Fix Me escrita por Angel


Capítulo 41
Nova Luz


Notas iniciais do capítulo

Oi povo, cade vocês? Sumiram mais do que eu! Hehe
Bom, mais um capítulo para vocês. Está ficando paradão mas a ação está prometida no futuro.
Kiss



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Acordei quente, não queria sair de lá de onde estavam. Ainda com os olhos fechados, senti algo quente que se mexia encostando meu corpo. Com muito esforço eu abri os olhos e encontrei Thomas deitado na minha frente com o semblante de anjo que eu havia visto na primeira vez que eu o vi no hospital. Senti meus olhos inchados, mas a cabeça já estava boa. Me mexi uma pouco para saber minha situação. Eu estava deitada com apenas um shots e blusa fina, deitada e praticamente colada com um cara que estava com apenas com roupas de moletom. Eu sentia sua respiração em meu pescoço fazendo-me arrepiar. Com medo assustar ele, passei a mão em seus cabelos secos e comecei a fazer carinho enquanto pensava no dia anterior. Algum tempo depois Thomas suspirou e finalmente acordou. Olhei para baixou e ele estava piscando algumas vezes mas voltou a fechar os olhos. Se levantou e ficou em cima de mim, eu não sabia se ele estava mesmo acordado ou se ele era sonâmbulo.
— T. . Thomas.
Ele aproximou seu rosto ao meu mas depois abaixou passando pelos meus peitos, barriga e indo até o meu umbigo.  Se espreguiçou e voltou a deitar ao meu lado e abriu os olhos sorrindo para mim. Eu, com toda a certeza estava com o rosto vermelho que nem uma pimenta.
Apontei para ele e fiquei sério (ou tentei ao máximo).
— Nunca mais faça isso!
Falei baixo, sem fôlego. Aquilo havia mexido comigo.  Ele mexe comigo!
Ele sorriu e se levantou, virou e me deu a mão me ajudando a levantar também.
— Lembra da regra?
Ele assentiu sério.
Me estiquei e abri a jaula. Era de madrugada ainda e ninguém havia acordado. Todos já estavam acostumados com esse fuso horário. Eu e Thomas saímos do celeiro e fomos andar um pouco.  Começamos a fazer isso no final do mês passado, quando Thomas se mostrou ser alguém com consciência de seus atos de dia. Ele apenas não falava. Somente de noite que ele ficava estranho, perigoso. Esse era nosso segredo.
Um forte vento da manhã me atingiu fazendo-me encolher e tremer de frio. Thomas, que estavam um pouco a frente,  parou e olhou para mim.  Pensou e logo tirou seu casaco de moletom e me dando.
— Esta doido?! Se você ficar sem blusa,  vai pegar um resfriado e Dany pode desconfiar de nós!
Ele logo me puxou e colocou a blusa em minha cabeça,  como se me obrigasse a colocar ela. Não tive escolha. Ao passar a cabeça na blusa para deixar ela em mim, senti o cheiro de menta que tanto amo.
Quando finalmente acabei de colocar o enorme blusão, encarei Thomas sem blusa. Mesmo magro, ele ainda está com o corpo bem formado,  mas havia cicatrizes da visita de Dragon. Durante todo esse tempo, Thomas deixava apenas eu cuidar dele e limpar suas feridas,  então eu já estava um pouco acostumada com sua aparência.
Ele estalou os dedos na minha frente me tirando do transe.
— Desculpe,  acho que ainda estou um pouco cansada. - Falei sem graça. - Você não está com frio, não? Hoje parece que esfriou mais ainda!
Ele negou com a cabeça e abriu a boca, como se fosse falar algo, mas fez uma expressão de dor e virou o rosto para o outro lado.
Virei seu rosto.
— Ainda dói?
Ele olhou para baixo e assentiu.
— Não precisa se esforçar muito, Bobo. Vamos, acho que estamos atrasados.
Andamos mais um pouco e chegamos na casa de vidro de Charlie. O mesmo já estava pronto a nossa espera.
— Bom dia, casal lindo.
Ri da cara vermelha de Charlie quando viu Thomas sem blusa.
— Bom dia, Charlie.
Thomas acenou e sentou na cadeira de madeira que havia ali perto e bocejou.
— Parece que alguém andou sem dormir esta noite. O que vocês estavam tramando?
Perguntou Charlie desconfiado e com um olhar malicioso.
— Nada! De verdade,  OK?
— Sei.
Falou e logo se aproximou de Thomas e o analisou.
— Parece que suas cordas vocais estão melhorando, mas não abuse muito. Os cortes estão se fechando e dando bons resultados com os remédios.
— Mas e a crise?
Perguntei enquanto lembrava da última vez que Thomas tentou me atacar. Ele não pensava, apenas tentava me estrangular com um olhar de raiva. Raiva de alguém que o machucou. Naquele dia eu tentei chamar seu nome, e a única coisa que me lembro era de Thomas piscando algumas vezes e se afastando assustado, e então apaguei. Isso aconteceu há duas semanas atrás e somente Charlie sabia disso, pois foi ele que encontrou o esconderijo e me tirou de lá.  Fui obrigada a contar tudo e ele se ofereceu a ajudar.
— Ainda não descobri. Mas já estou pesquisando. Agora que tenho contato com a Senhora Cameron,  posso saber mais. Ela me ajuda muito.
Falou dando alguma esperança para nós. Olhei para Thomas que estava de cabeça baixa. Nunca o vi tão assustado e indefeso como agora. Depois de Dragon, meu Tommy não é mais o mesmo.
— Eu sei que você vai conseguir.
Falei dando um sorriso sincero para ele e colocando a mão no ombro de Thomas.
Após duas horas com Charlie tirando dúvidas e sendo examinados e fazendo testes diversas vezes, finalmente saímos de lá e andamos para a horta que havia perto de casa. Havia de tudo lá,  mas em um cantinho bem escondido,  eu e Thomas plantamos uma semente de uma flor que minha mãe nos mandou.  Ela disse que era para nós dois cuidarmos pois essa flor significa nosso laço.
Molhamos ela um pouco, e ela já estava mostrando algum resultado de nossos esforço, mas ainda não dava para identificar.
Me levantei do chão,  limpei a mão na outra e fiquei ao lado de Thomas, que encarava o chão pensativo.
— Tommy?
Falei e ele dei um pequeno pulo e olhou para mim com um semblante triste. Coloquei minhas mãos em seu rosto e fiz ele me encarar.
— Não se preocupe,  Bobo.  Eu te protejo,  você me protege e vamos passar por essa juntos, esta bem?
Ele assentiu encarando para baixo e colocou a cabeça em meu ombro e suspirou.
— Alice.
Sua voz saiu rouca e falha.
— Não fale. Não precisa se forçar.  Não me importo.  - Menti. O que mais queria era ele falando comigo, falando meu nome. Eu queria muito ouvir sua voz novamente. Sentia Saudades disso. - Só melhore logo para falarmos muito de novo. Para vivermos juntos e, se for possível,  algum dia, ir para a cafeteria pedir um chocolate com seu bolo de baunilha,  esta bem?
Ele riu, mas eu já estava falando com lágrimas nos olhos imaginando se será possível algum dia sairmos daqui.
Ele levantou a cabeça, me encarou sorrindo e me abraçou forte.
— Eu te amo.
Meu coração só faltava sair pela minha boca por causa dessa frase. O abracei de volta com o desejo de nunca sair de seus braços,  mas o tempo se passava e tínhamos que ir para o celeiro antes que Dany chegue.
Pela primeira vez andei ao lado de Thomas e abraçada com seu braço.
Entramos na jaula e deitei na cama, suspirando.
— Acho que estou sedentária.
Ele riu e se sentou ao meu lado.
— Thomas,  você lembra de tudo da nossa infância?
Ela balançou a mão.  Mais ou menos.
— Eu também.
Falei encarando o teto enquanto mexendo no colar que ele havia me dado. Thomas estranhou o colar e começou a encarar ele. Levantei e mostrei.
— Lembra disso? Você me deu antes de sumir. Foi por causa desse colar que estamos salvos aqui.
Ele encarou aquilo de um jeito sério.
— Você não lembra?
Quando perguntei isso,  ele colocou a mão na cabeça demonstrando dor.
— Ei, não preciso se forçar tanto.
Levantei e fiquei na sua frente.
Após algum tempo ele respirou firme e me encarou sem expressão.
— Tommy?
Ele levantou devagar e me empurrou para a parede me beijando ferozmente.
Fiquei surpresa e feliz ao mesmo tempo.
Ele pegou em minha cintura e me puxou para cima, me obrigando a enlaçar minhas pernas em sua cintura. Ele me prensou na parede e eu pude sentir seu membro bem volumoso.
— Tom...my.
Tentei chamar sua atenção,  mas ele não desgrudava de meus lábios. Suas mãos passeava em meu corpo até pegar em minha cintura novamente e me levar para cama. Finalmente ele desgruda sua boca com a necessidade de ar.
— Thomas, o que você está fazendo?
Falei sem graça.
Ele pegou meus pulsos e levou para cima da minha cabeça prendendo com sua mão direita. E com sua mão esquerda ele levantou seu grande casaco que estava em mim e minha pequena blusa fina para cima, descobrindo meus peitos.
Senti um vento frio e minha respiração alterada. Thomas só encarava com muito desejo. Passou a mão em meu seio esquerdo, na barriga e foi até minha intimidade.
— Thomas. Acho que não é hora disso.
Falei com muito esforço, mas ele não me escutou. Eu já estava ficando preocupada, então tentei tirar meus pulsos que ele prendia, mas era em vão.  Thomas era muito mais forte que eu, de qualquer maneira. Senti sua boca beijar minha barriga e instantaneamente eu prendi a respiração.
— Tommy,  para.
Tentei gritar, mas minha voz saiu como um sussurro. Respirei novamente e senti ele passeando seus lábios  em todo lugar.
— PARA!
Eu estava ficando com medo, mas ele não demonstrou importância e começou a baixar meu shorts e ficou em cima de mim voltando a me beijar.
O beijo agora era forçado.
Ele estava em crise, mas desta vez é diferente. Ele não está me machucando, mas assustando.
Seus Beijos foram para meu pescoço fazendo-me arrepiar e e sentir estranhamente bem. Me segurei para não gemer. Eu precisava parar com aquilo antes que piore.
Me remexi tentando inutilmente sair debaixo dele, mas Thomas colocou suas pernas um em cada lado do meu corpo me prendendo mais ainda. Era nítido sua ereção.
— Thomas, se você não estiver em crise, me fale agora ou eu paro.
Ele sorriu maliciosamente e se aproximou de meu ouvido.
— Como pode parar uma fera em cima de você?
Sua voz era grossa, e ele não demonstrou dor ao falar. Seus olhos estavam dilatados e claros, muito claros.
Ele está em crise, e está me assustando.
— Tommy.
Sussurrei em seu ouvido que estava perto.
— Você não vai fugir de mim. Você é minha.
Ele colocou a mão dentro da minha calcinha e começou a mexer me obrigando a gemer.
A primeira lágrima já saiu.
— Se você me ama, Pare!
— E quem disse que eu quero?
Sussurrou. Me rebati embaixo dele. Aquele não era o Thomas. Não era meu amigo. Não é o cara que eu gosto.
— PARA!
Eu gritava com medo, mas ele não se importava continuando a passear em meu corpo e brincar com minha intimidade.
Eu não sabia mais o que estava sentindo. Medo, felicidade,  preocupação ou prazer. Era tudo de uma vez. Eu queria aquilo, mas não com ele deste jeito.
Thomas tirou a mão de minha calcinha e começou a tirar sua calça mas antes de abaixar,  uma mão aparece com uma seringa e o picou no pescoço ejetando algo. Era Dany. Thomas logo me encarou assustado e depois perdeu a consciência cai da em cima de mim. Eu não me mexi, apenas fechei os olhos tentando impedir as lágrimas caírem. Senti Dany tirando-o de cima de mim, eu logo abaixei minha blusa e levantei o shorts com vergonha.
— Dany eu...
— Não fale.
Exclamou com sua voz grossa e cortante.
— Desculp. ..
— Não se desculpe. Sei o que sente pelo meu amigo. Apenas vá para o quarto. Eu cuido dele agora.
Eu abri a boca mas não falei nada. Ainda de cabeça baixa, sai do celeiro envergonhada e corri para meu quarto que ficava no sótão da mansão.  Um quarto enorme com um banheiro simples que, quando encontrei, era empoeirado e sujo. Ao limpar, abrir as janelas e enfeitar ele, virou o melhor quarto da mansão.  Mas somente eu, Lauren e Alex sabiam disto.
Entrei, tranquei a porta e deitei na cama soltando todas as lágrimas que eu estava segurando. Meus sentimentos ainda eram confusos e adormeci tentando entendê-los.
***
Já era de noite. Levantei e fui tomar um banho para desinchar meu rosto vermelho. Me encarei no espelhos e me assustei comigo mesma.
"Se Lucas estivesse aqui, ele iria me zoar"
Ri com aquilo. Percebi que estava muito silencioso lá embaixo,  então fui verificar.
Não encontrei ninguém,  então fui para a cozinha ver que horas eram. Só havia dois relógios nesta mansão, um de parede na cozinha e outro grande tic tac que ficava na sala de estar. Já era madrugada, o horário de silêncio para todos descansarem. Ao sair da cozinha ouvi vozes e automaticamente me escondi atrás da porta.
— Eu sei que sou apressado, mas não aguento mais ser apenas seu amigo.
Eu conhecia aquela voz.
"Nick?!"
— Eu sei, mas eu estou confusa. Faz dois meses desde...
"Alex?!"
— Eu sei. Respeito isso. Apenas quero que saiba que sempre estarei aqui.
— Foi o que Lucas me dizia antes de me sequestrar, me engravidar e depois morrer!
Sua voz estava um pouco falha, parece que estava chorando.
Um silêncio momentâneo.
— Não sou como Lucas. Não vou deixar você e seu filho. Vou cuidar dos dois, nem que eu tenha que dar minha vida!
— Não. .. fala isso. Por favor.
Ela estava chorando. Espera... Nicolas Sarkozy gosta de Alex?!
What?!
Coloquei a mão na boca surpresa.
— Nick,  não estou me sentindo muito bem.
— Eu também não.  Deve ser o frango que comemos hoje de noite.
"Hoje tinha frango?! E eu perdi?!"
— Não,  seu idiota! O bebê, ele...
— Alex?
Ela estava gemendo de dor e quando dei uma espiadinha encontrei ela ajoelhada no chão com dor e Nicolas assustado.
— Vo.. Você está entrando em trabalho de parto?!
Ela assentiu.
— O... o que eu faço?!
Ele entrou em desespero nível avançado. Percebi que precisava aparecer e ajudar.
— Alice?! A quanto tempo você está aí?!
Nicolas parecia outra pessoa.
— Não muito tempo.  Ouvi a Alex e corri para cá.
Percebi que ele relaxou um pouco os ombros ao ouvir isso.
— A Alex .. ela... o bebê. .
Ele de repente perdeu as palavras. Mostrei a mão mandando ele parar. Cheguei perto de Alex e agachei.
— Alex,  Respirei fundo. Me acompanhe.
Comecei a respirar de um jeito que aprendi com Charlie para me acalmar e pedi para Nick levá-la para a sala dos fundo. Ele era um velho escritório cheio de livros velhos que ninguém se interessou. Enquanto carregava-a para a sala,  fui buscar o médico na casa de vidro.
— CHARLIE!
— O que houve?
Encontro ele pulando do banco assustado. Tentei recuperar o fôlego enquanto me aproximava.
— A Alex... entrou em trabalho de parto. Está no escritório!
Fui rápida com o mesmo ar que eu havia pego agora pouco.
— Droga!
Ele correu me deixando sozinha. Recuperei o fôlego e sentei um pouco, até ver uma sombra passar pelo lado de fora. Estranhei e sai.
— Tem alguém aí?
Estava escuro, com apenas a luz da mesa de Charlie (que estava dentro da casa) iluminando. Estranhei não ver ninguém e virei para voltar a mansão mas me assustei com um bruta montes na minha frente.
— Que susto,  Dany!
— Alice... - ele estava pálido,  parecia que havia visto um fantasma.  - Thomas sumiu.
— Merda!
Pronto, falei!


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Notas finais do capítulo

E então? Comentem!
Para os curiosos, eu tenho uma brincadeira:
Quem consegue adivinhar a flor que o nosso querido casal plantou?

Lilás – Primeiras emoções de amor
Flox – Harmonia
Crisântemo – Estou apaixonado (a)
Campânula-branca – Esperança
Lírio do Vale – Volta da felicidade
Margarida – Inocência
Miosótis (forget me not) – Amor verdadeiro
Tulipa – Declaração de amor
Se vocês acham que é outra, podem pesquisar e comentar, hehe. O que vale é a imaginação. ^^
Kiss



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