Werewolf on Board escrita por luckygirl
Notas iniciais do capítulo
Leitoras lindas,
Obrigada do fundo do coração para todas que comentaram e deram sugestões para o nome da O.C.! ♥
Enjoy!
A ruiva se escondeu debaixo do cobertor ao ouvir o despertador tocar pela quinta vez naquela manhã.
“Será que ninguém vê que essa foi a pior invenção do mundo? Ou que acordar às sete da manhã nesse frio devia ser pecado?”.
Ela gemeu em desgosto ao ouvir as batidas na porta de seu quarto e a voz conhecida de sua amiga.
— CLAIRE! ACORDA!
“Delicada”.
Levantou-se desanimada. Afinal, ela tinha contas a pagar.
Fez sua higiene e se arrumou para o trabalho.
— Não! É um crime! – ela falou alto para a morena que estava comendo uma fruta.
— Quê?
— Você é proibida de se sentir feliz a essa hora do dia, Sarah! – sentou-se ao seu lado e se serviu com um café.
— Por que...? – a morena lhe perguntou divertida.
— Porque são sete horas e meia da manhã. Está frio. E nem é sexta! – falou como se fosse óbvio.
— Como você é exagerada. – Sarah revirou os olhos.
— Você fala isso porque está num bom emprego. – comeu um pedaço do pão. – Eu me formei em psicologia e estou trabalhando de recepcionista. – a ruiva falou cabisbaixa.
— Em um consultório muito reconhecido. – ela tentou animar a amiga.
— Maldito seja, doutorado.
A morena soltou uma pequena risada.
— Quem sabe eles não te contratam lá futuramente?
— É. Quem sabe... – retribui o sorriso.
— Então, amiga... De qualquer forma, você precisa de dinheiro para pagar isso né?
— É.
— Então, pelo amor de Deus, começa a acordar no horário. – a morena bufou.
A ruiva revirou os olhos e terminou de comer seu pão.
Claire e Sarah eram amigas desde o colegial, e quando foram aceitas na mesma faculdade, resolveram morar juntas. Dividiam um apartamento há seis anos, mesmo depois do término da faculdade, como arranjaram empregos por perto, não se mudaram.
— Até mais, fofa. – Claire falou enquanto pegava sua bolsa e as chaves de seu carro.
— Tchauzinho.
A ruiva entrou em seu Chery QQ branco, que ganhara de seus pais, e dirigiu até seu trabalho.
Entrou no estacionamento do luxuoso prédio.
Era recepcionista em um consultório que havia vários especialistas, e ela atendia aos psicólogos que trabalhavam ali.
Não que a garota odiasse seu emprego, ela até mesmo gostava de seus chefes, mas seu sonho era estar ali dando consultas e não as marcando.
Cumprimentou algumas pessoas enquanto andava até a cafeteira. Ela precisava de mais do que um café para se manter acordada.
- Ruivinha! – sorriu levemente ao ouvir seu carinhoso apelido dado por sua colega de trabalho.
— Oi, loirinha! – se virou e cumprimentou a amiga.
— Café? Já?
— Você me conhece. Eu estou dormindo por dentro.
— Claire, você é a pessoa mais dorminhoca que eu já conheci.
— Não, Jess. Eu sou a pessoa que não aceita essa imposição idiota de acordar 7 horas da manhã para trabalhar. – falou divertida.
— Claro, claro. – a loira bufou. - Você vai sexta né?
— Dãr. – falou como se fosse óbvio.
— Se quiser chamar a Sarah, não tem problema.
— Obrigada, Jess. – sorriu.
— Mais uma companheira para a tequila sempre é bom!
— Nem me fale nessa bebida maravilhosa!
— Você é uma bêbada. – Jess soltou uma risada.
— Ei. – Claire disse como se sentisse ofendida. – Quem começou a falar em tequila foi você.
— Mas quem bebe quatro doses é você!
Em uma atitude madura, ela mostrou a língua para a amiga.
— Bom, eu vou indo. Até o almoço? – a ruiva perguntou para a loira.
— Claro. Até. – ela lhe mandou um beijo.
Claire se sentou em sua cadeira estofada e ligou seu computador.
Suspirou.
Começava mais um dia.
— Claire, qual é o meu próximo paciente? – a garota levantou a cabeça e fitou o homem de meia idade se apoiando no balcão.
— Só um minuto, doutor. – a ruiva fez uma pesquisa rápida. – É ás duas e meia. James Coleman. – sorriu simpática.
— Obrigada, Claire. – ele lhe retribuiu o sorriso.
— Imagina. – ela viu que o homem acenou para ela quando saia para seu almoço.
A ruiva também se levantou para seu pequeno descanso. Pegou sua carteira e se dirigiu para a sala da doutora Daniela, uma mulher de 30 anos que sempre almoçava com Claire e Jess.
— Dani? – bateu na porta.
— Pode entrar, Claire. – a garota entrou e viu a morena tirando o jaleco. – Já estou indo.
— Não se apresse. – ela falou rindo ao ver que a amiga tropeçou para pegar a bolsa.
— Estou morrendo de fome. Não como nada desde manhã!
— Então, vamos.
Daniela era uma psicóloga. E por ser a mais profissional mais nova ali, fora fácil para Claire se sentir a vontade com ela, a morena mais velha sempre lhe dava dicas e a ajudava no que precisasse, de tanto dar conselhos para a garota, desenvolveram uma amizade.
As duas conversaram animadamente o caminho todo até o restaurante, onde Jess já esperava pelas duas em uma mesa no canto.
— Nossa, que demora. – ela revirou os olhos.
— Foram 10 minutos. – Dani falou.
— Que eu poderia estar escolhendo comida.
— E por que não foi? – Claire questionou.
— Porque eu estava esperando pelas as minhas amigas.
— Você é uma fofa. – a ruiva apertou as bochechas de Jess. – Vamos, então.
Quando terminaram de comer, apenas Dani e Claire ficaram ali, pois Jess deveria voltar para o consultório. E enrolaram por alguns minutos antes de também voltarem para o trabalho.
— Então, Claire. Como vai?
— Ah, você sabe. – ela deu os ombros.
— Ainda não sabe onde vai fazer seu doutorado?
— Hm... Não é nem isso. Você sabe que eu sempre quis estudar fora.
— Certo. – a doutora afirmou.
— Já enviei e-mails para algumas universidades nos Estados Unidos e Londres. Só estou esperando a resposta.
— Que bom que já está correndo atrás, menina. – a mulher lhe falou com um sorriso carinhoso.
— O problema não é nem correr atrás. O foda é o dinheiro. – ela sorriu com uma careta.
— Eu sei, querida. Mas já viu alguma bolsa?
— Preciso esperar a resposta.
— Ah sim. – a morena concordou levemente com a cabeça. – Bom, nunca deixe de tentar... Sonhar, Claire! Você ainda é muito nova, tem o mundo pela frente.
— Obrigada, senhora. – a garota falou divertida, mas com sinceridade.
— Sua tonta! – elas riram. – Só tentou nos Estados Unidos e Londres?
— Sim, por causa do inglês né?
— Claro. Bem... Como eu disse, persista. – a morena mais velha deu alguns tapinhas na mão da ruiva.
— Obrigada. De verdade. – ela sorriu.
— Enfim, chega desse papo! O trabalho está nos chamando.
Claire soltou um resmungo.
Pagaram a conta e voltaram para o grande prédio.
- CLAIRE! – ouviu batidas em sua porta.
— Eu não estou dormindo, Sarah! – resmungou sonolenta.
— Claro que não, tonta. – falou sarcástica. A amiga sabia muito bem que a ruiva havia dormido. – A gente tem uma hora pra se arrumar!
— UMA HORA? – a ruiva se levantou rapidamente da cama.
— E meia. – ouviu uma risada do outro lado da porta.
— Vaca! – abriu a porta e deu de cara com a morena enrolada em um roupão, a olhando divertida.
— Vai tomar banho. Seu cabelo tá horrível!
— Obrigada, Sarah. – falou sarcástica, mas não protestou.
Tomou um banho relaxante.
Usou o secador no banheiro mesmo, e não demorou mais do que 15 minutos para os cabelos ruivos caírem ondulados em seu ombro, os escovou e sorriu com o resultado.
“Chupa, Sarah.”
Colocou o seu roupão e foi até seu quarto onde terminou de se vestir.
Sarah e Claire saíram devidamente maquiadas e vestidas em roupas de festa provocantes.
— Então, aonde vamos mesmo? – a morena perguntou no táxi para a ruiva.
— Uma boate, Sarah. – repetiu.
— Por quê?
— Porque a Jess chamou.
— Ah, pensei que era aniversário dela ou algo assim.
Claire riu.
— Seria constrangedor não levar um presente.
— É uma boate. – a morena deu os ombros.
— Ei, eu quero que o meu seja numa boate e quero presentes. – a ruiva fez um bico.
— Te dou uma garrafa de tequila. – Sarah riu.
— Sério? Qual é o problema de eu gostar de tequila?
— UOOOOOOOOOU! – Claire gritou pela décima vez na boate.
— Esse é o problema de você gostar tanto de tequila. – Sarah falou rindo enquanto ela mesma tropeçava em seus próprios pés.
— Eu amo o limão e o sal, Sarah... O que eu posso fazer? – questionou a morena num tom embriagado.
— Pegar só o limão e o sal? – Jess perguntou sorridente ao lado das duas.
— Ah, mas ai não tem graça. – a ruiva fez um bico.
— Não mesmo. – a loira riu ao ver a expressão da ruiva bêbada.
— TEQUILA! – Claire gritou novamente.
— Nãaao, Claire. Você não pode beber de novo. – Matheus, o único que parecia sóbrio ali, segurou a garota pelo braço.
— Ahhh, Matheus... Por favor... – a ruiva implorou para o antigo colega de trabalho e atual namorado de Jess.
— Não, ruivinha. – ele riu.
— Você não manda em mim. – ela franziu a testa para ele.
— Nem você manda em si mesma agora. – o homem deu alguns tapinhas em seu ombro.
— Vadio! – ela mandou a língua para ele.
— Claire, Claire, Claire, Claire, Claire...
— OI, SARAH! – a ruiva se virou brava para a amiga que lhe cutucou vinte vezes em menos de 10 segundos.
— Vamos embora. – ela choramingou. – Quero dormir...
— Mas acabamos de chegar.
— Já são cinco horas. – Matheus riu.
Será possível a ruiva estar tão bêbada que nem havia percebido que estavam na boate há mais de seis horas?
Sim, era possível.
— Oh... – Claire fechou os olhos.
— Ruivinha? – Jess lhe cutucou.
— Oi?
— Você tava quase dormindo em pé. – a loira riu.
— Puts... – Claire sabia que ela estava muito bêbada.
— Vamos então? – Matheus perguntou para as três garotas.
— Claro, amor. – Jess lhe deu um selinho.
O resto do pessoal que estavam com eles já havia ido embora, só restando os quatro ali.
Depois de Sarah e Claire beberem um pouco de água, já estavam um pouco menos desconcertadas.
O moreno passeou os olhos verdes pelo pequeno hall daquele andar.
— Então... Foi aqui que você passou todos esses anos. – ele falou para a irmã.
— Foi. – ela deu os ombros.
— Prédio legal.
— Obrigada. – sorriu.
— Você tinha muitos amigos aqui?
— Não muitos. Só...
A garota com cabelos cor de mel foi interrompida pela voz animada que vinha do elevador.
— CORA! – a morena gritou. A bebida fez com que o cumprimento saísse mais emocionado do que deveria.
— Cala a boca, Sarah! Olha a hora... – a ruiva tampou a boca da amiga ao lado.
— Elas. – Cora completou para o irmão.
— CORA! – desta vez foi Claire que disse animada e correu para abraçar a garota que sorria divertida para a situação.
— Claire! – sentiu um forte cheiro de álcool vindo da mesma. – E Sarah! – falou quando sentiu mais um impacto.
— Nossa, você sumiu!
— Adorei o que fez com o cabelo.
— Onde você estava?
— Por que foi embora?
— Quanto tempo!
— Estava com saudades.
— Onde você foi mesmo?
— Por que não avisou?
— Que homem gato que você trouxe. – quem disse foi Claire que encarava o moreno, quando percebeu que havia dito isso alto, escondeu seu rosto em suas mãos.
— Obrigada, garota bêbada. – Derek falou divertido.
— Ah, Sarah... Por que você me deixa beber tequila? – lamentou para a morena. – Cora, vou me arrepender tanto disso amanhã.
— Foi uma furada mesmo. – a morena riu.
Cora soltou uma risada.
— Vem. Vou levar vocês pro seu apartamento. – abraçou as duas amigas. – Derek, vai entrando.
— Ok. – ele disse simplesmente.
Derek entrou no apartamento e deixou as malas na sala.
— Mas é que ele é muito gato!
O lobisomem riu ao ouvir a voz da ruiva se lamentar.
A América do Sul seria interessante.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Pendragon, aceitei sua ideia!
Espero que tenham gostado!
Lembrem-se que os comentários me inspiram a escrever, então comentem!