Whispering escrita por Brubs


Capítulo 10
Middle Time


Notas iniciais do capítulo

" You don't have to say I love you to say I love you" ~For him, Troye Sivan



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Assim que a euforia por causa das armas termina, Miller surge para dizer que Jaha havia chamado por Rey e Bellamy várias vezes, e não cansava de perguntar onde estavam. E também avisa que o selvagem havia escapado, mas agora que eles tinham armas ninguém se importa. Eles se entreolham e Bellamy acabada cedendo, indo para dentro da cabana com ela.

No centro de uma mesa tinha a câmera e a tela feito com as peças dos notebooks e outras coisas, e lá, uma imagem de um homem de pele negra e sério. Parecia ser sério e saber o que fazia.

— Sr. Blake e Rey — Ele diz assim que sentam, a voz dele era grossa e firme — Estava procurando pelos os dois.

— Antes de começarmos, queria dizer algo — Rey diz olhando para Bellamy — Você enviou essas crianças para morrer. Pelo que sei, não sabiam se a terra era habitável ou não e ainda assim mandaram adolescentes para cá. Se não fosse por Bellamy, eles teriam se matado na primeira semana. Com ele, as perdas foram baixas, noventa deles estão vivos.

— Senho...Rey — O Chanceler tenta ser formal, mas a falta de sobrenome não permiti isso — Não sei se você conhece nossas regras, mas tentativa de assassinato é punido por morte. Não é tão fácil assim.

— Na verdade é, Chanceler — Bellamy interrompe tentando ser respeitoso — Se você quiser saber quem na Arca te quer morto.

Jaha abaixa a cabeça, dando um sorriso sarcástico, ele percebe a jogada deles e gosta. Quando volta-se para câmera estava decidido.

— Muito bem, Bellamy Blake, você está perdoado pelos seus crimes.

— Shumway — Ele diz logo em seguida tentando esconder suas emoções.

Chanceler chama um segurança e diz coisas que eles não conseguem ouvir, logo em seguida ele pede para Bellamy sair, que queria falar com Rey sozinha. Ela não queria ficar sozinha, sabia o que iriar perguntar e não iria falar nada.

— Eu prefiro que ele fica —Ela diz nervosa e segura a mão dele, não o deixando sair.

— Temos coisas para conversar, Rey — Jaha diz sem entender.

— Continuarei a ajuda seu povo, no que quiserem, apenas peço que não tentem ser meus líderes.

— Concordo com isso — Chanceler se ajeita na sua cadeira, parecia que estava lá com eles — Mas queria saber mais sobre o seu povo.

— Vivemos embaixo da terra, alguém nos odiava, míssil, minha família sobrevive — Rey responde não querendo entrar nos detalhes.

— Rey...precisamos de mais detalhes.

— Chanceler, sem querer ser desrespeitosa...eu não quero.

— Jaha — Bellamy diz apertando mais a sua mão — Rey não diz nada para ninguém, mas Clarke confia nela e você confia na Clarke. Acho que isso é suficiente.

Minha mente me bloqueia a falar qualquer coisa para Jaha. O motivo era, eu não lembrava do que havia acontecido. Lembro da explosão, lembro de estar saindo, lembra das palavras Mount Weather saindo da boca do meu pai. Porém, nada mais. Um completo branco aparecia quando tentava lembrar.

—____________________________________________________________________________

Bellamy entra na tenda com uma cumbuca cheia de agua e um pano dentro, e roupas que eram da Octavia.  Rey estava sentada na cama e ele senta na sua frente torcendo o pano. Ela estava desconfortada, não sabia o que fazer.

— Você viu seu pescoço? — Ele pergunta entregando um espelho sujo. Foi quando Rey vê, marcas de estrangulamento na sua garganta. — Dax deve ter feito isso.

— Não me lembro dele ter me estrangulado. — Ela diz passando sua mão delicadamente, estava muito dolorido. — Apenas acordei no meio do mato, não me lembro do resto.

— Isso não quer dizer que não aconteceu — Bellamy diz e começa a limpar o rosto da Rey, tirando o sangue e a terra. Cada vez que o pano passava por um ferimento ela se contorcia, seu corpo inteiro estava dolorido. O rosto dele estava sério, e Rey o observava, mas quando ele chega no pescoço ela o pede para parar. Antes pensava que era apenas um mal jeito, porém, realmente doía e estava vermelho se transformando num roxo — Que foi?

— Dói. Muito — Rey ri e a dor aumenta então se força a ficar quieta. Ela pega outro pano e limpa seus braços e pernas enquanto Bellamy limpava seu próprio rosto agora. — Brigada, por me salvar com Jaha.

— Você realmente odiou o cara. — Ele responde rindo enquanto enxaguava na agua vermelha de sangue. — Posso perguntar o porquê?

— Bom, acho que desde de pequenos vimos a Arca como uma traição. E quando conhece o líder da arca com essa mentalidade, o resultado não é bom. — Rey diz tirando seu colete e seus sapatos.

— Traição? Eles acreditam que salvaram a raça humana. — Ele responde também tirando seu casaco e sua camisa.

— Eles? Está falando como se não fosse mais um deles. — Rey se sentia desconfortável se trocando na frente dele, mas mesmo assim tira sua blusa, ficando apenas de lingerie, e com o pano tira sua sujeira. Logo em seguida coloca uma blusa roxa que Octavia havia emprestado e tira sua calça para colocar uma jeans. Era apertada, bem diferente da que usava. Rey se vira para ver Bellamy colocando sua calça, mas ainda sem camisa. — Se vai me responder?

— Ahh, é que.... — Bellamy finalmente coloca a camisa e responde — Bom, eles me fizeram esconder minha irmã por anos, fizeram minha mãe se vender para nos manter salvos e depois a mataram. Realmente não gosto daquele lugar.

— Você me diz que eu não gosto de contar meu passado, mas você também não me diz nada, senhor Blake. — Rey solta seu cabelo e o deixa desse jeito, usando os prendedores como pulseira.

— Minha vida também não é interessante ao ponto de ser compartilhada. — Bellamy se aproxima e bagunça seu cabelo, que eera liso e armado — Deveria deixar mais ele solto.

— Ele me incomoda solto — Ela ri e depois percebe o que estava fazendo — Para de mudar e assunto! Me fala alguma coisa, qualquer coisa.

— Quer saber o que? — Ele senta na cama irritado — Não gosto de falar do mesmo jeito que você.

— Eu te disse, mais do que já falei para qualquer um. — Rey senta ao lado dele e tenta arrancar algo — Mereço algo de volta.

— Bom, eu tive que esconder minha mão por nove meses quando tinha seis anos, depois disso que tive esconder minha irmão por dezesseis anos, ai eu pisei na bola e minha mãe foi morta e Octavia foi presa.

— Sabe, escolhas são algo que fazem quem você é, Bellamy. Elas te moldam, se não gostar de uma não gosta de você mesmo.

— Eu não gosto do que eu sou, Rey.

— Eu gosto.

—____________________________________________________________________________

Eu estou na nave, o caderno do selvagem está em cima da mesa. Bellamy não está por perto, finalmente irei poder examina-lo. Eu sento do lado da mesa e começo a folhear o pequeno livro. Paisagens bem comuns nessa floresta, arvores e riachos, pessoas desconhecidas e Octavia, ela estava incrivelmente bela lá. Mais e mais folhas, então algo me chama atenção. Um menino com doze anos, seus detalhes era incrivelmente parecidos com...Josh. Sua boca, seus olhos. Era ele, com certeza era ele. Bellamy entra e grita, dizendo que deveria ficar longe do caderninho. Toda a lembrança começa a embranquecer, a voz dele vai se perdendo e...

Rey acorda assustado ao lado de Bellamy, que também acorda por causa dela. Ela respirava fundo e sentava no canto da cama.

— Rey? Tudo bem? — Ele senta ao seu lado e poe suas mãos nos ombros dela.

— Eu...eu... — Ela tenta responder mas sua mente estava a mil.

Aquilo já aconteceu, eu lembro e ao mesmo tempo não lembro disso.

— Lembra do dia que eu peguei o caderninho do selvagem? — Rey pergunta não deixando tão claro o que queria.

— Sim, o que tem ele? — Fico ou não fico feliz? Bellamy não estava entendendo, e ela não o culpava.

— Você lembra onde o deixou depois? — Uma pergunta besta e idiota, mas servia.

— Hmm...algum lugar por aqui...mas, você está estranha. Que foi?

— Nada, apenas um pesadelo — Rey diz e se levanta—Vou pegar um ar, pode ficar aqui, já volto.

Rey sai da cabana e já sabia quem procurar, Octavia. Não sabia qual era a cabana dela, mas também não queria invadir todas enquanto os outros dormiam apenas para acha-la. Foi quando ela a vê indo para fora da muralha, não consegue segurar o sorriso enquanto a segue pela floresta.

Rey sabia como ficar em silencio, então esperou se afastarem um pouco do acampamento antes de aborda-la.

— Octavia — Diz delicadamente e ela se assusta.

— Rey? — Octavia parecia estar com raiva — Por que está me seguindo?

— Eu preciso falar com o selvagem, e sei que sabe onde ele está.

— Você está...?

— Octavia, eu não vou falar pro Bellamy, para ninguém — Ela se aproxima e deixa escarpar seu desespero — Apenas preciso falar com ele.

Octavia bufa que nem seu irmão e cede.

— O nome do selvagem é Lincoln, okay? — Ela vira-se e começa a andar — Apenas me siga.

—____________________________________________________________________________

Vinte minutos de caminhada em silencio, nesse meio termo Rey ajeita seu cabelo e tenta se acostumar com a calça apertada. Quando encontram o local, Lincoln estava sentado numa pedra com uma faca na mão, assim que vê Rey ele se levanta com armado e pronto para atacar.

— Calma, ela queria falar com você — Octavia se aproxima e o beija, não pode esconder o quanto estava surpresa.

— Então eu estava fazendo um trabalho inútil traduzindo tudo — Ela se aproxima tentando deixar a situação menos estranha.

— O que você quer? — Ele diz subitamente, não havia esquecido que Rey estava quando foi torturado.

— No seu caderno, há um desenho, de um menino — Ela diz tentando o fazer lembrar — Doze anos, cabelo marrom escuro e rosto fino. Seu nome era Josh.

— Faz tanto tempo, eu nem...

— Faz três anos, não é tanto tempo assim, por favor. — Rey se aproxima desesperada, seu coração jazia na sua garganta.

— Eu o encontrei caído na mata, havia corrido por muito tempo. — Lincoln começa a contar e a cada palavra ela se contorcia — Havia um corte na sua cabeça profundo, eu tratei e o ajudei a acordar novamente. Conversamos e eles voltaram para pega-lo de volta, fiquei menos quinze minutos com ele acordado. Tentei de tudo para salva-lo, mas era eu contra uns sete deles.

— Eles quem? — Lágrimas se formavam, apenas em pensar no medo do seu irmão a quebrava por dentro.

— O pessoal da montanha.

Então tudo se juntou, as palavras e o medo que sempre teve. Não conseguia olhar para Mount Weather sem sentir estranha e agora sabia porquê. Como pude esquecer algo assim? Perder a chance de me vingar? Procurar por tantos anos quando a resposta estava do meu lado.

Ela podia ver seu irmão correndo entre as arvores, podia sentir o desespero e o corte escorrendo. Como pude deixar isso acontecer?


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Notas finais do capítulo

Coloquei esse cap para explicar as coisas, não é baseado em nenhum ep e tals.
E queria agradecer aos coments do ultimo cap, foram lindos e maravilhosos. Agradecer a nova leitora, sempre são bem-vindos!! Kisses!!