How do you find me? escrita por April Criatividade Brooke, HeloiseC


Capítulo 13
Broken glass (part 1)


Notas iniciais do capítulo

Quase esqueci de postar hoje, perdão.
Espero que gostem do capítulo.
Não há muito a dizer...



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Capítulo 13 - Vidro quebrado (parte 1)

[...]

— W-what? – Sarah faz uma careta e tenta disfarçar – Com todo o respeito, eu acho que humor realmente não é o forte dos Haddock – ela força um sorriso.

— Não adianta tentar mentir para mim – Valka estava com uma expressão séria com o olhar baixo - Você entrou naquele navio como uma princesa e saiu de lá como... isto – Ela aponta para Sarah – Como poderia explicar isto?

— V-você... me seguiu? Co-como poderia? Eu... eu teria... – Astrid sentia o ar faltar – notado.

— Você tem tudo o que quer de sobra e ainda quer mais? Você não está satisfeita com o que tem? – Valka pergunta – Por quê?

Astrid não respondia, ela havia empalidecido presa em seus pensamentos, NINGUÉM JAMAIS houvera descoberto seu segredo em anos, até aquele momento...

— c-como? Como... descobriu? – ela sussurra e depois grita – COMO?

Valka percebe o estado da garota, ela estava tremendo, totalmente em pânico, com os olhos marejados ameaçando as lágrimas que ela nunca ousara derramar...

Entenda, jovem leitor, que um segredo como este exige sacrifícios para se manter, traz problemas e há conseqüências, entretanto vale a pena, segredos deste tipo são bons... De certo modo. Astrid guardara esse segredo desde os treze anos de idade, Sarah permitiu que ela visse o mundo e que se sentisse viva pela primeira vez desde... o acidente. Essa história ainda não vai ser revelada, não é o tempo certo de eu lhes contar tamanha responsabilidade, eu sinto muito ter atiçado vossa curiosidade...

— Suas irmãs andavam desconfiando de seu comportamento, então elas pediram para que Soluço ficasse de olho em você... – explicou a mulher preocupada – Ele iria só acompanhar por uns minutos, mas me pediu como favor porque teve de resolver uma emergência e, uma vez que o céu estava nublado...

— eu não os vi... – Astrid desabou com lágrimas no rosto – COMO PUDE SER TÃO ESTÚPIDA? Como deixei isso passar por mim? Eu... eu...

Astrid...

Ela...

Olha, eu não sei se você consegue imaginar a forte garota que conhecemos ajoelhada no chão cobrindo o rosto com as mãos para que suas lágrimas não fossem expostas... Mesmo que consiga não é o suficiente porque eu vi acontecer e consegui sentir aquela dor somente no olhar. Astrid estava pálida, chorando, com tics nervosos, tremendo e suando frio... parecia doente, sentia o oração doer...

Está sendo difícil narrar isso... Nem sei porquê continuo a narrar, às vezes, talvez porque exista mais do que vocês possam ver...

— Eu não chequei o céu – Sarah murmurava para si.

Valka imediatamente vai ao seu encontro preocupada com a jovem que salvara sua vida e a de muitas outras pessoas ao longo dos dias, a jovem que mantinha um grande segredo que lhe perturbava dia e noite.

— Calma, calma... Por que você não me conta o que está acontecendo?

— Porque você vai revelar meu segredo!

— Mas se você me contar nó podemos...

— NÃO – Astrid grita erguendo-se – que direito você e seu filho tem de espionar alguém? Se intrometer na vida das pessoas? Quem vocês pensam que são?

Valka se sentira culpada, mas tentou ajudar...

— Eu sinto muito, eu nem sabia o que estávamos fazendo, eu prometo não contar

Astrid negou com a cabeça baixa cruzando os braços e disse do jeito mais triste que Valka já vira alguém ficar:

— Eu não posso confiar em ninguém, nem mesmo a quem eu salvo. Você não deve nada a mim e sei que irá contar para Soluço, eu não vou cair nessa... são mãe e filho, eu sei o que vai acontecer e, eu juro pelos deuses, que não permitirei!

— Que coisa horrível de se dizer, você pode confiar em mim!

— Como poderia? E se você contar? Soluço é distante de você! Qualquer assunto que os una como mãe e filho é tentador para uma mulher desesperada para ajudar o filho!

— COMO VOCÊ PODERIA SABER? VOCÊ NEM AO MENOS TEM UMA MÃE? – Valka grita.

E então, neste exato momento, Soluço adentra o local e se depara com a cena após ouvir as rudes palavras da mãe.

Astrid preferiu não falar nada, ela apenas passou por Soluço dizendo “está tudo bem, eu acho que exagerei” e passou por aquela porta decidida sobre o que fazer. Os Haddocks não ficariam nem mais um dia...

Astrid se deixou levar voltando a ser a Sarah, as lágrimas secaram e logo ela estava invadindo o escritório de Bocão silenciosamente como uma profissional, ela pegou todos os planos da casa dos Haddock e passou toda aquela noite trabalhando.

***

Você pode não acreditar que uma garota terminara quase que por completa aquela casa, mas você consegue acreditar no poder que o ser humano tem diante de medidas extremas. O quão forte ficam quando é ameaçado aquilo que lhes tem valor e Sarah conseguira fazer o suficiente para que seus hóspedes voltassem para casa, sem falar que muitos vikings iriam vir trabalhar no resto e se deparariam com uma casa quase pronta e terminariam o que ela não fez no final do dia.

Soluço ficara feliz e surpreso ao ver sua casa pronta com todas as suas idéias e a responsável pôde ver o sorriso em seu rosto escondida no telhado vizinho, mas o rapaz não conseguira se despedir porque a garota sumira...

Valka aparentava triste e não conseguia esconder, tanto que entrou na casa sem olhar para nada a não ser para sua cama onde ficaria por dias embaladinha se sentindo culpada pelo o que fizera para a garota. Soluço ficara desapontado com ela também, ela explicara que as duas tiveram uma briga por causa de um assunto bobo de garotas, entretanto ele reconheceu a mentira sem questioná-la.

Após quatro dias, as coisas se estabilizaram no pior possível na vida de Soluço. Sua mãe ainda estava deprimida, falava pouco, comia pouco, fazia pouco, se sentia pouco... a pior parte para Soluço é não saber o que está acontecendo justo agora que ele está começando a se importar mais, ele também perdera sua única amiga e as saudades de seu pai nessas horas aumentavam... Ele só pensava em como o pai o acharia um tolo em frente a uma situação dessas...

Tudo o que antes o deixava furioso, agora o deixam triste.

Sarah? Ah, você quer saber sobre ela... Bom, ela desaparecera completamente do campo de visão humano. Sumira de sua casa, não havia rastros ou testemunhas, a casa em que vivia estava vazia como no dia em que chegara. Se alguém sentira sua falta? Por favor! Os jogadores eram celebridades! Se andassem demais publicamente as pessoas não os deixariam paz!

Lembre-se, jovem criança “Cada jogador é um desejo...”

            Já que mencionamos Sarah, por que não a narramos um pouco? Estou sentindo que vocês ainda não a conhecem muito bem... acreditem, ela é uma longa história que eu mal posso esperar para introduzir para vocês...

            Pois bem! Aqui vamos nós...

            Sarah Thornado corria pela floresta, rápida como um raio, seus cabelos voavam atrás de si, seus olhos espertos... Acho que já passamos desta fase em que eu narro o quão sua habilidade é reforçada não é mesmo? Sarah ampliara seu campo de visão para o céu também, agora ela se locomovia sem deixar rastros, tinha de ficar esperta, ela tentava ficar o menor tempo possível no chão, Sarah Thornado havia quase que sumido do dia para noite... Mas quase ninguém notara.

            Ela para de correr, sua velocidade é tanta que ao frear, deixara uma bela marca no chão que ela fez questão de apagar. Seu destino era o Palácio Flutuante, mas desta vez não poderia ser como princesa e, sim, como uma ladra silenciosa.

            Sarah vai rodeia o píer até uma parte da água vazia verificando, ainda, se a bolsa em seus quadris estava bem fechada antes de mergulhar.

            Seria bem chato narrar ela despistando os guardas, as irmãs postiças e os criados pelo castelo, não seria? Shiu! Não quero saber sua opinião! Não é algo relevante para contar o que aconteceu... O que acontece depois do castelo é muito mais interessante...

Hã? O que ela foi fazer no palácio? Tudo bem, eu conto sem mais interrupções, ok? Falo sobre mim e você.

[...]

Sarah olhou se realmente haviam ido antes de sair de debaixo daquela mesa, a porta estava bem ali diante dela e, aliviada, ela a bate numa pequena melodia.

A porta se abre e ela é puxada para dentro num abraço.

— Minha pequena princesinha, o que houve? – Pergunta Calid puxando Dave mais para perto daquele abraço.

— Alguém lhe machucou? – Pergunta o outro.

Ambos saem do abraço para deixarem-na falar:

— Eu preciso de ajuda.


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Notas finais do capítulo

Data do próximo capítulo: 09.03.2016



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