How do you find me? escrita por April Criatividade Brooke, HeloiseC


Capítulo 27
Memory Attack... again?


Notas iniciais do capítulo

FINALMENTE, TEM A PARTE LOUQUISSIMA QUE EU GOSTO NESSE CAPÍTULO!



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Capítulo 27 - Ataque de memória... de novo?

 

— Eu nunca vi um tolo a sua altura. Tenta matar o líder da tribo, achando que sairia disso com alguma vantagem só porque não consegue controlar os próprios sentimentos. Você merece estar preso... Ainda inventa essa dupla identidade achando que me faria de tolo.

                - Não acha que me arrependo de estar aqui? – Pergunta Punho de Ferro – Sei que teria me tirado daqui antes se não achasse que o tempo aqui não me fortaleceria... – Ele sorri maliciosamente levantando-se do chão empoeirado.

                A porta da cela é aberta.

                - Eu também pretendo que a Thornado seja uma de nós, meu filho – Diz Gold – Estamos ambos um passo a frente dela.

                - E eu já sei exatamente com quem devemos falar.

***

                Enquanto os vikings dormiam tranquilamente, Punho de Ferro (Lembrem-se que ele também é Patrick, o filho de Gold) sai escondido nas sombras, ele tinha uma reunião marcada na praia onde eles o esperavam.

                Patrick se movia invisível, fantasiando um futuro com seu amor pelo cominho, ele precisava daquela garota e ateria não importando as circunstâncias.

                - Finalmente o diferentão chegou, não é? Já era hora – Zomba Brisa – Estava tentando deixar o cabelo rebeldezinho pra sua namoradinha te notar?

                - Por que me chamaram aqui? Eu não quero entrar para o clubinho patético anti Sarah de vocês – Heather cruza os braços fazendo um biquinho.

                - Senhoritas, senhoritas – Punho de Ferro diz com seu sorriso sarcástico – Estamos aqui pela mesma causa, para quê brigar quando podemos unir forças?

                - Do que está falando exatamente? – Pergunta Heather.

                - Você quer Soluço, mas Sarah está no caminho enquanto Brisa precisa tirar Thornado dos jogos o quanto antes e eu só quero realizar meu desejo que é estar ao lado dela. Pensem bem! Heather, ouvi dizer que tem habilidades de ladra e luta impressionantes e com a força de Brisa poderemos parar os dois e conseguiremos o que queremos!

                - Por que deveria ouvir um perdedor que nem você? – Resmunga Brisa.

                - Porque o desejo deste perdedor era Sarah Thornado e, seu eu conseguir, serão menos dois jogadores para você esmagar – Ele sorri persuasivo – Acabar com todos nós deve ser tão exaustivo para você...

                As duas trocam um olhar por um momento e sorriem maliciosamente.

                - O que devemos fazer?

***

                Enquanto seus inimigos uniam forças, Sarah arrumava algumas coisas para o dia seguinte num cantinho. Soluço ainda não havia chegado, ela sorri pensando em como eles pareciam um casal, ela até o esperava acordada e ri para o vazio.

                Até que um ataque de memórias ameaça começar.

                Astrid... you need to save them...

                - Oh, não. Já era para isso ter acabado.

                Sua cabeça começou a doer e ela sentiu suar frio. Esse não seria um fraco do qual ela desmaiaria, seria um dos mais fortes onde ela sentiria a dor conscientemente, estes eram os piores e o que a atormentavam mais.

                Astrid vestiu-se como Sarah o mais rápido, tinha de ir para um local fechado e sem som, o seu esconderijo. Ao sair ela esbarra com Soluço na saída, antes que dissesse algo ele vê o rosto pálido dela e percebe a respiração ofegante, mas desta vez ele estava preparado para estar ao seu lado.

                Ele a segura pelos ombros perguntando:

                - O que está acontecendo?

                - A-ataqu... de... memórias – Ela tenta falar – Tenho que sair daqui.

                Astrid corre silenciosamente para fora da casa o mais rápido para seu esconderijo, Soluço não podia vê-la daquele jeito, ele... ele não podia.

                Ela abre a porta escondida e antes que pudesse fechá-la, Soluço a impede.

                - Me deixa cuidar de você – Ele pede.

                - Os ataques são bem mais que apenas desmaios, os mais fortes me tiram de mim, eu não posso te deixar ver isso – Astrid implora entre lágrimas – Não posso...

                Soluço não sabia o que fazer, ele não sabia de nada... Isso o enlouquecia.

                - Astrid escuta, eu to aqui, está bem? Do seu lado – Ele segura o rosto dela – Eu nunca me afastaria de você, eu não consigo mais, eu sou louco por você.

                Astrid escutou aquilo com amor, ela o abraçou forte, desejando a sorte de tê-lo sempre. Ele a conhecia agora, sabia os medos dela, os defeitos... Mas ele aguentaria sua cabeça?

                O ataque veio de uma vez, Astrid caiu ajoelhada no chão e as memórias de guerras, fogo e sangue veio a sua mente junto com uma forte dor em todo seu corpo, ela tapa o grito com a mão sobre a boca e adentra no esconderijo rápida, porém quase sem forças.

                Soluço entra com ela certificando-se de ter trancado bem a porta. Ele a olha, ela estava deitada no chão, seu cabelo espalhado pelo chão e ela estava ofegante...

                Astrid via guerreiros a sua volta, num derramamento de sangue que parecia não acabar, seu olhar estava perdido. Ela vê o guarda roupa cindo sobre sua mãe e sente a exata dor que ela pareceu sentir, tem a visão de Stoico morrendo, da noticia que seu pai não voltaria para casa, de todas as vezes que a machucarem como ambas as personalidades.

                Ela via cada cicatriz, sussurrando o que aparecia a sua volta e a sentia novamente tentando não gritar. Se tivesse sorte, aquele seria o momento em que desmaiaria.

                A dor parecia muita, até sentir as mãos de Soluço a levantando, sabendo exatamente o que fazer. Ele a abraça sentado num canto com as costas apoiadas na parede, o rapaz a senta cuidadosamente em seu colo a envolvendo em seus braços com um sorriso calmo.

                - Eu estou aqui com você – ele diz – Você sabe disse, não há razão alguma para ter medo.

                Astrid mantinha os olhos arregalados olhando para o nada, mas tendo a visão do seu pai partindo com lágrimas nos olhos. Ela nunca o vira antes, seu pai tinha olhos azuis assim como a mãe, assim como os dela, os cabelos tão negros que a luz os faziam parecer azuis e o sorriso que ela só vira quando estava com Soluço. Era o sorriso dela.

                A visão ia se afastando, parecia menor e mais distante. Ela segurou a mão de Soluço, mas ele sentiu que não havia um pingo de força no corpo dela, Astrid virou-se para ele e pôs a cabeça em seu ombro se encolhendo.

                A próxima visão fora de todas as decepções que ela causara para Soluço ao se afastar, toda a tristeza que ela o vira passar...

                - Desculpa... – Ela sussurra para ele – Eu sinto muito por ter te feito tudo isso.

                Soluço ficou confuso.

                - O que você me fez? – Ele pergunta segurando o rosto dela para que ela olhasse em seus olhos – Você está se desculpando por me fazer sorrir o dia inteiro? Ou está se desculpando por sempre me ouvir e cuidar de mim? Por ter salvado minha vida quando fui envenenado? Por me deixar com ciúmes toda vez que eu vejo aquele que te prometeram? Por me fazer rir com suas histórias e seu jeitinho único de ser? Porque você está se desculpando, Astrid? Você anda fazendo muita coisa por mim. Tem de ser mais especifica.

                Ela pisca algumas vezes, algumas lágrimas caem, algumas coisas foram ditas...

                Astrid voltara para a realidade sem mal sentir dor, mas aqueles olhos verdes... aqueles olhos verdes a tranquilizaram e a envolveram mais do que o abraço que ele dera nela.

                - J-já acabou? – Ela olha em volta confusa – C-como fez isso?

                Sua cabeça deu uma pequena pontada de ataque.

                - Ai – Ela exclama pondo os dedos contra a testa.

                Então Soluço a envolve novamente, ela cora com a proximidade de seus rostos enquanto observa o sorriso tímido dele desaparecer quando os lábios se encontram.

                Uma das memórias tentou vir, mas ela estava ocupada retribuindo o beijo com o coração acelerado. A brisa fria os envolveu naquela bela noite de agosto, quando o luar é ainda mais bonito e as estrelas se destacam como nunca nos olhares dos admiradores.

                Quando não restava mais fôlego, eles se separaram e as memórias passavam aos poucos.

                - O que está tentando fazer, Haddock? – Ela diz levantando-se ao sentir mais uma dor.

                - Você sente a dor de tudo o que já passou, sente o peso das suas responsabilidades, eu sei o que é isso – Soluço levanta-se e segura as mãos dela – Você não traz tristeza ou nenhum sofrimento e eu vou demonstrar isso, se você deixar.

                Ele a beija novamente com carinho.

                Astrid não resiste, apenas aceita entre mais lágrimas que ela odiava derramar, odiava parecer tão fraca para alguém que ela tinha de proteger. O que ela queria então? Estava tudo tão confuso.

                Então ela respira fundo esperando a decisão que seu coração tomaria e tudo o que ele fazia apontava para o rapaz o qual estava nos braços. Se sua decisão fosse continuar ali, ao lado dele, esse era o momento. Então ela sorri pra ele e o beija também, desta vez ele podia sentir que fora diferente.

                Os ataques pararam em pouco tempo, eles ficaram ali por muito tempo, entre risos e muitos beijos que não precisavam acabar. E, em certo momento, Soluço pergunta:

                - Astrid, lembra quando me disse por que não queria se casar com Leonard?

                - Lembro.

                - Você disse... – Ele morde o lábio – Disse que era porque não consegui se ver amando-o algum dia... – Soluço a afasta um pouco continuando a segura sua cintura – Existe alguma possibilidade pra mim e você...

                Ela põe o dedo em seus lábios o interrompendo.

                - Não seja bobo, Soluço. Eu consigo sim, desde o momento em que eu esbarrei em você naquele dia eu vi algo em seus olhos que eu jamais vou esquecer.

                Soluço lembrou-se daquele dia em que saíra para caminhar irritado com Heather e com tanta tristeza quanto ódio até eles se esbarrarem, naquele momento que ele jamais esqueceria.

                Mas uma tristeza veio ao lembrar-se do passado, ele sorri preocupado acariciando seu rosto.

                - Eu demorei tanto pra te achar – Soluço toca sua bochecha – Eu não quero mais te perder.

                - Jamais deixaria você, espinha de peixe – Astrid sorri levantando o rosto – Tem a minha palavra.


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Notas finais do capítulo

Minha parte favorita: Narrar um ataque de memória (e nem coloquei tudo o que queria : )
O que acharam?
Deu pro gasto?
Saímos da inércia?
Voltemos a ação?



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