Santa Vodca, Batman! escrita por halelinski


Capítulo 1
1


Notas iniciais do capítulo

Primeira fanfic que eu escrevo e posto desde muito tempo. Fiz por pura saudades de Sterek.

Esse é o primeiro capítulo dos catorze já escritos, vou tentar soltar um a cada três ou quatro dias.

Enjoy.



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Eram 3 horas de uma madrugada da sexta-feira pro sábado e Derek não fazia ideia do que estava acontecendo.

Eram 3 horas da madrugada e tinha um homem desconhecido desmaiado no chão da entrada da sua casa e Derek não fazia ideia do que estava acontecendo.

Ele se perguntava onde tinha errado na vida pra merecer isso.

Como a ovelha negra dos irmãos Hale, tudo que Derek mais apreciava era a paz. Diferente de boa parte dos irmãos Derek preferia uma noite inteira com um livro em mãos a uma boate e bebidas. Por isso recusava enquanto pudesse os convites de Laura pra sair nas sextas à noite e sempre ficava em casa, assistindo algo no netflix ou lendo alguma coisa interessante.  Hoje não tinha sido exceção, não importava se a festa ia ser a maior que Beacon Hills tinha em anos.

Estava tudo indo de acordo com seus planos até então, ele tinha assistido um filme que Cora tinha lhe recomendando (Um em que o carinha que fez Harry Potter tinha chifres, bem estranho) e comeu o máximo de besteiras que pôde até o estômago reclamar por comida real.

Derek se considerava um cozinheiro razoável, se o jogassem numa casa sozinho, o que era o caso, ele conseguiria sobreviver comendo coisas além de cup noddles. Ele cozinhou um risoto de camarão e após comer sentou-se em frente ao laptop e voltou a escrever os próximos capítulos do seu livro, o prazo de entrega se aproximava rapidamente. Era perto de meia noite quando o sono venceu.

Ele acordou horas depois com o som da campainha tocando repetidamente e tudo que ele mais queria era jogar o laptop na maldita porta para ver se quem quer que fosse parava e o deixasse dormir. Ao invés disso, ele levantou e seguiu lentamente até a porta, coçando os olhos para afastar o sono. Tomou cuidado com as escadas, não queria adicionar uma fratura para sua maravilhosa noite de sexta. Já mais próximo ele conseguia ouvir um som diferente do da campainha, aproximou-se mais ainda e notou que era uma voz, abafada pelo som estridente da campainha, mas ainda uma voz. Tomado pela curiosidade ele abriu o portão e ele nunca conseguiria prever o que aconteceu em seguida.

No instante em que ele abriu o portão um monte caiu sobre ele, levando Derek junto ao chão, o monte desconhecido cheirava a café, folhas de papel e álcool e murmurava coisas irreconhecíveis enquanto sua respiração quente batia no pescoço de Derek. Um arrepio na espinha fez Derek jogar o corpo ao lado e se levantar.

O que nos leva a situação atual. Onde o monte (que agora se descobriu ser um corpo) continua deitado no chão da sua entrada e Derek continua sem ter ideia de nada.

Derek tomou uma respiração profunda tentando se acalmar e tentar entender a situação. Até então ele tinha notado 5 coisas:

Tinha um corpo no chão da sua casa.

O corpo era de um garoto. Um garoto bem magro.

Um bem atraente se Derek confessasse (o que ele nunca faria).

Ele parecia ter por volta de uns 20 anos, usava uma camisa de uma banda desconhecida e uma calça que deveria ser proibida de tão apertada.

Suas bochechas avermelhadas denunciavam que ele estava no mínimo, muito bêbado. E com frio.

— Lydia, estou com fome. – O garoto magro murmurou, a voz rouca e arrastada quebrando todo o silêncio da casa. Derek encarou o garoto dormindo e então a porta, sua visão intercalando entre o objeto e o humano uma série de vezes, seu cérebro trabalhando em uma solução rápida e sem muito esforço. Havia se passado cinco minutos e só uma alternativa parecia aceitável para o homem. Não poderia jogar o garoto magro para o lado de fora e fingir que nada aconteceu. Teria que deixa-lo ali.

 Derek suspirou e andou até o quarto, subindo as escadas lentamente, o sono fazendo seus pés pesarem como chumbo. Seu quarto não era o dos mais decorados, pelo simples fato de que ele não teve tempo de comprar novos móveis e que ele já tinha o necessário ali pra viver.  O quarto de paredes velhas e de um cinza já escasso só tinha mobiliado uma cama king size que descansava ao lado de um armário com um abajur e um livro encostado em cima. Do lado contrário do cômodo pairava o maior móvel do quarto: Um estante com vários livros sobre diversos assuntos, de arcadismo à cultura celta. Uma coleção que Derek conseguiu com o passar dos anos (da qual ele se orgulhava muito, alias). Ao lado da estante havia uma escrivaninha, sua presença quase invisível por conta do tamanho da estante. Nela um laptop descansava sob a superfície plana de madeira da escrivaninha, juntamente de uma agenda e um pote com várias canetas. E sobre a cadeira em frente a ela, sua jaqueta de couro pairava juntamente do edredom que ele tinha usado para se esquentar enquanto tentava escrever. Ele se moveu até a escrivaninha, pegou o edredom e o jogou sobre os ombros, voltando então para a sala, onde o garoto magro continuava inerte no chão.

Ele jogou o edredom em cima a mesa de centro da sala e se dirigiu ao garoto magro, ficando de joelhos em frente a ele. Ele pegou um dos braços do desconhecido com uma das mãos, jogando-o pelos seus ombros, uma das mãos segurando firme seu pulso, a outra mão rodou pela sua cintura e em um impulso Derek levantou, levando junto o garoto. Ele andou com menos esforço do que achou que faria, o garoto magro era mais leve do que ele pensava. Caminhou em direção a sala, onde jogou o menino no sofá, que resmungou algo envolvendo batatas fritas e murros até que se encolheu no calor do móvel. Derek pegou o edredom que tinha trazido e enrolou o menino com ele.  Suspirou pela centésima vez naquela noite, trancou .a porta da entrada e seguiu para o quarto para tentar conseguir o sono que tanto desejava.

Amanhã resolveria tudo.

 


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Notas finais do capítulo

Qualquer erro avisem nos comentários que eu corrijo o mais rápido possível.Sejam gentis nas críticas. ♥