei em um dos objetos quebrados que estavam no chão. Os dois olharam em minha direção. Hades suspirou. Maria recusou meu olhar preferiu o chão.

— Nico, - começou Hades depois de longos minutos em silêncio. – Eu quero que você pegue suas coisas e as de Hazel e vá para casa de Bianca. Eu vou ligar para ela.

Assenti. Minha mãe ainda admirava o chão.

Acabei indo fazer o que Hades pediu. Primeiro fiz uma mala com as coisas que eu achei que Hazel precisaria e depois fui para o meu quarto, fiz a minha mala pegando o que precisava e até mesmo minha “aliança” de florzinha que estava seca.

O que foi? Isso me trás boas lembranças minhas com Thalia.

Desci as malas com a ajuda do meu pai. Hades já havia chamado um táxi. Maria não se fez presente quando sai.

Hades deu-me dinheiro e dois cartões de crédito, falou para que eu fosse buscar Hazel e não a deixasse voltar para casa, disse que iria ficar tudo bem... E, pela primeira vez, desde que eu me lembro, abraçou-me e disse que me amava.

Confesso que deixei algumas lágrimas de felicidade cair quando eu estava no banco de trás do táxi. Recuperei-me o mais rápido que pude e liguei para Hazel.

— Hazel?

—Um minuto. – Ouvi uma voz desconhecida do outro lado da linha.

Escutei risadas e alguém cantando Taylor Swift entre uma conversa estranha.

— Oi, quem é?  - Ouvi a voz da minha meia-irmã.

— Arrume suas coisas, nós vamos para a casa de Bianca! – Falei.

—Como assim? Papai falou que eu poderia ficar aqui até às 21h. – Disse ela. – E porque vamos à casa de Bianca? Papai e mamãe viajaram novamente?

— Sim, eles viajaram. – Menti para ela. – Você quer ficar aí então? Eu já peguei suas coisas, você não vai precisar passar em casa.

Eu a ouvi suspirar do outro lado da linha e ficar calada por alguns segundos.

— Certo. – Finalmente falou. – Isso quer dizer que vamos passar mais um Natal sem eles?

—... Sim. – Respondi, pois não sabia qual resposta dar a Hazel.

— Nico, as meninas estão pedindo para que eu durma aqui hoje. – Falou ela. – Posso?

—Claro Hazel, eu resolvo com Bianca.

— Vem Hazel. – Ouvi as vozes de suas amigas.

— Pode ir.

— Obrigada, Nico, eu te amo.

Ela desligou.

Pedi ao motorista para que seguisse para a casa de Bianca que tinha uma decoração Natalina bonitinha que sobrevivia sob toda aquela neve.

Antes mesmo que eu saísse do carro e tocasse a campainha da casa Bianca e Luke já estava na porta a minha espera. Luke ajudou-me com as malas, como Hades já havia pago o Táxi entramos.

Bianca me abraçou forte, eles levaram-me para a sala onde a lareira já estava acesa, ela me serviu chocolate quente (com certeza ela havia pegado alguma receita na internet, pois aquilo estava realmente bom).

— O chocolate está uma delícia! – Falei. – Obrigado.

Bianca olhou para o marido com um sorriso convencido nos lábio.

— Eu disse que todos iriam amar. – Falou ela.

Luke lhe deu leves batidinhas na perna fazendo-me reparar na barriga enorme da minha irmã.

— Ela está enorme. - Falei olhando a para a barriga de BIANCA que tinha um tamanho mais do que notável.

 - Está vendo? Até seu irmão acha que é uma menina. - Foi a vez de Luke sorri convencido. Ele acariciou a barriga dela. - Minha pequena Lídia Castellan.

 - Liam. - Corrigiu minha irmã.

 - Mas você não achava que era uma menina? - Perguntei confuso.

 - Sim, mas agora eu acho que será um garotinho. - Disse sorridente.

Revirei os olhos, quanta indecisão.

Vi Luke abraçar minha irmã e dizer em seguida:

 - Independente do sexo do Bebê, estamos felizes e isso já é o bastante.

Eles trocaram olhares sorrindo um para o outro e logo depois um beijo. Encarei o chão e comecei a me sentir um bobo idiota ao pensar em mim e em Thalia daquela forma: casados, em uma casa confortável, financeiramente bens e a espera de um bebê, felizes. Senti minhas bochechas queimarem.

 - Nico? - Ouvi a voz da minha irmã então levantei a cabeça.

 - No que estava pensando garoto? - Perguntou Luke um pouco malicioso.

 - Thalia. - Respondi

 - E...? - Bianca esperava minha resposta.

 - Ah, Bia estamos bem, aliás, mais do que bens. - Sorri. NÃO brigávamos há algum tempo e isso era ótimo. - Ela está prestes a fazer dezoito e eu não posso lhe dar um presente.

 - Por quê? - Perguntou Luke.

 - Ela pediu para que eu não comprasse nada. - Contei.

 - Você ainda pode lhe presentear de uma forma um tanto diferente. - Disse Luke.

 - Como? - Perguntei curioso.

Luke me deu uma ideia e eu pensei seriamente em fazer aquilo quando ela voltasse. Tinha que dar certo.

Ficamos os três conversando coisas banais. Eles falavam de tudo, tipo tudo mesmo: família, bebês, profissões, faculdade e sexo, o que me deixava um pouco constrangido. ERA A MINHA IRMÃ!

Às 20h comemos a mesa e voltamos para a sala, Bianca deu a Ideia de jogarmos UNO, o que não foi lá uma boa ideia, porque Luke nós roubou na cara dura.

Mas foi divertido passar aquele tempo com eles, mas Bianca começou a sentir Fortes cólicas. Luke pediu para que eu ficasse com ela enquanto ele foi buscar casacos, ela não estava bem eles iriam ao hospital. Comecei a ficar preocupado com Bianca. Eu queria ir, mas Luke achou melhor que eu ficasse em casa, pois três pessoas desesperadas não iriam ajudar em nada.

Eu obedeci, ele falou que não era para abrir a porta para estranhos e ter cuidado com o vizinho psicótico deles.

Eu obedeci e fui para o quarto em que eles tinham colocado minhas coisas. Deitei na cama, as luzes do quarto estavam apagadas. O que estava acontecendo com minha irmã e o bebê? Aquilo era normal?

Acabei dormindo antes mesmo de lembrar de que eu tinha ligar para Thalia.


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Notas finais do capítulo

E aí? Gostaram? Se sim, deixe um review. Se não, deixe um review dizendo o que não curtiu pra que eu possa melhorar nas próximas vezes. Quem deixar o melhor review ganha uma massagem do Nico! Rsrsrsrs. Quem deixar uma recomendação ganha a massagem e ainda ganha um selinho do Percy!
Bejinhos meu amores!
Até o próximo!



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