Honey And The Moon - Terceira Temporada escrita por LastOrder


Capítulo 33
Epílogo


Notas iniciais do capítulo

Agradecimento especial a PrincessHP, pela QUINTA recomendação!!! OMG 5??!!!!

Brigada garotaa!!!

bjs



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Epílogo

 

PDV Isaac

 

Dizem que quando se está próximo da morte, toda a sua vida passa diante de seus olhos.

 

Só que quando você viveu por quase trezentos anos, isso não acontece.

 

Eu me lembrava apenas que a terrível dor parecia estar enfraquecendo, ou talvez... Fosse eu que estivesse perdendo os sentidos. Minha vista estava embaçada e respirar era cada vez mais difícil.

 

E mesmo assim, eu ainda era capaz de vê-la claramente.

 

Seus olhos verdes brilhando quando encontrava os meus. Sua expressão encantadora de pura curiosidade. Sua risada harmoniosa que me enchia de felicidade. Sua linda boca rosada...

 

 Eu sabia que morreria feliz se esta fosse a ultima imagem que visse, no entanto, a tristeza lhe invadiu e lágrimas cruéis molharam sua face.

 

- Por quê? Por que você vai me deixar, Isaac? – Me dizia. – Por que você não me ama mais?

 

E enquanto eu tentava inutilmente lhe dizer que aquilo era mentira, que eu nunca iria deixá-la e que eu a amava acima de minha própria vida.

 

Ela virava as costas e caminhava para longe.

 

E não importava o quanto eu corresse, sempre parecia haver quilômetros e mais quilômetros nos separando. E por mais que eu gritasse, ela parecia não me ouvir.

 

A culpa me dilacerava. Eu não podia deixá-la sofrendo daquele jeito, deixa-la pensando que eu não a amava.

 

Meu corpo pedia pela morte e minha alma implorava pela vida.

 

Uma dor forte me invadiu novamente superior àquela que eu estava sentindo, e meus olhos se abriram para uma luz ofuscante, antes de se fecharem novamente.

 

 

-------------------*-----------------

 

 

PDV Eloise

 

 

O sol já nascia no horizonte, hoje seria um dos raros dias de sol em Forks.

 

E neste meio tempo, um grande alívio acalmava meu coração, toda vez que seu peito subia e descia numa respiração tranqüila.

 

Sua pele aos poucos voltara ao normal.

 

Agora parecia estar dormindo, talvez esta fosse a primeira vez que dormia em anos, me perguntava se ele estava sonhando.

 

Segurei sua mão, era tão bom poder tocá-lo novamente.

 

Os raios do amanhecer já entrevam pela janela e faziam nossas peles brilharem, e nesse momento, suas pálpebras se abriram lentamente revelando aqueles olhos dourados que eu tanto amava.

 

Assim que olhou para mim, não consegui segurar o impulso de me jogar em seus braços e abraça-lo.

 

- Isaac... – Minha voz distorcida pelas lágrimas que escorriam dos meus olhos.

 

Senti seus braços se apertarem nas minhas costas, e parecia que eu havia renascido. Cada parte minha voltava para seu devido lugar.

 

- Eloise... Eu sinto tanto.

 

Afastei-me apenas para poder ver seu rosto.

 

- Do que está falando? – Falei sussurrando, quase não encontrando minha própria voz.

 

- E sei que fiz você sofrer... Nunca vou me perdoar por isso.

 

Sorri, como era bobo. Coloquei as mãos ao lado de seu rosto.

 

- Isaac, você não tem culpa de nada.  

 

- Me perdoe. – Ignorou-me. – Preciso ouvir que você me perdoa.

 

-Não há nada que perdoar.

 

- Eloise... Por favor. – Eu ouvia a culpa e o remorso em cada palavra.

 

Eliminei a distância entre nós e selei meus lábios nos seus. Pequenas correntes elétricas passavam por toda parte do meu corpo que entrava em contato com sua pele. Minha língua se deliciava com seu sabor sobre ela, eu já podia sentir seu cheiro se impregnando em minha pele.

 

Definitivamente, nunca conseguiria viver sem aquilo.

 

Separei nossos lábios e pousei minha cabeça no seu peito. Respirei fundo sentindo seu aroma.

 

- Considere-se perdoado então.

 

Isaac se esgueirou mais para o lado, e puxou minhas pernas para cima da cama.

 

- Obrigado. – Sussurrou em meu ouvido abraçando minhas costas e me trazendo para mais perto de si.

 

Afundei o rosto em sua camisa e fechei os olhos deixando que o calor de seu corpo aquecesse meu espírito. E pela primeira vez em horas, senti sono.

 

- Está com sono?

 

Assenti e soltei um “aham” meio distorcido. Ele beijou o topo da minha cabeça.

 

- Então durma bem, meu anjo.

 

- Promete que não vai sair de perto de mim? – Eu lutava inutilmente contra o sono.

 

- Eu juro.

 

O silêncio acelerava ainda mais a velocidade da inconsciência.

- Isaac? – Perguntei já não tendo certeza se estava sonhando ou se ainda estava desperta.

 

- Sim.

 

- Eu senti sua falta.

 

Seus braços me apertaram ainda mais. Não ouvi sua resposta, pois ali, naquele quarto destruído, eu finalmente, consegui dormir. E eu tinha certeza que quando acordasse. O sol ainda estaria no céu para me receber.

 

Mas algo dentro de mim me dizia que a paz que eu tanto queria, ainda tardaria a chegar, pois quando se vive para sempre... O fim... Não é nada mais do que apenas...

 

... Um novo começo.

 

 


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