Meu tio, minha vida escrita por MariadoCarmo


Capítulo 8
Casa Nova




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Segunda feira, sete horas da manhã, o celular do meu tio desperta. Meu tio levanta, me empresta uma mochila e pede pra eu colocar mas minhas coisas pra passar a semana na casa do Ricardo.
Levantei, fui no banheiro, depois fui preparar a mochila. A minha mochila já estava preparada com todos os meus materiais escolares. Agora iria arrumar a mochila das roupas. Eu não tinha muito o que escolher, coloquei todas as minhas roupas na mochila, pelo menos as limpas, o que eram bem poucas. Meu tio tinha que ter levado as roupas nesse fim de semana, porém, sábado saímos, e domingo fomos na praia. Eu não tinha uma calcinha limpa. Então fui apenas com a que estava no corpo. Coloquei um vestido, e as demais roupas dentro da mochila. Tomamos café, e partimos. Eu levava minha mochila de roupas e meu tio levava a mochila da escola e uma mala dele. Ele também estava indo viajar pro seu novo serviço.

— Tio, eu não entendo. Se você já tem serviço aqui, porque vai viajar?

— O Ricardo está construindo em outras cidades. E precisa de alguém de confiança lá. Então vou receber não só pelo serviço de eletricista, mas também vou ser tipo um gerente pra ele lá.

Chegamos na casa do Ricardo em torno das 9 horas. A casa era muito linda. Ele mesmo veio nos receber. Na sala estavam sua esposa e seus dois filhos. Um menino de 12 anos e uma menina de 7. Todos nos trataram bem. A menina se dirigiu a mim e disse empolgada:

— Venha Michele, vou te o meu quarto onde vamos dormir.

Fiquei feliz de dormir no quarto dela. E ela estava bem feliz por ter uma amiga pra brincar.

Meu tio e o Ricardo partiram. O meu tio voltaria na sexta. O Ricardo, hoje a noite.

Os meninos foram me mostrar a casa. Conheci o quarto dele, a sala, a cozinha e uma piscina no quintal. Meus olhos até brilharam quando a vi, adoro brincar na água.

— Mãe, podemos nadar? - perguntou a menina empolgada.

— Hoje não Fernanda, está na hora de vocês tomarem banho pra ir pra escola.

— Eu posso tomar banho com a Michele?

— Pode, filha.

A menina, muito empolgada, me puxou pelo braço e fomos pro banheiro. Até o banheiro era bonito. Tiramos a roupa e fomos tomar banho. Posso um pouquinho, a mãe entrou trazendo duas toalhas. Disse pra eu ficar a vontade. Mostrou onde estavam os sabonetes, shampoo e onde pendurou as toalhas.

— Obrigada, Bárbara.

— Quando terminarem, vistam o uniforme e venham almoçar.

Ao sair, pegou nossa roupa suja pra guardar no local correto.

— Michele, vou deixar um balde do lado do sexto de roupas sujas pra você colocar suas roupas usadas. Aí quando for embora, te dou um saco pra guardá-las.

— Está bem.

Terminamos o banho, enrolados na toalha e fomos pro quarto da Fernanda nos trocar.

Peguei o uniforme na mochila e comecei a vestir. Lamentei novamente meu tio não ter levado as roupas, não tinha uma calcinha pra vestir. Nunca havia ido pra escola sem calcinha. Nem no jardim de infância. Ainda mais agora, no primeiro dia em uma escola nova.

— Você não vai por calcinha? - perguntou Fernanda ao me ver vestindo o short sem nada por baixo.

— Trouxe, estavam todas sujas quando eu vim.

— Quer uma minha emprestada?

Aceitei, mas sem muita esperança que iria servir. Ela me mostrou a gaveta onde estavam, nunca vi tanta calcinha, parecia uma loja. Todo o guarda dela era incrível. Peguei, experimentei, mas não serviu.

— Que pena Michele, tome cuidado na escola pra ninguém perceber.

— Vou tomar - disse vestindo o short sem calcinha.

Fomos almoço. E quanto comíamos, o Gabriel desceu, também arrumado pra escola. A Bárbara também sentou à mesa conosco.

— Mãe, Michele não tem calcinha!

— Tenho sim, mas não trouxe porque estavam todas usadas - disse morrendo de vergonha, não esperava que a Fernanda iria comentar, principalmente na frente do Gabriel.

— Nossa, porque não trouxe suja mesmo, a gente poderia lavar aqui - disse a mãe, preocupada.

— Vai pra escola sem calcinha? - perguntou o Gabriel.

— Gabriel! Isso é assunto dela! - disse a mãe.

Depois do almoço, a Bárbara nos levou de carro. Os meninos estudavam em um colégio particular, e eu em uma escola pública. Mas eram próximas.

Depois da aula, a Bárbara nos buscou. Chegamos em casa umas seis horas.

— Gostou da escola, a Michele?

— Sim, Bárbara. Meus colegas são legais.

— Eles viram que estava sem calcinha? - perguntou o Gabriel.

— Gabriel, para! - xingou a mãe.

— Mãe, podemos nadar quando chegar, pra Michele conhecer a piscina?

— Não Fernanda, já está anoitecendo. Amanhã, vocês podem.

Chegamos, e fomos trocar de roupa. Eu tinha dois shorts e uma saia. Não podia usar a saia sem nada por baixo. Tinha que me virar com esses dois shorts durante a semana. Vesti um. Fomos pra sala e jogamos vídeo game com o Gabriel.

O Ricardo chegou. Os meninos foram abraçá-lo. Em seguida ele veio em mim e me deu um abraço também. “Seu tio chegou bem. Mandou um abraço pra você”.

Depois a Bárbara disse pra fazermos os para casa, pra termos tempo de nadar amanhã. E assim, fizemos.

— Vão nadar amanhã? Que legal. A Michele vai estrear a piscina! Eu que vou ficar com vocês amanhã Michele, a Bárbara vai trabalhar - disse o Ricardo.

A Bárbara é enfermeira, trabalha um dia sim, dia não.

Depois da janta, o Gabriel perguntou se a gente podia ver TV. Ia passar um filme legal.

Pode, mas primeiro escovam os dentes, vistam os pijamas. Assim que acabar o filme, vão dormir! - disse a Bárbara.

Depois perguntou pra mim:

— Vocês trouxe roupa de dormir Michele?

— Não - ia dizer que não tenho, que durmo de calcinha, mas como não trouxe, achei melhor não dizer mais nada.

— Vou arrumar uma pra você.

— Não precisa Bárbara, eu durmo com essa mesmo.

— Não gosto que durmam com a roupa que usou em casa, suja as roupas de cama. Vou te dar uma camisa minha pra usar como camisola.

Fomos escovar dente. Os meninos vestiram seus pijamas e fomos pra sala ver o filme. O Ricardo ficou conosco, assistindo também. Então chega a Bárbara com uma camisa de malha branca, bem confortável e me deu.

— Veste pra ver se fica boa. Peguei a maior que achei.

— Sim, vou no quarto me trocar.

— Pode trocar aqui mesmo.

— Na frente de todos?

— Não tem problema. O Gabriel está acostumado a ver a irmã dele sem roupa, ele não liga.

Ele ligava sim. Olhava pra mim sem piscar, pra me ver trocando de roupa.
Sem o que fazer, tirei a blusa e o short e peguei a camisa da Bárbara.

— Ue Michele, cadê a calcinha? - perguntou o Ricardo.

O Gabriel explicou pro pai, sem tirar os olhos de mim. Percebi até que ele estava com o pintinho duro. O tecido do seu shortinho de pijama era bem molinho, e parecia que estava sem cueca, talvez não usava pra dormir. Aquela situação me deixou excitada.

Vesti a “camisola”. Serviu. Mas não chegava a cobrir os joelhos. A Bárbara era pequena.

Depois, voltamos a atenção pro filme. O Gabriel pegou uma almofada, colocou no tapete e deitou no chão.
A Fernanda me convidou pra fazermos o mesmo. Deitamos todos no tapete, exceto o Ricardo que permaneceu no sofá. Deitada, minha camisa subia bastante, toda hora tinha que puxá-la pra baixo.
Passou o comercial. O Ricardo se despediu e foi dormir. Ficamos só nós três na sala.

— Você ficou com vergonha quando minha mãe mandou você trocar de roupa na minha frente? - perguntou o Gabriel.

— Um pouco eu disse.

— Não precisa. Eu sempre vejo a Fernanda. A gente até toma banho junto de vez enquando.

Percebi que novamente ele. Ficou com o pinto duro ao tocar no assunto.
— Você está sem cueca também? - perguntei olhando pro volume no seu short.

— Sim, não uso pra dormir - disse, virando de lado, tentando esconder o volume.

O filme acabou, e Fomos dormir.


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