Cupido Não escrita por Dramática


Capítulo 2
2 - Não cair em tentação


Notas iniciais do capítulo

Olá leitores que vos falo,

Como estão?

Muito bem, quero tanto agradecer a maravilhosa da Cupcake que resolveu dar crédito a minha fic. Deixando-me mais contente ainda por ter dado chance ao ponto de aparecer e me dar a sua opinião. Espero muito que possamos caminhar juntas até o desfecho da fanfic, ou mais além.

Muito obrigada a Cherry por favoritar e a Cupcake por acompanhar. Realmente adorei demais por saber que resolveram dar uma olhada e minha fic ao ponto de marcar para ler mais depois.

Espero que gostem mesmo.



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Capítulo dois

Não cair em tentação

 

 

“Quando você tinha oito anos

E você teve maus traços

Você vai à escola

E aprende as regras douradas

Então por que você está

Agindo como um tolo cruel”

(Bad Boys – Inner Cicle)

 

            Olhos azuis se encontrando com os castanhos. Testas coladas. Bocas encostadas uma na outra. Abraços apertados. Respirações ofegantes. Sorrisos abertos. Gargalhadas irritantes.

            Quinn e James.

— Digam-me que é um pesadelo. — sussurro para mim mesma.

            Vê-los enquanto ainda nem sequer pisei dentro do colégio era como estar protagonizando um filme de terror. E no elenco estariam os dois também. Por isso mesmo passei reto, optando por observá-los de longe.

            A minha sorte é que logo a patricinha foi para o seu carro, provavelmente em direção aquele internato. Caminhando de uma maneira que eu pensei que sua calcinha aparecesse antes de entrar, já que a cada passo a saia colada subia um pouco. Que o demônio a carregasse de uma vez.

— É pecado desejar a mulher do próximo como está fazendo, ou melhor, o homem. — murmurou alguém perto de mim.

            Ao perceber que era minha colega, quase íntima, Anastásia, bati no lugar ao meu lado no banco, deixando-a se sentar ao meu lado.

— Meu Deus do céu! Por acaso esqueceu do não levantar falso testemunho? — revidei.

— Já você nem se fala, tomou o santo nome em vão. — comentou.

            Neste instante me levantou, apontando para ela e entrar na internet. Quando parei em uma foto do final de semana mostrei que a última coisa que estava fazendo era rezar, mas sim em uma micareta.  

— E pelas fotos que vejo na rede social a última coisa que faz é guardar domingos e festas em guarda! — toma.

— Você cometeu o pior de todos os mandamentos, não ama a Deus sobre todas as coisas, mas sim ao James. — revidou.

— Por que toda a conversa tem de começar a acabar nele? — reclamei.

            Seu rosto se iluminou neste momento, tanto que pensei que sua pele ia se rasgar de tanto que sorria.

— Então quer dizer que estava querendo ficar com ele? — pulava de tanta curiosidade.

 — Não, isso significa que irei passar no camarim do grupo de teatro mais tarde. — dei o assunto como encerrado.

            Virei de costas e tentei arriscar uns passos até o corredor que dava a nossa sala, no entanto ao escutar seu tom de voz firme e autoritário parei.

— Para onde está indo? E por quê? — quis saber.

— Perdi a vontade de conversar. — confessei.

            Pareceu que eu não precisaria mais falar com a garota ao nada pronunciar, da qual que usava uma trança, prendendo seu cabelo de cor castanho, nada mudando em relação ao ano passado, quando estávamos no segundo ano do ensino médio. 

            E no instante seguinte me vi prensada entre um dos armários e um corpo másculo. Apesar de estar de costas inebriava-me com a respiração de Aidan perto de mim, assim como sabia que era ele.

— Por acaso sempre cumprimenta as pessoas desta maneira? — comecei ao finalmente conseguir virar para a frente e encará-lo.

            Fitava-o sem desviar, mesmo que neste momento estivesse soltando o folego de maneira descompassada e meu rosto estivesse queimando ao senti-lo passar a mão por minha bochecha de maneira lenta, para depois demorar-se em meus lábios.

— Só com quem eu fiz um trato. — respondeu após uns minutos, beijando minha mão de forma, surpreendentemente, delicada.

            Entretanto apenas esse singelo contato foi o bastante para me arrepiar por inteira.  Só que eu não desejava, na verdade repudiava, o pensamento de que me agarrasse como ontem tivesse passado, mesmo que por uns segundos, em minha mente.

— Está muito perto. — constatei.

            Meu comentário não o fez recuar, apenas lançar seu costumeiro sorriso. Seguindo então para perto do meu ouvido, sussurrando palavras que não me deixaram nada confortável.

— Alis, se não fosse tão certinha o que ia fazer aqui, e agora, nem você imaginaria. — pronunciou ao apertar e massagear minha cintura.

            Era um dos meus pontos fracos.

            E nesse instante, pela forma como me mirava, sabia muito bem disso. Deleitando-se com o meu desespero, sentindo prazer em meus gestos e reações.  

— Eu não vou cair no seu jogo Aidan! — claramente pronunciei após me recuperar, mesmo que se atravesse ao quase infiltrar suas grandes mãos embaixo da camisa do uniforme.

            Como ele sabia meu nome?  

— Você vai me obedecer e ficar quietinha sobre o que aconteceu na competição. Estamos entendidos? — finalmente mostrou as garras, apertando o meu braço com uma força desnecessária.

— Não fui clara o bastante na nossa última conversa? Você a sua ex em nada me importam, assim como não irei espalhar sobre o término. Só quero que me deixe em paz. — expliquei novamente.

            Todavia apenas estreitou os olhos antes de continuar.

— Por que não consigo acreditar em ti? — o jeito com que me encarava chegava a me dar medo, pois era assim que se comportava, aterrorizando as pessoas para ter o que desejava.

            Engoli em seco, respirei e inspirei umas vezes, olhei para o chão antes de responde-lo sem pensar que poderia apanhar depois disso.

— Você não conversou nem três vezes comigo em sua vida inteira e já fica me julgando? — quis saber.

— É um convite para que eu te conheça mais? — murmurou.

            De tanto que falava perto do meu ouvido eu pensava que tinha fetiches por orelhas, principalmente quando sugou o meu lóbulo de maneira demorada ao levantar meu rosto em sua direção. No entanto a minha reação a sua provocação foi o total silêncio.

— Se quiser podemos começar agora. — propôs.

            E quando vi já estava lambendo e chupando meu pescoço e adentrando a sua nojenta mão, que deve ter passado pelo corpo de tantas mulheres, embaixo da minha camisa. Contudo a gota da água foi quando tocou no meu sutiã.

            Não me culpem por ter deixado chegar a esse ponto ou comecem a me chamar de vadia. Ele era tão rápido e experiente que isso ocorreu do nada. Tanto que mesmo ficando surpresa a princípio, no instante seguinte pisei com força em seu tênis com o intuito de fazê-lo se afastar.

— Não vai sair? — pronunciei com uma imensa raiva.

— Tente novamente. — desafiou.

— Não deveria mesmo ter dito isso. — falei com um sorriso sombrio.

            Tateei pelas suas costas, fazendo uma massagem no início, para depois enfiar minhas unhas com força em sua pele. Sabendo que estaria sangrando agora, mas não parei ao dar um tapa em sua face e empurrá-la com a maior energia que tinha no momento.

— Se queria sossego, então não terá mesmo! — esbravejou ao levantar-se.

            Quando passou pelo corredor notei que realmente sua blusa estava manchada de vermelho. Se eu tinha exagerado? Penso que não. Porque enquanto eu recobrava a minha consciência notava que algumas pessoas me encaravam de maneira irritada, para depois começarem a cochichar.

            Como não percebi?

            Isso fez-me ficar com o rosto corado, ao ponto de me fazer virar e abrir o meu armário e pegar alguns materiais. Não queria encará-los, não quando tinham a certeza de que eu era a nova vagabunda que estava fazendo o Houston trair a querida da Alicia. Estragando a relação do casal mais bonito do colégio.  

— Eles não têm mais o que fazer? — balbuciei para mim mesma.

            Fechei a “porta” e tranquei-a com o cadeado.

            Dando de cara com uma pessoa zangada, de braços cruzados, mas ainda sim muito sexy. A maneira com a qual me fitava fazia-me tremer por completo, assim como ao sentir seus olhos castanhos queimando-me por dentro.

— James. — falei como se estivesse para morrer.

— O que foi essa cena que eu acabei de ver? — questionou em um tom rancoroso.

            Apenas uma vontade de passar em minha mente, de abraça-lo e tocar em seu cabelo. Cujo o qual estava muito desalinhado por conta dos beijos que trocava com aquela patricinha.

— Pare de dar uma de pai. — rolei os olhos.

— Sabe muito bem que não é isso Alexis. Só não compreendo o motivo de quase estar transando com a pessoa que mais odeio! — gritou.

            Peguei em seu braço e o puxei para mais perto de mim.

— Fale mais baixo. — praticamente implorei.

— Não irei, pois todo mundo viu o que estavam fazendo. — não diminuiu nenhum um pouco a voz, para depois soltar-se do meu aperto e encostar-se na parede para ficar em uma distância considerável de mim.

— Está praticamente me chamando de puta. E sabe que não sou este tipo de gente. — conclui, balançando a minha cabeça em negação.

— Eu não tenho mais certeza de nada, pois até ontem eu nunca imaginaria que poderia me trair assim. — e a sua declaração foi a que mais me doeu.

— Então fique com a sua namorada linda e perfeita. — o veneno escorrendo de minha boca.

— Por que sempre tem de falar dela? — perguntou.

— Pois é só no que pensa! — fui sincera.

— Não mude de assunto. — foi rigoroso em sua colocação.

            Aproximei-me dele, sem nem se importar com as pessoas que já se dispersavam por conta do sinal, e arrumei algumas mechas desarrumadas por não aguentar mais.

— Há quanto tempo não saímos mais além da escola? — requeri.

— Não faz tanto. — revidou.

— Então por que não me responde? — quis saber.

— Três meses. Satisfeita? — deu de ombros.

            Fiquei do seu lado e o fitei de forma aliviada.

— Isso quer dizer que vai voltar a passear comigo? — propus.

— Não. — tão duro e frio.

— Por quê? — em meu olhar estava descrito o desespero.

— Pois agora tem o Aidan. — bateu na mesma tecla.

— Mas... — interrompeu sem nem deixar-me dar uma explicação.

— Eu não quero saber sobre o relacionamento aberto de vocês. Na verdade peço que nem toque no nome dele quando conversar comigo, porque se não nem nos falarmos vamos mais. — praticamente ameaçou.

            Quando ia em direção a minha sala, podendo assim parar de repassar em meu pensamento o que aconteceu. Se eu não conhecesse a história dos dois eu constataria que estava com ciúmes, porém se eu não fizesse o Houston parar de perseguir eu poderia sim perder a sua amizade.

            “Alexis Harper, sala 306, favor comparecer à diretoria.”

            A cada passo que eu dava me torturava por ter deixado me prensar no armário, passar a mão em meu corpo com tanta liberdade, denegrir minha honra, minha imagem, e, principalmente, fazer-me brigar com meu melhor amigo.

— Sinto muito, mas não terá mais sala para os seus conselhos amorosos. — declarou o homem que liderava aquele colégio.

            Foi o que me fez despertar e perceber que uma punição branda por ter descumprindo as regras da escola seria melhor. Pelo menos não me faria praticamente desabar ao sentar na cadeira a minha frente de maneira lenta, para depois abaixar a cabeça e sentir lágrimas caindo e escorrendo por entre meu rosto.


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Notas finais do capítulo

O que acharam da provocação do Aidan? Gostaram do nome completo da Alexis? E qual a opinião sobre a briga do James e dela? E sobre não ter mais a sala? O que acharam da capa (não sei fazer nenhuma bonita, tentei no paint e ODIEI)?

A imagem não é minha. Desculpem-me se tiver erros, podem me avisar caso encontrem.

Por favor, gostaria muito que dessem a opinião de vocês, seja para criticar, para responder as perguntas acima. Para dizer que está horrível, peço encaricidamente.

Beijos e até a próxima.