Saint Seiya: Dimensões Entrelaçadas escrita por Sarah Shadow Link


Capítulo 4
O cavaleiro de coração puro




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Aí... Minha cabeça doi, meus braços doi, minhas pernas doem, meu corpo doi, tudo doi, e muito...

Afinal, o que diabos aconteceu? Me lembro de estar sendo seguido aí eu adormecir na casa de meu amigo... Dei uma risada forçada, agora eu me lembro! Tive um sonho maluco onde um leão estranho conversou comigo e pediu para que eu salvasse o mundo... Deles... Bem, ainda bem que despertei desse sonho horrível! Vou tentar me ajeitar para dormir novamente nesse chão duro e...

Espera... Eu não estava no sofá? Por que estou no chão? E por que ele é tão áspero e quente? Lentamente, abrir meus olhos e uma luz me cegou temporariamente, quando minha visão se acostumou, vi o céu azul com algumas pequenas nuvens passeando pela mesma... Espera, o quê?
Me levantei com cuidado e olhei ao redor, eu estava na rua, praticamente deitado na calçada. Mas o quê? Como assim eu estava na rua? Onde está o Matt? Melhor, cadê a casa dele, que era aonde eu deveria está? O que diabos está havendo aqui?

Dei um passo para trás e toquei em uma coisa de metal. Encarei o objeto, era uma grande caixa prateada com duas espécies de fivelas para colocar os braços. A caixa tinha detalhes em relevo, sendo que o desenho no meio dos lados da caixa era uma espécie de leão com uma juba curta, como a juba de Kovu em Rei Leão 2.

O que é isso? Parece-me tão familiar... Ei! Me lembrei! É uma daquelas caixas lá de... Ah não... Isso não pode ser verdade... Por que uma daquelas caixas de Saint Seiya está bem aqui na minha frente? Será que o meu sonho era real? Então isso quer dizer que...

Encarei o meu reflexo na caixa e quase deu um pequeno grito de surpresa: Eu parecia um daqueles personagens de mangá. Meus olhos estavam agora de cor azul claro e meu cabelo estava ate a nuca e era preto com uma mecha branca na frente, estilo Vampira dos X-Men. O pentiado era como do Ash, despojado e anti-gravidade, mas não exagerado e sem querer ser metido, mas eu estava musculoso em comparação a antes.

Cara, não posso acreditar, como me metir nessa roubada? Ah, sim... O idiota retardado aqui esqueceu de perguntar onde era o mundo daquela entidade sem-vergonha... Bem, ele disse que não vai me levar de volta até que eu salve esse mundo, certo? Não vejo que outra coisa eu possa fazer além disso... Pensei em começar a andar por aí aleatoriamente, mas me lembrei de uma coisa: Matt recém me ensinou sobre as duas "sagas" do começo, se é que o que vem antes do santuário é uma saga...

Encarei novamente a... Caixa de Pandora, certo? Se o Regulus me colocou em Saint Seiya, falou para eu salvar o mundo e eu acordo com essa caixa do meu lado, isso quer dizer que ela contém a minha armadura, seja lá qual for, não é? Não seria nada sábio deixa-lá no meu da rua e ir até onde os cavaleiros estão sem uma, né verdade?

Engolindo todo o meu orgulho otaku e imaginando isso como um presente, coloquei nas minhas costas e a carreguei... CARAMBA!! Isso realmente é feito de metal e tem uma armadura aqui dentro? Parece uma caixa de papelão com bichinhos de pelúcia dentro para dar peso. OK, não é? É um anime shonen, animes shonen não precisam fazer muito sentido, não to certo?

Começou a andar pelas ruas, as pessoas simplesmente ignoravam o fato de que eu estava com uma caixa enorme de metal nas costas sem muito esforço. Gente esquisita! Ou será que eles sabem que tecnicamente sou parte do "show" que irá acontecer? O que me lembra... Onde fica o Coliseu? Putz! Cadê o mapa da cidade quando se precisa de um? Será que nesse mundo eu falo japonês fluentemente ou ainda falo português, estilo hue br e eles também?

– Precisa de ajuda?- Alguém perguntou, era uma voz masculina e vinha das minhas costas. Me virei e me deparei com um garoto de cabelos e olhos castanhos, ele segurava uma caixa também, então deduzir que ele também era um cavaleiro. Seu rosto me é familiar, mas não me lembro quem... Cara, sou péssimo em rostos, sou capaz até de esquecer rostos de protagonistas.

–É... Acho que sim...- Respondi um pouco apreensivo. O garoto deu um sorriso... Esse sorriso me é familiar... Com certeza eu conheço ele.

–O que seria?- Ele perguntou gentilmente. Olha, gostei desse garoto! Que cavaleiro será ele?

–Eu estou perdido.- Confessei. Ele olhou para minha caixa, acho que estava examinando a mesma.

–Está indo para o Coliseu?- Assenti. Ele fechou os olhos. -Entendo...- Ele se virou um pouco e me encarou. -Venha, é por aqui.

Concordei e comecei a segui-lo. A caminhada foi calma e tranquila. Ele percebeu que sou novo no local, então comecou a me mostrar os pontos turísticos mais famosos. Ele é bem gentil, gostei! Acho que tentarei ser amigo dele!

–Diga-me, por que você quer ser um cavaleiro?- Perguntei. Ele me olhou ainda sorrindo.

–Pelo meu nii-san. Eu prometi a ele que da próxima vez que nos encontrassemos, nós seríamos cavaleiros.- Ele respondeu... Nii-san? Significa irmão mais velho, então... Ele faz parte dos protagonistas!

–Mas você é gentil demais para isso...- Tapei minha boca no mesmo momento. Que merda de mania em que falo praticamente a primeira coisa que vem em minha cabeça!

–Eu sei...- Ele olhou para o céu. -... Na verdade, eu gostaria de poder não machucar ninguem...- O encarei confuso, então por que ele é um cavaleiro? -Mas... Nii-san me protegeu desde quando eu era bebê... Porque eu fui fraco... Mas se eu me tornar um cavaleiro...

–... Você terá poder o suficiente para proteger a si mesmo...- Ele sorriu e concordou. Seu objetivo é, de certa forma, simples e até nobre, eu acho bacana! Começamos a nos aproximar de uma casa grande.

–E você? Por que quer ser um cavaleiro?- Ele perguntou, vixi! E agora? Que desculpa irei criar? Pensa, Eliot, pensa... Você ama animes e mangá, além de jogos! Pensa em algo criativo!

–... Minha irmã foi morta por homens estranhos, de armaduras roxas escuras, quase negras...- Comecei, me lembrando um pouco do novo jogo de Saint Seiya, na saga de Hades. -Pensei que se eu me tornasse um cavaleiro, eu poderia descobrir quem eles eram e, talvez, me vingar do que fizeram com ela...- Cara, me sinto mal por mentir para ele assim, mas o que eu podia dizer? "É que eu sou um ser de outro mundo que veio para cá para salvar o seu" não é uma boa opção...

–Sinto muito...- Ele falou com a cabeça baixa, dei um tapinha nas costas dele.

–Tudo bem, não foi sua culpa cara...- Disse, ele me olhou antes de dar um sorriso no e assenti. Paramos bem em frente a uma casa enorme... Ou melhor, uma mansão! Olhei para o garoto.-Achei que iriamos para o Coliseu...

–Sim, mas para isso, precisamos falar com a senhorita Saori.- Ele disse, olhando para mim.-A propósito, poderia me dizer o seu nome?
–Claro, sou...- Ei, espere! Aqui eles dizem seu nome e o nome da armadura, certo? Qual o nome da minha? O garoto me encarou confuso, merda! Deveria ter pensado nisso antes! -Eu sou... Eliot...- A imagem da entidade Regulus veio em minha mente, junto com o desenho de leão da minha caixa e então, sem conter, eu disse: -Sou Eliot de Regulus.

–Regulus?- Ele perguntou, merda! Ele vai notar que eu não sou um cavaleiro, PORCARIA!!! -Você é o Cavaleiro de Regulus? Isso é incrível! -Ele comentou, o que deixou surpreso. -A armadura de Regulus é a armadura mais difícil de ser usada, até mais que a Fênix! Ninguém conseguiu sequer chegar no local do desafio para tentar conseguir o direito de procurar a armadura! -Ele tinha um sorriso no rosto. -Você deve ser muito forte...

–Er... Acho que sim...- Disse um pouco constrangido. Quer dizer que o Regulus existe nesse mundo? Deve ser uma versão paralela dos mangás...
–Não deve ser difícil então você vencer a competição. -Ele falou abrindo as portas. -Meu nome é Shun, Shun de Andrômeda!

Shun de Andrômeda...

Shun de Andrômeda...

Oh. Meu. Deus...

Sabia! Eu sabia que o conhecia! O protagonista de coração puro, não é? Pelo menos, foi o que o Matt disse... Eu fiquei encarando ele por um tempo antes de perceber que aquilo estava começando a deixa-lo desconfortável.

–Er... É que... Eu tava pensando se Andrômeda não era aquela princesa que aceitou dar sua vida em troca de salvar seu reino ou algo assim...- Eu meio que sussurrei sem-jeito, ele concordou com a cabeça. Tossi falsamente e me aproximei da porta. -Vamos entrar, essa coisa é leve, mas estou começando a ficar enjoado de carrega-la de um lado para o outro. Sem contar que estou com fome!- Nesse último comentário, ele deu uma risada curta.

–Você me lembra o meu amigo, Seiya...- Começamos a entrar na mansão. -É um prazer conhece-lo, Eliot!- Dei um sorriso, quer saber? To pouco me lixando se as pessoas não gostam do jeito do Shun! Ele é muito legal! Eu não gosto daqui, mas acho que ao menos vou fazer um amigo.

–O prazer é meu, Shun.


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