I Knew You Were Trouble escrita por Najinx


Capítulo 8
Voltando para o problema...


Notas iniciais do capítulo

Olha quem voltou!!!
Eu mesma, a gente atrasa, some, não dá noticias, mas a gente sempre volta (indireta para o que vai rolar no capitulo? Claro hahah)
Mas queria agradecer quem continua me acompanhando por todo esses anos, são por vocês que eu sempre volto e sempre tento postar rapidinho (não estou cumprindo isso mas não desistam de mim :))
Sem enrolação, pq estou extremamente animada para fase que estamos entrando na fic, espero que vocês gostem e não queiram me matar hahahah
Obrigado pelos comentários e por não me abandonarem
Amo vocês!



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Like move on, get you out my mind
But don't you think I haven't even tried
You got me cornered and my hands are tied

Como seguir em frente, tirar você da minha mente
Mas você não acha que eu nem ao menos tentei?
Você me encurralou e minhas mãos estão atadas

Back to you - Louis Tomlinson

 

2 meses depois...

Como a vida é engraçada, um dia você é criança e seus únicos problemas são: ter que ir a escola, pensar no que vai comprar na cantina, que filme vai passar na sessão da tarde e quanto tempo você vai ter pra dormir antes do jantar, a vida é tão simples que nem nos damos conta de tudo àquilo era um pequeno prazer que o destino nos permite ter. E certo dia você acorda e já não é mais criança, tem contas para pagar, já não mora mais com os pais, tem que assumir suas responsabilidades e quando se dá conta disso à única coisa que deseja é poder voltar no tempo aproveitar aquilo que era tão simples novamente.

Se alguém dois anos atrás me contasse que ia engravidar de Peeta Mellark, o maior galinha da faculdade e que ele não ia querer assumir o filho, eu certamente riria da cara pessoa, primeiro porque ia afirmar que meu radar de problema não ia deixar eu me enfiar num problema tão grande, segundo que nunca nessa vida eu ia permitir me envolver com um cara assim, não novamente, mas como eu disse a vida é engraçada e aqui estou eu, grávida de três meses de um babaca, com milhares de boletos para pagar, com todos os altos e baixos que alguém pode passar nessa situação, mas por incrível que pareça não me arrependo de nada.

 Aprendi muitas coisas com essa situação, que gravidez não é o fim do mundo, que vai haver dias que você vai acordar e vai sentir tanto, tanto medo, medo não por você, mas por aquela criança, medo de não conseguir dar tudo que ela precisa, medo de não ser uma boa mãe, medo de deixar faltar o pão, medo que alguém tire aquela criança de você, mas a cada dia você vai ficar mais forte, mais segura da sua escolha, vai se levantar e passar por cima de todos os medos por causa daquele serzinho, vai sentir um amor que nunca pensou sentir antes, vai querer proteger de tudo e de todos, vai ficar abobada por toda criança que ver na rua, vai sonhar com aquele bebezinho e imaginar como vai ser a cor dos seus olhos, do seu cabelo, se vai parecer com você ou com o pai (e pensar nisso vai apertar seu coração), vai querer comprar todos os bichinhos de pelúcia que ver nas lojas e vai perceber que as vezes escolher uma roupinha é umas das escolhas mais complicadas do mundo:

*

—Acho que devíamos levar esse macacãozinho aqui, ele é tão fofo – diz Annie se virando enquanto segura um macacão de tom azul com algumas nuvenzinhas bordadas.

—Não sei, olha esse que fofo! – mostro para ela o que estou segurando, um parecido com o dela, porém é amarelo e tem alguns coelhinhos brancos espalhados por eles.

—Aff, isso é tão difícil – diz ela enquanto coloca de volta a roupinha no lugar onde tinha pegado – Se esse bebezinho nos ajudasse, ia ser bem mais fácil, ainda não conseguiu ver o sexo? – pergunta ela enquanto me acompanha até o caixa, viemos comprar algumas coisas para casa, mas acabamos nos distraindo com a seção de bebês.

—Ainda não, parece que esse mocinho ou mocinha não quer nos contar o que vai ser ainda, está querendo fazer surpresa– digo enquanto pago as compras e nos dirigimos para o estacionamento, Annie para na minha frente e coloca as duas mãos na minha barriga.

—Ei bebê, por favor, nos mostre logo que você é uma menininha para eu esfregar na cara do seu tio e da sua tia– diz ela rindo – Assim consigo ganhar a aposta e comprar um presente bem legal para você – ela anda até a porta do outro lado e espera eu destravar o carro.

— Ei, pare de fazer aposta sobre meu bebê! – digo fazendo cara de brava.

—Meu amor se eu estiver certa, Finnick e Prim vão me dar uma boa grana. – diz ela se acomodando no assento e colocando as sacolas no banco detrás.

—Não acredito que você está apostando dinheiro Annie Cresta! – digo enfiando a chave na ignição, fazendo meu velho carrinho roncar em resposta, enquanto direciono o carro para saída do mercado, nos levando de volta para a estrada principal.

—Aposto apenas pelo bem maior, que é nosso bebê aqui. – diz ela sorrindo e pegando o celular.

—Claro isso não tem nada haver com você ser competitiva - pergunto, olhando para ela enquanto levanto uma sobrancelha.

—Não sou competitiva! – diz ela bufando

—Não, não sou eu que sou!

—Calada Katniss! – diz ela revirando os olhos, nos olhamos e caímos na risada.

*

“Entro na sala e encontro uma Annie aflita no telefone, como ela está virada para a sacada do apartamento não percebe minha presença, então me encosto na parede oposta observando-a, ela acha que não percebi, mas sei que ela está estranha a alguns dias, está inquieta, cheias de segredinhos com Finnick e eu não estou gostando de nada disso.

—Você está bem? – ela diz para o telefone enquanto roe a unha

Silêncio

—Você precisa conversar com ele!

Silêncio novamente

—Estou indo para aí – diz ela se virando para mim e tomando um pequeno susto – Tenho que desligar – diz enquanto me dá um sorriso – Oi Kat, não te vi aí, chegou cedo da consulta?  – Ela me dá um sorriso sem graça enfiando o celular no bolso da calça jeans.

—Sim, só consulta de rotina acabou cedo então aproveitei para passar no mercado antes de vim para casa – digo apontando as sacolas em cima da mesa e me sento no sofá – Aconteceu alguma coisa? Vi que você estava falando com alguém no telefone e parecia preocupada.

—Ah sim, não era nada, apenas Finnick sendo Finnick – diz ela pegando a bolsa e indo para saída – Você sabe como é o bom e velho drama, estou indo ver ele, nos encontramos no trabalho depois né – diz ela abrindo a porta – Tchau Kat – diz ela antes que eu consigo perguntar mais alguma coisa.

—Tchau – digo para porta enquanto tento entender o que acabou de acontecer.”

 

—Katniss, pedido da mesa três e cinco – diz Tresh pela pequena janela que tem da cozinha para o salão principal, me tirando dos meus devaneios me viro para ele.

—Obrigada – digo pegando o prato e os copos dando um pequeno sorriso, mas me viro novamente para ele que observa como está o salão – Ei Tresh, Annie falou se ia vir hoje para cá?

—Não me falou não, Katniss – diz já voltando para sua posição na frente da chapa

Apoio a bandeja nos meus braços, acomodando os pratos e os copos de modo que nada vire até eu chegar as mesas, passeio entre as mesas, cumprimentando os clientes e perguntando se precisam de algo, recebo alguns sorrisos e pedidos.

Assim que sirvo a mesa três volto para o balcão com a louça suja e dou uma checada no meu celular para ver se encontro alguma mensagem de Annie ou Finn mas não encontro nada, mando uma mensagem perguntando se está tudo bem e volto para o meu posto, me apresso em limpar o balcão e empilhar os copos para secar, vendo que estão chegando mais clientes, hoje vai ser um dia longo...

*

Minhas costas estão me matando, se pudesse me deitava no chão do salão e dormia até amanhã de manhã mas acho que meu bebê não ia gostar muito dessa ideia, dou risada com meu pensamento bobo, tiro meu avental jogando-o no meu pequeno armário enquanto me encaminho para a saída, verificando se todas as luzes estão desligadas, assim que checo tudo, vou até meu carro sonhando com a minha cama, o fluxo de pessoas que frequentaram o Trinket’s  hoje foi realmente impressionante, com o final das férias se aproximando, muitas pessoas se apressam para aproveitarem o pouco de tempo que ainda resta antes das aulas voltarem.

Abro a porta do carro, me jogando no assento enquanto respiro profundamente, além de fazer minha parte, ajudei Clove com as bandejas já que ela estava com o braço direito  engessado e ainda tive que cobrir a parte da Annie já que a mesma não deu as caras por aqui hoje e nem respondeu minhas mensagens para ajudar minha cabeça e suas paranoias.

Ligo o carro e jogo minha bolsa para o banco detrás, e no mesmo instante ele começa a berrar, enfio a mão no bolso lateral e puxo o celular, vendo no visor o nome de Annie piscar, deslizo o dedo pela tela para conseguir atender e já penso na bronca que vou dar nela:

—Alô

—KATNISS - berra Annie claramente ofegante do outro lado do telefone

—Credo Annie, o que foi? – digo já morrendo de preocupação enquanto ligo o carro.

—Onde você está?

—Saindo do trabalho, onde você está? – digo enquanto equilibro o celular entre o pescoço e a orelha para conseguir sair do estacionamento dos fundos.

—Ela está saindo do trabalho – diz ela, mas percebo que não está falando comigo – Você acha que ele...- não consigo compreender o que ela fala e isso me irrita profundamente

—Annie o que está acontecendo?

Silêncio

—Annie? – digo novamente já perdendo a paciência – Você está aí? O que está acontecendo?

Suspiro profundo

—Oi, ainda estou aqui!

—O que aconteceu?

—Nada não, eer...Você...por acaso não viu o Peeta?

—Peeta? Não – agora eu estou sem palavras, porque Annie estaria procurando Peeta – Porque Annie?

—Por nada, Finnick com suas besteiras – diz ela enquanto dar uma risada falsa

—Annie? – digo já irritada com tudo aquilo – O que está acontecendo?

—Nada Katzinha, não está acontecendo nada, fique tranquila, você não pode se estressar não faz bem para o bebê, mas agora vou deixar dirigir em segurança até em casa.

—Annie nem ouse desligar esse telefone sem me explicar o que está acontecendo!

—Tchau Kat!

—Annie...- antes que eu consiga terminar a frase ela desliga na minha cara – Arghh você me paga Annie Cresta! – jogo o celular no banco do passageiro enquanto tento não xingar Annie com todos os nomes possíveis e imagináveis que existam nesse mundo, rapidamente entro na avenida que dá acesso até nosso prédio.

Para na porta do estacionamento e espero que nosso porteiro abra, ele abre a janela e coloca a cabeça para fora, abro o vidro do carro e me inclino para ouvir:

—Boa noite Dona Katniss, você pode passar aqui depois que estacionar!

—Claro Fran!- digo dando um pequeno aceno e entro na garage, estaciono na vaga de sempre, pego minha bolsa no banco detrás e o celular e ando em passos apressados até o elevador, vejo meu reflexo no espelho e bufo em frustração, cabelos com frizz e minha blusa está com uma mancha horrenda de gordura na barra, assim que o elevador abre para que eu saia, caminho até a salinha que dá acesso à portaria, mas um ser jogado no sofá me faz parar e meu coração perde uma batida, eu reconheceria Peeta em qualquer lugar desse mundo, seja pelo cabelos loiros ou pelo porte do corpo.

Me aproximo e vejo que ele está dormindo no sofá de espera do prédio, logo meu porteiro para do meu lado e balança a cabeça em desaprovação:

—Então Senhorita Katniss, esse moço chegou aqui faz algum tempinho, caindo de tão bêbado, falando nada com nada, mas falou que conhecia a senhora e a Senhorita Cresta, você sabe quem é ele? – olho para Peeta dormindo tão profundamente que nem percebe a movimentação em sua volta, alguns moradores passam e nos olham com curiosidade e me viro para o porteiro

—Sim, conheço sim, um amigo da faculdade – digo meio sem graça

—Amigo de faculdade né – diz ele passando a mãos nos cabelos e se virando – bom você sabe que eu não gosto de fofoca né, mas o moço aí falou que é o pai do seu filho! – diz ele me olhando de canto de olho enquanto eu quase caio para trás com sua ultima afirmação, acho que estou mais branca que o fantasma Gasparzinho e consigo ouvir meu sensor de problema apitando dentro do meu ser.

—ELE DISSE O QUE? – grito assustando o porteiro e fazendo Peeta acorda, ele vira a cabeça para mim e limpa a baba que escorre da boca enquanto me dá um sorriso bobo – Olha Fran ele está muito bêbado, não acredite no que ele fala ok?

—Vou levar ele lá para cima, apenas esqueça o que ele falou Fran- digo enquanto tento levantar Peeta do sofá.

—Sem problemas, boa noite Katniss! – diz o porteiro e volta rapidamente para seu posto.

Ajudo Peeta a se levantar e nos dirigimos ao elevador, ele não diz nada apenas segue minhas ordens sem contrariar, entramos no elevador e ele encosta a cabeça no vidro enquanto esperamos chegar no meu andar, evito olhar para ele mas posso ouvir sua respiração do meu lado, saímos do elevador e ele anda cambaleando até a porta com minha ajuda, consigo abrir a porta e direciono o seu corpo até o sofá.

Assim que ele cai sentado olho diretamente para ele e solto a respiração que nem sabia que estava segurando, consigo observar ele de perto, um forte cheiro de uísque invadi minhas narinas quando ele tentar falar alguma coisa, retraio o nariz e peço para ele ficar quieto, enquanto tento ajeitar ele deitado no sofá, posso ver que pelo canto do olho que ele repuxa a boca quando encosto na lateral do seu corpo e geme baixinho de dor, olho atentamente para seu rosto e percebo que o lábio está inchado e cortado e o piercing está sujo de sangue, tem um pequeno roxo em volta do olho esquerdo e está coberto de poeira, termino de ajeitar sua cabeça no travesseiro e ele olha para mim com seus olhos azuis estão avermelhados, meu coração quase para quando ele tenta sorrir

—Katniss – diz ele baixinho

—Por favor não fala nada – digo voltando minha atenção para seu estado tiro seus tênis e coloco do lado do sofá, ele segura minha mão e me faz olhar para ele, puxo ela delicamente e me viro para a cozinha – Amanhã nos conversamos, agora durma- pego a pequena manta que fica na poltrona da sala e cubro seu corpo, ele fecha os olhos e me repreendendo por querer afagar seus cabelos e por meu coração bater tão forte no peito.

O que você aprontou Peeta?

 

 You stress me out, you kill me
You drag me down, you fuck me up
We're on the ground, we're screaming
I don't know how to make it stop
I love it, I hate it, and I can't take it
But I keep on coming back to you

Você me estressa, você me mata
Você me derruba, você me quebra
Estamos no chão, estamos gritando
Eu não sei como fazer isso parar
Eu amo, eu odeio e não consigo aceitar
Mas eu continuo voltando para você

 


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Notas finais do capítulo

Eai bbs? Gostaram? o que precisa melhorar?
Favorita, acompanha e me manda reviews adoro saber a opinião de vocês!
Beijão e até logo



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