Maremoto escrita por lady riot


Capítulo 6
5) Ela


Notas iniciais do capítulo

Oi gente, eu postei outra fic de Percy Jackson, depois olhem no meu perfil ok?

Boa leitura.



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Capítulo CINCO

Ela

 


 

 

Ψ Percy Ψ

 

Naquela noite eu sonhei com ela de novo. Eu sempre sonho com ela quando eu bebo demais; talvez porque a bebida libere o meu subconsciente.

 

Ela foi o meu primeiro e único amor. Nós nunca nos beijamos porque ela não podia, ela era o oráculo dos delfos. Mas eu não me importava, eu só precisava que ela existisse para eu poder amá-la e vê-la. O seu nome era Rachel Elizabeth Dare.

 

Rachel, ou o meu pesadelo ruivo – como eu costumava chamá-la só para irritá-la, era apenas uma mortal que conseguia ver através da nevoa; falava como uma metralhadora e sempre sabia como eu estava me sentindo. Ela costumava dizer que sabia de que eu era deus e quando eu pedia para ela me falar ela sempre dizia que tudo acontece no seu devido tempo.

 

No meu “sonho” eu estava na casa grande. Eu me lembro desse dia como se tivesse acontecido há poucos minutos. Eu tinha vindo ao acampamento meio sangue porque meu pai e minha mãe concordavam que isso me faria bem. Acho que eles queriam que eu aprendesse a dar valor na vida e não que eu apenas a vivesse e ninguém melhor do que os mortais para te ensinar isso. Quem me ensinou que uma vida pode ser tudo foi a Rachel.

 

Quiron e Dionísio estavam perto da Rachel quando eu entrei.

 

- O que houve? – perguntei correndo para perto da cama dela. Rachel estava muito pálida e com os lábios meio roxos... – O que ela tem?

 

- Nós não sabemos, Percy – disse Quiron – Eu tentei de tudo... – ele fez uma pausa. – Ela queria falar com você.

 

Depois de dizer isso ele e o deus do vinho saíram do quarto, antes de fechar a porta Dionísio me lançou um olhar solidário. As coisas deviam mesmo estar feias para que Dionísio sentisse pena de mim.

 

Eu me sentei no leito dela, coloquei uma das mãos no seu rosto e a chamei várias vezes antes dela me responder. Eu já sentia uma ardência nos olhos.

 

-Per...Percy. – ela disse em tom fraquinho, mas eu pude sentir a felicidade dela por me ver aqui.

 

-Sou eu meu amor, eu estou aqui! Você vai ficar bem... Nós vamos ficar bem. Eu vou...

 

- Percy – ela me interrompeu. – nós não podemos ficar juntos...

 

-E também não podemos ficar separados! – eu sentia como se tivesse um caroço enorme na minha garganta. Eu não precisava respirar, mas eu estava me sentindo sem fôlego.

 

- Eu sei meu amor, eu sei. Mas se nós tentarmos eu posso ver que vai dar certo.

 

-O que?

 

- Percy, você sabe que a Afrodite lançou uma praga no seu pai e na Athena, não sabe? E que há alguns dias eu fiz uma profecia?

 

- Sim sei, mas o que isso tem a ver conosco?

 

- Percy a profecia é sua.

 

- Impossível, Rachel. Eu te amo, não é como se eu fosse te trocar por uma filha de Athena. Por uma filha de Athena!

 

- Mas, meu amor, essa é a nossa chance! – eu tinha vontade de mandá-la para de falar besteira, mas os olhinhos dela brilharam de tal forma que eu não pude.

 

- Como assim?

 

- Percy nós não podemos ficar juntos porque eu sou o Oráculo dos Delfos e você é um deus. Mas se você me deixar morrer eu posso tentar voltar como uma filha de Athena e a profecia...

 

- Eu não vou te deixar morrer! – eu disse e notei que estava chorando.

 

- Percy é a nossa chance. Eu te amo e nós podemos ficar juntos se você me deixar ir.

 

- Como? Diga-me como eu posso deixar o amor da minha vida ir embora? Peça-me tudo, Rachel, mas não me peça isso.

 

- Percy, se você me deixar ir eu consigo. – eu negava com a cabeça – Tem haver com o deus que você é Percy.

 

Eu a olhei sem entender. Ela queria que eu a autorizasse a me deixar porque a Afrodite tinha jogado uma praga no meu pai e na Athena e porque ela havia feito uma profecia? E em que o meu dom de deus – que eu nem sei qual – pode nos ajudar?

 

- Percy eu te prometo, eu te juro sobre o Stix que eu consigo voltar como uma filha de Athena para você, mas eu preciso que você aceite a minha promessa. Eu não posso morrer e te deixar triste.

 

Eu ri. E estava chorando ao mesmo tempo.

 

- Você quer morrer e não quer que eu fique triste?

 

- Eu quero que você aproveite cada minuto da sua vida sem mim – eu ri com escárnio – Não seja hipócrita senhor Percy, isso não combina com a sua aura. – ela disse fechando a cara para mim e eu ri de verdade agora. – Ouça, você vai aproveitar cada segundo da sua vida sem mim, porque depois que eu voltar eu quero você só para mim entendeu?

 

Eu a encarei por algum tempo, não me pergunte quanto porque o tempo nunca passa normalmente quando você esta com  pessoa que você ama. Quando eu dei por mim, nós já tínhamos o acordo. Ela iria para o Hades e voltaria para mim como uma filha de Athena.

 

- Rachel... – ela sorriu para mim – Apenas me prometa que você não vai ser uma filha de Athena chata, irritante, metida, fria e calculista.

 

Ela gargalhou e eu me vi com um sorriso bobo na cara.

 

- Percy, amor, se eu não for assim eu não serei uma filha de Athena...

 

Dessa vez eu tive que rir.

 

- Como eu vou saber que é você então?

 

Os olhos dela perderam o foco por algum tempo e depois ela me olhou e disse:

 

- Eu vou te dar uma tulipa vermelha, Cabeça de alga.

 

Eu ri.

 

- Você nunca vai se esquecer disso?

 

- Não mesmo! Porque foi a primeira vez que eu te vi.

 

Eu sorri ao me lembrar de quão idiota eu era. Sai do mar com uma alga na cabeça e a primeira pessoa que eu encontrei foi a Rachel. Ela vem me chamando de “Cabeça de alga” desde aquele dia.

 

- Nos temos um acordo.

 

Eu mal terminei de falar isso a senti desfalecer. Suspirei.

 

- Até logo meu pesadelo ruivo.

 


 

Eu sai do meu chalé por volta das seis horas. O maldito fuso horário e o sonho não me deixaram dormir mais.

 

Apolo já estava começando a sua jornada pelo céu.

 

- E aí amigão? - o sol pareceu me mandar uma piscadela.

 

Eu revirei os olhos. Piscadela é tão Apollo...

 

Resolvi fazer a “ronda” no oceano por enquanto que nenhum desses meio-sangues preguiçosos acordava.

 

Logo eu encontrei alguns tubarões e Nereidas para conversar. Os tubarões tinham um humor negro que me lembrava o Nico (quando estava bonzinho) e as Nereidas me trouxeram notícias da corte de meu pai.

 

Eu fiquei sabendo que o Olimpo no tinha gostado muito da minha chegada no acampamento. Ah qual é? Eles preferiam que eu tivesse deixado tudo ser consumido pelo fogo? E por que aqueles seres não assumem os seus filhos? Se no querem assumir não façam, simples.

 

Voltei ao acampamento revoltado, mas a raiva foi embora quando eu notei que o Apollo já estava no meio da sua jornada diária.

 

O quê? Eu fiquei tanto tempo assim fofocando com as Nereidas? Cara, acho que estou andando demais com as sereias...

 

Os meio-sangues já estavam em atividades de treinamento. Acho que Dionísio comentou algo sobre umas lutas que haveria durante o dia. Uma espécie de concurso para os melhores.

 

Eu me sentei perto de um filho de Hefesto que me cumprimentou e voltou a observar a luta. Eu fiz o mesmo.

 

Tinha uma garota de coturno, calcas jeans escuras, uma blusa meio bombardeada e cabelos espetados para todos os lados lutando contra um garoto de cabelos cor de areia que parecia muito com o meu primo Hermes.

 

O filho de Hermes lutava bem, mas não era páreo para a garota. Ele o escudo dela com o cabo da espada e ela gritou; um raio, não muito forte, atingiu p rapaz que ficou desacordado.

 

Sabe o que eu menos gosto nos meus primos filhos de Zeus? Eles são metidos demais!

 

A outra luta foi de duas garotas.  Zoe Noite e dia, a capita das caçadoras, e uma garota loura com uma faca. Ih já era. Ela não iria vencer a Zoe com uma faca.

 

Bem, foi o eu pensei. Mas como sempre, eu estava enganado.

 

A loura se adaptava aos movimentos da caçadora - olha que ela é uma caçadora, ela pode lutar igual a qualquer bicho que queira, além de ter o instinto natural da caçada. Ela cortava, brandia, rolava e depois jogava os cabelos louros e cacheados para longe do rosto. Eu me senti atiçado.

 

Aquela meio-sangue era do tipo de garota que luta pelo que quer não do que deixa que os homens façam isso por ela. Isso é o que eu acho mais excitante em uma mulher; e ela estava me excitando agora mesmo.

 

As caçadoras tinham isso, mas não é como se eu considerasse as caçadoras como mulheres. Eu prometi a Artemis que nunca trairia a confiança dela – não que eu ache que ela confie em mim – e eu nunca quebro as minhas promessas.

 

Depois do que me pareceu ser meia hora, Quiron decretou empate. As duas adversárias se saldaram e saíram da arena de batalha.

 

- Boa luta Annabeth – disse o filho de Hefesto ao meu lado e a garota loura se virou para ele.

 

Os nossos olhares se cruzaram e ela mordeu os lábios sugestivamente; eu ergui uma sobrancelha, acho que eu não sou o único excitado aqui...

 

Ela desviou o olhar, agradeceu ao filho de Hefesto e saiu caminhando em direção à floresta. Quando ela já estava quase totalmente envolta pela mata ela me olhou com um convite explicito no olhar.

 

Como eu ia dizendo, não sou somente eu quem está excitado aqui e eu definitivamente adoro mulher de atitude.

 


 

N/A: próximo capítulo vem muuito quente. 66)


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