Watch Dogs - Hack the World escrita por Cahxx


Capítulo 3
Capítulo 2 - Abra seu mundo. Obrigado pela dica. Em camadas.




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É um sentimento estranho esse: o de existir, ter o controle do mundo sob minhas mãos e ninguém saber de minha existência. Viver à margem da sociedade. É claro que isso me garante uma maior liberdade para fazer o que quiser, mas o ser humano tem, dentro de si, esse desejo de reconhecimento inexplicavelmente tentador”.

“Louco isso, não? Sou um completo desconhecido com o controle das coisas sob os dedos e ainda sim, nunca tive que fugir tanto em toda a minha vida”.

 

Ligação de Jordi.

— E aí, como foi? Já terminou aquele trabalho?

— Achou mesmo que eu ia aceitar trabalhar pra porra do Club?!

Grana é grana. Você tem que começar a separar a moral do dinheiro. Relaxa.

— Hunf...

— Escuta... Eu posso te fazer uns arranjos com o meu cara. Ele pode encontrar trabalhos melhores se você quiser.

— Tá bom. Não sei se vou aceita-los... mas pode dar o meu nome.

Quem diria não pra uma graninha extra, né? Ah, e já que você perguntou, o Maurice tá ótimo na nova casa dele.

Reviro os olhos; tenho feito muito isso. Jordi desliga. Logo uma nova ligação. BadBoy? O que quer agora?

Eu tenho algo pra você. Precisamos nos encontrar.

— Nós?! Cara a cara? - fico surpreso. Nunca nos vimos antes. - Devo procurar um cara de máscara?

Sem mascaras dessa vez. Apenas siga meu sinal.

— Pensei que não quisesse me encontrar nunca.

E não quero. Mas será preciso.

Não perco tempo. Volto pro carro e sigo para o triângulo amarelo que pisca no centro da tela. É no metrô! Estranho. Chego na área marcada: abaixo dos trilhos do metrô, uma área mais suja do distrito, alguns mendigos aproveitando a noite relaxante. É, um local confuso.

Encaro as escadarias que me levarão ao subsolo e até a face do meu meio-parceiro BadBoy17... Começo a me acostumar com esse nome tosco. Só espero não ser um garoto de 14 anos.

Bom, não posso conviver com esse preconceito: garotos de 14 anos podem ser bons hackers. Você precisa abrir sua mente, Aiden Pierce. Abra seu mundo.

Desço as escadas. Alguns caras conversam num canto. Me aproximo.

— BadBoy... - cochicho perto de um deles.

— O que?!

— BadBoy17 - repito me sentindo extremamente ridículo. O homem me encara confuso.

— Que merda, cara! Sai fora!

Suspiro e encaro o painel eletrônico a minha frente: ATRÁS DE VOCÊ - surgem as palavras na tela. Me viro. Lá está... uma silhueta parada.

— BadBoy 17...

— Clara. - ELA me corrige saindo das sombras e me mostrando seu rosto maquiado em preto, seus piercings e suas tatuagens.

— Você não parece ter 17 - comento.

— E pareço ser um bad boy?

— Você parece suspeita.

— Espero que eu não te dê medo - ela começa a andar em círculo ao meu redor.

— Por quê? Teria algum motivo pra isso?

— Você está sendo paranoico.

— Estou? Alguém está ferrando com a minha vida - dou um passo pra frente e ela recua um para trás - ameaçando minha família - mais um passo - e ao mesmo tempo, o misterioso BadBoy quer me encontrar. E ele é ela! - digo a última frase dando um empurrão na garota. - Ele mente. Escuta - pego seu ombro e pressiono com os dedos - Preciso confiar em você... Clara.

— Eu não confiaria em mim se fosse você. – ela responde de forma ríspida – Mas você deveria me escutar. A mensagem de texto que você me mandou... Eu sei onde encontrá-lo.

— Tá, mas não precisávamos nos encontrar pessoalmente.

— Não. - ela empurra meu braço - Precisávamos sim! - ela começa a digitar comandos em seu celular - Quer os hacks do DedSec? - e ergue o aparelho pra mim. Lá estava: os dados de todos os membros do grupo.

— Conseguiu minha atenção...

— Devia ser mais bonzinho. Estou prestes a mudar o seu mundo.

— Sei, mas você não é a primeira mulher que me oferece isso. - estico o braço para pegar o aparelho, mas Clara faz que não com o dedo, indicando meu bolso em seguida. Suspiro e entrego meu Perfilador. Ela começa a passar os dados.

— Fazem todo o trabalho sujo a partir disto. E não sabem que tenho acesso.

— E o cara que mandou a mensagem... como encontramos ele?

— Vamos trabalhar juntos. Você usa tudo que te enviei e eu tento rastrear o sinal. - ela dá as costas para entrar num prédio velho e detonado.

— Você não é o que eu esperava.

— E você é exatamente o que eu esperava, Aiden.

Ela se tranca em seu escritório, ou seja lá o que for esse lugar, e eu fico encarando a porta. Por que as coisas nunca ficam melhores?

Pronto— volto a ouvir a voz modificada por computador.

— É o BadBoy ou a Clara? - ironizo.

Vamos facilitar as coisas— e sua voz fica normal - Voila! Então, precisamos rastrear o dono da sua ligação. Mas ele é esperto. Ele desviou o endereço dele através de uma torre comercial do ctOS. É só você me conectar lá dentro.

— Conheço o local. Eles fazem entregas no subsolo. Posso entrar por lá. Ah, e desculpe por ter sido... rude, antes.

Tudo bem. Sei o que estava fazendo, invadindo meu espaço, tentando me intimidar... Estava procurando uma brecha. E aí? Encontrou alguma?

— Você quer mesmo saber?

Sigo para o prédio, precisamente para a garagem cuja entrada fica em um túnel subterrâneo. Um caminhão está parado no portão. Será um bom escudo. Me aproximo lentamente, as mãos enfiadas nos bolsos. Os guardas se quer se importam com a minha presença: falam ao telefone com alguém.

Me apoio de costas contra o caminhão e cruzo os pés: vamos tentar fazer isso com calma. Já agitei muita gente na última invasão ao ctOS. Primeira câmera. Segunda. Próxima. Conto seis guardas. Algumas caixas de força, uma empilhadeira, lâmpadas... Posso tentar nocautear alguns explodindo fios de eletricidade e apagar as luzes para entrar pelas sombras. Ou posso perfurar crânios com balas certeiras no centro da testa de cada um. Não sei se quero matar seguranças. Não agora...

Explodo a primeira caixa de força e um guarda pula no ar, um grito de dor e zero atividade cardíaca. Dois guardas se aproximam do parceiro. Ativo a empilhadeira e isso começa a assustá-los.

— Deve estar com problemas.

— Isso é coisa de maluco! Odeio esse trabalho!

Tento explodir uma nova caixa de força, mas o guarda que estava próximo a ela se afasta no mesmo instante e isso só lhe causa um susto. Droga. Vou ter que partir para o plano 2. Luzes... luzes... cadê... cadê... aqui! Desligo a caixa de força e a garagem imerge em escuridão. Luzes de emergência são acionadas nos cantos das paredes. É minha deixa.

Entro na garagem e me abaixo atrás de uma mureta. Vou ter que fazer o percurso inteiro assim. Salto por cima do muro e alcanço um tonel de gasolina. A porta do prédio está desprotegida, ainda que extremamente iluminada. Preciso ser rápido!

Corro até a luz e com toda a sorte do mundo entro na saleta e tranco a porta. Me encosto na parede pra respirar: não sou mais tão jovem. Não perco mais tempo e começo a digitar comandos nos notebooks ativando entradas, apagando senhas e... prazer, meu nome é Aiden Pierce e eu acabo de conseguir mais uma antena do ctOS.

Peguei a localização dele— Clara me comunica - Mas Pierce, cuidado: a forma como ele enviou... Parece que ele quer que você o encontre.

— Ele montou uma isca. Vou cair nela.

Então agora temos um hacker que pensa como nós e parece nos conhecer bem. Não me admiraria que fosse mais um maluco querendo parceria. Não sei o que quer, mas farei exatamente como for. Pela primeira vez não consigo prever os passos de um inimigo.

Sigo para lugar da seta piscando no mapa: um beco entre dois prédios altos. A lugares assim já estou acostumado. Vários muros, fios de alta tensão. Observo o perímetro, como as coisas estão dispostas. Há uma trilha. Ele montou um caminho para que eu siga. Vamos ver onde isso vai dar.

Começo a trabalhar hackeando passagens, ativando rampas e destravando circuitos. Isso tudo era pra me levar ao terraço. Alcanço o alto de um dos prédios e dou de cara com um quarto velho. Por que hackers adoram morar em quartos sujos? Um televisor à frente e um notebook enviando as imagens.

“EU TAMBÉM SOFRI” - surge na tela imediatamente. Câmeras... Ele está me vendo.

Hackeio um aparelho. Uma gravação começa: “Eu sabia que você me encontraria. Você sempre gostou de um mistério. Como vai, Aiden?”. Damien... Desgraçado. Mas que merda ele tá fazendo?!

Eu espero que você não se importe com os joguinhos. Queria ver se você não tinha perdido a manha. Precisamos conversar. E você vai precisar ser rápido. Do jeito que você invadiu, acabou acionando o alarme. Não era nada disso que eu havia planejado, mas nós seremos interrompidos. Venha me encontrar. Escolho um lugar bem legal”.

As letras no televisor mudam de forma: “MELHOR CORRER. ELES ESTÃO CHEGANDO”

Assim que saio do quarto, um carro para no centro do beco e um grupo de gângsteres sai armado do veículo. Encontro uma arma encostada ao lado da cama: Damien preparou tudo. Uma sniper... Cara, onde ele conseguiu isso?!

Miro no primeiro alvo, parado do outro lado do prédio, me procurando no terraço. Disparo contra sua cabeça. O barulho agita a todos. Começam a se espalhar lá embaixo. Explodo uma caixa de força, pega um deles e ele apaga. Beleza. Erro o segundo, ele passou muito longe. Calma Piece, não fique nervoso.

Avisto ela: perfeito! Desligo as luzes do beco. É o suficiente para deixar a todos perdidos e me permitir acertar de um em um, balas e mais balas atravessando corpos. Isso parece o exército. Silencio total, exceto por algumas faíscas que emanam das caixas explodidas. Saio do local o mais rápido possível, há corpos demais por aqui.

Vejo o local marcado por Damien: é uma praça perto da praia. Não vou perder tempo! O que esse babaca quer?! Chego no local. Ele está parado no centro de uma plataforma circular de pedra, encostado numa escultura de mármore. A noite está agradável.

— Mas que rapaz esperto! - Damien se aproxima, mancando. Uma de suas pernas substituída por uma prótese. - A bebida é por minha conta. - e ergue uma garrafa de uísque.

— Damien...

— Garanto que sentiu minha falta.

— Você fez aquele cara imbecil ligar pra minha irmã.

Ele derruba a garrafa no chão e chuta os cacos.

— Por que eu estou aqui, Damien?

— Você é sempre tão sério, Aiden. Minha nossa, não sabe relaxar? Quero meu parceiro de volta. Eu no meu computador, e você fazendo o trabalho de “macho” nas ruas. Hu. Estou aqui pra ajudar. Nós dois queremos a mesma coisa: respostas. “Quem nos atacou?”. Eu sei que você está num beco sem saída. - não consegui responder nada - É, eu imaginei. Então! Eu trouxe boas notícias... O Merrlauti.

— É “Merlôu” - corrigi sua pronúncia. - O Merlaut te ferrou.

— Porra nenhuma! Você deu pra trás em um ótimo plano. Ninguém teria descoberto se você tivesse ficado do meu lado.

— Minha sobrinha de seis anos morreu porque você foi longe demais.

— Ah, que gracinha. Me culpando pelos problemas de sua família. “Damien passou dos limites. Deixou os caras maus com raiva.” E eu?!

— E quanto a você?! - o empurro, a raiva começando a tomar conta de mim.

— Não é o único que está sofrendo! Eles me deixaram aleijado! - ele aponta pra perna - Tiraram tudo o que eu tinha. Você não entende - ele abaixa a voz - É isso que nos une.

— Você não tem nada que eu precise - dou as costas e começo a sair. Damien passa a minha frente.

— Tinha outro hacker! Existia um segundo hacker. E eu sei como encontra-lo.

— Bem, deve ser outro Damien. VOCÊ não pode fazer isso sozinho. Precisa de mim... O seu problema é: eu não preciso de você.

E vou embora:

— Nós temos uma vantagem! - Damien segura meu braço. Eu o solto.

Obrigado pela dica.

Saio do local. Ele permanece no centro da praça, irritado. Entro de volta no carro e retorno para meu apartamento / esconderijo. Por enquanto, foi o melhor que encontrei. Tento dormir pensando em tudo que Damien me disse: teríamos mesmo uma vantagem? Prometi a mim mesmo que não iria parar com isso até ter minha vingança. Matar os assassinos de Lena não a trará de volta... não mudará nada disso. Mas ao menos poderei evitar que outros se machuquem.

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Acordo pela manhã. Seis e meia. Quando foi a última vez que dormi bem? Não sei dizer. Me visto para o dia e saio do quarto com um expresso no estômago, comprado na lanchonete do lado. O dia está ensolarado, mas nada impede meu ânimo de continuar pra baixo. Entro no carro do amigo do amigo de Jordi e sigo para o mesmo local que visito todos os finais de semana.

Parker Square está acordada. Pessoas já saem para seus trabalhos em seus carros de luxo e cães latem nas casas caras e ricas do bairro. Sigo para a área mais alta do distrito e estaciono no portão de ferro:

Cemitério St. Joseph

Diz a inscrição em pedra no arco. Caminho até o túmulo de Lena. Há flores no local. Curiosamente nunca descobri quem traz essas flores. Uma lembrança me vem à cabeça.

Estava chovendo. Muito. Nick agachou-se na frente da lápide e abriu um guarda-chuva preto. O ursinho de Lena ao seu lado, no chão. Decidi me aproximar; ignorava a chuva e deixava que as gotas geladas encharcassem minha jaqueta. Nick me viu chegar. Coloquei a mão sobre seu ombro e agachei a seu lado. Ela me deu sua mão.

— Você sabe quem tem deixado essas flores? - Nick me perguntou.

— Não. Mas essa garotinha tem muitos amigos.

— Tinha. - ela me corrigiu. Apenas fiz que sim com a cabeça. Ela se virou pra mim, os olhos tristes e com olheiras profundas. Ainda sim, estava melhor do que eu - Preciso seguir em frente.

— Eu sei.

— Todos nós vivemos um pesadelo. Mas você tem que parar de tentar consertar isso...

— Não estou tentando consertar nada.

— Aiden, eu sei o que você está fazendo. Eu sei que está caçando as pessoas que fizeram isso. E fazendo isso, vai nos colocar em perigo de novo.

— Vocês não correm perigo porque eu vou protegê-los!

— Você ouviu o que eu disse? Aiden, por que você não para?

— Porque...! - suspirei. Tentei buscar uma resposta - Porque eu preciso saber!

— Você é meu irmão e eu te amo. Mas Jackson é meu mundo. E não vou pensar duas vezes antes de afastá-lo de você para protegê-lo. Me prometa que você vai parar. Você não pode salvar Lena...

— Eu a matei...

— Não, você não matou!

Nick encarou no fundo dos meus olhos. Como ela se parece com nossa mãe... parece sempre saber o que estamos sentindo lá dentro.

— Eu não culpo você por nada. Mas me prometa que vai parar.

Encarei o chão, a lama se formando. Tentei sorrir para Nick.

— Nós precisamos disso. Como uma família...

Forcei um sorriso e concordei com a cabeça. Não tinha nada pra dizer a ela.

— Eu prometo.

Ela não acreditou. EU não acreditaria. Me levantei. Nick ainda tentou me segurar com suas mãos frias, mas eu as afastei. Não dava pra continuar ali tentando fazer promessas que jamais serei capaz de cumprir.

Caramba, como é que saio dessa...

Caminho pelo cemitério e volto pro carro. O silêncio abafado pelo vidro blindado e o cheiro de couro novo é o que me mantém calmo. Minha garganta aperta, um pensamento extremamente puto me vem a cabeça: eu seria mesmo capaz de proteger Nick?! Não tenho conseguido nem cuidar de mim mesmo.

O celular toca; desperto do devaneio e atendo a ligação:

— Que foi agora, Jordi?

— Bom dia pra você também. Vem cá, escuta essa: houve um sobrevivente do estádio. A polícia já o pegou. Tá sendo interrogado neste exato momento e você sabe onde isso vai dar.

— Eu só me pergunto como é que isso foi acontecer...

— É, faz isso mesmo. Esfrega na cara. Mas não dá pra chorar pelo leite derramado. A merda tá feita e se você quer ficar vivo melhor fazer alguma coisa.

— Hunf, estive pensando nisso e cheguei a um plano. Talvez existam melhores, mas foi o máximo que consegui até agora.

Bom, faça então. Vou estar te dando cobertura e posso enviar uns caras pra causar confusão enquanto você encontra o maluco. Essa prisão nunca será a mesma.

— Não Jordi, dessa vez não. Dessa vez vou fazer diferente: da forma mais silenciosa possível. A testemunha que perseguimos não é ninguém. Ele só estava no lugar errado, na hora errada; não estava me procurando. Não quero matá-lo. Só quero que ele saiba que posso ir atrás dele a qualquer hora em qualquer lugar.

— O que? Como assim? Tá pensando em fazer o quê?

— Eu vou ser preso.

— Claro que vai. Do jeito que você leva essa sua vida de...

— Não, Jordi! To falando de me entregar pra polícia e encontra-lo cara a cara.

— Esse plano é realmente horrível. Tô contigo! Ainda tenho uns caras lá dentro. Vai precisar de alguma coisa?

— Meu celular.

— Nossa, cara, você tem problemas! Deveria viver um pouco...

— Jordi! Vão confiscá-lo na entrada e preciso que recupere ele.

— Tá, tá... Pódeixar, vou dar um jeito que te entreguem. Boa sorte, cara.

 

— Desligar - ordeno. Sigo para o Centro Correcional Palin. Recentemente atualizaram o lugar com a segurança moderna da Blume: travas em rede, vigilância automática. Se o cara estivesse numa prisão antiga eu teria problemas, mas nisso a Blume tem razão: realmente facilitaram a nossa vida com a tecnologia. Agora é tentar fazer tudo aos poucos. Em camadas.

Entro na recepção com a expressão mais despreocupada que consigo fazer. Mãos erguidas no ar, um revolver em uma delas. Dois policiais se surpreendem com minha inesperada aparição e logo apontam suas armas. Assim que entendem a situação os dois me imobilizam, prendem minhas pernas, grudam minha cara no concreto frio e revistam meus bolsos.

O uniforme laranja característico me é entregue para compor minha nova aparência. O prisioneiro que o entrega deixa visível meu celular no meio das camadas de roupas.  Sou guiado até uma sala onde uma foto é tirada de mim. Odeio fotos... por isso não tenho redes sociais.

— Pearce... Aiden... - um policial lê na minha ficha. Rapidamente mudo os caracteres pelo celular e o nome lido pelo policial se altera - Smith, Joe.

Sorrio triunfante. É gratificante saber que dessa vez sou preso por minha própria e inteira vontade.

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