— Isso mesmo, Dan, ela é sua mãe - disse Reyna - Eu vos apresento Daniel; o filho de Nyx, deusa da noite, do luar e dos mistérios noturnos. Legado de Júpiter, rei dos trovões, dos raios e das chuvas.

Dan ficou olhando, perplexo para Reyna e para Nyx. Ele não sabia o que dizer, pensar, e muito menos fazer.

— Então, não vai me dar um abraço? Bom, eu não tenho muito tempo. Não deveria nem estar aqui. Só vim lhe dizer que o tempo de vocês é curto, ele está mais uma vez se preparando para destruí-los, ou pelo menos, tentar.

— Ele quem? Quem quer tentar nos destruir? - Perguntou Alysson.

— Não posso dizer. Meu tempo acabou, tome isso garoto. - disse ela jogando um pano preto para Dan. Ele pegou e ia abrindo quando ela disse - Não abra agora há muitas pessoas aqui e eles não vão gostar disso. Tudo que precisam está em Montalk, em uma colina. Dourada e pálida no alto o local ela os mostrará. Sem a ajuda deles, nada e nenhum conseguirá. A vitória ou derrota disso dependerá. Agora tenho que ir.

Ela sumiu em uma sombra repentinamente. Foi questão de segundos até o caos se instalar. Todos começaram a falar e falar. Dan estava confuso e inerte.

— Dan, Dan acorda! - dizia Aly - Cara, vamos.Temos que sair daqui.

— E para onde iremos ?

— Embora.- disse Reyna - Venham comigo e tragam Anna.

Aly foi atrás de Anna e se juntou a eles depois. Reyna os levou para a colina dos templos, Dan conhecia aquele lugar. Ele vivia no templo de Plutão, isso quando ele achava que Plutão era seu pai. Quando chegaram ao templo Reyna disse:

— Eu já esperava por isso, só não sabia que seria agora e muito menos hoje. Dan, tome isso - ela disse, entregando três mochilas a ele. - Aí está tudo que precisão para seguir viajem, não apareceram aqui por meses, eu acho .

— Reyna, aquilo que Nyx disse foi uma profecia, certo? Ela é a mãe das Moiras, elas preveem o futuro.- disse Anna.

— Sim, era sim.

"Dourada e pálida no alto o local ela os mostrará.

Sem a ajuda deles, nada conseguirá.

A vitória ou derrota disso dependerá"

— Essa profecia é fácil de se interpretar, mas não lhes direi como, direi apenas uma coisa: Graecus. Agora vão, e se cuidem. - disse ela apontando um túnel atrás da estatua do deus dos mortos - Esse túnel foi criado a pouco tempo, ele os levará a um local em Nova York onde poderão pegar um taxi para Montalk, chegando lá procurem por Quiron, ele irá ajuda-los. - falou ela - E Dan, como filho da deusa da Névoa, você pode controla-la . Aprenda. Agora, adeus

Ela os empurrou por uma pequena abertura escura e escorregadia que mais lembrava um escorrega. Dan sentiu sua bunda bater no chão. Um chão duro e húmido.

— Acho que esse é o Labirinto de Dédalo. - disse Anna

— Quem? - perguntou Dan.

— Dédalo, construtor Graecu, que era filho de Atena. Não lembra da historia de Teseu e o Minotauro? Ah é, você faltou nessa aula também. Alias, bem que poderia parar de faltar nas aulas de história antiga.

— Vou pensar no seu caso - disse ele rindo.

— E o que tem nas mochilas? - perguntou Aly.

— Não sei, está escuro aqui, não consigo enxergar. - disse Anna

— Deixa eu ver, - disse Dan tirando as coisas e colocando no chão.- umas lanternas, comida, ambrosia, denários, dracmas e duzentos e cinquenta dólares, ah, e trinta e cinco centavos.

— Como conseguiu ver tudo e contar as coisas ?- perguntou Aly - E ainda está sem óculos.

— Estou enxergando normalmente, por quê ?

— Porque estamos no breu, cem por cento de escuridão e eu não estou enxergando nada.

— Ele só consegue porque filhos de Nyx, assim como os de Plutão, enxergam muito bem no escuro total.

— Sério? - Perguntou Dan

— Sim, realmente você precisa assistir as aulas de mitologia antiga. Dan, não é só isso, você pode controlar a névoa, invocar fantasmas, cães infernais, fúrias e pode...pode fazer as pessoas verem seu pior pesadelo.

— Como sabe disso? - perguntou Aly.- Pensei que fosse filha de Marte Ultor e não descendente de Minerva, ou Atena, seja lá como os Graecus a chamem.

— Não é porque sou filha de Marte que não posso ser inteligente.

— Bom, vamos andando. Temos uma missão para concluir.- disse Dan

— Dan - Disse Anna - E aquele pano que Nyx lhe entregou mais cedo e disse que era para ter cuidado? Está com ele?

— Está aqui comigo,sim , por que?

— Abra-o, vamos ver o que há nele.

Dan pegou na barra da calça o pano negro que Nyx havia lhe dado mais cedo e estendeu no chão.

— Aconteça o que acontecer quero que saibam que eu amo muito vocês e que foram meus melhores e únicos amigos até hoje.

Dan soltou a a fita prateada que estava envolvendo o pano e o examinou. Era veludo preto, bem bonito. Dentro haviam um pequeno disco dourado, um canivete, uma pequena cânula preta e duas canetas. Dan pegou a lanterna acendeu e iluminou tudo

— E pra que isso tudo? – perguntou Aly.

— Não sei, mas acho que teremos que usá-los na nossa pequena viagem até Montalk.- disse Dan.