Together By Chance 1ª Temporada escrita por Shiryu de dragão, M F Morningstar


Capítulo 66
Anomalia


Notas iniciais do capítulo

Ei pessoal, João aqui!!
Galera, antes de tudo, desculpe mesmo a demora! Minha vida esta muito agitada, mas aqui está o capítulo, extremamente focado na Magali!



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P.O.V Mônica Souza

— Hehehe...

— Hmm??

Não conseguia não rir da cara do fantasma que estava parado em minha frente.

— Hahahahahaha!!!

— Do que está rindo, sua patética mortal? Não sabe que sua vida agora depende de meu humor?

Todo o meu corpo se contorcia de dor. Muito sangue vazava de meu corpo, e o sofrimento que eu passava era gigantesco. Contudo, tinha um pequeno fator que ele não lembrava que eu sabia.

— No fim, Phóbius, além de covarde, você é um ser patético!

— O quê?!

— Você acha mesmo que suas falsas correntes podem me segurar?

Faço pouca força, e logo as correntes somem no ar, como se fossem pó.

— Maldita, como você...

— Phobius, eu já enfrentei você antes, e com sete anos, te derrotei. – Digo enquanto caminho até ele. – E, sei que você controla o medo existente em nós. De fato, você não errou. O meu maior medo é sofrer, e perecer nas mãos de alguém na forma mais sofrida e complicada possível. Mas, como já te disse antes, te derrotei. E sabe o motivo?

Falo, o segurando pelo pescoço. Aos poucos, todo o sangue, dores e marcas de sujeira vão desaparecendo de meu corpo.

— I-impossível...

— O motivo pela qual sua derrota é iminente, é porque você não é real!! É simplesmente imaginação, fantasia!!

— Você... você realmente cresceu...

— Enfrentei inimigos e adversários, que muitas vezes não dependia de força bruta, precisava utilizar a inteligência também. E você, é simplesmente o mais fraco e tolo de todos eles. A madame Creuzodete disse que você era uma entidade. Como uma entidade, que ataca as fraquezas e falhas do ser humano, pode ter o direito de existir?

P.O.V Magali Lima

O cenário que preenchia os medos de Cebola já havia se extinguido. Também senti que Mônica estava realizando esse feito sem ajuda, mas agora não posso pensar nisso, tenho que salvar o Cas.

— Maga, você acha que encontraremos o Cascão aqui??

— É possivelmente o lugar mais provável onde ele deve estar. Phóbius ataca a mente das pessoas e seus maiores medos.

Ando pela cidade, que era tomada pela poluição, violência e destruição. Invoquei um feitiço para que Cebola e eu fôssemos invisíveis a qualquer olho humano, exceto o do Cascão.

— Maga, veja!

Cebola me aponta um local e vejo o Cascão sentado na calçada, de short e camisa amarela. Mesmo parando em sua frente, era como se ele não me percebesse. Seu olhar era fixado no horizonte, onde várias brigas estavam acontecendo por mero acaso.

— Cascão?

— Não adianta, ele está em uma fase parecida com a que você estava tempos atrás. Sem noção do que realmente é real. Parece que ele está vivendo uma ilusão dentro desse mundo.

— Ele... está sonhando dentro do sonho?!

— Basicamente isso.

Seguro suas mãos e percebi que seu consciente via várias mortes, sendo elas de toda sua família, amigos e pessoas que eram queridas para ele. Não só sua família, Cascão ainda vivia em um mundo onde se culpava pelo acidente da Cascuda (que foi falso, mas em seu subconsciente era real), e que todos os eventos após tal acontecimento, todos viam sendo mortos, um a um.

Não!!

Magali!!!

Em um cenário idêntico ao que vivemos atualmente, eu, em sua ilusão estava sendo morta por um demônio menor, que me atacava perfurando meu corpo, e alisando minhas partes íntimas enquanto me perguntava veementemente. A língua dividida do monstro entrava em minha boca, e aos poucos, ia sendo estuprada enquanto Cascão era violentamente espancado por outros demônios de fogo, enquanto estava amarrado numa corrente grudado a uma parede.

— NÃO!!

Recuo três passos para trás e caio de joelhos no chão. Cebola vai e me ajuda a levantar.

— Maga, Maga!!

— Eu estou bem. – Digo me levantando. – O que o Cascão está vivendo é um cenário totalmente horrível dentro de seu coração. É como se ele não estivesse mais vivo.

— O quê?! Mas, você não pode o libertar dessa ilusão, assim como fez comigo?

— Posso, mas a ilusão é tão profunda, tão real, e o cenário que o Cascão vive é tão intenso, que dificilmente palavras adiantariam. Para isso, tenho que derrotar aquele que causou tudo isso.

P.O.V Mônica Souza

Phóbius estava em minhas mãos.

— Agora, seu cretino, liberte os meus amigos ou você vai se dar mal!!

— Não se engane, garotinha.

Phóbius se dissolve das minhas mãos, e logo aparece em minha frente novamente.

— Eu não sou um ser vivo, um ser físico. Sou a entidade do medo, o que traz a dor, o sofrimento e o caos a todo ser vivo. Os meus poderes não seguem a casualidade.

— Eu não estou nem aí para o que você é! Apenas traga o Cê e o Cascão de volta!

— Eles estão num lugar bem longe agora. Acho difícil você vê-los.

— Cretino!! Você...

Num piscar de olhos, um clarão toma conta de Phóbius e ele desaparece. Fico sem entender, mas não creio que ele tenha fugido. E não era apenas isso que acontecia.

— Mas o quê...

Aos poucos, meu corpo sentia uma sensação estranha, e após, sinto meu corpo se desmaterializar. No mesmo instante, percebo que estou num lugar exótico, onde tinha várias montanhas ao norte, e os ventos eram suaves, ao mesmo tempo que traziam calafrios. Porém, creio que esses calafrios eram referentes ao ser que estava na minha frente.

— Está cansada, Mônica?

— Você é...

Não é possível, é Sairaorg! O monstro que tomou o corpo de João!!

— Isso mesmo, sou Sairaorg.

— Maldito!! Pare de ler meus pensamentos e devolva o João!!

— Hahaha!!! Pobre tola, apenas ajoelhe-se perante toda minha magnitude! 

Uma grande pressão cobre o meu corpo e imediatamente eu me ajoelho perante ele. Como pode eu, a líder da turma que já enfrentou seres especiais e todo tipo de ameaça, me sentir submissa e incapaz perante um simples demônio?

— Você é a razão das minhas dúvidas, Mônica. A alma que se permanece agitada dentro de mim, clama por você. 

— Como?!

— João ainda preza por você, mesmo estando morto. 

P.O.V Magali Lima

— LIBERE STEPHUS!!

Ao pronunciar tal feitiço, a figura que atormentava Cebola e Cascão surge em minha frente.

— Ei, eu conheço esse, essa... coisa!!

— Hmm? De onde, Cebola? Você o conhece?!

— A Mônica e eu enfrentamos ele no passado, mas conseguimos vencê-lo. Não acredito que ele está livre novamente!

— Então, você me teletransportou para cá. – Phóbius me encara fortemente. – Herdeira da casa de Hécate. Saiba que a garota que estava brincando agora estava prestes a testemunhar meu verdadeiro poder, mas jogar com um ser que vive no extremo poder das bruxas mais poderosas de várias eras, é algo muito mais divertido, kukuku.

Phóbius era um ser que vivia no mundo desde os primórdios do universo. Era até compreensível que soubesse quem eu sou, e de onde eu tinha descendência.

— Você já fez muito das suas, ser maligno! Eu não vou continuar permitindo que você cause mais problemas às pessoas!!

— Acha mesmo que alguns simples truques seus de magia, podem me destruir? Deixe-me mostrar algo, bruxa da casa de Hécate.

As correntes que cobriam seu corpo caem no chão, e lentamente, se dissolvem e tomam uma forma humana. Aquilo eram almas.

— Está vendo? Isso são almas que suas tataravós fizeram para me selar.

Graças ao conhecimento me concedido por tia Nena, sabia do que aquilo se tratava. Mesmo na Idade Média, a depressão já era uma doença existente, mesmo que ninguém soubesse o que era, e nem mesmo existia sua definição.

Contudo, várias pessoas, principalmente no Leste Europeu ou nos lugares onde se encontram o Japão e o continente asiático, suicidarem-se por medo, pois Phóbius as atormentava psicologicamente, às levando a extrema loucura. Tais pessoas que se suicidaram por conta do medo, tinha suas almas pelo controle de Phóbius.

Nessa mesma época, diferente do que se pensava, bruxas lutavam para proteger pessoas de demônios ou de fantasmas que atormentavam nações e povos. Minhas avós, Lelston e Phalena, usaram tais almas que estavam como meros peões nas mãos dele para limitar seus poderes, como forma de correntes, e o selaram para que Phóbius não tivesse como escapar do baú de Valentine, e dar um descanso as essas almas perdidas.

— Ataquem!

Todas as almas vêm em minha direção e na de Cebola. Crio uma barreira, onde todas essas almas se desfazem ao tocar, contudo, eram várias e totalmente incontáveis.

— O que está fazendo?! Aquelas almas vão nos atacar uma hora ou outra, temos que fugir!!

— Eles não fazem isso por vontade própria. Mesmo mortos, suas almas ainda são controladas pelo medo, e não têm seu descanso necessário. Não posso destruir essas almas ou deixar elas numa prisão eterna para deter esse miserável.

— Pequena tola! – Phóbius fala, com puro desdém de minha atuação. – Como pretende me bater, sabendo que essas almas são minhas escravas?

— Antes, minhas avós te derrotaram pois não sabiam como retardar seus poderes, porém Phóbius, eu sei como te dar um fim definitivo.

— Como?

— As almas, que são guiadas pelo medo, pelo terror, nunca tiveram um real descanso, contudo, fui ajudada a ter tais poderes, e um conhecimento que vai além da imaginação humana e científica.

Estendo a minha mão e recito um antigo feitiço, a qual tinha apenas uma finalidade: libertar almas que estavam aprisionadas.

— HAIZEN STORIUS!

Uma luz extremamente forte surge em meio aos céus que se encontravam escuros. Toda essa luz em forma circular, libera uma energia que purifica as almas que estavam ao chão.

— Mas como?!

— Phóbius, todas as almas antes aprisionadas, estão indo para o lugar de descanso. Todo esse terror, medo, que fazia você ter o controle dessas pessoas, tudo isso está se desfazendo.

— O que está acontecendo?! E o meu corpo...

Ao ser envolvido na luz, aos poucos o ser de Phóbius vai queimando, e se dissolvendo em meio a tal força.

— Essas almas foram libertas do medo. Porém, você é a personificação desse sentimento. Phóbius, se esse ataque purifica todas as almas da aura maligna e a transfere para um ambiente de paz, você que não possui nada de bondade e é a personificação do próprio medo, será apagado, para sempre.

— GAAAAAAAAAAHHH!!!!

— Incrível! – Cebola ao meu lado, relaciona perplexo.

— MALDITA SEJA, ANOMALIA UNIVERSAL! MALDITA SEJA A CASA DE HÉCATE!!

Phóbius me amaldiçoa como sendo a última ação de sua vida. Tal feitiço o reverteu ao nada. Aos poucos, tudo vai se desfazendo, e voltamos a nossa dimensão normal. Quando voltamos ao bairro do Limoeiro, Cascão repentinamente cai, desmaiado. Cebola vai e carrega o amigo em seus braços.

— Não se preocupa, ele está bem. Como Phóbius foi destruído, ele foi liberto do campo dimensional que estava preso.

— Maga, é incrível! Você recuperou seus poderes e os está utilizando de forma extremamente eficaz. Como conseguiu isso?

— Eu explico isso mais tarde. Agora, vocês precisam ir.

— Mas o que...

— Sem discussão, Cebola. PRIEDUS YOURSTIUS!!

Abro um portal com a simples força do pensamento, que os levaria a parte mais segura presente na terra. Para onde eu não sei, mas tal encanto serviria para deixá-los em um lugar que os demônios nunca alcançariam facilmente.

— Uma ameaça está prestes a surgir e vocês devem ficarem seguros. – Coloco minha mão sobre o seu ombro. – E diga ao Cas que depois disso, darei uma ótima surpresa a ele.

— Maga, tem certeza que não quer minha ajuda?

— Fiquem a salvo a partir de agora. E não escapem mais dos lugares que sejam confiáveis.

Rapidamente fecho o portal, pois a ameaça que estava prestes a aparecer era mais que ameaçadora. Era simplesmente, um dos maiores demônios que existia e um dos seres mais poderosos do universo. Sua figura, era tão poderosa, que literalmente aos poucos, todo o espaço-tempo e a terra tremia mesmo não se manifestando totalmente no local.

— Saia já daí, Astaroth.

— Oh, então já havia notado minha presença?

Aos poucos, Astaroth surge em carne e osso em minha frente.

— Só poderia ser você, herdeira da casa de Hécate. Realmente, depois de gerações, voltei a me encontrar com sua descendência.

— ...

Astaroth desce e ficamos apenas a dez metros de distância um do outro. A tensão tomava conta do ar.

— Quem diria que depois de anos, eu retornaria a terra, sem nenhuma interferência de vocês.

— Parece que minhas tataravós não lhe deram uma lição a altura. O que ganhará servindo a Sairaorg?

— Olha lá como fala. Apesar de estarmos em lado opostos, você ainda me deve respeito, neta. Meus genes, parte de meus poderes, existem em você nesse momento...

— Cale a boca!! Eu me recuso a aceitar que meus poderes venham de você, maldito!!

— Querendo ou não, parte de mim está em você! Sua avó Phalena era uma mulher extremamente fértil sabe...

— Já mandei você calar essa boca!!!

Repentinamente, o ataco com alguns raios que facilmente ele consegue desviar. Tais raios tinham o mesmo poder de um raio presente em tempestades.

— Ora, minha cara, acha mesmo que tais ataques tão lentos podem me alcançar ou me ferir? Se quiser me atacar efetivamente, tem que fazer algo parecido com isso aqui.

Astaroth levanta suas mãos e uma espada de chamas se forma nos céus. Ele empunha essa espada, e me ataca fervorosamente com vários ataques contínuos. Me esquivo com perfeição de todas as investidas feitas.

— Ora, parece que ganhou variadas formas de batalha também. Além do poder, ganhou habilidades marciais?

— Não seria uma bruxa completa se eu não soubesse ao menos algumas técnicas de luta.

Astaroth começa a dar várias risadas após eu dizer isso. Parece que ele estava se divertindo com o rumo que a batalha ia se dando.

— Tem razão, então atacarei com algo muito mais sério.

— Como?!

De uma forma rápida, sua energia maligna começa a crescer. Parece que toda a órbita planetária estava tremendo. Em suas mãos, um fogo extremamente vermelho estava se formando, e tomando conta de seu corpo.

Não, não pode ser!!

— Não podemos continuar aqui!!! – Estendo minhas mãos e as aponto para o seu ser. – PLANETUS STAETEIS!!!!

Rapidamente uma luz no envolve e nos teletransporta a um local vazio, totalmente sem vida, sem luz, parecendo com um deserto no fim de um pôr do sol. Ao mesmo momento que somos teletransportados, uma bola de fogo me atinge, e acabo voando para longe, caindo no chão. Lentamente, ele se aproxima de mim e observa o seu redor.

— Onde estamos? Aqui... não parece a Terra.

— Exato. – Respondo, lentamente me levantando perante ele. – Aqui é Triedus, um planeta inabitável localizado a bilhões de anos-luz da Terra. O calor que você está emanando nessa forma é absurdamente alto, e só sua presença poderia matar milhões de inocentes de uma só vez.

— Mas é claro. Eu simplesmente invoquei as chamas do inferno, que estão localizadas nas Ilhas de Tortura de Lúcifer. – Astaroth aos poucos vai formando algumas bolas de fogo em suas mãos. – Tais chamas possuem um calor de 200.000 graus, que seria quase igual a um calor 34 vezes maior que o do Sol. Parece que você também se revestiu de um poder especial, capaz de resistir a tal temperatura. É realmente incrível.

Astaroth tinha razão. Caso eu não tivesse revestido meu corpo de uma magia que impede o calor de me alcançar. Eu já estaria morta a muito tempo.

— Esse planeta, também será o seu túmulo, Astaroth!!

— Essa eu pretendo ver.

O demônio rapidamente me ataca com várias bolas de fogo, que eram direcionadas a mim sem cessar. Mesmo conseguindo desviar, sua velocidade era extremamente alta, a ponto de causar vários rasgos no espaço-tempo, e seu calor era tão árduo, que todo o planeta entrava em um cataclisma ambulante.

Droga, não posso ficar me esquivando apenas, preciso reagir!

Rapidamente, sussurro bem baixinho um feitiço fazendo uma parede de gelo surgir em minha frente me protegendo de todas as bolas de fogo, dissipando-as totalmente.

— Impossível! Como...?

— Essa é a parede de gelo eterna. Uma invenção executada pelos antigos feiticeiros para proteger de qualquer ataque climático. Apenas mudei sua forma para que me protegesse de seus ataques.

— Podem até te proteger de minhas bolas de fogo comuns, mas não te protegerá disso!!

Astaroth flutua para o alto e, em suas mãos, uma gigantesca bola de fogo se forma, muito maior que as antigas. Emanando um calor ainda maior que antes, a bola de fogo cresce cada vez mais, a ponto de ficar do tamanho da lua.

— Não escapará disso, netinha. Não se esse planeta for completamente destruído!

— Droga!! Nem a parede me protegerá disso!!

Consumindo a parede de gelo completamente, a bola de fogo se encontra no solo do planeta e, cada vez entrando em contato com o mesmo, causa uma destruição tão imensa e incalculável, que o planeta explode, totalmente.

P.O.V Astaroth Fireclaus

Todo o planeta reduzido as cinzas.

Tudo por minha causa.

— MUAHAHAHAHAHAHA!!!!

Não canso de rir em pensamentos. Um planeta destruído por minha causa? Quem diria que me divertiria tanto!! Ainda mais porque a luta ainda não tinha acabado.

— Não tente esconder sua presença, linda netinha!

— Já disse que não sou sua neta!!

Envolta em um campo de força roseado, Magali se contata comigo telepaticamente. Estamos no espaço sideral, onde não se tem nenhum oxigênio. É impossível pronunciar uma só palavra.

— Maldito! Variadas formas de vida poderiam se desenvolver ali. Não mostra remorsos ao destruir um planeta inteiro?

— Remorsos? Acha mesmo que um simples sentimento humano existe em mim? Eu sou Astaroth, um dos grandes reis infernais!

— Não deixarei que continue com tanta destruição! Honrarei a casa de Hécate!!

— Humpf, por qual razão? Magali, você não é uma bruxa. E sim uma anomalia. Metade bruxa, metade filha do fim... Um ser único existente no universo. E dotada de poderes tão maravilhosos, que enfrentam os meus em igualdade.

— ...

— Junte-se a mim. Sei que deseja descobrir mais de sua identidade, de seu ser, a razão de você existir. Você é muito maior do que isso. Se una a mim, e junto com Sairaorg, conquistaremos todos os reinos de todos os universos!

— Astaroth, mesmo que não tenha certeza sobre mim, ou sobre o que devo fazer, sei o que posso fazer agora! – Desfazendo do campo de energia e entrando em posição de luta. – O meu dever, é acabar com sua existência, e a de Sairaorg!

— Você tem a mesma determinação de Phalena. É incrível como você é uma cópia exata da personalidade de sua tataravó.

— Sim, porém com motivações diferentes. Ela queria te proteger, já eu, desejo te destruir!!

Magali me ataca com vários ataques de energia, que seriam capazes de destruir vários planetas e estrelas de toda uma galáxia facilmente. Esses ataques não se comparavam aos ataques que eu fiz em Triedus. Ela realmente escondia ainda todo um poder desses?!

— Já que deseja aumentar a dose da batalha, que seja feita teu querer!! Te atacarei com todo meu poder destrutivo, prepare-se, anomalia! O meu ataque Hiper Destrutive acabará com você.

— Como eu já te disse, Astaroth. Não deixarei que faça mais das suas!!

Parto para um confronto de punhos, que enfatiza o combate corporal. Vários socos são altamente defendidos pela Magali, que me revida a cada ataque feito. No espaço sideral, o impacto de nossos golpes se chocando vai causando várias destruições de estrelas que cercam o local, as levando cada vez a escuridão. Magali repentinamente, com um punho reforçado de fogo infernal concentrado com um feitiço de aumento de força, me soca no estômago, que acabo me chocando a um asteroide que ali passava. Extensas bolas de fogo vêm em minha direção, contudo consigo desviar todas elas com muito esforço. Cada bola de fogo atinge planetas e sóis que cercavam o local, os levando para seu inevitável desaparecimento.

— Você consegue invocar chamas do mundo infernal?!

— Infelizmente em meu sangue corre genes demoníacos, porém diferente de você.

Uma batalha desse nível. Quando aceitei a proposta de Sairaorg, só queria causar destruição, e lutar com anjos e os torturá-los de forma infernal, mas estar aqui e lutar com minha descendente, e me deleitar na batalha tão rapidamente, é algo que nunca pensei que ia presenciar. Em minhas mãos, uma energia contendo todo o meu poder demoníaco, de forma azulada, é direcionada a minha descendente. Em contrapartida, ela aparentemente faz o mesmo, porém sua energia era totalmente esverdeada. Ela joga sua energia contra mim, e os poderes se chocam. Todo o universo treme com o choque de poderes, e várias galáxias vão nascendo no choque, e se desenvolvendo a milhares de anos-luz de nós.

— Não acredito, é incrível!! O choque de poderes é tão grande, que estamos dando início a possíveis novas vidas! Seres que ordenados corretamente, podem ser melhores que humanos e anjos!

— Esse é o poder da criação, Astaroth. Se você me ataca com a destruição, eu te devolvo com a criação, a luz, a vida.

— Quem diria, anomalia. Refez um big bang apenas para que impedisse que tudo fosse destruído. Um big bang, um fenômeno que apenas Deus conseguiu causar desde antes do nascimento de Lúcifer...

— Não gosto de imitar ao grande Deus, pois seu ser e divindade é único. Sou uma simples mortal, que não quer mais ver destruição em massa.

— Muito honroso. Mesmo com seu poder atual, capaz de derrotar até mesmo arcanjos, sua lealdade é inabalável. Porém...

Aos poucos, meu poder empurra sobrepujando o dela, e ela se sente pressionada a recuar.

— Eu sou poderoso, um dos grandes reis infernais. E você, não passa de uma anomalia. Sem identidade, sem objetivos, e se esforça para proteger esses humanos tolos.

— Não! Você está errado!

— Como?!

— Astaroth, mesmo que atualmente eu não tenha certeza do que sou, de quem eu sou, tenho pessoas comigo, que me amam, e que fariam de tudo para que eu seguisse em frente.

Aos poucos, várias imagens de variadas pessoas se formam atrás de Magali. Inclusive...

— Phalena, meu amor...

— Se eu recebi todo esse poder, toda essa sabedoria, experiência, é porque confiam em mim.

— ...

— Todas essas pessoas, que estão me dando forças, é a descendência da casa de Hécate, a família de feiticeiras que existe desde tempos imemoriais.

— Percebo. Hécate, Phalena, Uzisterá, Diana,Yuzuy, Tiara, Lelston, Nena, e agora você.

— Percebi que conhece algumas das pessoas que forma essa família.

— De fato... Os poderes vão aumentando, fluindo ainda mais, é por elas que você luta...

Toda minha energia aos poucos vai se desgastando, e a vantagem que era minha, aos poucos vai cedendo a filha do fim mais poderosa da história. Essas almas todas se juntam ao corpo de Magali e uma extensa e incrível aura vermelha cobre o seu corpo, e sua energia cresce de forma exponencialmente alta, ficando dezenas de vezes maior que antes.

— MORRERÁ PELA CASA QUE UM DIA TE CUIDOU, UM DIA TE DEFENDEU! SE NÃO ÉS GRATO PELAS ATITUDES DA CASA DE HÉCATE, E TENTA ATACAR OS MAIS FRACOS, NÃO É JUSTO QUE SOBREVIVAS! YOURTE CRESTUSI!!!!

— Então era isso, Phalena... Aqueles que lutam pelo bem, pelos outros, sempre irão triunfar sobre mim, mas saiba de algo, Magali... Nem mesmo, dezenas de vocês, vencerão Sairaorg... A não ser que Deus desça dos céus, ele jamais será derrotado...

A energia me consome, e aos poucos, vou perdendo a consciência. As primeiras vezes que vim ao mundo exterior, saindo da dimensão de Lúcifer, tomava emprestado o corpo de um ser vivo, e era extremamente proibido de vir ao mundo real com meu verdadeiro corpo. Agora entendo Lúcifer. Você sabia que eu seria destruído. A minha sede de sangue, um dia se voltaria contra mim, e levaria a minha total destruição. Toda a força de Magali explode, cobrindo todo o meu corpo, e levando a meu total fim.

P.O.V Magali Fireclaus (Descendente de Astaroth)

— É o fim...

Voo ao planeta mais próximo que se encontrava a 800 milhões de quilômetros de onde me encontrava. Voo rapidamente e em trinta segundos pouso no local. Era um planeta habitável assim como Triedus, onde se tinha uma vista incrível de flora e fauna, e sua beleza era tão encantadora quanto a da Terra em épocas jurássicas. Caio de joelhos no chão, pois todas as minhas forças foram exaustas nesse combate. Nem mesmo forças para executar um novo feitiço de teletransporte eu tinha mais. Aos poucos vou perdendo a consciência...

— Estou muito cansada, preciso descansar, mas antes... Priedus Yourstius

Caio no chão, e lentamente, um portal se abre e suga o meu corpo. Apenas isso que vejo, antes de cair completamente num sono profundo.


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Notas finais do capítulo

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