Don't trust me escrita por LilyMartin, Allie Maddox


Capítulo 6
Capítulo 06 - Magia de Elevadores


Notas iniciais do capítulo

Queria agradecer muito as pessoas que estão acompanhando e comentando, e também agradecer a quem favoritou, muito obrigada mesmo ♥



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 Terça-feira, 16 de outubro   

Chego ao local das filmagens. O galpão estava incrivelmente decorado, a equipe da Sra. Martin fez um belo trabalho. O lugar parecia ser realmente um palácio, eu me sentia como se estivesse em um. Parecia que eu estava em gravação de um filme, muitas luzes, muitas câmeras e pessoas trabalhando. Impressionante. Avisto Lydia, Derek e dois dos modelos que eles tinham contratado ao longe. Caminho até eles. 

 — Bom dia.

 — Bom dia, Sr. Stilinski — respondem.

 — Estes são os modelos que vão fotografar hoje, Michel e Kirstie. — Lydia os apresenta. — Nosso fotografo chegará em alguns minutos, já está tudo pronto. O que achou do cenário?

 — Ficou perfeito, parabéns.

 O primeiro dia das filmagens foi longo, eu apenas fiquei em um canto sozinho sentado observando tudo. Todos estavam muito ocupados e eu não queria atrapalhar. 

Quarta-feira, 17 de outubro 

 — Segundo dia — digo. Estava sentado em um sofá, Lydia estava no mesmo sofá mais com um assento de distância de mim.

 — Sim. — Lydia balança a cabeça, olhava para Allison e o seu parceiro de filmagem sendo maquiados.  

 Poucos minutos depois, já maquiada e com bobes no cabelo, Allison vem em nossa direção saltitante e com um sorriso alegre no rosto. A morena se senta no espaço entre mim e Lydia.

 — Gente, o Isaac é muito gato! — fala com entusiasmo se referindo ao modelo que fotografaria com ela.  

 Lydia ri e balança a cabeça em negação. Faço careta de desaprovação diante desta empolgação.

 — Relaxa, Stiles, você também é. — Bagunça meu cabelo. — Amiga, ele me convidou para jantar com ele! — Faz uma comemoração discreta. — Estou devendo uma pra vocês, quer dizer duas: por terem me escolhido e por terem escolhido aquele gato para fazer par comigo.

 — Por nada. — Sorrio irônico e ela faz careta para mim.

 — Você está linda, Allison. Vai arrasar. Aproveita na hora das filmagens — aconselha Lydia.

 — Já aproveitei no vestuário. — Pisca e sorri.

 — Meu Deus, Allison Argent. — Lydia ria. — O que fez?

 — Peguei — fala e ri. — A pegada dele é muito...

 — Ei, ei! — interrompo. — Me exclua desse assunto broxante de garota. — Reviro os olhos.

 — Qual é, Stiles? Está com inveja do lindo e gostoso do Isaac, que tem um beijo tudo de bom?

 — Isso por que você nunca me beijou — digo com confiança e dou um sorriso travesso.  

 — Nem quero, não furo olho de amiga — fala sem se importar e dá os ombros.

 Sorrio com a frase que acabara de falar e olho para Lydia, seu rosto parecia ficar vermelho, lançava um olhar de repreensão para a amiga, a ruiva com certeza queria matá-la no momento.

 — De que amiga você está falando? — Lydia se faz de desentendida.

 — Ah, me poupe vocês dois. — Agora é a vez de Allison revirar os olhos. — Vou ali com meu novo ficante. — Ela dá dois tapinhas na minha perna e na perda da Lydia ao mesmo tempo e sai desfilando. 

 Se forma um silêncio constrangedor durante alguns minutos assim que Allison nos deixou sozinhos. Observo Lydia, ela olhava para suas próprias mãos e mordia os lábios. Suas bochechas ainda estavam levemente rosadas. Mechas de seu cabelo caiam sobre seu rosto.

 — O que foi? — diz ao perceber que eu estava a encarando. Olha para mim com seus olhos verdes esperando minha resposta.

 — Nada. — Sorrio.

 — Hm. — Espreme os lábios e volta a olhar para baixo, assim o silêncio se restabelece. Ela pega seu celular e lê alguma coisa. — O Derek não pode vir hoje. Só alguns ajustes e começamos as filmagens. — Lydia se levanta e vai checar se estava tudo certo.

 Já era noite quando as filmagens ficam prontas. Como no dia anterior, apenas fiquei em meu canto em silêncio para não atrapalhá-los. Lydia arrumava sua bolsa para ir embora, me aproximo. 

 — Aceita ir comer algo? — pergunto para Lydia.

 — Pode ser — ela, felizmente, aceita. — Allison, vem com a gente?

 — Sei que vocês me amam, mas desgrudem de mim um pouco, por favor. Vocês já são bem grandinhos para irem sozinhos aos lugares... — a morena fala e dá risada.

 — Idiota. — Lydia ri também. — Não chamo mais.

 Fomos para o segundo andar de um shopping próximo onde tinha um famoso restaurante de fast food. Por incrível que pareça a Sra. Martin aceitou ir em um restaurante de fast food e isto era bom, isto mostrava que ela não era daquelas mulheres cheias de frescura que eu imaginei que seria no primeiro dia que a vi. Ambos pedimos Hambúrguer, batata frita e refrigerante. Conversamos sobre assuntos aleatórios antes que eu tentasse saber de mais informações sobre ela.

 — Desculpa perguntar, quantos anos você tem?

 — 23 — responde Lydia e pega uma batata frita.

 — Tão jovem dona de uma empresa tão bem sucedida, raro isso — digo intencionalmente para ver a reação dela, uma expressão, uma reação, qualquer pista. Olho-a curioso.

 — Assim como você... jovem e com um dos maiores cargos de uma das maiores empresas de moda do mundo, como se sente? — Ela sorri e ergue uma das sobrancelhas desafiadora. Ok, ela me pegou.

 — Verdade — dou uma risada contida e olho para baixo. Na verdade, eu só era um inútil e incompetente mesmo, mas isto ela não podia saber. — Era do seu falecido marido, né?

 — Sim.

 — Curte cara mais velhos? Soube que ele era bem mais velho que você. — Ok, não deveria ter perguntado isso, mas não conseguia não ser direto, não saberia como chegar nestas perguntas de outra maneira e precisava saber das respostas.

 — Curto caras legais. 

 — Ah, entendi. — Sorrio. — Mas por que casou tão nova?

 Já pode parar Stiles, daqui a pouco ela lhe esbofeteia a cara.

 — Por que esperar para ser feliz com a pessoa que ama? — me responde com uma nova pergunta.

 — Para ter certeza que é a certa.

 — Se não for, o divórcio está aí. — Pisca. Dois a zero para a ruiva.

 — Claro... — Mordo mais um pedaço do meu hambúrguer. — E como se sentiu quando soube que a empresa passaria pra você?

 — Ah, quando descobri fiquei assustada, porque até onde sabia o testamento estava para uma irmã dele. Mas quando passou o choque, foi natural, eu já cuidava da empresa com ele, agora estou cuidando sozinha. — Ela encolheu os ombros, parecia se sentir incomodada ao falar sobre aquele assunto.

 — Como ele morreu? Me contaram que foi parada cardíaca...

 — Sim — confirma. — Mas, porque esse interesse todo? 

 — Me desculpe, sei que deve ser difícil falar dele. — Novamente espero para ver a reação dela.

 — A vida que anda... — Fico em silêncio por alguns segundos.

 — E a irmã do seu marido, não ficou brava contigo? — continuo.

 — Eu não sei. A empresa não era dos pais deles, nunca foi, ela não ajudou a crescer, não tem nenhum conhecimento em marketing e publicidade. Não foi eu quem pediu por isso. Me casei com separação de bens. Não tem o que reclamar comigo — seu tom de voz era rude.

 — Como a empresa começou?

 — Só uma pergunta, essa entrevista toda vai pra que revista? — ergue a sobrancelha.

Merda! Ela já estava muito brava. 

 — Me desculpa. Só quero conhecer mais sobre você — tento acalmar a situação que já estava ruim para mim. Eu sabia que não era bom nessas coisas. Eu avisei ao meu chefe, mas ele não parecia me ouvir.

 — Bom... vou indo. — Dá um último gole em seu refrigerante e levanta-se.

 — Você nem terminou de comer. — Olho-a confuso.

 Sem dizer mais nenhuma palavra, a ruiva deixa algumas notas na mesa para pagar a conta, se levanta e se retira do local em passos pesados. Sem perder mais tempo, pago a conta e vou atrás dela. Lydia estava em frente ao elevador, que neste exato momento abria a porta, ela entra. Me apresso para alcança-la.  

 — O que aconteceu? — pergunto quanto ambos estávamos juntos no elevador. "O que aconteceu?" Não é obvio, Stiles? Você foi completamente inconveniente e invasivo nestas perguntas todas. 

 — O que você está querendo de mim? — Depois de digitar para descermos no térreo onde se encontrava o estacionamento, finalmente olha em meu rosto, me encarando com aqueles incríveis olhos verdes. 

 — Como assim?

 — Essas perguntas todas... você ir lá na minha empresa e sair perguntando para todos os meus funcionários como eu os tratos, como eu sou, da empresa, da minha relação com meu falecido marido. — Engulo seco. Merda, merda, merda! — Você acha que não chegaria até a mim? Eu e meus funcionários temos além de tudo uma relação de amizade. Se não estava confiando em meu trabalho tudo bem, mas perguntar da minha vida pessoal? Qual é a sua, Stiles?!

 — Você — sussurro com uma voz rouca tentando parecer sensual. Sem esperar sua reação. Jogo meu corpo contra o de Lydia, empurrando-a para trás e prensando suas costas na parede do elevador. Coloco minha mão direita apoiada sobre a parede atrás de Lydia e a esquerda repouso sobre a cintura da ruiva, segurando com força. Nossos rostos estavam tão próximos que eu conseguia sentir sua respiração quente e pesada. Seus olhos incrivelmente verdes reluzentes encaram os meus olhos castanhos, mas logo a atenção deles se volta para a minha boca fina. Dou um último sorriso sedutor, antes de colar meus lábios aos delas. Ela imediatamente dá passagem para a minha língua explorar cada pedaço da boca dela. Nossas línguas se juntam e se enroscam em perfeita sintonia como se já fossem familiarizadas. Minha mão que repousava em sua cintura começava a deslizar e conhecer outras curvas de seu corpo.

 Separo meus lábios dos delas quando sinto que era a hora de parar. Nossos rostos ainda estavam próximos e eu podia sentir a respiração dela ainda mais quente do que antes e muito mais ofegante enquanto permanecia com os olhos fechados. A porta do elevador se abre e seus olhos verdes também que logo vem ao encontrado do meu. Sorrio satisfeito. Descolo nossos corpos. 

 — Até terça, Sra. Martin. — Ela ainda parecia atordoada e sem mais nenhuma reação. Saio do elevador e sigo meu caminho sem olhar para trás.


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Notas finais do capítulo

Clássico beijo no elevador... o que acharam do primeiro beijo (de muitos)?