Together By Chance 1ª Temporada escrita por Shiryu de dragão, M F Morningstar


Capítulo 46
Ficarei Com Você


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal, desculpem a demora. Tenham um ótimo capítulo!!!!



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P.O.V Laura Styles

Abro levemente meus olhos ao despertar de um sono profundo. São oito da manhã e todos da casa estão dormindo. Ótimo. Pego 14 reais da minha mesada e parto para a praça do bairro. Chegando em um restaurante, peço uma marmita composta de arroz, feijão e carne frita. Espero e em dois minutos a comida está pronta. Rápido e eficiente, não? Pego a comida, pago e de lá mesmo, vou para um dos locais mais perigosos da cidade, o presídio Entaurus.

**********************

— Você vêm aqui toda semana Laura. Realmente você gosta muito de seu namorado.

— E-ele não é meu namorado Clóvis, você sabe disso. - Digo corada.

— Hahaha, está bem. Jean, leve ela até a sala de visitas.

Clóvis era o chefe do presídio e era uma pessoa muito gentil comigo e até mesmo com os próprios presidiários. Claro que tinha alguns encrenqueiros, mas a maioria era até gente fina. Chego no local de visitas, e Toni já está lá a minha espera. Sua expressão é uma mistura de felicidade, alívio e vergonha ao mesmo tempo. Felicidade por não estar sozinho, alívio por ter com quem conversar e ter apoio, e vergonha por causa que apesar do que ele fez comigo e com o pessoal,eu ainda estou a ajudá-lo. Não sei como, mas de alguma forma consigo sentir essas coisas nele.

— Hoje eu trouxe um almoço básico: arroz, feijão e batata frita. Espero que goste.

— O-obrigado, fico muito feliz.

Um silêncio dura alguns segundos e eu olho para sua cara. Ele geralmente evita trocar olhares diretos comigo.

— Então... por quê não foi com a turma para o acampamento? Dizem que foi legal por lá.

— Não fui pois senão ninguém viria aqui ficar com você.

— Entendo...

De fato, ninguém vinha visitar o Toni. Amigos, parentes ou nem mesmo seus pais o visitavam.

— Me desculpe, Laura.

— Por?

— Eu te iludi, brinquei com você como se fosse nada, te magoei e te machuquei. Fiz você chorar, e agora que perdi tudo, logo você vem me ajudar. Eu...

De fato, o Toni fez tudo. Eu fui alvo de uma aposta dele com os amigos dele, e isso me machucou bastante. Eu raramente me apaixono, quer dizer, para falar a verdade, nunca tinha gostado de um menino. E me apaixonar e de cara ter uma decepção dessas, foi bem duro.

— De fato, foi bastante complicado, mas tem uma razão por estar aqui. Eu não guardo rancor de ninguém.

Toni de repente me olha atônito. Parece que o assustei com algo, mas continuei falando.

— A vida é passageira e cada um comete erros e acertos, então por quê guardar mágoas? Rancor, ódio, são apenas sentimentos vazios e diabólicos que nos atrapalham em convívio com nossos próximos. Eu já errei várias vezes nessa vida, e já errei em momentos que atrapalharam e prejudicaram vida de algumas pessoas, e essas pessoas não guardam rancores de mim. O que eu não quero para mim, não faço para os outros, simples.

Toni me olha com uma face de admiração e surpresa. Fico um pouco vermelha, mas falei a verdade, quer dizer, ao menos eu penso assim.

— Nunca imaginei como você alguém existia.

Conversamos mais alguns minutos, e logo um guarda aparece avisando que o horário de visita tinha acabado. Toni é levado novamente até a cela e eu volto para a entrada do presídio.

— Realmente vocês são apegados, não são? - diz Clóvis, chefe do presídio

— Não é bem assim, é que todos seus "amigos" o abandonaram, então não quis deixa-lo só. Sei bem como é chato e doloroso se sentir sozinho. - Digo e ele me encara seriamente.

— Te faço um pedido, moça: não o deixe só.

— Hum?

— Eu vejo naquele garoto esperança dele ter algum futuro, mas se ele for sozinho como me falas, é complicado ele seguir um bom caminho. O mais provável é que ele volte a ser pior quando sair daqui.

— Ele já tem previsão para saída?

— Sim, daqui a três ou quatro meses por ser réu primário. Mas não conte isso a ele.

— Sim, está bem.

Saio do presídio pensando em como deve ser duro enfrentar os problemas da vida sozinho. A verdade é que ninguém se volta para o lado do "mal" por achar legal machucar e ferir pessoas. Muitas vezes isso ocorre por ambiente familiar e toda uma questão social. Digo: onde o Toni cresceu? Como foi a vida dele? Será que ele foi sempre solitário?


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Notas finais do capítulo

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