Fix Me escrita por Angel


Capítulo 27
Páginas perdidas de um passado sombrio


Notas iniciais do capítulo

Desculpem pela demora.... Vou recompensar por isso. Prometo!
Boa leitura!
^^



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— O que foi mãe? Você parece muito incomodada com algo.
Ela apertava uma mão contra a outra. Ela olhou para baixo.
— Eu não sei como começar a dizer isso.
— Mãe. - coloquei minhas mãos em cima das dela. - não se preocupe. Já sei muito. Vai ser difícil me surpreender agora. Então pode falar.
Ela olhou para mim e depois em volta.
— Esta bem. Mas não aqui. Venha, vamos caminhar um pouco no parque.
Assenti e a segui para fora do condomínio.
— Alice, agora você sabe um pouco do que houve com você, certo?
— Um pouco. Sei que meu pai tem uma rixa com um grupo de mafiosos que ele já participou e que antigamente fui raptada e até hoje não sabem quem foi o verdadeiro responsável.
— Apenas isso?
— Bem.... tenho alguns sonhos as vezes que me intriga.
Ela parou.
— Que sonhos?
— A maioria deles é com um garoto chamado Thomas. Acho que ele é filho do inimigo do papai, mas ele que me salvou daquele inferno, me protegeu e cuidou de mim até eu voltar para casa. Mas eu acho estranho pois eu o encontrei recentemente e ele não se lembrou de mim. Lembra quando fiquei no hospital?
— Claro.
Afirmou triste.
— Eu o encontrei lá. Só que diferente.
— Diferente como?
— Ele não era mais aquele garoto forte, delicado e confiante que sempre estava animado em fazer as coisas. Ele era frio e isolado.
Mamãe ficou surpresa e voltou seu caminho para a garagem. A segui confusa.
— Mãe?
— Precisamos visita alguém.
— Quem?
Ela virou para mim séria.
— Uma amiga.
****
P. O. V Lauren
Eu não sabia o que fazer. Estávamos em um apartamento num hotel (para ninguém desconfiar). Já tínhamos comprado roupas novas e agora eu estava no banheiro tomando um banho quente enquanto Evan resolvia a papelada na recepção.
Me distrai com Bon Jovi tocando em meu celular e não ouvi Evan entrar.
— Meu pai, Lauren! Você canta muito mal!
Pulei assustada e escorreguei no box, mas antes de bater a cabeça no vidro senti as mãos de Evan me segurando e no final caímos no chão, comigo nua e ele em cima de mim.
— E...van.
Ele não parava de me encarar, aquilo estava me deixando sem graça. Mas logo ele deu partida e me beijou. Um beijo calmo que começou a esquentar a cada segundo.
Ele me pegou no colo e me levou até a cama, sem tirar os olhos de mim. Me deitou e ficou em cima de mim olhando cada parte de meu corpo.
Evan voltou a me olhar e percebi que eu estava sorrindo demais. Ele me beijou novamente, de um jeito que parecia que precisássemos disso. Uma de suas mãos passeava em minha coxa e a outra em meu seio, mas parou de me beijar e me olhou novamente.
— Tem certeza?
Assenti sorrindo e o puxei novamente para o beijo
Meu coração já estava descontrolado com apenas seu toque e percebi que de hoje não passava.
***
P. O. V Alice
Depois de meia hora no carro e um silêncio mortal, comecei a questionar.
— Mãe, você está me assustando. Para onde vamos? O que está acontecendo? !
— Eu não sabia disso. Eu deveria ter te visita no hospital, se eu soubesse disso, você estaria mais segura. É tudo minha culpa.
Falou encarando o caminho.
— Mãe, fala comigo. Por favor!
Ela parou o carro bruscamente em frente a uma casa simples. Saiu do carro rapidamente e foi até a porta, socando-a.
— Amelia, eu sei que você está aí. Saia agora!
Após três batidas forte na porta, a mesma se abriu e apresentou uma senhora que parecia ter uns 50 anos, mas bem vestida com seus cabelos grisalhos soltos até os ombros.
— O que houve? Porque toda essa gritaria?
Minha mãe logo entrou sem convite ultrapassando a senhora enquanto eu estava inerte com sua ação.
— Minha filha, não fiquei aí fora. Venha, entre também.
Falou a dona. Logo me mexi e entrei na simples, mas elegante casa da senhora.
— Com licença.
Ela assentiu e fechou a porta. Minha mãe estava brava, com os braços cruzados encarando nós duas.
— Sabem quem é essa ao seu lado, Amélia?
A senhora me olhou e voltou a encarar minha mãe.
— Eu deveria?
— Ela é minha filha, Alice.
A senhora ficou surpresa e olhou para cada detalhe de mim.
— Alice?
Ela se aproximou e colocou suas mãos em meu rosto.
— Aí meu Deus. Você está linda. Se você já está desse tamanho, imagine...
Seu olhar ficou triste de repente. Ela virou de costas e percebi que enxugou algumas lágrimas.
— Sim. Alice. Minha filha, que foi atacada ano passado e agora sabe de alguns segredos do Mark.
A senhora ficou surpresa novamente e encarou minha mãe e eu.
— Coitadinha. Entrando nesse mundo cruel.
Eu, sem entender nada, fiquei incomodada.
— Vocês querem logo explicar o que está acontecendo? Mãe, quem é essa mulher? !
— Sou Amélia Cameron. Esposa de James Cameron, inimigo de seu pai.
— Cameron? Não pode ser... Você é a mãe do Thomas?!
— Você lembra de meu filho?
— Até ano passado eu não lembrava de nada da minha infância. Até revê-lo no hospital e mais uma vez nos cruzamos na faculdade.
— Hospital? Como assim? Thomas está na Europa? Ele está bem? Ele está se alimentando direito? Esta fazendo exercícios e estudando bem?
Foi uma explosão de perguntas e a única coisa que me lembro é da lanchonete pegando fogo após vários tiros e uma bomba. As lágrimas começaram a cair e olhei para o chão.
— Ele... Se foi. Meu pai, ele...
Os soluços atrapalhavam minhas falas. Minha mãe se aproximou e me abraçou.
— Mark fez isso. Justo agora que a vidas dos dois estava ficando normal novamente. Me desculpe Amélia.
— E quando foi isso?
— Há menos de uma semana.
Respondi enquanto enxugava meu rosto. Amélia sorriu.
— Não se preocupe, minha jovem. Vai ficar tudo bem.
— Não, não vai. Por causa de seu filho, minha filha voltou a esse pesadelo.
— Do que você está dizendo?
— Soube que houve um atirador tentando matar ambos no começo do mês. E antes disso, meus dois filhos foram assaltados ano passado e ela teve que ficar internada por causa de uma ferimento. E nesse mesmo hospital estava seu filho. Não é muita coincidência?
Minha mãe falou com um tom de ironia.
— Eu não entendo seu pensamento.
— Alguém do grupo de James está nos vigiando e pode ser daquele grupo do passado.
— Você não está dizendo que...
— Sim. Acho que Ghost voltou.
— Aí senhor. Essa história de novo não!
— Quem é Ghost?
Perguntei lembrando-as que eu estava junto.
— Um grupo de mafiosos no qual o líder até hoje é um mistério. Ninguém sabe quem é ele ou suas intenções. Apenas sabemos que ele quer ser o único chefe mafioso do mundo e, com isso, está tentando matar todos os herdeiros da máfia do mundo. É como se ele fosse o Hitler da máfia, querendo apenas seus herdeiros vivos para continuar a conquistar o mundo. Ou seja, você e Thomas estão na lista negra dele.
— Só pode estar brincando!
— Queria estar. Mas ele está fazendo até os pequenos grupos se matarem para acelerar esse plano.
— E como vocês sabem disso?
— Recebemos uma ligação. - Minha mãe explicou. - Uma voz estranha ligou para cada uma das esposas dos chefes de máfias avisando sobre seu plano.
— Mas porque vocês?
— Esse Ghost gosta de "brinca", avisou que somos as únicas que pode proteger os filhos, pois sabia que os maridos não iriam acreditar em nós. Nem eu acreditaria. Somente as mulheres de grandes homens do crime conhecem ele. Os homens culpam um ao outro, criando uma guerra. Enquanto nós tentamos apenas proteger vocês deles e tentar tirá-los desse mundo cruel e mentiroso.
— Infelizmente não deu muito certo. Quando conseguimos esconder vocês dos ghosts, Thomas, ainda criança, já sabia muito, e com seu status, pesquisou e achou um local de reunião de alguns seguidores e juntou vários soldados e foi até um lugar acabar com eles e tentar descobrir onde estava o chefe. Mas era uma armadilha. Thomas foi o único a sobreviver, mas estava ferido e não sabia para onde ir sozinhos, então ele foi para sua casa. Como ele era ingênuo, não sabia que os ghosts estavam seguindo-o. No final, vocês dois estavam em perigo. Ele percebeu que não poderia ficar apenas parado, e pior, não poderia mais ficar perto de você até acabar esse conflito.
— Porque não?
— imagine casal de herdeiros? Você acha que Ghost iria deixar?
Parei e pensei. Faz sentido. Ele não quer que aumente os herdeiros então os casais devem ser os principais alvos.
— Thomas percebeu que fez uma besteira e naquela noite se despediu pensando que seria a última vez que veria você. Mas o pior ainda não aconteceu. - Amélia começou a andar até a sala de estar rústica e sentou-se em seu sofá de couro preto. A seguimos e sentamos ao seu lado. - Durante o conflito em sua casa, seus pais haviam saído e seu irmão estava em algum curso. Então havia apenas você, um guarda costa e uma empregada. Os dois morreram e você ficou escondida no guarda roupa de sua mãe. Quando James chegou, encontrou seu filho inconsciente em volta de muito sangue, a maioria não era dele, mas ele estava ferido também. Sem se preocupar com você, James foi ao hospital com Thomas e te deixou para trás, fazendo seu pai guardar mais rancor e ódio pelo meu marido.
— Eu não me importo com o que meu pai pensa. Apenas me conte o que houve com Thomas. Ele melhorou?
Seu olhar pareceu mais triste.
— Ele estava ferido em uma parte da barriga e na parte de trás da cabeça. Quando ele acordou não se lembrava de nada, ele teve amnésia.
Fiquei surpresa, triste e com raiva ao mesmo tempo. Porque ele não ficou comigo? Porque ele teve que encarar aqueles caras? Apertei minhas mãos e olhei para baixo.
— Continue, por favor. Ele se lembrou de algo?
— Após algumas semanas ele conseguiu se lembrar de nós e também dos segredos de James. Mas parece que ele nunca se lembrou daquele dia.
Senti uma lágrima passear em meu rosto.
— Minha querida, aceite minhas desculpas em nome de Thomas por tantos problemas.
Levantei o rosto e mostrei um sorriso que ela merecia.
— Não se preocupe, durante toda minha vida sem graça e cheia de mentiras, Thomas foi uma parte da minha história que valeu a pena lembrar. - As lágrimas começaram a sair por teimosia. - Só queria aproveitar mais tempo com ele.
Amélia me abraçou forte e retornei seu abraço. Por algum tempo ficamos assim, até as lágrimas pararem.
— Vai ficar tudo bem.
— Eu me lembro dele. E sinto sua falta.
— Calma minha pequena. Um dia ele te encontrará novamente.
Me afastei enquanto limpava o rosto.
— Como você sabe?
Ela sorriu para mim
— Ele sempre te acha.


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Notas finais do capítulo

E então?
Quero opiniões.
Kiss



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