Chamei a todos para ver um filme naquele dia. Em casa, já que eu não poderia sair do prédio.

        Quando todos chegaram tratei de contar logo.

        - Bom, eu tenho 2 noticias para contar, uma boa e uma ruim, qual querem ouvir primeiro.

        - A boa! – Diz Luke levantando o copo de coca-cola.

        Ok... respiro fundo.

        - Bom a boa noticia é que Percy e eu estamos oficialmente namorando.

        Ouve uma pequena comemoração, mas eu estava com a cara fechada e nem Percy sabia o por que.

        - A ruim é que vou para Paris...

        Silencio.

        - Como assim Anne? – Percy olha para mim e eu suspiro.

        - Minha mãe decidiu que é mais seguro para mim.

        Houve outro silencio.

        - Por isso trouxe vocês, para passar meus últimos dias com meus melhores amigos e meu namorado.

        Foi um dia bem divertido, infelizmente acabou rápido, minha mãe saiu com Poseidon e acho que não vão voltar tão cedo, então a casa ficou apenas para mim e para Percy. No começo estávamos apenas no sofá, nos beijando, as coisas começaram a esquentar e quando vi estava tirando a camisa de Percy, ele desceu os beijos por meu pescoço enquanto eu tratava de tirar a minha blusa, foi questão de minutos para estarmos na minha cama. Arranho as costas de Percy de um modo que deixam marcas, não sinto mais dor, não me lembro de muita coisa de ontem, apenas de acordar as 3 da manhã e ver os olhos verdes dele me observando, sorrio e ele sorri de volta.

        Uma semana, uma semana rápida e triste, uma semana que me fez chorar e sofrer arrumando minhas malas, uma semana de despedidas...

        Me arrumo para meu último dia de aula na Califórnia.

(http://www.polyvore.com/cgi/set?id=188446532 )

Passo por minha mãe sem falar nada.

        - 14 hrs aqui em ponto. – Ela diz sem me olhar.

        Vou até a porta de Percy e bato, ele abre e logo me abraça, retribuo o  abraço sorrindo.

        Não chore Annabeth, não chore.

        Mordo meus lábios.

        - Vamos? – Digo sorrindo para ele, e ele assenti, saindo e fechando a porta.

        - Anne, antes de você ir sabe, para Paris. Queria te dar isso... – Ele me entrega uma caixinha, era uma aliança, de namoro.

        Sorrio totalmente feliz. E o beijo.

        - Percy... – Digo e ele coloca no meu dedo anelar a aliança. Ele sorri e me abraça.

        Caminhamos até o carro e logo estávamos na escola, Piper e Thalia batem o olho em mim e apostam uma corrida para ver quem vai me abraçar primeiro, acabo abraçando as duas ao mesmo tempo. Elas choram e eu me seguro para não chorar também.

        Foram as aulas mais curtas da minha vida, por que não era assim quando eu queria?

        Deu 14 hr e o sinal tocou. Olho para Percy, meu voô era as 15:30, ele sabia disso, fomos para o prédio com um ar um tanto triste.

        - Anne, você vem nos visitar em Agosto não é? – Piper diz com um olhar meio esperançoso.

        - Claro que venho... – Suspiro – Mas falta 4 meses, quatro infernais meses...

        - Ei... eu vou te visitar sempre que puder ok? – Percy me beija na testa e eu sorrio de leve.

        - Ok... – É a única coisa que digo.

        Paramos em frente a casa de Piper, ela me abraça chorando.

        - Oh Annie, qualquer coisa me ligue ou fuja para minha casa ok? – Ela diz e entra antes que chore mais.

        - Tchau Annabeth, boa viagem e... vê se não cometa algum crime por lá ok? – Jason me abraça e eu rio com o que ele diz, ri as vezes alivia a tensão.

        - Tchau Annie, foi bom te conhecer melhor mesmo que por pouco tempo... – James me abraça e entra também.

        - Vem Anne, vou te levar no aeroporto com Thalia e Luke. – Percy passa um braço pelo meu ombro e entramos no prédio.

        Minhas malas já estavam do lado de fora, ok minha mãe tinha pressa. Poseidon estava abraçado a ela na minha cozinha, ele também estava triste pela nossa partida.

        Olho para a minha mãe, ela se afasta de Poseidon e arruma a roupa social.

        - Vamos, levar as malas até o carro de Luke. – Minha mãe fala e liga para Thalia enquanto esperava ela atender ela ia para o quarto, cozinha, banheiro, como se estivesse se despedindo.

        Olho para Poseidon e vou abraça-lo, ele não ia poder nos levar para o aeroporto, estava ocupado com o trabalho e já estava atrasado para ir.

        - Tchau Annie, tome cuidado ok? – Ele diz gentilmente.      

        - Ok tio Poseidon – digo fazendo uma careta engraçada e ele ri desencostando do balcão e indo até minha mãe que já havia desligado o telefone, ele a beija e a abraça, depois sai, como se não quisesse chorar. Descemos com as malas e encontramos Thalia e Luke, eles nos deixam no aeroporto.

        - Anneee... – Thalia diz chorando, ela me abraça. – Por favor não faça outra melhor amiga e me esqueça ok...

        - Por favor Thals eu vou chorar – digo sorrindo – e você é única sua boba.

        - Tenha cuidado lora – Luke diz rindo e me abraçando também.

        - Ok Sr. Castellan – digo rindo.

        Me volto para Percy

        - Eu nunca vou te deixar – eu digo abraçando ele – Por favor não arranje outra garota para amar. – Digo chorando.

        - Nunca Anne, você é única... E não arranje nenhum francesinho por lá... – Ele diz sorrindo e me beija.

        - Eu te amo

        - Eu te amo também...

        Minha mãe toma meu pulso e sai arrastando as malas... Me afasto de Percy chorando...

        Entro no avião junto a minha mãe que me empurrava para a poltrona.

        Me sento resmungando e coloco os fones com minha musica favorita. https://www.youtube.com/watch?v=8jzDnsjYv9A

        Acabo dormindo pensando em Percy.

        Acordo com minha mãe me sacudindo.

        - Vamos Annabeth chegamos.

        Me levanto ainda resmungando caminho até o lugar de pegar a mala, vamos até um taxi e minha mãe passa o endereço para o motorista. Chegando a um sobrado com um ar antigo de Paris, parecia delicioso morar ali, mas eu não estava feliz.

        Nos instalamos na casa e logo me jogo na cama, pego meu celular e vejo mensagens

        Percy: Já chegou?

        Thalia: Eae Anne como é Par...

        Respondo a eles e desligo meu celular jogando de lado.

        Não tinha mais animo para sair apenas fico em casa.

        2 MESES DEPOIS

        Viver em Paris estava sendo uma chatice, acordo passando mal, corro para o banheiro e começo a vomitar, depois que paro me levanto limpo minha boca e saio do banheiro

        - MÃÃ... – Antes que eu pudesse terminar eu desmaio.        

        Acordo no hospital, meu dia mal começou e já estava horrível. Antes que eu terminasse de abrir meus olhos escuto duas vozes.

        - Mas doutor, ela só tem 18 anos!! – Minha mãe parecia brava

        - Converse com ela, peça para ela explicar, e fique tranquila, é comum adolescentes ficarem grávidas aos 18 por mais que sejam maduras e responsáveis.

        GRAVIDA? GRAVIDA??? MEU DEUS COMO FUI IRRESPONSÁVEL?

        Abro meus olhos como um susto.

        - O que? Eu estou grávida?

        - Não Annabeth, eu é que estou – Minha mãe diz e revira os olhos – Claro que é você.

        Cubro meu rosto com as mãos

        - Mãe tenho que falar para Percy.

        - NÃO! – Ela suspira. – Vamos criar a criança aqui em Paris, trate de não falar mais com aquele garoto, nem com ninguém de lá.

        Ela sai do quarto e eu começo a chorar em silêncio sozinha.

        Quando cheguei em casa não falei com minha mãe, apenas fui para meu quarto, me deitei e coloquei a mão sobre minha barriga, eu posso não ter mais Percy, e por mais que doesse não ter ele por perto... Eu tinha um pequeno pedaço dele em mim.

        Sorrio em meio as lágrimas.

        Quando olho a hora estava perto do horário de ir para a escola, sim vou a tarde por conta do fuso – horário

        Me arrumo para a escola.

        http://www.polyvore.com/cgi/set?id=188457124

        Passo pela minha mãe e pego uma maçã, e saio para a escola.

        Caminho 4 quarteirões e logo chego na escola.

        Cumprimento me único amigo, Richard. Ele é londrino, mas veio forçado de seu pai.

        Converso com ele as vezes, ele era gentil e engraçado, seus cabelos eram loiro e seus olhos azuis como o céu, usava óculos, mas era estilo nerd gato.

        Entro para minha aula e me sento no fundo, como sempre.

        Não demorou muito para eu me sentir mal e pedir para ir ao banheiro, chegando lá passo por duas patricinhas francesas, entro no ultimo box e vomito sem me importar com o que elas fossem pensar.

        Me levanto e saio, elas não estavam mais lá, limpo minha boca e saio do banheiro dando de cara com Richard, ele sorri para mim.

        - Ei loira cuidado por onde anda – Ele diz entrando em sua sala.

        Sorrio fraca de volta e entro na minha sala. Terminando as aulas volto para minha casa. Chegando lá não tinha ninguém minha mãe estava no trabalho, e obviamente eu teria que passar mais uma noite em claro sozinha.

        Desobedeço minha mãe e ligo o notebook, olho mensagens de Percy e Thalia.

        Com lágrimas nos olhos respondo eles como se estivesse tudo bem. Digo que preciso sair e desligo. Me deito na cama e descubro minha barriga e a acaricio.

        - É meu filho... Vamos ter que dar um jeito de voltar. – Suspiro e escuto minha mãe chegando.

        - Annabeth? Está falando com alguém?

        Fecho meus olhos e me forço a dormir.

        2 meses depois...

        Já tinha ido a várias consultas. Minha barriga começava a crescer. As brigas com minha mãe me enlouqueciam, não havia falado com Percy, nem Thalia, nem Piper nem ninguém a meses.

        Era mais um dia de aula e eu começava a usar roupas para disfarçar minha barriga.

        Foi um dia cansativo de aula, quando chego em casa peço para minha mãe para ligar para Percy.

        - Annabeth você bebeu?

        - Acho que quem bebeu foi você – digo baixo mas ela escuta.

        - ANNABETH ME RESPEITE!! – Ela berra – Se não quer seguir minhas ordens caia fora dessa casa.

        - Pois é isso mesmo que vou fazer. – Digo e subo para meu quarto juntando roupas  e comida e volto para a sala. – E pode garantir que meu filho NUNCA conhecerá a avó.

        Digo e bato a porta na cara dela.

        Corro para qualquer lugar longe dali.

        Pego meu telefone e ligo para o único número na minha lista de chamadas naquele momento.

        Observo o nome ‘Richard’ aparecer na tela e logo coloco o telefone no ouvido chorando enquanto ouvia os Tu, tu, tu.