Honey And The Moon - Terceira Temporada escrita por LastOrder


Capítulo 16
Escuridão


Notas iniciais do capítulo

"Eu sentia minha consciência se esvair.

— Eloise! Fique comigo! Não vá! Consegue me ouvir? Eloise!

Sua voz angustiada foi desaparecendo até sumir completamente e eu ser engolida pela escuridão."



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PDV Autora

 

- Senhor, senhor!

 

- O que houve agora Luzia?

 

- Invasores. Estão na entrada do jardim, já conseguimos avista-los.

 

- E você consegue me dizer quem são?

 

- São e-e-eles, senhor. O das bombas e a de olhos verdes.

 

Um grande e tenebroso sorriso se abriu no rosto do chefe.

 

- Perfeito Luzia. Quero que você junte o que sobrou do exercito e lhes de uma pequena recepção de boas vindas.

 

- Ma-a-s senhor. Eles mataram doze de nós em minutos nunca...

 

O homem se levantou e foi até a jovem recém criada, colocando as mãos gélidas em seu rosto.

 

- Não se preocupe. Os poderes deles não funcionam aqui. Lembra-se?

 

- S-s-im. Mas ainda...

 

- Luzia? Não confia em mim?

 

- Claro que confio senhor.

 

- Então vá e junte o exercito. Os invasores nada poderão fazer aqui.

 

A jovem saiu e Roker sentou-se novamente. Estava sozinho agora.

 

- Isaac, Isaac. Vocês não perdem por esperar. – Falou consigo mesmo. Sua risada malévola encheu o lugar ao mesmo tempo que a tempestade se tornava mais forte do lado de fora.

 

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PDV Eloise

 

 

- Ah! O que foi isso?!! – Gritei ao ouvir algo que parecia uma risada assim que fechamos a porta e entramos dentro da casa.

 

- Shh! Não estamos sozinhos aqui Eloise. – Isaac disse. Ele parecia tão calmo. Eu estava quase me borrando nas calças (se isso fosse possível, claro). Depois da porta de entrada havia uma grande sala com alguns moveis luxuosos que deviam ser de mil setecentos e antigamente. Havia portas em todas as paredes (muitas portas).

 

E uma grande escada que levava para o andar de cima.

 

Eu já mencionei que não havia nenhuma luz.

 

Ou seja. Onde estão as câmeras? Por que eu quero saber o nome do filme de terror que estavam filmando aqui.

 

E foi justamente quando eu estava procurando as câmeras que eu encontrei perto da escada...

 

- Ei , o que é aquilo?

 

- Deve ser uma porta?

 

Era uma porta com certeza, mas para a visão humana, era o tipo de porta que devia estar camuflada, mas não para nossa super visão. ^^

 

- Acho que devemos começar a procurar por ali.

 

Ele assentiu com um movimento de cabeça. Ao primeiro passo que deu, todas as outras portas se abriram e de lá saíram mais cinco recém criados de cada uma.

 

Será que devo mencionar que deviam haver pelo menos umas dez portas??

 

E que o palavrão que Isaac falou em francês (é benhê ele é chique) me pareceu bem feio?

 

Enfim.

 

- Espero que ainda esteja querendo se divertir. – Ele sussurrou.

 

HAhahhaahahahahhaahhahaha

 

- Vamos nessa.

 

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PDV Autora

 

- John eles passaram pelo exercito. – Disse um clone do fundo da sala.

 

- Eu sei.

 

- O que faremos? São mais poderosos do que pensávamos. – Disse outro.

 

-Não se preocupem. Nada vai acontecer.

 

- Então qual é o plano? – Perguntou o primeiro.

 

- Quer que nos livremos dos dois? – Disse o segundo.

 

John Roker balançou a cabeça negativamente.

 

- Não. Podem pegar a garota. Mas deixem o Legrand comigo, eu me livro dele.

 

Os clones assentiram e sumiram nas sombras.

 

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PDV Eloise

 

- Vamos deixá-los assim? Eles vão voltar!!

 

- Até lá já teremos acabado aqui. Se colocarmos fogo na casa será pior.

 

Bufei e caminhei até a porta escondida na lateral da grande escada, tentando me desviar de todos os corpos que estavam estendidos no chão.

 

Abri a porta. E havia uma escadinha de pedra que descia em espiral.

 

Isaac inspirou profundamente antes de entrar.

 

- Ele está lá embaixo com certeza.

 

Descemos as escadas e nos deparamos com uma porta de veludo vermelha que ia até o teto.

 

Coloquei a mão na maçaneta para abrir a porta, mas Isaac me impediu colocando sua mão sobre a minha. Encarei seus olhos cor de caramelo.

 

- Eloise, de novo. Eu te peço. Suplico-te, por favor, volte para o carro e me espere.

 

- Isaac, não adianta. Já chegamos até aqui.  O que mais falta acontecer?

 

- Eu já te disse. Que Roker é...

 

- Inteligente e perigoso. Sim eu sei.

 

- Se soubesse voltaria.

 

- Não. Vou. Voltar. – Minha paciência estava acabando.

 

- Por que quer se arriscar desse jeito!?

 

- Não vou te abandonar agora! – Droga! Eu disse isso mesmo? Sim eu disse.

 

Ele ficou alguns segundos me encarando. Achei que havia ganhado desta vez.

 

- Você sabe que se... Se você se machucar, sem seu poder... Eloise... Eu nunca... Se acontecer algo... Com você...

 

Ai Deus como aqueles olhos amoleciam meu coração.

 

Tá focaliza.

 

- Isaac, eu vou ficar bem, eu não sou de vidro. Nada vai acontecer. – E apertei sua mão na minha e falei menos rude. – Eu prometo.

 

Finalmente sua mão saiu da maçaneta e eu pude abrir a porta.

 

O salão era enorme e era feito todo de pedras pretas irregulares. A fraca luminosidade era dada por pequenos candelabros nas paredes. Havia pilares também de pedra que seguravam o teto sobre nossas cabeças, estes estavam no canto e perto das paredes.

 

No fundo do salão havia três degrauzinhos e em cima deles um enorme trono de pedra, também preto.

 

Senhor, que gótico mora aqui??

 

- Isaac, finalmente chegou. Não achei que os Volturis mandariam você afinal de contas.

 

E falando no gótico.

 

- Roker. – Isaac cumprimentou/grunhiu de volta.

 

O tal Roker era na verdade um moreno que parecia ter uns vinte e tantos anos e vou falar aqueles olhos vermelhos, não eram um bom sinal, eram vermelhos demais, ou seja, ele estava muito mais forte que o normal.

 

Mas em compensação se vestia até que bem, olha só, não é uma coisa que a gente vê todo dia não né?

 

Tá focaliiizaaaaaaa!

 

- E assim que se recebe um velho amigo? – Disse se levantando e vindo na nossa direção.

 

- O que pretende Roker? – Gente, Isaac estava meio que, muito irado.

 

- Isaac, Isaac. Sempre tão grosseiro. Nem me apresentou sua amiga nova. – E num movimentou estava a centímetros de mim.

 

Ele fez menção para pegar minha mão, mas foi impedido por Isaac.

 

- Não pense em tocar nela.

 

- Você achou que eu faria algum mal a jovem dama? – O sorriso cínico que se abriu em seus lábios era de meter medo. – Mas não foram vocês que vieram até aqui e destruiriam todos os meus planos? – Ele se afastou novamente. Agora estava perto do trono. – Não foram vocês que mataram minhas criações?

 

Dois Johns Rokers saíram de trás das sombras.

 

- Lamento te informar Legrand. Mas foram vocês que me causaram mal. E não o contrário... – Os clones começaram a caminhar em nossa direção. – E sendo assim... – O verdadeiro Roker nos encarou com o olhar assassino – Nada mais justo que vocês paguem também.

 

O que aconteceu foi muito rápido. Um dos clones me atacou e o outro atacou Isaac, então estávamos sozinhos. Mas eles eram muito fortes, devido ao sangue e não eram tão burros quanto os recém criados.

 

Mesmo conseguindo me defender, eu sabia que eu acabaria sendo vencida pelo cansaço e Isaac, bem ele estava tendo certa dificuldade em acertar o inimigo.

 

Pulei de uma parede a outra com o clone me perseguindo e sempre que ele trombava formava uma cratera na parede.

 

Em um momento olhei para Roker pelo canto do olho percebi que ele se concentrava completamente em Isaac, como se eu não estivesse ai. Isso me deixou confusa, o que ele estava querendo. Ele parecia estar buscando um momento de distração, um momento único apenas para...

 

Mata-lo.

 

Eu me assustei com a minha própria conclusão distraindo-me. O clone me segurou pelos ombros e me arremessou para o pilar da parede.

 

Conclusão.

 

Uma dor terrível nas costas.

 

 

PDV Isaac

 

Meus pensamentos foram desviados do meu adversário quando vi Eloise sendo arremessada para o pilar de pedra do canto do salão.

 

Não.

 

Deixei o clone para trás sem me importar que ele me seguisse ou não. E fui ajudá-la.

 

Mas quando cheguei perto dela...

 

Por que ela não se mexia? Por que não respirava? Por que não abria os olhos? Por que não se levantava e me dizia que não havia sido nada só para poder voltar a lutar?

 

- Não, não – Falei comigo mesmo. - Não, ela não.

 

Coloquei minha mão sobre seu rosto.

 

Lágrimas secas se acumularam em meus olhos.

 

Ela dissera que ficaria bem, me prometera que se cuidaria.

 

Então por que isso??

 

Dois braços me tiraram de perto dela e me arrastaram para o meio do salão.

 

Eu não lutei. Não tinha forças para mais nada.

 

O que eu faria sem ela agora? Era obvio que nada, não havia mais nada.

 

Os clones me fizeram ajoelhar no chão e olhei para cima.

 

Roker tinha aquele riso cínico no rosto.

 

 

PDV Eloise

 

Voltei a mim quando senti algo em rosto e uma dor terrível nas costas.

 

Clone filho da mãe, ele ia ver só com quantos paus se faz uma canoa. Ò.ó

 

Abri só um pouquinho os olhos, e vi que todas as atenções estavam voltadas para Isaac.

 

Então tive um plano infalível. (sim, não perco a mania).

 

Resolvi ficar aqui me fingindo de morta e depois no momento certo, atacar o verdadeiro John Roker por trás.

 

Muahuahauahau

 

Eu sou demais mesmo.

 

Agora é claro que Isaac ia perceber meu plano. Quer dizer, ele já é experiente em armadilhas. E não ia realmente achar que eu seria nocauteada com um golpe né?

 

Claro que não.

 

 

PDV Isaac

 

- Isaac eu vou ser sincero com você. Eu já sabia que os Volturis mandariam você e Eloise para cá.

 

Apenas fiquei o encarando, queria que acabasse logo com isso.

 

- Você se lembra de Samantha Collin, pois bem, eu a encontrei algumas décadas depois da nossa luta em Berlin. E ela me contou tudo o que eu não sabia sobre você.

 

Como se isso me importasse. Segurei a vontade de bufar e de revirar os olhos.

 

- E ela me disse que havia tido uma nova visão. Na qual morria, pelas mãos da sua amiguinha lá. – Disse apontando para onde estava Eloise. – E você sabe como funcionam as visões de Samantha, não sabe? -... – Enfim, ela me fez prometer que eu mesmo iria atrás de Eloise e a mataria. Ela queria saber que havia uma garantia de que seu plano contra você funcionaria mesmo depois de sua morte.

 

Uma raiva inexplicável tomou conta de mim. Eu queria levantar-me e partir a cara de Roker ao meio. Mas aqueles malditos clones me seguravam e faziam com que eu ficasse no meu lugar.

 

- SEU DESGRAÇADO! EU VOU MATAR VOCÊ!

 

Sua risada ecoou pelo salão.

 

- Você não está em condições de ameaçar ninguém Isaac. – Grunhi para ele. Se eu pudesse usar meu poder agora...

 

John Roker foi caminhando em direção a Eloise. E tirou alguns fios que estavam por cima de seu rosto.

 

- ROKER, VOLTE AQUI! SUA CONVERSA É COMIGO! – Tentei me soltar novamente, mas aqueles clones eram fortes demais, obviamente Roker havia se alimentado bem antes de criá-los.

 

- Sabe Legrand. Até que você tem bom gosto, era uma jovem realmente encantadora. Talvez tenha sido por isso que Samantha jurou se vingar de você. – E gargalhou enquanto suas mãos contornavam as feições do rosto de Eloise.

 

- TIRE SUAS PATAS IMUNDAS DE CIMA DELA! – Novamente tentei me levantar e fui impedido.

 

Roker voltou gargalhando até onde eu estava.

 

- Por que tanta raiva Isaac? – Seu olhar se tornou sombrio – Não percebe que não pode fazer mais nada? Não percebe que ela está morta? Que não há absolutamente nada que possa ser feito para que isso mude?

 

Alfinetadas de dor invadiram meu corpo, e de repente eu não tinha força para mais nada.

 

Ele tinha razão. Mata-lo não a traria de volta, não havia nada que eu pudesse fazer.

 

A morte era o fim de tudo.

 

------------*------------------

 

 

PDV Eloise

 

“Eu vi você junto com uma pessoa que não é muito amiga minha, e que prometi para mim mesma que nunca deixaria ser feliz...” 

 

As palavras de Samantha Collin. Era a única coisa que eu era capaz de pensar agora.

 

Não era possível!

Isaac era a pessoa que aquela perua da Samantha estava se referindo?

 

Ai! Como eu ia saber uma coisa dessas? Eu nem me lembrava mais da existência daquela infeliz que me tirou da casa dos meus pais e me condenou a vida de vampiro.

 

Mas... Isaac.

 

Ai Senhor. Eu tive vontade de bater a minha própria cabeça na parede. Como eu era burra!

 

Era por isso que eu me sentia tão bem perto dele. Era por isso que eu achava que eu estava ficando louca quando me perdia nos seus olhos dourados.

 

Era por que eu o amava. Não, eu o amo.

 

Grrrr, e aquela Jane teve que estragar meu primeiro beijo. Por que eu tive que caí na conversa dela?!!!

 

Ela ia ver só uma coisa quando eu voltasse para Volterra. Aquela Poodle dos infernos eu...

 

- Mas não se sinta triste Legrand. Eu te mandarei para o inferno junto com sua namoradinha em nome da nossa velha amizade.

 

Abri os olhos ao ouvir isso.

 

Isaac estava com a cabeça abaixada, olhando para o chão e Roker retirava uma espada de dentro da bainha.

 

Era só o que faltava mesmo, pensei comigo mesma, por que nenhum plano dá certo??!!!

 

Sai sorrateiramente até atrás do trono, ninguém havia me notado.

 

Caramba, esse povo que acha que eu morro fácil. Eu fico magoada com isso viu.

 

- Essa espada foi feita por meu pai. É de um material especial que corta até o mais resistente dos aços. Mande lembranças minhas a Eloise se a encontrar no outro mundo. – E dizendo isso ergueu a arma para o alto, pronto para dar o golpe final.

 

Uma onde de adrenalina me invadiu e em um movimento rápido, sai de trás do trono e me joguei em cima dos ombros de Roker e separei sua cabeça do corpo.

 

No entanto, os clones numa tentativa ridícula de tentar salva-lo (para se salvar, já que vivam da existência dele), me seguraram e me arremessaram para trás em cima das escadas.

 

Minha cabeça latejava de dor, luzes minúsculas piscavam por todos os lados, olhei para mim mesma e a espada estava fincada em meu abdômen.

 

Malditos clones.

 

E agora eu ia morrer, droga! Era tão injusto, agora que as coisas estavam começando a dar certo. Agora que eu finalmente percebo o quanto Isaac é importante pra mim.

 

As sombras pareceram aumentar junto com a dor.

 

- Eloise!

 

Seus olhos apareceram no meu campo de visão turbulento e eu tentei o máximo possível me focalizar neles.

 

Coloquei as mãos em seu rosto.Para aproxima-lo de mim, era tão triste perde-lo agora.

 

- Isaac, eu amo você Isaac. – Disse e lagrimas embaçaram minha fraca visão.

 

Eu sentia minha consciência se esvair.

 

- Eloise! Fique comigo! Não vá! Consegue me ouvir? Eloise!

 

Sua voz angustiada foi desaparecendo até sumir completamente e eu ser engolida pela escuridão.

 


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