Uma Noite e Tudo Muda escrita por Dama da Morte


Capítulo 13
Capítulo 13


Notas iniciais do capítulo

Ei, voltei! Tudo bem com vocês? Espero que sim! Por que eu to que nem o Brasil: na merda, mas sorrindo!
Bom, mais um capítulo, nossa bem óbvio! :v
Quero agradecer pelos comentários a: Uma mente Criativa, O lado bom do Yaio, Daphne Di Angelo, kaya e Aluada!
Eu to perdendo o dom de conversar com vocês! ISSO NÃO PODE ACONTECER!
Boa leitura e até as notas finais!



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Annabeth

Assusto-me quando Thalia aparece com um sorriso de orelha a orelha.

— Que me matar garota? - Pergunto.

— Se quiser ser morta! - Thalia tira uma tesoura do bolso do jeans.

— Guarda isso aí! - Digo. Ela guarda a tesoura. - Por que esse sorriso?

— Nico. - Thalia diz e morde o lábio inferior.

— O que aconteceu dessa vez? - Pergunto e baixo o tom de voz. - Foram pro finalmente?

— Ainda não, mas estou tendo paciência quanto a isso sei que a mãe dele complica. Um dia vai acabar acontecendo - Ela diz. - É que ontem eu passei o dia todo com ele, foi tão meloso e eu amei.

— O dia todo? - Pergunto pensando que só foi à manhã toda.

      Antes que ela possa me responder Clarisse aparece com a cara emburrada.

— Meu pai e a mulher dele vão sair e Frank também então vocês querem passar a noite em casa comigo?- Clarisse diz olhando pra nós duas.

— Ótimo. - Eu digo.

— Mas eu já tinha planejado minha noite. - Thalia diz.

— Nico. - Eu e Clarisse dizemos em uníssono.

— Você tá parecendo uma louca obsessiva. - Clarisse diz.

— Mas é claro, eu vou matar todas as Biscaites que olharem pra ele. - Thalia fala semicerrando os olhos. - Incluindo vocês duas! Estou de olho.

    Às vezes Thalia me da medo.

— Continua o que você falava e deixa dessa paranoia. - Digo.

— O que ela falava? - Clarisse pergunta franzindo a testa.

— Do dia perfeito que ela teve com o Senhor Di Ângelo. - Respondo.

— Saímos da escola, minha intenção era leva-lo direto para o apartamento de Jason, mas eu tive que enrola-lo um pouco. Eu o levei a biblioteca e fingi um mal estar por que não havia comido pra sairmos da Biblioteca, ele ficou um pouco bravo comigo, mas eu resolvi isso logo, depois eu o levei pra comer e só então a chuva resolveu ajudar. - Ela faz uma pequena pausa pra respirar. - Quando eu

O levei para o apartamento passamos o resto do dia todo agarrados, mas ele teve que ir à noite. E mesmo assim eu não queria deixa-lo ir, bolei um plano maluco e então liguei pra Hazel, a irmã mais nova dele, e ela abriu a porta para mim, o pai dele me viu.

— Meu Deus finalmente se comeram! - Clarisse diz alto.

— Cala a boca, Clarisse, não aconteceu nada demais. - Thalia fala baixinho com os olhos arregalados.

— Não? - Clarisse pergunta e eu e Thalia fizemos que não com a cabeça. - Como assim? Achei que vocês já tinham feito de tudo.

— Ainda não chegamos a essa parte. - Thalia informa. - Mas em fim, eu subi pro quarto dele e enquanto subia rezei pra mãe dele não me ver. Quando cheguei ao quarto dele tranquei a porta. Ele perguntou por que eu estava ali e eu lhe disse que não importava e lhe disse que só iria embora quando ele dormisse e ele disse que não dormiria. Passamos a noite acordados. Foi maravilhoso. - Ela diz sonhadora. - E eu estou cheia de olheiras, mas valeu a pena.

— E cadê ele? - Eu pergunto.

— Eu não sei se vai vir hoje! - Thalia responde triste. - Ele só dormiu às 03h e eu sai de lá às 04h30min.

— Vocês estão muito grudentos.  - Clarisse diz fazendo cara de nojinho.

— Eu sei. - Thalia diz parecendo desesperada.

— Você precisa sair ver gente. - Digo.

— Não nada disso hoje, vocês vão lá pra casa. - Clarisse diz. - Meu pai vai sair com Emily, e Frank, eu acho, que vai encontrar com os amigos dele.

— Festa do pijama! - Digo.

— Não, não é festa do pijama, isso é coisa de menininha. - Fala Clarisse. - Vocês só vão conversar comigo e dormir lá.

— Festa do pijama! - Thalia insiste.

    Clarisse fecha a cara.

— Um abraço. - Digo abrindo os braços para abraçar Clarisse, porque sei que ela odeia Abraços. Thalia faz o mesmo.

    Nós a abraçamos em meio ao corredor. Clarisse falava mal de nós em meio ao Abraço.

— Saiam daqui! Eu odeio vocês!- Ela diz alto.

— A gente te ama, amorzinho! - Thalia diz.

     Nós três começamos a rir no do meio corredor.

— Vamos logo para sala. - Eu digo.

— Mas o sinal nem tocou. - Thalia fala.

— É eu sei que não, mas a gente pode ficar por lá. - Sugiro.

— Mas...

— Não, depois você o vê!- Digo, pois sabia o que ela iria dizer.

— Você iria esperar por Nico? - Clarisse pergunta e Thalia faz que sim com a cabeça. - Ela não vai fugir.

— Enquanto eu estou aqui ele pode estar fugindo pro Caribe com outra. - Thalia diz arregalando os olhos.

— Quanta paranoia! - Digo. - ELE NÃO TÁ FUGINDO COM OUTRA.  Agora podemos sair daqui?

    Thalia revira os olhos e faz que sim com a cabeça, saímos andando pelo corredor que já tinham algumas pessoas.

    Decidimos ficar em frente ao armário de Thalia por que o sinal não iria tocar nem tão cedo, quem disse isso foi Thalia, mas com certeza ela só queria que saber se o Nico viria hoje.

    Ficamos conversando bobagens por um tempinho até que Percy aparece. Ele não fala nada apenas senta entre minhas pernas.

— Annabeth, eu poderia falar com você? - Ele pergunta.

— Pode falar! - Eu o respondo.

— É meio que particular sabe. - Percy diz me olhando, ele parecia suar frio.

— Tá bom. - Digo franzindo a o cenho.

— Hmm, já estão de segredinho! - Thalia diz maliciosa.

     Revirou os olhos.

— Não estamos de segredinhos! - Digo.

— Por que você não vai atrás do seu namoradinho? - Pergunta Percy.

— Você o viu? - Pergunta Thalia com os olhos arregalados.

— Vi, ele estava indo pra sala. Perguntei até se ele tinha visto vocês. - Percy conta.

—Ele não veio me ver! - Thalia faz uma cara triste.

— Não fica assim. - Digo tirando Percy do meio das minhas pernas e indo abraçá-la.

— Quanta frescura! - Clarisse diz a abraçando também.

— Por que elas estão todas abraçadas? - Ao escutarmos uma voz, que com certeza era de Nico, saímos do Abraço.

— Você veio. - foi à primeira coisa que Thalia disse, ela parecia se segurar pra não abrir um sorriso do tamanho do mundo.

— Eu disse que te veria hoje. - Ele a responde.

— Vai começar a viadagem! - Clarisse diz balançando a cabeça.

— Eu não ganho Abraço das garotas que um dia farão parte do meu harém? - Percy pergunta.

— Só se for no seu harém imaginário né,  por que eu estou fora. - Eu o respondo.

— Idem- Clarisse concorda comigo.

— Daqui pra lá eu vejo minha situação! - Thalia diz.

— Como assim? - Nico pergunta ao sentar-se ao lado de Thalia. Não consigo ler sua expressão.

— O que isso? -Percy pergunta. - Um avião? Não! É uma nuvem de ciúmes!

— Eu não estou com ciúmes. - Nico diz fechando a cara. - Eu não tenho ciúmes!

O que Percy diz pra mim não faz muito sentido!

— Uhum, não é o que me parece. - Clarisse diz.

— Se você diz que não é então pronto. - Thalia fala dando de ombros.

     Eles começam a conversar baixinho. Thalia parecia ainda querer sorrir e Nico tinha uma aura diferente, sua expressão não mostrava nada, mas havia uma curvinha no canto de sua boca.

— Sabe aquele lindo dia em que você começa a sentir-se um castiçal? - Percy pergunta fingindo emoção. - Me sinto assim hoje!

    Ele limpa uma lágrima falsa.

    Antes que qualquer um de nós fale algo alguém para à nossa frente.

— Olha só quem se junto ao grupo das garotinhas! - Octavian debocha.

— Que eu saiba ele é quem está com a garota e não com um bando de caras. - Percy diz e se levanta.

    Octavian range os dentes e serra os punhos.

  Algumas pessoas param pra olhar.

— Cala a boca, Percy, eu não falei com você então é melhor não se meter! - Octavian diz aparentemente zangado.

— A partir do momento em que você se meter com um dos meus amigos e eu estiver por perto você também se meteu comigo. - Percy fala. - Sabe ao invés de você e seus amigos se meterem com pessoas inocentes vocês poderiam ir tirar um único seis em inglês pra ver se vocês conseguem algo no futuro.

— Você tá me chamando de burro? - Octavian pergunta.

     Quando Percy faz que sim com a cabeça Octavian lhe da um soco no meio da cara dele e Octavian cai no chão num piscar de olhos por que Clarisse já estava preparada. Percy cambaleia se segurando nos armários. Levanto-Me para ajudar Percy assim como Thalia e Nico.

       Alguns dos amigos de Octavian avançam, mas Clarisse estala os dedos das mãos. Ela diz:

— Tem muito mais de onde veio aquele!

     Eles hesitam, logo desistem e vão ajudar Octavian que quando novamente de pé, com o rosto sangrando, antes de ir, diz:

— Isso não vai ficar assim, você vai pagar!

 Sua voz tinha tamanho ódio. Eu não sabia a quem ele se referia a Percy ou Clarisse.

    Concentro-me em Percy, seu olho ficará roxo.

— Você está bem? - Pergunto realmente preocupada.

— Um beijo seu melhoraria! - Ele diz fazendo gracinha.

— Nem depois que apanha para de fazer graça. - Digo.

— Obrigado, Percy. - Nico gradece. - Mas você não pode ficar sem metendo em minhas brigas.

     Nico vai embora antes mesmo que Percy diga algo.

— Eu vou... - Thalia começa a dizer e eu apenas faço que sim com a cabeça.

     Ela vai atrás dele e eu volto minha atenção para Percy.

— Sério, Percy, você tá bem? - Pergunto novamente.

— Sério, Annabeth, um beijo seu melhoraria! - Ele fala novamente.

      Revirou os olhos e lhe Beijo na bochecha.

— Bom, não era bem assim que eu imaginei, mas por enquanto tá ótimo. - Ele fala.

— Vamos a enfermaria buscar gelo pro seu olho.  – Digo bem no momento em que o sinal toca.

— Eu digo à professora que vocês foram à enfermaria. - Clarisse informa.

— Obrigada, Clarisse. - Digo ao levantar. 

 Percy levanta logo em seguida. Clarisse se vai e eu e Percy seguimos calados pelo corredor. Até que chagarmos a enfermaria não damos uma palavra.

   A enfermeira, que eu não me interessei em saber o nome, examina o olho dele, que está vermelho indo para roxo, passa uma pomada, lhe dá uma compressa gelada e o libera.

    Nós encaminhamos para a sala de aula ainda em silêncio até que ele diz:

— Obrigado.

— Por nada. - Digo olhando para e ele que cobria o olho machucado. - Gostei muito da sua atitude quanto ao que Octavian disse!

— Só fiz o que eu achei certo. - Ele diz.

  Assinto.

— O Que você queira me falar? - Pergunto, lembrando-me do que ele dissera quando estávamos em frente ao armário de Thalia.

— Ah... - Ele para de respirar e fica pálido. - Nada.

— Tem certeza? - Pergunto franzindo o cenho.

  Ele faz que sim com a cabeça e continuamos a andar calados em direção à sala de aula.

    Quando entramos na sala vejo apenas Thalia, de cabeça baixa, e Chris, que havia feito um sinal para não perguntar nada. Clarisse não esta ali.

 Assinto.

   Sento-me ao lado de Thalia e Percy ao lado de Chris. Tento ficar calada ao lado de Thalia, mas simplesmente não dá.

— O Que foi? - Pergunto preocupado. - O que aconteceu?

   Ela balança a cabeça negativamente pra dizer que não há nada.

— Nada. - Ela diz.

— Tem certeza? - Pergunto.

 Ela faz que sim com a cabeça então eu a deixo quieta, talvez ela não quisesse falar naquele momento, eu insistiria mais tarde.

— Cadê a Clarisse? - Sussurro para Chris.

— Não sei. - Ele responde baixinho.

[...]

     Era hora do intervalo, eu fora a primeira a chegar à mesa do refeitório. Comprara comida e enquanto comia lia um livro que pegara na biblioteca. Mas, como sempre, minha paz logo acaba.

— Ei. - Percy senta ao meu lado na mesa do refeitório e tente me beijar na bochecha, mas eu viro o rosto a tempo.

     Arqueio uma sobrancelha para ele.

— O que você quer?  - Pergunto voltando minha concentração para meu livro.

— Que você me trate melhor. - Ele diz. - Isso é só uma das coisas que eu quero tá.

— E a outra? - Questiono tentando não demonstrar curiosidade.

      Ele limpa a garganta.

— Sabe... Aquele dia? - Ele pergunta.

— Que dia? - Pergunto de volta. - Seja mais específico, Perseu.

— Aquele dia em que eu... Beijei-lhe no banco de praça. - Ele diz e todo aquele momento volta.

—Acho que já vou indo! - Eu disse calçando novamente meus sapatos, Percy estava ao meu lado calado.

—Quer que eu te leve pra casa? - Percy perguntou.

—Não... - Eu disse e olhei para frente e vi Will com o telefone no ouvido e olhando para os lados. -O Will tá vindo aí!

— E o que tem?

— Sai da festa sem dizê-lo nada! Ele deve está me procurando, eu Não quero dar satisfação a ele...

—Entendi. -Ele disse realmente me surpreendendo. Percy tirou o casaco que usava. - Prende o cabelo e veste meu casaco! - Fiz o que ele mandou. Prendi o cabelo rapidamente e vesti o seu casaco. -Agora promete que não vai me bater!

—Prometo! - Eu disse sem pensar duas vezes.

Percy segurou minha nuca e colou nossos lábios. No primeiro instante eu não sabia o que fazer meu corpo não reagia, meus músculos e sentidos haviam paralisado naquele instante, até eu me lembrar como se beija, fechar os olhos, que ainda estavam abertos, dei espaço pra sua língua e deixei ele fazer o que queria.

Deixei que ele me beijasse até nossos pulmões implorarem por ar.

—Acho que ele já foi! - Eu disse dando uma olhada ao redor e voltando a olhá-lo.

—Acho que sim! - Percy disse ao meu lado me olhando. - Mas agora você me deve uma!

— Annabeth? - Percy estala os dedos em frente ao meu rosto.

— Sim e daí? - Pergunto.

— Lembra que... Você Me deve um favor? - Ele pergunta. Faço que sim com a cabeça. - Então eu queria que você pagasse esse favor.

— Como? - Eu pergunto ainda concentrada no livro cem por cento nem aí pra ele.

— Eu queria que... Que você... Saísse... Comigo. - Ele diz a última palavra baixinho, mas não baixo o suficiente para que eu não escute.

— Sair? Com você? - Pergunto.

— Mas...

— Olha Percy, - Fecho o livro e olho para ele. - Você é como um irmão chato pra mim e eu não sairia com um irmão meu. Você entende?

      Ele faz que sim com a cabeça não demonstra estar triste ou mesmo abalo.

— Certo. - Ele diz.

— Que bom que você entendeu. - Digo voltando ao meu livro.

     Quando Chris, Clarisse, Nico e Thalia chegam o clima fica meio pesado, ninguém falava nada. Nem mesmo Thalia e Nico que estavam o maior agarrado hoje cedo.

     No final do intervalo todos vão para suas salas ainda sem falar nada.

     Antes de irmos para casa falei com Clarisse e Thalia pra combinarmos de ir pra casa de Clarisse. Thalia ficou de ir me buscar.

     Quando volto para casa passo a tarde toda sozinha mexendo no celular ou lendo um livro qualquer, como sempre sozinha e sem nada pra fazer.

     Aproveitei para preparar minhas coisas para ir à casa de Clarisse. Tomei um banho e vesti uma roupa, depois desci e fiquei no celular com a TV ligada para não me sentir sozinha por que já era noite.

     Recebo uma ligação de Will às 19h. Sem querer atendo. Fazia tempo que eu não falava com ele, na verdade desde o dia em que Percy me ”ajudou” eu não falava com ele, Eu ignorava suas ligações e tudo mais.

     Mas ultimamente eu havia ignorado todos os garotos que me ligavam ou sempre dava uma desculpa esfarrapada quando eles me chamavam pra sair.

    Will diz que quer me encontrar pra conversar e eu digo que vou à casa de Clarisse. Ele tenta marcar outro dia e eu digo que nos encontraríamos outro dia, por que realmente eu não estava a fim.

      Atena, minha mãe, chega e só então eu pergunto se posso ir à casa de Clarisse. De primeira ela no a deixa, mas eu imploro praticamente de joelhos e ela insiste em não deixar.

     Então Frederick, meu pai, chega eu peço pra ele e que me deixa ir à casa de Clarisse já de primeira. Depois ainda me perguntam por que eu prefiro meu pai.

      Minutos depois a campainha toca. Eu sabia que era Thalia, aliás, ela ficou de vir me buscar. Despeço-me da minha mãe que não tinha uma cara muito boa e depois do meu pai que escrevia algo em seu notebook. Pego minhas coisas e saio.

— Pensei que iria me deixar aqui fora. - Thalia diz mal-humorada.

— Quanto mal humor. - Digo fechando a porta. - Vamos?

   Thalia faz que sim com a cabeça e nós vamos para o carro dela. Ela fica calada a viagem toda e eu fico até preocupada pra que ela não é assim.

— O que aconteceu? - Pergunto assim que ela para o carro.

     Ela balança a cabeça pra não dizer que não é nada.

— Não é nada, Annie. - Ela diz baixinho.

— Sabe o que eu acho? - Pergunto para ela.

— O quê? - Ela desvia o olhar pra mim tentando sorri.

— Que você é a pior mentirosa do mundo. - Digo.

— Eu já disse que não há nada, Annabeth.

— Sempre tem alguma coisa, Thalia, mas se você não quer contar tudo bem.

    Pegamos nossas coisas e Saímos do carro. Caminhamos até a porta e tocamos a campainha.

      Quem abre a porta é Emily, madrasta de Clarisse.

— Entrem meninas. - Ela diz sorrindo. - Vou chamar ela.

— Obrigada. - Dissemos em uníssono e entramos.

   Ela nos leva para a sala. Logo em seguida escutamos um:

— Finalmente, achei que não vinham mais. - Clarisse aparece na escada.  - Venham.

     Nós a seguimos subindo as escadas, passamos por um longo corredor e Frank, o meio-irmão de Clarisse, passa por nós e diz:

— Meninas. – Ele diz.

— Oi. - Eu e Thalia dissemos em uníssono.

    Clarisse nos leva para o quarto dela e nos jogamos as três na cama e ficamos em silêncio um bom tempo até que Eu digo:

— Seu irmão tá um gato.

— Ele tem namoradinha, Linda! - Thalia diz.

— Você tá mais atualizada do que eu. -Clarisse disse com os olhos arregalados. - Quem é a namoradinha dele?

— Hazel, meia-irmã mais nova do Nico. - Resende Thalia.

— Como você sabe? - Clarisse pergunta.

— Eu e Nico os pegamos quase se comendo. - Thalia conta.

— Sério? - Eu pergunto e Thalia confirma com a cabeça. - Nossa.

— Ah, vocês não sabem. Tenho uma coisa pra contar pra vocês. - Diz Clarisse. Ela baixa o olhar antes de dizer: - É sobre o Chris.

   Eu e Thalia arregalados os olhos.

— Você perdeu sua virgindade com ele?! - Thalia fala alto e bem na hora em que alguém bate a porta.

     Clarisse engole o seco.

— Pode entrar. - Ela diz.

     Era Ares o pai de Clarisse. Ele a encara com uma cara estranha.

— Comprei o que você pediu. - Ele diz. - Seu irmão já saiu e Emily e eu já estamos de saída.

— Obrigada, pai. - Clarisse agradece.

— A casa é toda de vocês, só não usem drogas, não deem festas - Ele olha pra Clarisse. - E não chamem garotos nem os seus amigos que eu conheço. - Antes de sair ele diz. - É depois conversamos sobre isso.

— Mas não aconteceu nada. - Ela diz arregalando os olhos. Porém Ares já havia ido embora. - Eu te odeio Thalia, agora vou ter que ter uma conversa estranha com meu pai.

— Odeia nada, quase todo mundo passa por isso. - Thalia diz. - Agora continua como foi? Chris tem pegada?

— A gente não fez nada demais! - Ela diz indignada.

— Então o que aconteceu? - Eu pergunto.

— A gente estava apostando corrida pra ver quem chegava primeiro na escola, como fazemos todo dia de manhã. - Ela faz uma pausa. - Daí eu ganhei e fiquei no estacionamento pra tirar sarro da casa dele. Diverti-me bastante, mas no final de cada aposta ganhamos um prêmio, na maioria sempre são coisas bobas.

— E o que você ganhou dessa vez? - Thalia pergunta toda maliciosa.

— Não foi nada do que você tá pensando. - Clarisse diz. - Ele perguntou o que eu queria, mas eu não havia pensado em nada ainda. A gente sentou nas escadinhas que tem na entrada para o prédio da escola. Ele ficou do meu lado sem falar nada e depois de um tempinho do nada me beijou. Eu fiquei parada, sem saber o que fazer, com os olhos arregalados. Eu virei uma estátua na hora, afinal eu nunca tinha feito isso. Ele viu que eu não tinha reagido então se afastou e eu fui embora pasma ainda sem saber o que fazer.

— O Chris te beijou! - Digo.

— Finalmente esse BV foi embora. - Thalia diz. - Já estava mais que na hora.

— Mas eu não reagi. - Clarisse nos lembra.

— Amiga, sua boca encostou-se à dele isso foi um beijo. - Thalia diz arregalando os olhos.

— É disso aí que eu quero falar. - Clarisse Fala.

— Isso o que? - Pergunta Thalia.

— Beijo. - Clarisse disse baixinho. - Me falem sobre isso eu não sei nada.

— Clarisse, Beijo de língua é uma coisa louca. - Thalia já começa assustando a garota.

— É a coisa mais fácil do mundo. - Digo. - As duas línguas entram de uma vez só, uma vai por cima da outra e...

— Que nojento. - Clarisse me interrompeu.  - Eu não quero saber, deixam pra lá vamos comer!

— Mas... - Thalia começa.

— Thalia, fica aqui comigo e com a Annie, você pode ver o Nico amanhã. - Clarisse pede.

— Eu não estou falando com o Nico. - Thalia fala.

— Mas o que aconteceu? - Eu pergunto.

— Quando eu fui atrás dele nós discutimos, um assunto entrou no outro e ele disse para eu não ligar pra ele e eu disse o mesmo pra ele. - Thalia conta.

— Eu sabia que tinha alguma coisa. - Falo- Afinal eu nunca te vi tão pra baixo.

— Nossa, por isso que você estava daquele jeito! ? - Disse Clarisse.

      Thalia faz que sim com a cabeça.

— Vamos comer que isso passa. - Clarisse diz tentando animá-la, mesmo essa não sendo sua especialidade.

    Nós três descemos para a cozinha.

— Eu pedi pro Pai compra torta e se vocês quiserem comer pipoca com refrigerante a gente faz daí podemos assistir a um filme? - Clarisse pergunta.

— Pode ser. - Thalia e eu dissemos em uníssono.

— Ah, vocês não sabem. - Digo, Antes mesmo de começarmos a fazer algo.

— O quê? - Pergunta Clarisse pegando a pipoca de micro-ondas.

— Adivinha quem me chamou pra sair! - Falo.

— Diz logo garota. - Thalia manda curiosa.

— Percy. - Elas duas me olham.

— Isso é sério? - Clarisse pergunta e eu faço que sim com a cabeça.

— Você aceitou? - Thalia questiona.

— Não. - Digo dando de ombros.

— Você é louca? - Thalia me pergunta.

— Não. Eu não aceitei por que Percy é como um irmão chato pra mim. Eu não sairia com ele. - Digo. – Nós só somos amigos.

   Thalia passa a mão nos cabelos, suspira me encara e balança a cabeça.

— Eu vou te bater Annabeth é sério. - Ela diz avançando pra cima de mim. - Você é Sega?  Ou burra? Não inteligente eu sei que você é, mas cega com certeza.

— Por quê? O que foi? - Eu pergunto querendo saber por que ela dizia aquilo.

— Ele gosta de você sua idiota! - Ela diz e eu congelo.

— Como assim gosta de mim? - Pergunta.

— Vai me dizer que não percebeu as cantadas idiotas? Ele puxando seu saco, te irritando a todo o momento, sempre perguntando se você queria algo e a aproximação sorrateira sempre fazendo algo pra estar perto de você? - Thalia pergunta.

      Começo a lembrar-me das últimas semanas e até mesmo meses em que ele era gentil comigo, sempre estava por perto, mesmo que ele ficasse calado na dele, as cantadas idiotas sempre fazendo algo para chamar minha atenção.

— Sim, mas isso não quer dizer que ele goste de mim. - Digo. - Ele pode ser chato quando ele quiser, como você de vez em quando. E às vezes ele só pode estar tentando ser legal comigo. Nada demais.

    Thalia revira os olhos.

— Se você acha. - Diz Clarisse levantando os braços.

— Mesmo que você não ache que não é nada demais, devia dar uma chance pra ele. - Thalia começa. - Mesmo que meu primo pareça não valer nada, você podia sair com ele pelo menos uma vez.

— Vou pensar nisso. - Digo, já tendo uma resposta, que seria não.

— Vejam isso. - Fala Clarisse com o celular nas mãos.

    Nós fomos até onde ela estava segurando o celular com os olhos arregalados. Era uma mensagem de Chris e dizia:

"Desculpa-me! Eu não sabia se você estava a fim, e acabei fazendo aquilo.”

— O que eu respondo? - Clarisse pergunta nos olhando.

— Diz que tudo bem... – Começo, mas Thalia me interrompeu.

— Que se ele quisesse ele teria feito mais coisa com você! - Thalia diz.

    Reviro os olhos.

— Ela não tá se prostituindo. - Falo.

— Eu não falei nada disso. - Thalia se defende.

      Eu e Thalia teríamos discutido mais, porém o celular de Clarisse toca.

— É ele. - Ela diz como se o celular fosse explodir a qualquer momento.

— Atende! - Eu e Thalia dissemos em uníssono.

    Clarisse atende o celular e se afasta de nós.

    Eu Começo a conversar com Thalia.

— Você não vai ligar pra ele? - Eu pergunto.

— Pro Nico? - Ela pergunta e Eu faço que sim com a cabeça. - Ele que ligue.

 - Você devia parar de ser tão orgulhosa sabia! ? - Digo montando um pequeno plano de reconciliação.

— Nunca vou fazer isso. - Thalia diz. - Ah, e por falar em ligação eu preciso fazer uma.

— Pra quem? - Eu pergunto.

— Isso é o que vamos saber. - Ela diz.

      Thalia tira o celular do bolso, vai para os contatos e liga pra um número sem identificação. Logo escutamos um recado de caixa postal:

”Oi, aqui é a Silena! Você ligou numa hora errada então já sabe o que fazer! Assim que puder eu retorno! Beijinhos!"

Thalia desliga o celular.

    Ela apenas pisca os olhos, coloca o celular no bolso e diz:

— Eu vou ao banheiro. - Ela diz e já indo em direção à sala.

    Eu fico confusa. O Que tinha demais nessa caixa postal?

     Clarisse volta.

— O que você acha de eu ligar para o Nico? - Pergunto baixinho pra ela.

— Pra que? - Clarisse pergunta baixinho.

— Pra ele ligar pra Thalia. - Digo. - Ela tá muito pra baixo e depois dessa ligação ela ficou estranha.

— Que ligação? - Clarisse pergunta.

— Depois eu explico, se ela volta diz que minha mãe me ligou. - Digo pra ela.

     Vou em direção às portas do fundo e saio.

    Sorte que eu sou uma pessoa prevenida e tenho o número de Nico salvo desde isso dia em que eles se beijaram na piscina.

   Disco o número e espero um pouco.

—Alô? - Escuto uma voz mal humorada do outro lado da linha.

— Nico? - Pergunto só pra tirar a dúvida.

— Annabeth? - Ele pergunta.

— Sim. - Digo.

— Por esta me ligando? - Ele pergunta.

— E o seguinte: Liga pra Thalia! - Digo.

— Não!

— Por que não?

— Por que não ela disse pra eu não ligar e eu não vou ligar.

— Mas...

— Sem mais Annabeth!

— Olha aqui garoto, se você não ligar pra ela eu vou te bater tanto que você vai virar farelo. - Eu o ameaço. - Poxa, Nico, eu nunca vi ela tão pra baixo por ter brigado com alguém. Liga vai.

    Ele suspira do outro lado.

— Tá, Annabeth! - Ele diz e desliga.

      Sou ou não sou a melhor amiga do mundo! ?

     Entro novamente e só vejo Clarisse fazendo as pipocas.

— E aí?  - Ela pergunta.

— Ele disse: Tá, Annabeth! - Digo. - Acho que isso foi um sim.

— Que bom. - Ela disse.

— Cadê ela? - Pergunto.

— Aqui. - Ouço a voz de Thalia.

    Será que ela escutou algo?

    Olho para ela e vejo seus olhos um pouco vermelhos.

— O que foi? - Pergunto.

     Thalia nos olha e de repente Ela começa a chorar coisa que eu já desconfiava de que ela estivesse fazendo no banheiro.

     Eu e Clarisse fomos até ela é a abraçamos.

— O Que foi? - Pergunta Clarisse.

— Silena! - Ela diz ainda chorando.

— Que Silena? - Questiona novamente Clarisse.

— A da caixa postal. - Eu a respondo. - Quem ela é?

— A amiga dele. - Thalia conta.

— Se são só amigos por que você tá assim? - Pergunto.

— Ela já morreu e ele ainda paga a conta do celular dela pra ouvir a voz dela! - Conta Thalia. - Ele prefere uma morta a mim.

— Você tá perto daqueles dias? - Clarisse pergunta e Thalia faz que sim com a cabeça.

—Deve ser TPM! - Digo.

— Eu tenho uma garrafa de whisky que peguei escondida do meu pai, você quer?  - Clarisse pergunta.

      Thalia faz que sim com a cabeça com o rosto todo molhado.

— Não chora Thalia, ele só deve sentir falta dela. - Digo a levando pra sala enquanto Clarisse subiu.  - Assim como nos sentimos falta de alguns de nossos parentes.

— Mas eles não são parentes! - Ela se afoga mais ainda em lágrimas. -Ele já comeu ela!

— Ela tá morta deixa pra lá, ela não vai voltar só por que ele ainda paga a conta do celular dela.

   Tento reconfortá-la o que é impossível já que ela coloca muitos empecilhos e não dá pra argumentar.

   Clarisse desce com a garrafa de whisky e a entrega a Thalia.  Clarisse senta ao seu lado. E Thalia abre a garrafa como se estivesse em desespero. Ela leva o gargalo à boca e passa um bom tempo com a garrafa virada para cima.

  Ela continua a fazer isso só que com goles menores e depois de um longo tempo ela nos olha com o rosto molhado.

—Desculpa. - Ela se desculpa. - A gente devia estar falando sobre sexo e garotos, mas eu estou aqui chorando por causa de uma pessoa. Desculpem-me.

—Não, Thalia, deita aí. -Clarisse diz. - Eu e Annabeth estamos aqui pra isso.

    Thalia deita a cabeça no colo de Clarisse e coloca as pernas por cima das minhas. Ela passa um bom tempo calada com algumas lágrimas caindo pelas laterais do rosto.

— A gente devia estar em uma balada pegando os primeiros que aparecessem a nossa frente! - Thalia diz e limpa as laterais do rosto.

— A Clarisse não pode sair de casa, lembra! ? - Digo pra ela que faz que sim com a cabeça.

— Mas a gente ainda pode assistir a alguns filmes!  - Clarisse nos lembra. - Podemos assistir a um filme de comédia, só dessa vez.

— Vamos assistir a um filme. - Thalia se anima um pouco.

   Ela tira as pernas de cima das minhas e se levanta bem na hora em que a porta se abre. Thalia se virá e esconde a garrafa.

  Uma garota de pele escura, de cabelos encaracolados e longos, e olhos que pareciam ouro entra nos olha.

— Frank, o que a Thalia e uma loira e uma morena estão fazendo na sua sala? - A garota pergunta.

    Frank aparece.

— Ah, vocês ainda estão acordadas. - Frank parece triste por isso. - Esqueci que você conhece a Thalia, a loira é a Annabeth é aquele coisa lá é minha meia-irmã, Clarisse. Annabeth e Clarisse essa é a Hazel minha... - A tal Hazel olha para ele assim como nos três. Ele coça a cabeça.  - Difícil explicar.

— Amiga colorida. - Clarisse sugere.

— Ficante. - Sugiro também.

— Namorada. - Hazel sugere.

— Quase namorada. - Ele diz. - Pensei que vocês estariam dormindo!

— Pensou errado - Clarisse diz.

— O que vão fazer agora? - Frank pergunta.

— A gente vai ver um filme. - Digo antes que Clarisse de outra patada no meio-irmão.

—Quer ficar com elas? - Frank se direciona apenas a Hazel.

— Por mim tudo bem. - Ela diz

— Olha Frank acho que a Hazel prefere tá na sua cama, do que com a gente e  além do mais eu não seguro vela nem pro meu irmão não é agora que eu vou segurar pra alguém. - Thalia diz e eu fico apenas esperando a resposta da garota.

— Acho que a Thalia tem razão. - Hazel diz baixinho. - Mas antes de subirmos eu posso falar com ela?

— Claro. Eu vou subir, você já sabe o caminho. - Frank diz e Hazel faz que sim com a cabeça.

  Ele lhe dá um beijo na bochecha antes de subir as escadas nos deixando ali sozinhas.

— O que aconteceu com vocês dois? - Hazel pergunta se aproximando de nós.

— Eu e Clarisse vamos... - Eu começo, mas Hazel me interrompeu:

— Tudo bem, podem ficar, acho que vocês vão querer saber o que aconteceu também. - Hazel senta-se ao meu lado.

   Thalia olha pra ela já com um não estampado no meio da cara.

— Só lembre-se que eu sei de coisas e que eu poderia deixar seu pequeno e perigoso romance em perigo! - Hazel a chantageia com um sorriso doce no rosto. - Senta aqui e pode ir falando.

   Thalia senta-se entre Hazel e Clarisse e começa a falar sobre a briga deles. Ela nos conta tudo como se fosse um robô, sem sentimentos, como se realmente não se importasse com o que acontecerá entre ela e Nico. Mas acho que ela realmente se importa, apenas não queria chorar na frente de Hazel.

— Ele te disse tudo isso? - Hazel franzindo o cenho. Thalia faz que sim com a cabeça baixa.

— Eu realmente não esperava isso dele e daí eu comecei a falar tudo o que me vinha à mente! - Thalia funga, vejo uma lágrima cair no chão. - Eu não queria ter dito aquilo.


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Notas finais do capítulo

E aí? Gostaram? Comentem!
O Próximo já estava em andamento, quase acabando e dessa vez eu não prometo que vou postar rápido por que eu nunca faço isso, mas antes eu era um escritorasinha legal que atualizava a fanfic todo domingo! Vou tentar voltar a ser essa pessoa! Não juro!
AVISO AOS LEITORES DE I GOT MY ANGEL NOW: AMANHÃ OU, ATÉ MESMO, MAIS TARDE TEM CAPÍTULO QUENTINHO! :V
Beijinhos para vocês!!



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