Conta-me um conto que nunca foi contado escrita por erick alves melo


Capítulo 33
folclore ou herança parte 1




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/672755/chapter/33

alguém bate a porta e com a minha xicara de café em mãos vou ate ela, ao abrir tenho uma surpresa ao ver minha irmã e minha sobrinha que pula em mim, quase fazendo eu derramar o café
—opa, calma ai criança- pus o café em um armário que eu deixo perto da porta e a abracei e rodei com ela- já muitas luas não?
—foram só seis meses- a minha irmã falou
—e porque demorou tanto para trazer ela- eu ainda fiquei abraçando ela-hein Analin
—só ana, ainda detesto Analin- eu adorava ver ela fica irritada
—a mãe disse que você estava em um hospício ou algo assim?
—serio, analin, não fique contando essas coisas a crianças- eu afastei um pouco ela- Miriam, eu estive sim no manicômio, mas foi para visitar meus amigos
—incrível eles te deixarem sair- Analin sempre queria implicar de volta
—disseram que não havia quartos disponíveis, foi realmente uma pena- o mais louco da família, como todos me chamavam, o celular dela tocou
—certo, vamos ao motivo de eu trazer ela aqui, tenho uma viagem de uma semana a trabalho e a minha amiga que ia cuidar dela está com covid
—ai rapaz, ela está bem?
—sim, é só quarentena mesmo, mas você nem a conhece
—vidas são vidas no final
—ah tá, então como é férias dela também - o celular tocou de novo
—quer que ela fique aqui, pois não pensou em mais ninguém
—sim, porque não quer?
—é claro que eu quero passar um tempo com a minha sobrinha- a abracei de novo
— obaaa
—vem pegar a mala dela
—certo, Miriam pode esquentar o meu café no micro-ondas, por favor- entreguei a xicara para ela que foi direto para a cozinha e eu segui a Analin
—ela também tem dever de casa para fazer, pode ajuda ela
—claro, ultimamente só tem questões que são pegadinhas- eu fico revisando os livros escolares no tempo livre, carreguei a mala e terminei de confirmar que iria cuidar bem dela, assim ela pegou e saiu com o carro, deu um dez minutos e eu havia acabado de tomar meu café-Miriam que ir ao shopping?
—serio, quero
coloquei meu casaco e a levei na minha moto, vimos algumas lojas e filmes também, ela ganhou alguns prêmios na maquina da garra e também dei uma jaqueta nova para ela, ao voltamos ela capotou na cama, eu peguei uma garrafa de vinho e fui ao telhado, meu telhado era de formato v, mas adaptei uma parte dele para que eu pudesse ficar olhando o céu, já havia terminado a garrafa quando veio o sono, com preguiça de descer e me deitar, fiquei ali e dormir.
o calor da manhã na minha cara e algo me cutucando foi o que me fez acordar, me levantei, meio que sem ver e fui descendo, senti algo me puxando e continuei a descer, na porta da cozinha, já ouço alguém correndo pela escada enquanto ponho meu café
—tio, você se machucou?- ela estava muito assustada
—não, é só preguiça de manhã- tomei um gole de café
—você praticamente caiu do telhado-eu deixei o café na bancada
—quer pão ou cereal?
—isso é serio- ela começou a me analisar por todos os lados e quando não achou nenhum machucado
—aliviada, isso acontece muito, mas vai querer pão ou cereal- eu segurou um em cada mão
—pão
—ótimo- começo a preparar o pão para nós dois-souber que tem dever de casa, quer terminar tudo de uma vez ou aos poucos
—se o senhor me ajudar, pode ser tudo de uma vez
—ótimo, aqui coma- depois do café, fomos a biblioteca onde fizemos o dever em menos de 4 horas- ate que foi rápido, mais esse de historia teve muitas pegadinhas
—como assim?
—aqui, o que um deus egípcio mandou para guiarem uma mãe e filho no deserto, ai colocaram ovelhas no meio das respostas
—mas é escorpião, não é?
—sim, sempre tem essas
—como quais- ela se interessou
—com quantos anos você está mesmo
—16, jura que não sabe
—agora eu sei, mas me diga o que estudou sobre lobisomens?
—quase nada, não tem matéria disso, é só folclore né?
—que fraco, então a palavra lobisomem é a junção de lobo e homem, o lobo que é homem ou o homem que se torna lobo, a imaginação através dos séculos, fez com que todos pensassem que os dois, lobo e homem era um só corpo quando na verdade são dois corpo que são um só
—como assim, não entendi, acho que nunca ouvi sobre isso antes
—é que a realidade sobre lobisomens é simples demais e por isso embelezaram tudo isso
—como assim?
—certo, acho que temos que fazer um pausa, vem comigo preciso que veja algo- descemos ate a sala, liguei a tv e deixei o volume no máximo, pedi que ela continuasse me seguindo, passamos pelo quintal e seguimos pela trilha na floresta- sabe de uma coisa, poucos me perguntaram o porque de eu ter uma casa com uma floresta atrás
—realmente nunca pensei nisso, por que?
—você vai ver e entender- andamos por uns quinze minutos- a gente já chegou?
—sim- com a luz do sol, a clareira no meio da floresta estava bem iluminada, um grande espaço preto estava deitado em uma caverna , três seres pequenos correram a partir dele e isso assustou Miriam, mas o seu tio se abaixou e abraçou as três criaturinhas- estavam com saudade, mas eu sempre estou aqui- alguns grunhidos de filhotes- entendi- ele começou a acariciar eles
—mas o que tio você cria lobos?
—como assim, eu disse... se abaixar- Miriam fez o que tio disse e viu ele pular por cima do lobo negro enquanto o lobo avançava sobre uma sombra branca que passava por cima dela, dois lobos rosnando de frente, Miriam estava assustada e pensou em fugir, mas notou que parecia mais uma conversa
—grrr(diz pro seu outro eu soltar os filhotes)
—grr(querida, sabe que eles adoraram quando eu venho assim)
—grrrr(mas eu odeio isso, meu marido ter uma forma humana podre)
—grr(nós somos a mesma pessoa se esqueceu)
—grr(eu sei, mas não posso perdoar..)- o lobo branco deu um chorinho a encostar a pata traseira no chão
—você está ferida, já disse para me chamar quando isso acontecer
—grr(eu não quero ajuda de humanos)
—sou seu marido e sempre vou ajudá-la, criança peguem a maleta por favor- pondo os filhotes no chão ele foram para algum lugar buscar o que havia pedido. cheguei perto dela sem me preocupar com o rosnado- você sempre faz isso, o que foi dessa fez


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Conta-me um conto que nunca foi contado" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.