1988

—Como ela está? –Perguntou Diego, irmão de Robert.

O homem olhou para a esposa que estava sentada no sofá... Sozinha.

—Mal, não quer comer, nem nada... Mal fala.

—Você devia procurar ajuda medica. –Aconselhou.

—Que tipo de ajuda?

—O nosso tipo de ajuda... Talvez fazê-la esquecer da menina.

—Esquecer? - Perguntou Perplexo. –Era a minha filha!

—Isso mesmo, era não é mais. E está na hora de parar com essa faze estupida, já faz meses que ela está assim, se você não tentar fazer algo, vai acaba perdendo-a.

—E espera que eu simplesmente a faça esquecer que tinha uma filha?

—Eu espero que você faça alguma coisa que não seja ver sua mulher se matar aos poucos.

Depois de algumas horas com o irmão Diego foi para sua casa cuidar da sua família e deixou Robert sozinho. O homem preparou o almoço, colocou a mesa e foi chamar Olivia no quarto, quando entrou encontrou a esposa dormindo calmamente, coisa que não fazia á muito tempo.

Deixou-a lá e desceu para jantar, assim que se sentar na mesa ouviu a campainha tocar.

—Estou indo! –Exclamou se levantando da mesa.

Quando abriu a porta viu alguém que não via a anos.

— Bellatrix?

1994

Todos estavam entusiasmados, mas assustados. A cada momento parecia que Hermione e Draco estavam mais ‘entregues’ e uma pequena nevoa começava a se formar ao redor deles.

—Cansada? –Perguntou Draco num tom que Hermione não conhecia, ele estava brincando.

—Nunca! –Respondeu... Rindo, sim rindo, ela não sabia por que, mas se sentia como uma criança que só estava se divertindo.

—Será que você consegue me pega? –Perguntou desafiador.

—Será que você consegue fugir?

Draco riu gostosamente e levantou a mão fazendo com que ficasse ‘encima’ de uma onda de água. Hermione riu e tocou as mãos, o fogo parecia obedece-la em silencio e uma onde semelhante surgiu, mas de larva.

—O que eles estão fazendo? –Perguntou Theo a Rony.

O garoto estreitou os olhos na direção dos amigos, ele só conseguia ver deslumbres dos dois, mas Hermione parecia está se divertindo.

—Acho que estão... Brincando.

Lupin olhava-os com admiração e encanto, a forma como manipulavam os elementos e... Era incrível, pois não pareciam está dizendo nenhum feitiço.

—O que eles estão fazendo professor?

—Não sei senhor Longbottom o que acha de descobrirmos? –Lupin perguntou com um grande sorriso no rosto, mas sua feição logo ficou pensativa, como iria fazer para pará-los? Ele acabou dizendo o feitiço mais comum de todos: - Finiti Incantatem.

Uma grande nevoa tomou de conta da sala fazendo todos se olharem assustados, um barulho de agua caindo chamou a atenção de todos.

*

A magia pareceu acabar junto com o banho que Draco levará.

—Do que está rindo Granger?

Hermione respirou fundo e olhou ao redor... Do que ela estava rindo mesmo?

—Da sua cara de idiota e ainda tá tudo molhado.

—Senhorita Granger, Senhor Malfoy muito bem! 20 pontos serão acrescentados a cada um. Agora conte-nos o que aconteceu.

—Se você é o professor e não sabe, como nos vamos saber? –perguntou Draco.

—Cale-se Malfoy! –Sussurrou Hermione próxima ao menino que se arrepiou por inteiro.

—Quem você acha que é para mandar eu me calar?

—Se acalmem... Merlin parecem...

—O que professor?

—Uns amigos. –Respondeu sorrindo ao lembrar. –O que vocês sentiram?

Hermione pensou e pensou, percebeu que pela primeira vez não sabia o que responder. Ela não conseguia descrever como se sentia.

—Eu não sei.

Harry e Rony a olharam sem acreditar na sua resposta.

—Como não sabe? –Perguntou Rony.

—Não sabendo, não sei explicar como me senti.

—Não se preocupe senhorita, vou ajuda-la. –Ela assentiu. –Feche os olhos, lembra-se como se sentiu e me descreva esse momento. Aconselho fazer o mesmo senhor Malfoy.

De mal grado Draco obedeceu.

De repente ambos pareciam ter sido transportados para aquele momento.

—Eu sinto ele vindo... –Sussurrou. –Sinto-me viva!

—Sim. –Concordou Draco para a surpresa de todos. –Estamos livres.

Hermione sorriu.

—Eu sinto o fogo queimando... E as chamas ficando cada vez mais fortes, mais resistentes, era como se estivesse... Viva!

Hermione fazia pequenos círculos com a palma da mão. 

—A agua dançava ao meu redor, ela corria comigo... Mudava comigo... Era como se sempre estivesse comigo. 

Draco parecia tocar em algo.

Em toda a sala se espalhou uma aura de paz e tranquilidade.

—Senhorita Granger? –Chamou o professor preocupado.

—Sim. –Respondeu sem olha-lo.

—A senhorita se sente bem?

Concordou.

—Não está sentindo nada?

Fiz que não com a cabeça.

Repentinamente ambos sentiram uma grande força em si e algo dentro deles dizia que aquele só era o começo... O começo de um caminho... Um longo caminho.

Draco abriu os olhos ao mesmo tempo que Hermione, ambos se encaram e souberam que não importava o quanto eles lutassem, não importava o quanto tivessem que aguentar, o quanto sofressem, a parti de hoje até o final dos seus dias nenhum dos dois ficariam sozinhos, nunca mais.

—Fico feliz com o que aprenderam hoje, mas infelizmente a aula está acabando, podem sair.

Draco piscou algumas vezes, Hermione sentiu-se puxar por alguém.

—Calma Rony!

—Você tá bem mesmo Mione?

—Claro que sim, por que não estaria?

—Não sei... Mas, nem eu me sinto muito bem, me sinto... Diferente.

Hermione franziu a testa em sinal de duvida.

—Diferente como?

—Não sei... Era como se naquele momento que sai para te defender... Era como se não fosse eu ali.

Hermione riu.

—Você não se sentiu diferente Rony, você só foi corajoso. Deixou o medo de lado... Não é assim que agem os Grifinorios? –Perguntou risonha.

—Acho que sim. –Respondeu com um pequeno sorriso. –Sobre o que eu disse, sinto muito.

—Não há problema, você só disse o que achava, foi verdadeiro, eu gosto disso... Só, da próxima vez preste mais atenção! –Pegou seus materiais e saiu deixando um Ronald confuso para trás.

—Rony, o que foi? –Perguntou Harry se aproximando.

—Nada... Onde estava?

—O professor Lupin queria falar comigo.

Todos os alunos começaram a sair da sala apresados para a próxima aula.

—Vamos Draco? –Chamou Blás.

Draco concordou, assim que saiu da sala seu olhar foi para o final do corredor onde estavam alguns alunos, mas parou no olhar de alguém... E o lembrou de uma moça que o fez ir a loucura com apenas um olhar... Numa certa festa.

—Draco? Vamos cara? –Chamou Theo.

A moça virou o corredor e se olhar sumiu. 

No one can be just like me any way

Just like fire, uh