Together By Chance 1ª Temporada escrita por Shiryu de dragão, M F Morningstar


Capítulo 67
Um Passo Ao Campo De Batalha


Notas iniciais do capítulo

Olá Amores!!!
Capitulo fresquinho para vocês
Espero que gostem!

Lista de Poder De Personagens:
1- Deus (100 pontos)
2- Lúcifer (90 pontos)
3- Sairaorg; Arcanjo Gabriel (85 pontos)
4- Dona Morte (80 pontos)
5- Magali (75 pontos)
6- Astaroth; Belzebu (73 pontos)
7- Monique (60 pontos)
8- Jehudiel; João (45 pontos)
9- Selene; Ângelo (20 pontos)
10- Dimitry (18 pontos)
11- Ipes; Capitão Feio (15 pontos)
12- Mônica (10 pontos)

Boa leitura!!!!
— Monike



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/672544/chapter/67

P.O.V Monique Lockwood (Asuna)

Hellfihaim...

Quanto tempo já faz que eu não coloco meus pés aqui.

A floresta sombria e o céu nublado continuam me sendo tão familiar e harmonioso.

Eu estou em casa... Não a que me fez, mas a que me deu um lar, a qual me fez ser a Andarilha Dos Sonhos mais forte já existida.

— Vamos lá, Monique. É só encontrar o Caim na biblioteca de livros enfeitiçados e lar de todas as poções. – Sussurro para mim mesma assim que termino de atravessar a floresta, chegando até as escadas enormes que dariam ao enorme castelo de pedras escuras de Lúcifer.

Adentro as enormes portas de madeira vermelha, tomando o lugar que eu mais conhecia, a biblioteca encantada. Assim que chego lá, entro e me deparo com o garoto de cabelos pretos e olhos também pretos com faíscas em vermelho – fogo –, ele me olha e logo sorri, mostrando todos seus caninos afiados.

— Olá, Caim. – Digo também sorrindo.

— Asuna, que bom que veio logo. – Ele vem em minha direção me dando aquele abraço que me tirava do chão e girávamos.

— Você ama me erguer do chão. – Digo e ele sorri malicioso.

— Ainda que é em um abraço e não fazendo outra coisa. – Reviro meus olhos, mas acabo rindo. Eu já estava acostumada com essas atitudes, viver com demônios por anos..., é você acostuma com o humor malicioso deles.

— Pervertido. – Ele ri e depois volta para a bancada que ele se encontrava anteriormente. – Mas então, me chamou aqui para o que? Não parece que foi só por saudades de uma beldade como eu. – Digo brincando e ele sorri novamente. O bom dos demônios, é que você nunca consegue ficar triste, de alguma forma eles sempre tiram sorrisos e risadas suas, por conta do humor brincalhão e malicioso deles, um ótimo humor. Diferente do humor sem graça dos anjos, que ficam sempre sérios, como se ser engraçado fosse um pecado.

— Eu estava checando umas coisas e assim como você sabe, hoje será o grande dia, então pesquisei e fiz algumas poções para ampliar mais seus poderes, afinal como você ainda tem essa forma humana... – Sinto a repulsa dele ao dizer a palavra “humana”. – Sua força de andarilha não está completa.

— Você está me assustando dizendo que preciso ampliar mais. – Digo com um riso nervoso.

— Nós dois sabemos o quanto você cansa quando usa demais de seus poderes, cada ajuda é bem-vinda. Eu gostaria de ir, mas nós dois sabemos que se Sairaorg me ver, ele me mataria em um olhar. – Ele diz e eu concordo com a cabeça. – Não que eu tenha medo dele, mas quero permanecer vivo ainda.

— Eu sei, mas o que tem em mente para mim? – Pergunto.

Caim logo começa a me mostrar todas as suas pesquisas e o que ele conseguiu elaborar para me ajudar.

~~~~~*~~~~~

Caim já havia me preparado para a batalha, confesso que sinto que estou mais forte, mas ainda acho que não é o suficiente...

Ando pelos corredores sem entender porque ainda permanecia naquele castelo e não tinha voltado a Terra. Paro em frente a porta do grande salão, aquele salão onde havia o trono de Lúcifer e sua parede de gelo que mostrava tudo o que ele quisesse.

Por que não entra?— Uma voz ecoa pela minha mente.

Ele sabia que eu estava parada em frente à sua porta.

Era óbvio que ele sabia!

Antes que eu me virasse e tivesse tempo de fugir dali..., a porta se abre.

Não posso mais fugir... Ótimo...

Entro naquele breu, a única iluminação, que era pouca, era do gelo e que surpresa, era eu quem o gelo mágico mostrava. Levo um susto assim que escuto o barulho das grandes portas se fecharem atrás de mim. Eu não tinha medo de Lúcifer, eu apenas me sentia estranha quando estava com ele... De alguma maneira, tínhamos uma ligação, não sei se ele sentia isso também, mas eu sentia.

— Vejo que Caim te mostrou alguns de seus brinquedinhos novos.

“Não malicia, Monique. Não malicia.” Isso era tudo o que minha mente conseguia pensar para tentar afastar qualquer pensamento impuro que pudesse surgir em minha mente.

Merda... Por que eu passei tanto tempo nesse lugar perverso? Será que virei uma pervertida que nem eles?

— É engraçado ouvir sua mente. – Escuto uma risada gostosa vindo da direção do altar, as tochas de cor avermelhadas acendem e iluminam seu rosto. Não era uma alta iluminação, mas via ele e seu olhar penetrante a luz vermelha.

— Ler minha mente te torna um pervertido. – Digo e ele sorri. Ele quase nunca sorri, quer dizer..., quase nunca mais sorria depois daquele dia em que separamos nossos caminhos de vez. Será que tem algo errado?

— De certa forma, todos demônios são. Por que o Rei deles seria diferente? – Ele tinha certa razão. Observo-o levantar e andar a passos lentos em minha direção, eu estava parada observando aquele corpo tão... quente.

Castiel ficaria irado se soubesse tudo o que eu acabo e já acabei vendo no Inferno. Pior, ele iria querer vir aqui bater em todos.

— Esse humano realmente te conquistou. – Ele diz sério, era impossível saber o que ele sentia. – Algo que eu nunca poderia tentar... – Ele sussurra, mas eu acabo escutando por conta do silencio na sala.

— Eu... – As palavras fogem da minha boca.

— Não precisa dizer nada. Apenas me deixe te dar um presente. – Ele sussurra já estando em minha frente.

Lúcifer se aproxima de mim pegando em meu queixo me fazendo ficar a centímetros de seus lábios, mas sem encostar. Sua outra mão percorre meu braço e logo escuto barulho de serpentes, elas sobem em meu corpo, enrolando-se em todo meu corpo, braços, pernas, cintura, mas sem machucar ou apertar. Elas não eram serpentes normais, eram de magia.

As serpentes evaporam com o tempo me fazendo sentir que a minha magia aumentará. Sinto que agora estava preparada para a batalha. Eu não perderia tão fácil!

— Há algum tempo poderíamos ter sido amantes... – Ele sussurra, meus olhos permaneciam fechados e eu ainda sentia seu toque e calor emanando. – Mas eu não serei egoísta, não com você... – Eu queria falar algo, mas não conseguia. – Você sempre será a minha Rainha, mesmo que o seu Rei seja outro agora. Até mais, LightMare.

— Lorde? – Sussurro assim que seu toque some.

Abro meus olhos e observo que me encontrava já na Terra. Ele havia me mandado de volta para cá.

Eu nunca consegui entender ele realmente.

Para todos, ele parecia intocável, frio, egoísta, maléfico. Mas para mim... ele nunca foi nada disso, ele me deixou entrar nas suas portas mais profundas e trancadas. Por mais que ele tenha me afastado, eu trilhei caminhos que ninguém trilhou, caminhos que ele nunca permitiu alguém chegar antes.

Lúcifer tinha um coração. Não para todos e não demonstrava de maneira perceptível, mas tinha. É apenas questão de olhar nos detalhes, mesmo nos poucos.

O engraçado..., é que eu sempre amei os detalhes.

~~~~~*~~~~~

A balança já estava presente, andarilhos dos sonhos, duendes, ogros, lobos, fantasmas, e a Dona Morte. Aqueles que não estavam presentes seriam informados por aqueles que participaram.

— Logo a batalha chegará, mas ainda há muito o que se fazer. Quero que os duendes, ogros, lobos e fantasmas se espalhem pela Terra tentando eliminar o máximo dos demônios possíveis. Andarilhos procurem os portais espalhados e os desconjurem. – Digo e eles começam a se espalharem após minha ordem.

Você fez o certo, eles não teriam chance no campo.— Dona Morte diz para mim com sua voz sussurrada e que entra na sua mente.

— Eu sei. Os Andarilhos até teriam chance, mas quem pararia os portais espalhados? – Digo mais para mim que para ela.

Eu estarei no campo, deterei os demônios inferiores mais fortes.— Concordo com a cabeça.

— Eu sei muito bem que não te verei, seu estilo de “luta” é atacar como um fantasma. – Digo e sinto que a Dona Morte sorri por baixo de seu capuz, mesmo que eu nunca pudesse ver seu rosto.

Você se sairá bem, mas prefiro não me misturar muito com as tropas de Lúcifer, assim como você. Tenho um lado preferível.— Ela diz e eu concordo com a cabeça, quem visse a Dona Morte, acharia que ela não era muito de conversar, mas na verdade, com os Andarilhos Dos Sonhos ela sempre conversou.

Eu sinto que ela acaba se isolando por ser a única de sua espécie, então prefere ficar sozinha. Por mais que os Andarilhos também sejam solitários em algumas partes do tempo, tentamos incluir ela sempre que possível.

Não existiria um equilíbrio sem ela. Por algum motivo, todos nós acreditamos que foi a Dona Morte quem criou a raça de Andarilhos dos Sonhos, mesmo que nunca tivemos coragem de pergunta-la sobre isso. Ela está nesse mundo a mais tempo que qualquer um.

Tenho muito trabalho a fazer, criança. Se cuide no campo de batalha, sua humanidade ainda é mortal. — Devagar, ela some como uma nevoa no ar se dissolvendo até não restar nem a nevoa.

É hora minha hora de ir. Encontrar com a tropa que Lúcifer me enviou.

~~~~~*~~~~~

— Lensiel, Kastel, Morran, Kalisto, Hells. – Digo assim que vejo os cinco filhos de demônios maiores em minha frente. O motivo de eu conhecer o nome dos cinco, é porque eles eram os demônios que eu mais tive contato no castelo.

— É incrível como você só fica mais bela a cada tempo que passa. – Diz Morran pegando na minha mão e me girando enquanto assobia. Eu sorrio pela sua atitude e por poder vê-la de novo, na verdade, ver a todos novamente. Ela tinha cabelos vermelhos ondulados, olhos de gato na cor verde, pele feito mármore. Morran era filha de Leviatã.

— Ei, pare de babar por nossa demoninho em fase de crescimento. – Diz Kalisto me dando um enorme abraço. Kalisto havia se tornado como uma irmã para mim, ela sempre tentava me proteger no Inferno mesmo sabendo que sou imortal. Seus cabelos brancos com sua pele roxa eram lindos, assim como seus olhos rosas. Ela era filha de Asmodeus.

— Já chega vocês. Ou vamos acabar fazendo uma suruba de reencontro. – Diz Hells irritado, mas no fundo eu sabia que ele só estava irritado por eu ter ido embora sem dizer nada a ninguém. Hells, assim como Kastel (seu irmão), tinha cabelos castanhos, pele branca cintilante, mas a diferença estava nos olhos, Hells tinha olhos azuis e Kastel olhos amarelos, ambos filhos de Azazel.

Por último, havia Lensiel, eu já havia me encontrado com ele, pois foi ele quem me avisou que eu lideraria a tropa de Lúcifer. O que dizer de Lensiel? Sim, ele era lindo, assim como todos os demônios. O filho de Mammon, Lensiel, tinha a pele negra com cabelos dreadlock escuros e olhos pratas.

— Vai vir mais alguém? – Pergunto e eles concordam com a cabeça.

— Os demônios guerreiros, mas resolvemos vir na frente. – Diz Lensiel e eu lembro de quais demônios ele se referia. Os demônios guerreiros nada mais são que os demônios médios que parecem humanos a menos pelo fato de terem asas escuras.

— E ainda, acho que vai vir alguns vampiros, feiticeiros, licantropos. Ah, e as fadas também, mas apenas para proteger. – Diz Kalisto. Por mais que os submundanos não fossem ligados a Lúcifer, eles não queriam ver o fim da Terra, pois todos eles tinham interesse em algo daqui.

— A colina não é muito longe daqui, é só continuarem subindo. Se quiserem ir indo. Eu ficarei aqui para checar se não terão armadilhas que possam nos pegar de surpresa se tivermos que correr. – Explico e vejo a careta de todos.

— Por que fugiríamos? – Pergunta ofendido Hells.

— Não sabemos se poderemos vencer. Sairaorg está mais forte graças a Belzebu, Astaroth e Naamah. – Digo, mas eles ainda estavam irritados por eu ter sugerido uma fuga.

— Você nos conhece muito bem para saber que não fugimos de uma luta. – Fala Kastel, eu suspiro vencida.

— Eu sei, mas não custa tentar.

Logo que eles foram, voltei ao meu foco pela floresta de achar qualquer sinal de magia que poderia nos prejudicar, para assim, desarmar.

P.O.V Ângelo Trindade

Eu andava apressadamente pelo castelo onde toda a turma se encontrava. Havia pedido para todos me encontrarem no salão porque eu tinha algo importante para falar a eles.

Assim que chego no salão, encontro todos, menos a Magali e Mônica.

— Bem, mesmo que nem todos estejam presentes, eu... – Antes que eu completasse a minha fala, escuto o barulho de um portal acima de mim, perto do alto teto do salão. Voo e pego uma Magali desmaiada. Ela estava exausta!

— Maga! – Grita Cascão desesperado vindo até mim quando eu paro no chão com a Magali ainda em meus braços.

— Ela está bem, só cansada. – A levo até a um dos sofás que tinha no salão e a deito. Coloco a minha mão na cabeça dela a dando um pouco de força para acordar.

— Ah... onde estou? – Pergunta ela abrindo lentamente os olhos.

— Está segura. – Diz Cascão se aproximando da namorada.

— O que aconteceu? – Pergunta Cebola também se aproximando da comilona.

— Eu... derrotei Astaroth. – Ela diz e eu logo a encaro surpreso assim como todos ao meu redor. Astaroth era muito mais forte que uma feiticeira, eu sei que ela é a herdeira da casa de Hécate, mas... ainda assim é surpreendente como ela conseguiu. Mesmo que eu tenha milhares de perguntas, é melhor deixá-la descansar e perguntar mais tarde.

— Bom trabalho. Agora você precisa descansar. – Digo a ela e ela concorda com a cabeça fechando um pouco os olhos.

Cascão fica segurando a mão dela enquanto está ajoelhado ao lado dela. Cebola havia trazido uma manta de não sei que lugar que ele havia achado, apenas para cobrir a amiga, cuidando do conforto da mesma.

— O motivo ao qual reuni todos aqui, é porque conjurarei uma barreira de proteção para que ninguém saia e ninguém entre além dos anjos. Como a proteção com anjos daqui estará menor, por conta da batalha, a barreira protegerá a todos. Vocês poderão olhar a batalha pela parede de magia a sua frente. – Aponto para a barreira que no momento apenas brilhava num tom dourado perolado. – Quando chegar a hora, vocês poderão acompanhar. Enquanto isso, terei que ir para procurar a Mônica e me preparar para a batalha.

— Eu não vou ficar aqui parado enquanto a Monique está lá! – Grita o Castiel totalmente irado partindo para cima.

— Eu também não quero perder uma luta! – Diz DC decidido de que iria também.

— Eu sei, por isso... – Meus dedos começam a brilhar e eu jogo a magia nos dois, fazendo-os desmaiar. – É só para eles não cometerem nenhuma idiotice, eles irão acordar quando a barreira de proteção celestial estiver erguida.

Sem mais delongas, eu saio do salão. Peço ajuda para outro anjo que ficaria protegendo o local para assim eu conjurar a barreira mais rápido e poder partir.

Depois de pronta, voo para a Terra, afinal, eu tinha que encontrar a Mônica.

O meu exército logo viria, inúmeros anjos guerreiros e alguns arcanjos. Se viria algo mais forte? Eu não saberia dizer, ainda não haviam me comunicado sobre quase nada, apenas que era para eu achar a Mônica e para me preparar porque logo iria começar a batalha final.

P.O.V Mônica Souza

— Não importa o quanto seja difícil, eu vou trazer o João de volta. Ele não está morto! – Grito com ódio, aquele demônio escroto... Como gostaria de ter mais força para bater nele.

— É mesmo? – Ele parece se divertir.

— Eu sei que o João está aí dentro. Se ele clama por mim, só mostra o quanto estou certa. – Rebato e ele continua com aquele sorriso maligno.

— Mesmo se ele tivesse, eu sou muito mais forte que ele. – Era impossível ter algum diálogo “normal” sem sentir nojo daquela figura que se encontrava a minha frente.

— João... Não escute ele, você consegue retomar o controle, só seja forte. – Digo tentando me levantar mesmo com a força mágica que me mantinha de joelhos.

— Oh, Mônica! – Meus olhos brilham ao ouvir a voz de João e ver o rosto dele reaparecendo no lugar daquele monstro. – Mônica, é você?

— Sou eu. – A força que me mantinha no chão havia desaparecido. Me aproximo até João. – Você conseguiu! Você realmente conse.... – Assim que me aproximo dele, Sairaorg retorna e coloca sua mão no meu pescoço me enforcando um pouco me tirando do chão.

— Como você é tola! – A risada dele ecoava por toda a colina. – Você realmente pensou que era o João? Como pode ser tão burra?!

Eu não sabia o que dizer..., ele estava rindo por ter conseguido me enganar e eu me sentia humilhada... Ele realmente me enganou apenas se parecendo com o garoto por quem me apaixonei e me importo.

— Mônica, Mônica. Achei que como líder da turma fosse mais inteligente. – Ele me joga com força em uma mesa de pedra que apareceu rapidamente e logo conjura raízes que me prendem a mesa.

— Me solta! – Grito com raiva, me sinto uma inútil, sem força. Sou um nada comparada a ele. Eu não consegui nem despertar o João dele, como posso me salvar dessa?

— Vou adorar me divertir com você... Coisa que o João não foi homem para fazer. – A risada dele só aumentava assim como seu sorriso malicioso.

Fecho meus olhos torcendo para que tudo passasse.

P.O.V Selene Schlüter

Estava pelas árvores procurando qualquer criatura ao redor da colina em que Sairaorg Gremory se encontrava, eu precisava eliminar qualquer ser que aparecesse contra ele. Escuto barulho de passos em gramas e galhos caídos ao longo das árvores. Pulo de árvore em árvore rapidamente até chegar ao ser, logo o atacando.

— Ahhhhhh! – Grito ao atacar, mas quando eu ia acertar a pessoa, ela teleporta para outro lugar me fazendo cair de cara no chão.

Me levanto em posição de ataque e encaro o ser, era uma garota, mas eu sabia que não era apenas uma humana, ela era um Andarilha Dos Sonhos.

— Por que está me atacando sem motivos, Selene? – Tento ataca-la de novo sem me importar com o motivo dela saber meu nome.

— Qualquer aliado aos anjos é meu inimigo! – Grito e ataco-a novamente agora arranhando seu braço esquerdo levemente, mas que logo se cura.

A ataco ferozmente e rapidamente com minhas garras, ela pulava e desviava quase que perfeitamente, mas mesmo quando eu a acertava, sua cura era muito rápida, algo surreal para apenas uma Andarilha com forma humana ativa. Ela usava a defesa como seu ataque, assim que eu ia pular nela, ela desviava e eu acabava me batendo em algum tronco. Mesmo assim, eu não desistiria de tentar derrota-la, custe o que custar, nem que eu morra tentando, afinal, não me importo mais com a minha vida, só me importo com a minha vingança.

— Chega! – Ela grita fazendo o chão tremer, logo os pássaros que estavam parados próximos voaram para bem longe assustados, dava de ouvi-los ao longo da montanha que dava a uma colina, ao redor tinham mais montanhas. Ela conjura flores que me prendem me impossibilitando de me mexer. – O que os anjos fizeram? – Ela pergunta tranquilamente se aproximando de mim.

— Isso não te interessa! Eu vou acabar com todos e você não vai me impedir! – Rosno com ódio.

— Se não quer me dizer, irei descobrir por mim mesma. – Ela coloca suas mãos na minha cabeça e fecha os olhos.

Logo começo a relembrar quando estava vivendo minha vida feliz com meu amado, Gabryll. Em como tudo estava tão belo, tão tranquilo. De repente, aquele arcanjo aparece, ele arranca o coração do meu amado apenas por ele ser um subjugado. Eu lembro da expressão de divertimento do arcanjo ao ver meu sofrimento, o sofrimento de alguém com sangue demoníaco. Eles dizem que os de sangue de demônio são cruéis, mas eles são piores! Eles se sentem superiores sendo que todos os demônios e com sangue de demônios também tem sangue angelical, a diferença é que nosso sangue tem a magia obscura criada da magia angelical.

Ela me solta e eu caio no chão aos prantos, com ódio e o meu coração, que por mais que não bata mais, dói.

— Eu, mais do que ninguém, sei o quão cruel os anjos podem ser... – Ela diz e eu olho em seus olhos que pareciam querer me deixar transparecer todo o sofrimento que ela já passou, não para eu ter pena dela, mas para eu saber o quanto ela me compreendia. Ela não era do lado dos anjos!

— Eu não me importo mais com esse mundo... Gabryll me ensinou o que é amar de verdade, como é ser feliz sem precisar ter que matar os humanos por beber todo o seu sangue sem sobrar uma única gota. – A garota que eu não sabia o nome, ainda me encarava como se tivesse uma ideia.

— Você... me disse que ele arrancou o coração do seu amado. Por acaso ainda tem o corpo e o coração? – Ela me pergunta e eu ainda a encaro sem entender.

— Tenho. – Digo e os olhos azuis claro dela começam a faiscar preto.

— Me leve até ele!

~~~~~*~~~~~

Eu observava-a conjurar magias que eu nunca ouvira antes na vida. Ela não parecia uma Andarilha normal, nunca vi aquele tom preto avermelhado em magias de nenhuma outra Andarilha.

Havia a levado até a catacumba em que eu tinha deixado meu amado, eu havia guardado o coração dele em uma caixa. Por mais mórbido que pareça, eu não tive coragem de pôr de novo, então deixei em uma caixa de madeira escura forrada por veludo vermelho dentro.

— Invoco-te Gabryll! Da Terra dos mortos! Renasça como filho de sangue! – Assim que ela coloca o coração dele de volta no corpo um som alto parecido com o de um trovão, ecoa e uma nevoa cinza paira pelo ar me impedindo de vê-los.

O que está acontecendo?

Tento forçar a vista para ver algo, mas ainda não via. Ela me pediu para não entrar no círculo mágico, pois poderia prejudicar a magia, então só me restaria esperar. Escuto um grito alto e logo toda a nevoa some, assim como o círculo mágico.

Meus olhos não conseguem acreditar no que verem.

Ele estava sentado ali! Seus olhos percorriam a catacumba inteira assustado. Assim que seu olhar para com o meu, ele fica tranquilo e sorri mostrando suas presas de vampiro, seus olhos estavam vermelhos também como sinal de vampirismo.

Ele estava vivo! E agora como vampiro.

— Gabryll! – Corro para abraça-lo.

— Ele é um vampiro agora. Não acho que eles irão de atrás de vocês novamente. – Diz a garota e eu logo a olho sem saber como agradecer.

— Eu... – Ela balança a cabeça negando qualquer agradecimento. Seus cabelos dourados estavam brilhando, mesmo com aquela magia, ela parecia ainda tão forte, incansável!

— Você estar feliz com quem ama, já é o melhor agradecimento. – Ela sorri e eu retribuo. Estava realmente feliz de ter conhecido ela e de agora ter meu amado de volta. – Agora vão! As coisas vão ficar feias por aqui, apenas fujam para o mais longe. – Ela diz e eu concordo com a cabeça.

Ajudo ao meu amado a se levantar da mesa de mármore em que ele estava. Logo corremos para o mais longe, mas antes pude ver o sorriso dela pela última vez. Tão radiante como ela.

Eu nunca poderia agradece-la, mas espero muito que ela nunca tenha que passar pelo mesmo que eu.

Ninguém merece perder quem ama.

Ninguém merece permanecer sozinha pela eternidade.

P.O.V Sairaorg Gremory

Estava me deliciando com a expressão de pavor e desespero da Mônica. Torturar ela, tocar ela onde eu quiser. Tão divertido, poderia fazer isso para sempre.

— Magnifico Sairaorg, aquele anjo da guarda está se aproximando. – Me informa um demônio de sombras servo meu, aparecendo.

— Deixe-o chegar à colina. – Ordeno.

— Sim, mestre. – O demônio logo some.

— Onde estávamos? – Pergunto para mim mesmo já que eu tinha amordaçado aquela humana tola. – Ah é. Agora é a vez de você morrer. – Sorrio mostrando todos os meus dentes afiados.

Ela tentava falar algo mesmo com a mordaça, eu não entendia o que ela queria dizer e nem me importava. Crio uma adaga de magia e logo preparo para enfiar no coração dela. Havia cansado de deixá-los vivos, era hora de matar a todos!

Sinto uma aura angelical se aproximar da entrada da colina. Assim que vejo o Ângelo, enfio a adaga no coração da Mônica, tão rápido que não teria tempo de impedir pela distância. Sinto toda a vida dela evaporar.

O que é mais divertido? A expressão de incompetente de ter chegado atrasado do Ângelo ou sentir a vida da Mônica se esvaindo por minhas mãos. Lambo meus dedos que estavam com sangue, o sangue dela.

— Chegou tarde. – Rio malignamente, minha risada ecoava a colina toda.

— Você me paga! – Ele grita e quando se prepara para correr para chegar até mim, eu ergo minhas mãos invocando milhares de meus demônios inferiores e meu feiticeiro aparecer, se pondo a frente bem mais longe de onde me encontro.

— Invoco Belzebu e Naamah! Juntem-se a mim. – Chamo-os e logo eles aparecem. Astaroth havia sido eliminado como o fraco que ele sempre foi por uma feiticeira qualquer, nem quis ir atrás e nem me importo, afinal o poder dele veio para mim. Tudo o que importa mesmo sou eu!

— Esqueceu de mim! – Exclama Capitão Feio chegando todo atrapalhado. Por que mesmo deixei ele ser um aliado? Ele é muito fraco. Ah, tanto faz, se ele não morrer na batalha, eu mesmo o mato depois.

Aos poucos vejo o exército de anjos chegar e tomar suas posições próximo de Ângelo que estava do lado oposto do meu na colina.

— Argh. – Escuto uma expressão de repulsa vindo da floresta. Logo vejo vários os demônios médios e superiores aparecerem. Era a tropa de Lúcifer, mas onde está o brinquedinho de meu pai?

— Que demora, criatura! – Uma demônio exclama e eu logo vejo Asuna aparecer. Ela parecia mais forte, mas ainda assim seria facilmente derrotada por mim. Todos seriam! Eu sou mais forte que todos!

— Anjos e Demônios lutando juntos? Ironia, não é?! – Gargalho e logo vejo a expressão de ambos os lados de repulsa.

— Nunca! – Grita os demônios e logo escuto sons de cobras. Eles haviam trazido os bichinhos de estimação. Que deprimente!

— Ataquem! – Ordeno e logo começa a batalha.

Invoco uma taça e pego o sangue que escorria da humana morta. Desfaço a mesa, fazendo o corpo sem vida cair e deslizar as escadas do altar até o chão da colina.

Crio um trono ainda mais alto para assistir. Até que alguém chegasse até mim, eu teria muito tempo de apreciar o fracasso deles.

Sento-me e começo a beber.

A minha vitória está chegando!


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Comentem. Seu comentário ajuda com que continuemos escrevendo motivados!
Beijos e até mais!!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Together By Chance 1ª Temporada" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.