Honey And The Moon - Terceira Temporada escrita por LastOrder
Notas iniciais do capítulo
"Ela franziu o cenho e me fez socar aquela maquina de medir força.
— Eloise!
— O que?!!
Ela olhou para mim sorrindo.
— Não há nenhuma variação!"
PDV Isaac
Abri os olhos quando a luz do dia bateu me atingiu.
Eloise ainda dormia nos meus braços e eu mexia em seu cabelo contando a sua respiração. Sentindo seu aroma delicioso. Memorizando cada traço de seu rosto. Tudo nela era adorável e ao mesmo tempo inacreditável.
Eu quase não podia acreditar que o anjo que eu via dormir agora tão serenamente, era a mesma Eloise que me havia aparecido com o vestido rasgado no meio da festa.
Não que ela estivesse feia.
Havia apenas alguns solteiros no salão, minha vontade era tirá-la de lá o quanto antes e obriga–los a arrancarem os próprios olhos.
Mas ela era minha agora. Mais do que nunca ela era.
E eu me sentia mais depende de sua presença, de seus beijos e de seus abraços. De seus sorrisos, sua voz. Tudo
Sorri afundando o rosto no seu cabelo e fingindo dormir.
- ISSAAACCC!!!!
Abri os olhos franzindo o cenho. Será que havia ouvi do mal?
Dei de ombros e voltei a fechar os olhos.
- OHHHHHH ISSACCCC!!
Reconheci a voz, e desta vez tive certeza de que Luke estava me chamando. Ouvi também alguém batendo na porta.
Levantei-me rapidamente coloquei uma calça de moletom e uma camisa e fui ver o que ele queria.
- ISAAACCCCC!!!! ISAAAACCCCCCCCCC!
Abri a porta e o encarei com o olhar sombrio.
- Ah, finalmente ai estava você. Nossa cara, que demora pra abrir a porta, ein? Sabe há quanto tempo estou aqui gritando?
- Hmn... Não. Luke, o que você quer?
- Então, eu sabia que você ia esquecer por isso estou aqui... – Ele cheirou o ar e arqueou as sobrancelhas. – Cara que cheiro é esse vindo de você?
Pigarreei.
- Nada, fala logo.
- Hmn... – Cheirou de novo. – Esse cheiro não me é estranho.
Droga, droga.
- Luke fala logo o que você quer?
- De onde eu conheço esse cheiro? – Continuou fungando o ar a minha volta.
- PARA DE ME CHEIRAR CARAMBA!
Ele se afastou num pulo e depois sorriu maliciosamente.
- Onde está a ruivinha??
- Está dormindo. – disse simplesmente.
- Você dormiu com ela, não foi?? - Disse erguendo uma sobrancelha. O encarei espantado. – Aew tigrão, já domou a fera. – Bateu no meu ombro.
Grunhi.
- Mais respeito Luke.
- Certo, certo.- disse rindo - Cara, eu vou te dar umas dicas, a primeira delas, e tomar banho depois da diversão. O cheiro dela tá todinho em você, qualquer um vai percebe.
Ignorei sua observação.
- Luke, o que você quer aqui?
- Ué, já quer me despachar, nem vai me contar como foi? – riu.
- Eu vou é te fazer engolir uma bomba de energia se não me falar o que quer e ir EMBORA LOGO! – Minha paciência acabava rápido com ele.
- Tudo bem, tudo bem. Sem esferas amigo. Respira. – Fez sinal de paz.
Respirei fundo.
- O que você quer aqui?
- Você prometeu que ia me ajudar a escolher o presente de casamento para Elena, lembra? – Disse serio. Quando se tratava de Elena, ele era outra pessoa.
- Sim, lembro.
- Então, vamos quando Elena e Eloise forem treinar. Fechado?
- Tudo bem. Agora suma.
- To indo. Boa sorte com a leoa ai. – Saiu correndo, lhe lancei uma esfera, mas ele foi mais rápido e desviou.
Grunhi comigo mesmo e voltei para o quarto.
Eloise estava sentada com um short e uma camiseta. Sorria abertamente.
- E então, quando vocês vão sair para comprar o presente de Elena, tigrão? – E caiu na gargalhada rolando de rir no lençol.
Suspirei e esperei que ela acabasse de rir.
Após três minutos, se acalmou.
- Está melhor?
- Aham. – Respondeu limpando uma lágrima.
Fui até a cama e me sentei de costas para Eloise.
- O que foi? – Perguntou me abraçando pelas costas.
- Nada.
- Fala.
Suspirei.
- Luke. Ele acaba com a minha imagem.
Eloise riu e depois se inclinou para frente, e assim me encarou.
- Imagem?
- Claro, eu tenho uma imagem para zelar aqui. Sou um dos melhores da guarda.
Sorriu ainda mais.
- Quer dizer que você é O perigoso?
Arquei uma sobrancelha.
- Não viu Luke correr da esfera de energia?
Ela riu ainda mais e se apoiou no meu ombro. Ainda abraçando meu pescoço. Sorri ao tê-la assim.
- Você não tem medo de mim. – Não era uma pergunta.
- De maneira nenhuma. – E eu me sentia bem por isso. Ela confiava em mim.
Virei-me repentinamente e a joguei de costas na cama ficando por cima dela, prendendo seus pulsos.
Seus olhos estavam arregalados.
- E agora?
- Hmn... – Olhou para o vazio antes de me fitar novamente. – Talvez, mas eu sou melhor.
E num movimento se desprendeu do meu aperto e me virou, agora estava por cima de mim, com um lindo sorriso sapeca brincando nos lábios.
- Não cante vitória tão cedo. – falei.
Ela franziu o cenho e num movimento sai de baixo dela prendendo seu braço atrás de suas costas.
- E então amor, quem é melhor do que quem? – Beijei seu cabelo.
- Veja de novo. – Sua voz saiu abafada pelo travesseiro.
Ela se virou e me virou junto com ela, acabei ficando em baixo deitado de costas no colchão. Ela, que estava deitada de costas sobre mim, virou a cabeça de lado para poder me dar uma mordida na orelha, a soltei.
Eloise se levantou rapidamente e ficou de pé.
Espreguiçou-se.
- O que foi isso? – perguntei perplexo enquanto massageava minha orelha.
- Improvisação. – Sorriu zombeteiramente.
Corri até ela para pega-la, mas ela era mais rápida e desceu correndo as escadas.
Cheguei na sala e estava vazia, mas sabia onde encontra-la, segui seu cheiro pela casa e cheguei na cozinha. No armário vazio.
- Peguei você! – Exclamei ao abrir a porta e a coloquei no meu ombro levando-a para a sala.
- Isaac, me solta não é justo. Você é mais forte. Me põe no chão. – Dizia enquanto dava leves tapas nas minhas costas.
Alguém bateu na porta e fui em direção a ela.
- Nem pense em fazer isso. – Ameaçou se debatendo ainda mais.
- Olá, Elena. – Falei ao abrir a porta tentando prender o riso.
- O que? Elena? Isaac me põe no chão que coisa, não acredito que você atendeu mesmo a porta.
Elena estava perplexa ao ser atendida desse jeito.
- Olá Isaac. – Deu alguns passos para poder ver Eloise. – Olá Eloise. – E depois voltou- se para mim – Interrompi algo?
- Não, claro que não. Só Isaac querendo dar uma de perigoso aqui. – Eloise falou, e suspirou, prendi um sorriso.
- Claro – Elena. – Bem, temos treino marcado, então...
- Tudo bem. – falei.
Coloquei Eloise no chão, ela me lançou um olhar bravo e subiu as escadas.
- Vou esperar no carro. – Disse Elena.
Eloise apareceu alguns minutos depois, e ignorou minha presença.
Fui até ela e a beijei antes que saísse de casa.
- Eu te amo. – Lhe disse no ouvido.
Encarei seu rosto e vi nele um lindo sorriso.
- Eu também te amo. – E juntou nossos lábios novamente.
Ouvimos um pigarro e nos separamos.
- Vamos Elô.
- Certo, tchau Isaac. – Disse me dando um selinho e se foi.
Subi para tomar um banho e quando desci Luke estava na sala.
- Certo vamos ao que interessa. – Disse ele, serio e decidido. – O que você acha que ela pode querer?
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PDV Eloise
Já estávamos treinando há algum tempo.
Elena me fez quebrar pedras gigantes de novo, mas desta vez não pareceu algo tão difícil assim.
Ela franziu o cenho e me fez socar aquela maquina de medir força.
- Eloise!
- O que?!!
Ela olhou para mim sorrindo.
- Não há nenhuma variação!
- Serio!!???
- É!!!!
Abraçamos-nos e ficamos pulando no mesmo lugar que nem duas doidas.
- Isso quer dizer que eu não vou ficar mais humana??!! – Perguntei feliz da vida.
- Não se você não quiser, afinal o poder é seu, e você pode controlá-lo.
Sorri ainda mais.
- Bem, agora vamos ver se você consegue fazer uma coisa... – falou.
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PDV Isaac
Estávamos sentados num banco do shopping. Sem uma única sacola na mão e sem uma única idéia na cabeça.
- Isaac eu não sei o que fazer! – lamentou.
- Luke, acalme-se ainda há algumas lojas que não vimos ainda.
Mas para falar a verdade, eu estava ficando cansado, já estávamos em Pisa há horas, comecei a cogitar a idéia de irmos para outra cidade.
- O que você daria se fosse eu?
- Um cartão de crédito ilimitado. – Respondi sem pensar.
- Nãaoo, Elena não faz compras com tanta freqüência. Outra coisa.
Pensei por alguns momentos fitando o vazio.
- Um par de luvas de boxe. – Respondi calmamente.
E sorri ao imaginar o sorriso de Eloise ao ver as luvas, ela sairia batendo em todas as almofadas da casa, provavelmente a levaria para assistir luta livre para tentar evitar que destruísse a casa.
E depois eu teria que segura-la para que não acabasse sendo chamada para o ringue por xingar os lutadores, “vocês lutam como mulherzinhas”, era isso que ela diria.
- Luvas de boxe?? O que Elena faria com luvas de boxe??!! – Luke me tirou dos meus pensamentos e o encarei.
- Quem? Elena? – Franzi o cenho – Por que você daria luvas de boxe a ela?
- Mas foi você quem disse!
Então entendi a situação.
- Luke, nos convivemos com mulheres diferentes, eu não posso te dizer o que dar para Elena, eu não a conheço como você.
Ele pareceu refletir sobre isso.
- Quer dizer que você daria luvas de boxe para Eloise? - Dei de ombros. O que mais eu podia fazer?
O silencio reinou.
- Você acha que Elena é feliz? – Perguntou de repente.
- Claro que sim, por que não seria?
- Eu não sei, mas é a única coisa que eu quero... E tenho medo de não perceber alguma coisa...
Luke se deprimia por causa de presentes de casamento. ¬¬
Mas de algum modo, eu o entendia agora, eu também queria que Eloise fosse feliz, queria isso acima de qualquer coisa.
- Escute, Elena ama você. Ela é feliz com você. Entendeu?
- Obrigado, mas sabe. Essas coisas... São difíceis de ter certeza. A gente acha que sabe, mas.
Fique confuso.
- Como assim?
- Ah, a gente sempre quer que tudo esteja como desejamos, certo? Por isso é bom ouvir segundas opiniões... – Comecei a duvidar da felicidade de Eloise, se ela era feliz ao meu lado, e isso me deixou angustiado. - Isaac? Você tá bem?
- Luke, me responde uma coisa. Você acha que Eloise é feliz? E por favor, não minta.
Ele franziu o cenho.
- Claro, ela é animada e engraçada, na verdade é totalmente o contrario de você que mais parece um sedentário que não sai de casa nunca...
- Luke, foco. Foco!
- Ahh. Bem, acho sim. Quer dizer, mesmo com esse negocio de ter sido separada da família e tudo mais eu acho que...
- O que disse? – cortei-o antes que continuasse a tagarelar coisas sem sentido.
- Ué? Aro praticamente a tirou da família, ou ela se juntava a nós ou ele matava a humana que namorava o irmão dela.
Cerrei o punho e bati com força no banco quase quebrando-o.
- Droga! Por que ninguém me conta essas coisas?!!
- Ei, Calma cara!- Algumas pessoas já nos olhavam espantadas. – Aro não te contou isso?
- Não. – Grunhi baixo. E respirei fundo. – Mas já sei o que fazer. – Disse me levantando.
- Aonde você vai?
- Desculpe Luke, terá que pensar no presente sozinho. Tenho que resolver uma coisa.
E sai em direção ao estacionamento.
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