O começo dos Cullen escrita por rosanaflor


Capítulo 25
Capitulo 25 - Amor de Familia.


Notas iniciais do capítulo

Eae gente! Não irei nem perdi desculpas porque sei que é imperdoável tê-los largado! Mas estava muito ocupada neste tempo, mas estou de volta queridos, prometi que terminaria a fic, mesmo que demore anos! Beijos de luz para todos e esta aqui o capitulo!



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Pov Esme.

Estávamos correndo pela floresta, era bem densa de fauna e flora, era fácil encontrar cervos, ou veados por ali, mas fomos o mais longe possível dos humanos, pois estávamos com muita sede. O vento batendo no meu rosto era maravilhoso, era uma sensação de liberdade maravilhosa. Quando paramos de correr, percebi que estávamos cercados de árvores em volta de nós e havia um lago perto dali era possível escutar o coração acelerado do cervo que bebia água e o seu sangue correndo por suas veias. Olhei para Carlisle que sorriu e acenou, então correu para se alimentar de outro animal. Puxei o ar com força e um cheiro diferente invadiu minhas narinas, era doce e forte, não pude impedir meus instintos, quando percebi já estava correndo de encontro ao sangue. Não vi se era homem, mulher, criança, naquele momento não importava, mas tinha um gosto tão bom quanto o cheiro forte, logo suguei tudo e soltei o corpo sem vida no chão, foi ai que percebi o que tinha feito, acabara de tomar o sangue de um homem até a morte. Estava com roupa de passeio e percebi que estávamos em uma clareira provavelmente estava fazendo um piquenique.

— Esme? – Carlisle me chamou com a voz aveludada, me virei instantaneamente, eles estava relativamente longe de mim, seu rosto estava triste e suas mãos estavam levantadas, como se estivesse com medo. – Esme, querida, tudo bem? – Tentei responder, mas não encontrei minha voz, vampiros podem entrar em choque? – Querida, precisamos sair daqui, ele provavelmente estava esperando alguém. – Eu cedi minhas pernas, estava indo direto pro chão, mas algo me atacou de frente me pegando. Carlisle nos sentou e me abraçou, comecei a chorar lagrimas que nunca seriam vistas, eu havia matado uma pessoa. Meu vestido estava todo sujo, minhas mãos não estavam diferentes. – Shhh, acalma-se, vou te levar para o hotel, vamos voltar para casa. – Ele me pegou no colo e me aninhou em seu peito e começou a correr.

Chegamos rápido no hotel, ao invés de entrar pela porta, meu marido pulou a janela, ninguém podia me ver coberta de sangue. Carlisle me levou para o banheiro e colocou-me de pé, eu continuava em choque então ele desabotoou meu vestido jogando-o no lixo, estava todo sujo e rasgado, tirou meus sapatos e me colocou em baixo da água.

— Vá arrumar as malas eu me cuido. – Disse a ele, não conseguia olhar ele nos olhos estava muito envergonhada do que eu fiz, duvido que me perdoaria depois disso. Carlisle me  olhou por uns segundos e saiu. Tomei meu banho me livrando de todos os vestígios de sangue que pudesse conter em meu corpo. Percebi que não tinha roupas ali comigo, então enrolei a toalha no corpo e fui para o quarto, tinha um vestido estendido na cama era o vestido que ele mais gostava em mim, um azul escuro e meus sapatos estavam ao lado. Vesti-me rapidamente e penteei meu cabelo, estava sentada na penteadeira de olhos fechados, não podia acreditar no que tinha feito. Senti suas mãos em minhas bochechas me virando para olhá-lo, eu fechei os meus.

— Esme abra os olhos, por favor. – Sua voz estava leve como uma pena, não aguentei, tinha que olhar meu anjo, ele tinha um sorriso no seu rosto, mas seus olhos estavam com uma compaixão que nunca havia visto em ninguém antes.

— Me perdoe, eu nunca quis fazer aquilo, foi mais forte do que eu, não sei por que ainda esta aqui. – Carlisle arregalou os olhos e piscou algumas vezes antes de me responder.

— Esme eu nunca vou te deixar, nunca, eu a amo, você é minha vida agora. Na alegria e na tristeza, lembra? Erros acontecem, deslizes acontecem, não deve se perdoar pelo o que você é, ira aprender a se controlar, questão de tempo. – Eu sorri fraco e o beijei como eu amava aquele homem a cada dia que passava. – Vamos para casa Sra. Cullen, Alias está muito linda neste vestido. – Disse-me entre o beijo sorrindo. E então fomos para casa, ninguém podia desconfiar de nós, tínhamos que ir antes que alguém encontrasse o corpo.

Pov Edward.

— Edward, ficaremos com você por está semana para não ficar sozinho. – Dizia Carmen logo após meus pais partirem para lua de mel. Os Denali estavam preocupados em me deixa só e por mais que eu falasse que ficaria bem insistiram. Uma parte minha ficou mais relaxada, tinha medo de ter uma recaída, ter alguém ali me faria bem, mas não disse isso para Carlisle, sabia que se eu falasse, eles não iriam viajar, ficariam comigo e eu não queria ser o motivo para não aproveitarem. Mas meu pai me conhecendo bem nesses anos sabia disso e então fariam uma viagem de apenas duas semanas.

Estava no meu piano brincando com as notas, tentando criar alguma música, absorto em meus pensamentos, Carmen, Eleazar e uma das irmãs, Irina, haviam ido caçar naquela manhã. Sinto um vento em minha direção e uma onda de pensamentos próximos a mim, sorrio e abro meus olhos. Uma figura de mais ou menos 1,65 de altura estava encostada no instrumento, seu cabelo louro avermelhado com cachos definidos caia sobre seus ombros. Seus lábios finos sorriram para mim.

— Olá Tanya. – Disse a ela. Eu não me sentia muito a vontade com sua presença, seus pensamentos eram estranhos, havia vários homens, eu podia ver que ela os amava, mas no final dessas considerações todos morriam, essas imagens ficaram bem piores quando ela descobrira que eu lia pensamentos, havia algo que Carlisle não me contara sobre as irmãs.

— Olá Edward, compondo? – Perguntou-me.

— Na verdade estou entediado, só brincando com as teclas. – Respondi mantendo minha voz o mais normal possível.

— Ótimo! – Disse-me ela. – Que tal um passeio pelo parque, o tempo esta fechado. – Parei de tocar e a olhei nos olhos chateado. Eu não podia ir a lugar nenhum, meu controle estava péssimo perto dos humanos, eu só pensava em sangue e mais sangue, nem a caça de animais ajudava a passar a sede, pois, Carlisle controlava-a, minha garganta continuava queimando, mas tínhamos que ir pra casa para ganhar resistência, ele dizia que não adiantava se alimentar muito, a vontade de “quero mais” sempre iria existir. Mas eu ainda lembro-me de quando bebi daquela moça em Ashland, a minha garganta tinha parado de queimar, foi uma coisa de outro mundo.

— Não acho uma boa ideia Tanya, não sou muito bom com humanos ainda. – Disse forçando um sorriso, não queria magoá-la.

— Oh. É claro, que falta de consideração a minha. Podemos ficar aqui e conversamos então. – Ela sorriu novamente. Eu sorri de volta. Ela fora se sentar em uma poltrona que ficava do lado do piano. – E então Edward esta gostando de ser vampiro? – Estremeci com a palavra, depois de anos isso ainda me assombrava. Tanya percebeu. – Ah tantas coisas que se pode fazer de legal nessa nova vida, correr, sentir cheiros diferentes, um olhar novo do mundo. Não gosta de nada disso?

— não é que eu não goste, talvez não tenha me acostumado ainda. – Respondi sem graça, não gostava de demonstrar sentimentos para as pessoas.

— Você ainda é considerado recém – criado, talvez não tenha tido tempo para pensar em outras coisas além de sangue, por isso não gosta desta vida.

— Como? – Quis saber.

— Quando ainda se é jovem geralmente não consegue pensar em outras coisas e nem ter certos sentimentos, como saudade, amor, esperança ou pensar em família, amigos, namorada... Já foi um grande começo para você aceitar Carlisle e Esme como seus pais, percebeu que sua vida não era só saciar a sede. – Carlisle não me falara disso, mas fazia sentido, no começo eu não queria saber nada. Percebi também que Tanya realçou a palavra “namorada” com um brilho no olhar, sorrindo para mim. Fiquei mais sem graça que o normal, era obvio que ela estava tentando fazer com que eu a notasse, em seus pensamentos ela imaginava nós nos beijando.

— É, faz sentido. – Respondi curtamente e me levantei. – Irei ao meu quarto ler, queria ficar um tempo sozinho. – Falei com a voz mais aveludada possível, por mais que não me interessasse por ela, não queria chateá-la. Ela acenou e fui para o meu quarto.

O dia estava nublado, devia ser por causa daquele tempo que eu me encontrava entediado, sempre o mesmo tom de cinza, comecei a pensar nas coisas que Tanya me falara, eu sentia sim aqueles sentimentos eles só não eram minhas prioridades, quanto a ter uma namorada, estava longe de mim, nunca namorei quando era humano, e não sentia falta de uma, para ser sincero nunca pensei nisso, meus sonhos eram ser um soldado e em nenhum momento inclui esposa e filhos nele, meus pais me apresentaram varias garotas, mas nenhuma que me despertasse. Tanya não era o meu tipo de garota, não conseguia me imaginar junto a ela, ela era parecida com as meninas que me foram apresentadas, todas muito iguais.

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A semana passou da mesma forma, conversas entre eu Eleazar e Carmen, ele me falava de seu tempo com os Volturi, quando conheceu meu pai e como saiu de lá, Kate me mostrou seu dom, que por sinal muito doloroso, eu fiquei curioso e pedi para que me mostrasse, ela conseguia dar choques com apenas um toque nas pessoas, era uma dor excruciante, mas logo que ela tirava a mão era como se nada tivesse acontecido. E Tanya, durante toda a semana não saiu do meu pé.

— Ficara bem querido? – Perguntou-me Carmen. Ela me lembrava muito Esme, tão gentil e preocupada.

— Eu ficarei ótimo, podem ir, já fizeram bastante por mim por terem ficado está semana, obrigado. – Falei sendo sincero.

Vi o carro virando a esquina e indo embora, enfim sozinho. Percebi que havia uma carta no correio, não me lembro de ter visto o carteiro, mas fiquei feliz por não reparar, não estava a fim de me encontrar com humanos no momento. Peguei a carta, estava endereçada para mim, provavelmente era de Carlisle preocupado, me irritei um pouco, havia prometido que qualquer coisa eu mandaria uma carta, mas fiquei feliz por eles não se esquecerem de mim. Respondi a carta mal – humorado, provavelmente eles reparariam e a coloquei no correio.

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Estava lendo William Shakespeare “Otelo – O mouro de Veneza”, deitado no sofá, já era o quinto livro que eu lia naquele dia e eu não sabia mais o que fazer, então decidi ir tomar um ar no quintal, era difícil fazer sol então eu aproveitava esses momentos, eu gostava do calor, por mais que eu brilhasse, eu sentia falta. Carlisle pedira para que eu só fosse caçar quando eles voltassem, mas não disse nada sobre ficar no quintal.

Chegando lá deitei na grama e comecei a ver as formas das nuvens, sorvetes, tartaruga, coelho, eu era bom nisso. Estava me divertindo fazendo algo diferente, quando escuto um carro de longe. Levantei rapidamente entrando em desespero, “Edward acalme-se, Edward acalme-se”, comecei a dizer a mim mesmo, era só um carro, ele iria passar reto, não iria parar. Continuei nervoso até o automóvel se aproximar e eu escutar seus pensamentos, logo relaxei e voltei para dentro de casa para esperá-los. Eram meus pais.

“Edward, é o Carlisle, não entre em pânico, por favor.”

Comecei a me perguntar do porque estarem de volta uma semana antes estava começando a ficar magoado, esperava que não fosse por minha causa, então tentei pegar algo da mente de Carlisle, mas nada consegui, então ouvi os de Esme e logo fiquei magoado por ela, eu sabia o que ela estava sentindo.

O carro estacionou em frente a casa e eu sai para recebê-los minha mãe me deu um sorriso magoado, na qual retribui e me deu um beijo na testa.

“é muito bom te ver querido.” Disse-me ela em pensamentos.

— Também estou feliz em vê-la mãe. – Ela sorriu mais fortemente e foi ao seu quarto. Fui até Carlisle ajudá-lo com as malas.

— Bom te ver garoto, passou bem? – Perguntou-me.

— Estou muito bem sim, feliz em vê-los. E vocês?  - Ele me olhou magoado.

“Também estou feliz em vê-lo. Deve saber o que aconteceu não é?” – Perguntou-me. Eu acenei com a cabeça. – “Ela esta muito chateada Edward?” – Eu acenei novamente, ela pensava na família do homem. – “Ela esta chateada comigo também?” – Eu o olhei, é obvio que ele se culparia.

— A culpa não é sua, nem dela, nem de ninguém, é obvio que ela não o culpa, ela o ama, ela só tem medo de deslizar novamente e esta triste pensando na família do homem. – Respondi o mais baixo que pude e com certa raiva, mesmo sendo vampira, ela não escutaria da onde estava. Carlisle deu um riso baixo.

— Sempre mal – humorado Edward. – Eu o olhei com carranca, mas ele riu novamente e meu humor logo voltou, eu estava realmente feliz em tê-los em casa.


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Notas finais do capítulo

1 - As linhas representam passagem de tempo.
Espero que tenham gostado pessoal, comentem, recomendem o importante é que participem, quero saber a opinião de vocês quanto a história!



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