Uma Noite e Tudo Muda escrita por Dama da Morte


Capítulo 17
Capítulo 17


Notas iniciais do capítulo

Oi voltei!
Quero agradecer as meninas pelos comentários, obrigada Aluada, Kaya, UmaAmanteDoDiAngelo (O marido é meu to de olho nos dois -_-) e por último e não menos importante Catheryne Rodriguez. E obrigada pelos acompanhamentos também!
Esse capítulo tem Hentai e eu não sou nenhuma mestra nisso, mas a pedido da Aluada eu fiz. E se você não gosta é só rolar a página um pouco para baixo que tem o resto do capítulo ok?
Nesse capítulo tem dois personagens novos criados por mim, talvez não fiquem por muito tempo.
Boa leitura!
Leiam as notas finais!



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Nico segurou meu rosto com delicadeza e me beijou. Ele já havia fechado a porta do quarto. Tirei minha camiseta e suas mãos percorrem lentamente pelo meu corpo deixando-me excitada a cada novo lugar explorado.

Sem parar o que fazíamos Nico nos guiou para o banheiro onde me despiu quase que por completo. Deixando-Me apenas de calcinha. Tentei não ficar vermelha ou algo do tipo.

Ele começou com os chupões primeiro em meu pescoço depois em meus seios. Parecia não querer me machucar, o que era quase que impossível. Minhas mãos estavam em seus cabelos e costas, eu controlava minha respiração e meus gemidos enquanto ele deixava meus seios vermelhos.

Levei minhas mãos ao seu rosto, o fazendo olhar pra mim. O olhei por um instante, meu corpo pulsava, meu coração estava acelerado, meu copo pedia pelo seu toque. Eu ainda estava incrédula, estamos quase lá. O beijei.

Eu estava pressionada contra a porta. Nossos corpos colados, eu sentia certo volume em seu jeans. Desci minhas mãos, que antes estavam em seu rosto, pelo seu pescoço, minhas unhas lhe arranharam até o cós da calça deixando marcas vermelhas em seu corpo.

Olhei para Nico que me encarava.

Eu o coloquei prensado na porta. Beijei seu pescoço, mordendo de leve pra não marcar sua pele extremamente pálida. Minha mão estava sobre seu membro. Eu o apertava e massageava por cima do jeans o deixando a cada momento mais duro. Ele gemia e até xingava baixinho.

 – Thalia. - Ele disse entre dentes. Seus pulmões se enxiam de ar e esvaziaram rapidamente.

Apertou minhas nádegas, me trazendo para perto. Suas mãos ficaram em meu quadril, ele o apertou e começou a tirar minha calcinha. Quando a mesma caiu em meus pés a joguei para o lado. Nico teria me colocado de novo contra a porta, mas eu fugi. Fui em direção ao Box e liguei o chuveiro. Entrei no mesmo e me molhei enquanto ele tirava o jeans.

Segundos depois senti suas mãos em minha cintura. Agarrei-me em seu pescoço e voltei a beijá-lo enquanto a água do chuveiro descia por nossos corpos colados.

Nico Voltou a me prensar, mas agora não parede gélida do banheiro. Ainda nos beijávamos, mas logo paramos. Nico havia se ajoelhado em minha frente, seu rosto a poucos sentimentos da minha intimidade. Eu sentia sua respiração lá, ele abriu minhas pernas e logo em seguida estava massageando meus clitóris. Vigoroso e Minucioso.

Voltei a tentar controlar os gemidos e minha respiração, mas dessa vez não tive sucesso. Olhei para baixo e vi que ele me olhava. Pareceu esperar por aquilo para logo em seguida me penetrar com dois dedos. Gritei. Nico me olhava malicioso. Ele ia cada vez mais rápido e fundo. Eu tentava não gritar. Nico apertava meu quadril deixando-me encostada a parede. Senti meu interior apertar seus dedos. Eu estava quase lá. Fazia meses que eu não sentia prazer através de outros. Esperei pela sensação de prazer e... Ele parou.

Antes que eu pudesse reclamar Nico ficou de pé, segurou minha perna na altura do seu quadril e me penetrou. Inteiramente de uma vez só. Um grito me escapou. Seu membro saiu quase que completamente e entrou de novo ele fez isso repetidas vezes. Devagar, torturante e prazeroso. Eu já havia desistido de tentar controlar minha respiração e meus gemidos. Já não me importava com um estivesse ouvindo.

Nico Começa a movimentar-se a cada segundo com mais agilidade. Meus Gritos e gemidos estavam cada vez mais altos. Eu deixava minhas marcas em seu pescoço e em suas costas. Nico gemia e suspirava abundantemente. Puxava meus cabelos beijando meu pescoço.

Meu interior começa a apertá-lo novamente. Ele também estava quase chagando ao seu ápice percebi pelo seu ritmo das estocadas e pela respiração.

O dele veio primeiro e eu logo em seguida.

Escorregamos para o chão do Box, estávamos com os corpos moles, e vermelhos, entre espasmos de prazer.

Silena com toda a certeza do mundo não estava errada. Nico fodia mais que bem.

 – O que foi? - Ele perguntou depois de um tempo.

Nico me olhava de longe. Balancei a cabeça negativamente.

 – Não há nada. - Respondi.

Ele se, pois de pé e me ajudou a levantar também para tomarmos o bendito banho.

Ao terminarmos banho voltamos ao quarto sem as roupas mesmo conversamos por horas até que Nico disse:

 – Estou com fome.

 – De comida. Ou de sexo. - Perguntei lhe encarando.

Ele me olhou e minutos depois eu estava cavalgando nele.

[...]

Nico

Já fazia meia hora que havíamos acordado. Estávamos calados desde então, ainda exaustos, aliás, não era para menos ficamos acordados até as 01h57min fazendo o mínimo de barulho possível, pois meus pais chegaram às 22 h. Uma mordaça para Thalia resolveu nosso problema.

Tocávamos as pontas dos dedos um do outro. Thalia estava deitada de bruços longe dos travesseiros. Eu estava com a barriga para cima e com a cabeça em alguns travesseiros. Nós olhávamos sem dizer nada. Ainda estávamos do jeito que saímos do banheiro.

 – Tenho que ir embora. - Ela diz baixinho, era domingo meus pais deviam estar em casa.

 – Mas já? - Perguntei frustrado. - Fica mais um pouco.

 – Jason vai me matar. - Diz Thalia. - E talvez Piper e mamãe também.

Assenti com a cabeça e sem se preocupar se estava vestida ou não Thalia se levantou e foi ao banheiro. Acompanhei-lhe com os olhos pensando não se virá ou pega algo do chão, por favor! Se isso acontecesse não sei se iria me segurar por muito tempo. Ela finalmente entrou no banheiro.

Fiquei ali olhando para o teto branco. Minha cabeça estava cheia de Thalia, eu não conseguia pensar em mais nada.

Comecei a agir automaticamente: levantei-me, peguei uma roupa e vesti-me tendo cuidado para não pisar nos cacos de vidro que estavam no chão. Thalia saiu do banheiro e começou a se arrumar em frente ao espelho. Eu a observava sentado em uma cadeira que havia em meu quarto. Ela tentava esconder algumas marcas avermelhadas de seu pescoço com o cabelo que estava do tamanho do meu, no ombro.

 – O Que foi? - Perguntou ela me olhando através do reflexo do espelho.

 – Nada. É só que seu cabelo não vai ajudar muito. - Eu disse levantando-me e indo até meu armário. Peguei um casaco para ela. - Veste, talvez esconda um pouco as marcas vermelhas.

Levei a peça até ela e a ajudei a vesti-la.

 – Pronto. - Eu disso.

Thalia sorriu. Ela segurava meu rosto, me beijou.

 – Acho que já vou. - Diz ela. - Ah, e se não se importa eu usei sua escova de dente e sua toalha também.

 – Ok, mas não faça mais isso, vou deixar uma escova de dente para você lá. - A respondi, pareceu ser o certo UE, aliás, quem divide a escova de dente?

 – Ok.

 – Ok.

 Segurei sua mão e a gueixa para fora do quarto, estávamos descendo a escada quando ouvimos vozes. Thalia dá um passo atrás, subindo novamente as escadas, mas eu não deixei que ela desse mais nenhum passo.

— Vem Thalia. - Falei em tom normal.

— Mas sua mãe está lá. - Ela sussurra.

— E daí? – Pergunto. Maria não faria escândalo por Thalia estar aqui na frente das visitas.

Thalia me olhou repreendendo-me com os olhos, como se achasse aquilo uma má ideia. De fato sim, era uma má ideia.

Descemos. Minha irmã estava na sala, mamãe estava de costas para nós e haviam dois desconhecidos com ela. Uma senhora e um garoto um pouco mais baixo que eu, acho que a mesma idade.

Ao nos ver, Hazel arregalou os olhos. O olhar da senhora se iluminou.

— Meu menino. - Ela se aproxima. Tinha um forte sotaque Italiano. Maria nos olha arregalando os olhos e perguntando-me silenciosamente: que diabos ela está fazendo aqui? Ignorei seu olhar e sorri para a velhinha que segurou minhas bochechas.

— Desculpa, mas eu não lhe reconheço. - Digo lhe olhando.

— Sua avó, Nico. - Diz Maria. Agora encarando Thalia que lhe encarava de volta. - Graziela. Piccola Grazia.

Avó? Olhei-lhe direito. Graziela, minha suposta avó era uma versão mais velha de Maria, mas ao contrário de Maria ela tinha olhos claros.

— Eu realmente não lembro. Acho que era muito pequeno quando saí da Itália por isso não me lembro da senhora vó. - Digo, se ela era realmente minha avó por que não tratá-la como tal?

— Realmente você era muito pequeno. - Diz ela sorrindo. - E essa quem é? Meu neto já tem uma namorada?

Ela olhava para Thalia, que sorriu.

— Talvez sim, vó. - Digo a olhando. Thalia desvia o olhar rapidamente para mim e volta para Graziela.

— Qual seu nome? - Perguntou a Thalia.

— Thalia Grace, senhora. - Responde Thalia.

— Aquela que floresce. Belo nome Thalia. - Diz Graziela. - Meu primeiro nome e o seu segundo têm o mesmo significado, Graça. Mas o meu é o diminutivo. Fico feliz que esteja fazendo meu neto Feliz.

Minha avó havia afastado o cabelo de Thalia dando para ver a marca, agora, arroxeada.

— Você tem um belo quadril e é mais bela ainda. Lembro-me do tempo que os rapazes faziam fila para dançar comigo até eu me apaixonar pelo seu avô Nico. - Graziela me olha sorrindo. - Você tem o mesmo nome que ele. Fomos muito felizes, tivemos doze filhos, todos eles belos, mas meu maior pecado foi sua mãe. Espero que tenham mais filhos que nós.

— Por que não conhecemos os meus onze tios e tias? - Hazel perguntou curiosa. Eu também estava, pois nunca recebíamos visitas de familiares.

— A mãe de vocês se acha a ovelha negra da família. - Vovó explica.

— Meus irmãos passaram cinco anos me ignorando, eles roubavam meus doces, sempre me deduravam e me excluíam de tudo. Como à senhora acha que eu me sentia? - Perguntou Maria.

— Eles tinham inveja de você, a mais bela entre todos eles, você sempre conquistava os garotos que suas irmãs gostavam e ainda por cima tinha sempre toda a atenção de seu pai. - Conta Graziela. - Ele fazia questão de ninar você todas às noites e até me deixa de lado para lhe dar atenção. Então Nico morreu cedo demais.

— E meus irmãos me culparam. - Suspira Maria.

Vovó assentiu.

— Mas mudando de assunto: Onde está Bianca? Tenho certeza que ela se lembra de mim. - Graziela sorria.

— Bianca não mora mais aqui. - Escutamos a voz de Hades. Ele esteva na porta de entrada.

— Meu genro preferido. - Vovó diz indo em direção à Hades de braços abertos e sorrindo. Papai sorri de leve e a abraça. - Você continua um belo homem como no dia em que se apresentou para mim pedindo à mão de minha filha.

— Obrigado madre. A senhora é sempre tão gentil. - Hades diz para ela.

Algo de errado não está certo.

— Mas onde está Bianca? Minha menina. - Vovó pergunta novamente.

— Ela não mora mais aqui Graziela. - Explica papai com calma.

— Mas por quê?  - Perguntou Graziela. Hades a leva para o sofá e eu puxo Thalia para um dos sofás. Ela estava fria.

— O que foi Thalia? - Perguntei baixinho.

— Sua mãe não para de me encarar. - Ela responde olhando para o chão.

— Por que minha pequena não está aqui?

— Bianca se casou Grazia, - Começa Hades. - e depois sua filha expulsou de casa após ter casado em Vegas com um amigo de trabalho.

— Mas por que minha filha? Vegas é um lugar maravilhoso. - Vovó diz.

— Minha pequena Branca está grávida – Papai sorriu, eu nunca o via sorrir.

— Bianca está grávida! - Exclamou Hazel toda feliz. - Eu vou ser tia.

— Minha primeira neta mulher a me dar um bisneto. - Vovó também sorria.

— Quando soube disso Pai? - Perguntei. Eu estava feliz por Bianca, afinal, uma criança sempre traz coisas boas para a família.

— Ontem. Bia me ligou pedindo que eu fosse ao apartamento deles, pois estavam de mudança. Eu os ajudei com as coisas, mesmo que havendo poucas caixas, já estavam no final da mudança. Fomos para a casa nova, organizamos alguns móveis e a noite quando estávamos os três a mesa eles me contaram. - Hades suspirou. - Nunca fiquei tão feliz.

— Hey e quando o senhor me encontrou? Hein? Não ficou feliz não? Eu sou uma coisa maravilhosa na vida de qualquer um. - Evidentemente Hazel estava com ciúmes. - Mas eu já amo essa criança, mesmo o meu pai me deixando para trás por causa dela.

Hades levanta-se, caminha até Hazel e a abraça.

— Eu não vou deixar você para trás minha coisinha, você é a coisa mais especial que aconteceu na minha vida. – Ele diz enquanto a abraça.

— Ok né. – Digo eu reprimindo meus ciúmes.

— Você foi um acidente Nico. – Hades brinca. Eu fecho a cara para ele mal humorado.

— Se você quiser Grazia podemos fazer uma surpresa para Bianca.  – Sugeriu papai voltando para perto dela.

Percebi que Maria estava saindo da sala.

— Seria ótimo ver minha pequena. – A velhinha sorri.

— A senhora não vai dizer que ela é sua favorita né? Eu vou ficar triste vó. – O Meu tal primo se pronuncia. – Aliás, eu sou o Giovanni, o esquecido da família.

Giovanni se apresenta. Ele tinha os cabelos loiros escuros, em seu rosto traços finos, o mesmo nariz que o meu, seus olhos eram claros como os da nossa avó. Giovanni era pouca coisa mais baixo que eu, e seu físico dez vezes melhor que o meu, um resumo: ele não era magricela.  Seu inglês não era tão ruim.

— Quanto drama, Giovanni. Vá encontrar uma moça bonita como seu primo fez. – Diz Grazia. – Agora vamos ver Bianca e meu bisneto. Mas antes me deixe vestir uma roupa bonita, não visitarei minha neta dessa forma.

Fiquei um pouco confuso, aliás, suas vestes estavam ótimas.

— Hazel, leve sua avó para um dos quartos e lhe entregue roupas de banho e de camas novas. – Ordena Hades. Hazel assentiu. – Faça o mesmo com seu primo Nico.

— Acho que já vou indo. – Thalia diz ao se levantar. – Foi um prazer conhecê-la senhora.

Ela sorri para minha avó. Graziela fazia o mesmo.

— Já tentando conquistar minha avó, Thalia. – Digo.

— Até parece que eu preciso tentar. – Thalia repete minhas palavras do dia anterior. Sorri para ela que me sorriu de volta.

— Ok né. – Hazel disse. – Vem vó.

— Volte qualquer dia desses, minha jovem, quero conhecê-la mais. – Grazia se despede de Thalia que assentiu. – Até mais.

— Até. – Despediu-se Thalia.

Hazel e Vovó subiram, deixando nós quatro na sala.

— Giovanni você pode, por favor, acompanhar Hazel? - Hades pediu.

— Claro senhor. – Giovanni diz indo atrás delas.

Hades nos reprime com seu olhar perverso. Segurei a mão de Thalia que olhava para baixo. E o encarei de volta.

— Finalmente né. Eu não quero outro neto, eu não tenho cara de avô, então tratem de se prevenir. – Hades realmente me surpreende. – Volte mais vezes Thalia, você deixa Maria com sangue nos olhos e eu adoro isso. Você é bem-vinda aqui por mim.

 – Obrigada, Hades, - agradece Ela. Thalia me olhou. – Talvez eu volte sim.

 – É isso aí. – Ele diz sério. – Agora, eu preciso beber, vou ter um neto.

   Hades vai à cozinha sorridente. Essa criança realmente faria bem para ele.

 – Vamos. – digo guiando Thalia para a porta de entrada.

Saímos. Eu a levei até o carro em silêncio quando chegamos ao mesmo ela diz:

 – Seu pai parece feliz.

 – Espero que essa criança aproxime nossa família de novo. – Digo.

 – Mas só uma pergunta: Você realmente foi um acidente? – Thalia perguntou-me.

Fechei a cara para ela.

 – Papai e Maria me fizeram em um carro, eu não devia ter nascido. – Expliquei-lhe. Ela riu. – Isso mesmo, Thalia, ria.

— Ah, meu bem, não fica assim não. – Ela coloca suas mãos em meu pescoço. – Eu vou parar de rir. Descobri que sou bem-vinda em sua casa, sua avó gostou de mim e isso fez o meu dia.

— Sério? – Perguntei um pouco surpreso.

— Se fosse mentira eu não diria isso para você. – Ela sorriu.

— Isso é ótimo. – Eu disse ao encostá-la no carro.

Beijei-lhe. Ficamos alguns minutos ali até que Thalia diz:

— Eu tenho que ir. – Ela diz ao me abraçar pela quarta vez.

Thalia tirou o alarme do carro e eu abri a porta.

— A gente pode se ver depois. – Sugeri.

Ela entrou no carro, eu fechei a porta, ela abriu a janela e fiquei lhe olhando dali esperando sua resposta.

— Claro. – Ela diz sorrindo.

Como no dia em que meus pais chegaram, ela coloca o corpo pela janela, segura meu rosto e me beija.

—A gente se vê mais tarde. – Thalia diz

Assenti. Ela se foi.

Voltei para casa me sentindo diferente. Sei lá, eu não sei, era algo estranho e eu preferia guardar só para mim.

Giovanni já havia encontrado um quarto então fui para o meu. Aquilo lá estava uma bagunça. Cacos de vidro pelo chão, alguns dos lençóis da cama no chão, um isqueiro e uma garrafa de álcool de cozinha vazia, um saca rolhas e até tinha uma garrafa de vinho dos meus pais no chão.

Eu não me lembro de ter bebido ontem.

Coloquei todos os lençóis para lavar, joguei as garrafas vazias no lixeiro que estava repleto de cinzas. Daquilo eu lembrava. Resolvi deixar para lá e continuei meu serviço. Fiz a cama pondo novos lençóis e guardei a mala dentro do armário.

— O que aquela garota estava fazendo aqui? – Maria entrou no quarto enquanto eu varria o chão repleto de cacos. Fiquei em silêncio. – Não vai me responder?

—Não deu para perceber que ela estava comigo? – Perguntei colocando os calos de vidro dentro do lixeiro com a ajuda de uma pá.

— O que eu falei sobre ela vir aqui e você estar com ela, Nico? – Perguntou ela.

— Estou ocupado então, por favor, a senhora pode me deixar em paz? – Perguntei irritado. Aliás, o que Thalia fizera para ela?

Maria continuou a falar e eu já começara a ficar irritado e perguntei:

— O que Thalia lhe fez? Dê-me só um bom motivo para eu me afastar dela. – Disse alto há assustando um pouco.

Maria se recuperou.

— Ela não é uma garota boa para você. – Responde ela.

— Ah, claro, a senhora era uma ótima mulher para Hades. – Disse eu ainda alto. – Ele nos relatou um pouco sobre as coisas que a senhora fazia e nem por isso ele desistiu de você. E além do mais: Thalia não faz metade das coisas que a senhora fazia. Então antes de julgar dê um bom exemplo.

Então foi rápido e ardido. Meu rosto estava vermelho com as marcas de seus dedos nele. Maria saiu, minha vó entrou e me olhou assustada.

— O que foi isso meu querido? – Perguntou preocupada.

— Sua filha, querendo dar uma de boa moça quando todos sabem que ela não é. – Digo ainda com raiva.

— O que ela fez? – Perguntou Graziela.

— Veio falar-me novamente para me afastar de Thalia. – Comecei. Sentei-me na cama e vovó fez o mesmo. – Quando ela e papai chegaram de viagem ela chamou Thalia de meretriz, sendo que ela mal conhecia a garota. Já faz um bom tempo que conheço Thalia e com toda a certeza ela não é uma prostituta. No dia as duas meio que se enfrentaram e Maria disse que não a queria aqui. Essa foi à única vez que Thalia veio aqui desde o ocorrido.

Grazia acariciou a parte do meu rosto que ainda ardia.

— E você gosta dessa garota? Pelo que eu vi parece gostar. – Vovó diz.

— Eu sempre quero estar ao seu lado. – Baixei um pouco o tom da voz. – Sempre a encontro escondido, às vezes matamos aulas para ficarmos juntos. Há alguns dias brigamos, mas acho que depois de ontem está tudo resolvido. Ultimamente uma das únicas coisas que quero é estar ao seu lado.

— Então vocês...

— Sim.

— Então fique com ela, mesmo sua mãe sendo contra. Leve-a em lugares diferentes e faça coisas que você não faria naquele lugar. Aproveite a cada segundo, antes que seja tarde demais. E se não der certo você pode pelo menos pode dizer que viveu um romance proibido. – Vovó disse. Sorri. Vou passar a escutar concelhos de gente mais velha. – Agora vá tomar um banho. Vou trazer gelo para seu rosto. Ainda quero ver Bianca.

Graziela levantou-se, acariciou meus cabelos e foi embora.

Ela devia estar certa, afinal, tinha mais experiência na vida do que eu. Se nada desse certo eu, pelo menos, teria histórias para contar aos meus filhos.

Peguei minhas vestis, fui ao banheiro. Tomei um banho não tão rápido quanto o que tomo normalmente. Ao terminar o banho vesti-me, quando sai do banheiro vovó me esperava no quarto com o gelo. Arrumei os cabelos e saímos.

Fomos para o carro. Hades dirigia em silêncio, minha avó ao seu lado. Fui no banco de trás com meu primo e Hazel. Eu fiquei em uma das janelas, Hazel no meio e Giovanni na outra janela.  Ele estava bobo com tudo, parecia uma criança que acabara de ganhar doce, ou o presente que desejava ganhar no natal.

A casa de Bianca era longe Fiquei calado a viagem toda até que finalmente Hades parou o carro em frente a uma casa, que ao contrário da nossa, não espantava os vizinhos.

A fachada da era casa branca e grande, a porta era de vidro assim como as janelas que estavam fechadas. Havia grama em frente da casa, coisas que nunca tivemos em nossa casa, ou, pelo menos, nunca cuidamos. Havia alguns carros por ali, a vizinhança parecia ser tranquila.

Caminhei até a entrada e toquei a campainha, deixando os outros para trás.

Luke abriu a porta. Ele sorriu.

—Bia. – Ele chamou alto por Bianca. – Meu amor.

—CALMA, LUKE, EU SOU UMA SÓ. – Grita ela. – Leo se você queimar isso eu vou fazer você engolir tudo, Jason para de brincar com os copos.

Escutavam-se risadas da parte de dentro.

— O que você quer... – Ela começa, mas ao olhar para a porta me vê. – Nico!

Bianca me abraça. Senti um pequeno volume pressionado contra minha barriga.

— Eu pensei que anda estivesse grávida. – Eu disse quando saímos do abraço.

— Ainda estou – Bianca me mostra sua barriga ainda pequena com um sorriso estampado no rosto. – esses idiotas que decidiram me mimar um pouco. Entra Nico, eu estava com tanta saudade. 

— Achei que nunca sobreviveria para ver minha neta grávida. – Ouço a voz de nossa avó.

Eu não queria ver toda aquela cordialidade entre parentes, Luke disse que eu poderia ficar a vontade, então entrei. Fui para a cozinha onde Jason e Leo estavam preparando algo e Reyna estava sentada mexendo no celular.

— Olha só o namoradinho da Thalia, Nico. – Cumprimenta-me Leo.

— Oi, Leo, Jason, Reyna.

Reyna e Jason me cumprimentam. Eu sento-me ao lado de Reyna e eles começam a interagir comigo aos poucos fui ficando a vontade. Meus parentes entraram. E Bianca não largava nossa avó.

Alguns minutos depois senti mãos cobrindo meus olhos, tudo estava escuro.

Suspirei. Tinha que ser ela.

— Thalia. – Disse eu. – Essa estava fácil.

— Tudo por que você não conhece quase ninguém. – Ela ficou ao meu lado.

— Vai Thalia humilha mais. – Digo fazendo um pequeno drama.

Piper havia chegado com ela. Thalia ainda estava com meu casaco. Elas haviam trouxeram algumas sacolas.

— Nico. – Piper me abraça. Levo alguns segundo para processar aquilo e lhe abraço de volta. – Quanto tempo. Aparece mais por lá.

— Não é que... Eu não apareça. – Digo envergonhado. Os mais velhos nos olham e riem um pouco.

— Se eles reprovarem vocês sabem bem os motivos. – Brinca Luke.

— Por que não tira esse casaco, Thalia? Aliás, eu nunca te vi com ele. – Jason diz desconfiado.

— Ah, - começa Thalia, ela estava com os olhos arregalados. – Estou com um pouco de frio. Mamãe que trouxe de viagem.

Jason não comentou mais nada. Eles continuaram conversando e eu e Thalia riamos e de vez em quando comentávamos algo.

— Por que sua bochecha esta rosa? – ela perguntou baixinho.

— Nada não. – Respondi, passando o braço pelos seus ombros e lhe dando um beijo na bochecha. 

Quando a comida ficou pronta fomos todos com seus pratos para a sala a conversa continuava. Todos estavam animados, riam feitos loucos. Não me lembro de nenhum momento assim com minha família.

— Então qual vai ser o nome do Bebê. – Pergunta Piper. – Não podemos ficar chamando-o de O Bebê.

— Ainda não pensamos em nada. – Diz Bianca ela pegou uma taça de vinho e pediu que Luke a enchesse.

— Pra você não. – Ele diz. Bianca faz cara feia. – Ainda está cedo, não? Mas o que sugerem?

— Para uma criança linda um nome lindo. Por que não colocam Leo? – Leo pergunta brincando.

— Você não é lindo. – Reyna diz.

— Isso humilha Reyna Avila Ramírez-Arellano. – Ele finge chorar. A garota o fuzila com o olhar.

— Melinoe – Sugeriu Papai.

— A criança vai sofrer bullying, pai. – Hazel comenta.

— Ainda bem que eu e sua mãe escolhemos os nomes de você. – Diz vovó que se enturmou bastante.

— Por que não Lucas se for menino? – Sugeriu Piper.

— Por que não colocam o nome da Tia Linda aqui? – Thalia pergunta.

— Tia? – Bianca perguntou escondendo um sorriso.

— Quem sabe um dia né. – Ela afundou o rosto em meu ombro.

— Quando você quiser. – Digo um pouco baixo acariciando seu pescoço.

— Por que não Mey se for uma menina, Luke? – Bianca sugeriu olhando para o marido.

Todos ficaram em silêncio. Ele assentiu com a cabeça.

— Mey seria ótimo. – Luke sorriu.

O celular de Hades toca e ele sai da sala para atendê-lo. A conversa continuou todos sugeriram nomes, mas fomos pulando de um assunto para o outro. Papai voltou à sala dizendo:

— Precisamos ir.

— Mas já? – Bianca parecia triste.

— Sim, surgiu um imprevisto, tenho que pegar alguns documentos em meu escritório. – Explica ele.

— Se eles quiserem ficar eu os levo para casa depois, senhor. – Diz Luke.

— Quero ficar mais um pouco, ainda tenho muito que conversar com Bianca. – Diz nossa avó.

— Eu também quero ficar. – Digo.

Hazel levanta e sussurra algo no ouvido de nosso pai.

— Por favor, Pai lindo. – Ela pede com um sorriso meigo.

— Está bem Hazel. – Ele diz.

Ela sorri mais ainda. Hazel vai para perto de Bianca.

— Tchau meu amorzinho. – ela beija a pequena barriga de Bianca. – Tchau você também, estava com saudades.

— Apareça quando quiser. – Bianca diz ainda abraçando Hazel.

Bianca vai até Hades e o abraça também.

— Venham, - ela sai do abraço. – vou levá-los até a porta.

— Tchau foi um prazer conhecê-los. – Hazel diz.

— Digo o mesmo, mas você não quer ficar pra trocarmos ideias. – Leo diz.

— Isso é pedofilia, Leo. – Bianca diz revirando os olhos.

— tchau crianças, até a próxima. – Hades diz.

Luke e Bianca os levam até porta e demoram um pouco para voltar. Nós começamos a levar as louças para a pia. Eles aparecem de mãos dadas, mas logo começam a nos ajudar. Bianca fica na pia me ajudando com os pratos.

 - Alguma novidade? – Ela perguntou baixinho quando eles se afastaram.

— Você talvez não acredite, e no começo eu também não acreditei, mas eu vi com meus próprios olhos então é real.

— O quê? – Perguntou curiosa. – Conta logo.

— Silena está viva. – Eu disse calmamente.

—Viva? Tipo carne e osso? – Perguntou com os olhos arregalados. Assenti com a cabeça. – Como isso é possível?

— Ela forjou a morte para me testar, mas eu prefiro não tocar nesse assunto. – Digo. - Ainda estou um pouco incrédulo.

Bianca assentiu respeitando minha escolha.

—E você e Thalia? – Ela perguntou.

Olhei para a sala e vi Thalia falando com Leo.

—Estamos melhores do que nunca. – Eu disse voltando meu olhar para Bianca.

Ela sorriu maliciosamente para mim.

— Finalmente. – Ela me dá um pequeno empurrão com o ombro.

— Para, Bia. – Digo envergonhado.

— Estão bem mesmo, ela até já se declarou tia do seu sobrinho.

 - Ou sobrinha. – Digo. – espero que continuemos assim.

Bianca e eu continuamos conversando enquanto levávamos os pratos.

Quando terminamos voltamos para a sala. Thalia não estava lá então fiquei alguns minutos em silêncio.

— Nico, o Percy acabou de me ligar chamando para irmos ao parque. - Ela me assustou quando pareceu ao meu lado. – Você quer ir comigo? O Leo já liberou o carro.

— Tá. – eu disse levantando-me.

— Bianca, eu trago seu irmão em algumas horas ok? – Perguntou Thalia.

— Por mim tudo bem. – Bianca concordou.

— Aonde vocês vão? – Questiona Jason nos olhando desconfiado.

— Encontrar Annabeth, Chris, Clarisse e Percy no Parque algum problema, Jason? – Perguntou Thalia.

—Deixe-os, Jay. – Diz Piper com seu tom convincente.

— Tá, mas não voltem tarde. – Ele diz.

— Voltem a horar que quiser. – Luke diz.

— Aproveitem. – Diz vovó.

— Seu pedido é uma ordem, vó. – Thalia diz me puxando. – Tchauzinho pra vocês.

— A vó é minha. – Eu digo enquanto ela me puxa pela mão para a saída.

Saímos da casa.

— Você não vai brigar comigo por causa disso né? – Ela perguntou indo para um carro vermelho. Thalia estava com presa.

— Dessa vez não. – Digo. – Não tem parque né? – Perguntei desconfiado.

Ela tira o alarme do carro e abre a porta do passageiro para mim.

— Estamos 1h30min adiantados. – Ela deu de ombros sorrindo.

— Bem espertinha você. – Digo. A puxei pela cintura, Thalia sorriu.

— Sempre. – Ela mordeu meu lábio inferior, provocando-me,

A encostei no carro e a beijei.

— Ei, vocês, eu quero ir também. – Ouço o forte sotaque de Giovanni. – Eu quero ir.

Ele se aproxima mais e vejo que nossos planos estão totalmente acabados.

—Vocês não se importam se eu for né? – Ele pergunta.

— Claro que não. – Thalia diz. Seu claro que não parecia mais um: Claro que sim.

Ela foi para o lado do motorista entrando no carro.

— Entra. – Eu digo abrindo a porta do banco de trás para ele.

— Obrigado, Primo. – ele entrou sorrindo.

Eu também entrei no carro um pouco indignado, nada feliz por Giovanni estar ali.  Ele seria só mais um para nos atrapalhar.


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Notas finais do capítulo

O que acharam?
O que querem que aconteça?
Não sei quando vou postar o próximo capítulo talvez alguns comentários ajudem na criatividade!
Beijos!



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