As crônicas de Runa escrita por Jonathas Eugenio, Headache


Capítulo 9
Um doce sonho




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“Está tudo tão estranho, onde eu estou? Está tudo tão diferente, nunca tinha visto esse lugar na minha vida. ”

“Tudo que é acessível a visão nesse lugar é um corredor estreito que parecia não ter fim, além de ser mal iluminado com tochas onde só o que era possível ser visto era um trecho ou outro daquela parede feita de um material que eu não consigo descrever, Ela estava repleta de rachaduras e fendas sinais da presença passada de fogo também pode ser constatada nestas paredes que me cercam, o que mais me incomoda aqui é saber que estou em um corredor estreito, mal iluminado e a incapacidade de conseguir ver por onde eu piso já que a luz da tocha como já mencionei só iluminava um trecho ou outro da parede.”

“Acredito que já faz meia hora que estou aqui caminhando por esse corredor e este não parece ter fim, acelero meus passos... aquele ambiente tão silencioso começava a me assustar, de um momento ou outro eu sinto como se algo ou alguém estivesse me observando em meio a essas fendas, quando noto eu já estava correndo e o estranho é que mesmo após alguns minutos correndo não cheguei a me cansar ou até mesmo a suar. ”

“Após mais alguns minutos correndo um som que até então parecia distante começa a ser perceptível a minha audição, ainda não conseguia descrever o que era ou de onde provinha, então continuei a correr, cada vez mais esse som ficava mais próximo quando me dei conta eu já estava próximo ao som, ele estava alto e bem perceptível por conta disso eu paro de correr e começo a procurar tal fonte, já que sinto como se ele estivesse ao meu lado, era de alguém tocando um piano. ”

“Olho ao meu redor, porém sem sucesso, decido então me aproximar de uma fenda que emitia um leve brilho de coloração azul, quando me ponho a olhar por ela vejo um piano que era a fonte da coloração azul, aquele piano era a única luz que se tinha ali naquele local, outra coisa que consegui notar é um par de mãos brancas que tocavam aquele piano, a música era rápida de início, mas logo foi tomada por uma melodia triste. A música é incrível, mas do nada  para, as mãos somem, me viro rapidamente a ponto de ver todas as tochas se apagando, retorno minha atenção afim de encontrar aquele par de mãos novamente e  sinto uma mão fria tocar em meu ombro, com um pulo olho para trás e a única coisa que consegui ver era uma mulher e tudo mergulha na escuridão.”

—“Erick? ”

“Abro os meus olhos rapidamente e vejo katarina ao meu lado com uma de suas mãos sobre o meu braço e com uma cara de preocupação”

—“Você estava tendo um pesadelo, estava falando coisas estranhas então eu resolvi lhe acordar, desculpa. ” –Ela coloca o cabelo para frente e começa a passar a mão e quando ela iria voltar a falar é interrompida.

—“Katarina, aonde eu estou? ” –Falo ainda um pouco agitado, com o coração batendo forte e já me pondo sentado naquele sofá onde noto que era aonde eu estava deitado, olho ao me redor e noto que me encontro em uma sala de estar da casa da katarina.

—“Bem, eu e a Luma te encontramos na floresta ontem pela manhã e como eu fiquei muito preocupada te trouxe aqui para a minha casa, aonde eu e o meu pai cuidamos de você. Tentamos constatar Melissa sobre a sua situação meu amigo, mas infelizmente não a encontramos, porém eu consegui falar para Fred e ele sempre está vindo aqui para averiguar a sua situação. ” –Katarina abre um grande sorriso –“Fico feliz que esteja bem, agora fique aqui irei pegar um copo de água para você. ” –Após isso Katarina se dirige para a cozinha que era logo ao lado.

“Me alevanto, descalço e me dirijo até a janela da sala que dava de frente a vila, estava escuro e noto com o som do telhado da katarina e pela visão que tinha da vila que estava chovendo, uma chuva bem forte, não sentia muito frio, aliás eu adoro frio. Quando repentinamente eu sinto a falta do meu colar, rapidamente já preocupado procuro ele com as mãos no bolso da bermuda ou até mesmo no pescoço, quando noto a presença daquela pedra roxa no meu pescoço me tranquilizo, olho para mim mesmo e percebo que eu uso uma bermuda preta até o joelho e um casaco vermelho que ia até o pulso, quem havia me trocado ou quando haviam feito tal ato não me importava, agora o que realmente importa é observar essa chuva caindo sobre boklyfe e a vontade de ir lá fora e experimentar ela era quase inevitável”

—“Erick, aqui a água”

“Olho para atrás ali estava Katarina novamente, ela trouxe um copo de água para mim, pego-o e logo agradeço. ”

—“Se precisar de alguma coisa eu estarei na cozinha. ” – Falava ela dando um sorriso e já se retirando do cômodo.

“Volto minha atenção para a janela e já virando aquele copo de água na boca. Vejo após alguns minutos perdido em pensamentos algo intrigante. Um pequeno brilho azul claro que está voando por boklyfe, quando este notou que eu o via este brilho começou a se aproximar mais e mais da janela, quando noto estávamos separados apenas pelo vidro, vi pelo reflexo do vidro a pedra em meu peito emitir um leve calor. ”

“Aquele brilho começou a reduzir sua intensidade até chegar um ponto de ver o que era a fonte daquele brilho. Quando o brilho se foi por completo me surpreendo era uma mini mulher com um par de asas azul claro, cabelo preto, grande e com cachos além disso ela também tem uma pele morena, olhos de coloração roxo claro, ela usava um vestido de corte lateral com a mesma cor das asas, ela acena para mim com um sorriso e eu sem reação também abro um sorriso, em seguida o brilho volta a percorrer o corpo dela e ela some, voando em meio a essa noite chuvosa. ”

“Sentado no sofá, aqui estou com a minha pedra na mão, a observando o que havia sido aquilo? Nunca havia visto um ser do tipo em minha vida, fora esta pedra, não me lembro como a ganhei só sei que ela sempre esteve presente em minha vida, eu gosto dela ela é a minha companheira. ”

O ambiente então é tomando por um som diferente, alguém estava batendo na porta. Rapidamente Katarina corre para abrir a mesma e da porta quem estava a entrar era Fred.

“Olho Katarina abrir a porta e quando vejo, era Fred que entrava pela porta assim que ele entrou os olhos dele haviam se encontrado com o meu, ele abre um largo sorriso e em seguida corre na minha direção, antes mesmo de eu me levantar para o cumprimentar ele já havia me levantado e já estava me abraçando e muito forte. ”

Katarina ainda estava na entrada da casa, ela fecha porta vagarosamente e vendo aquela cena ela fala algo para si mesmo sobre “vou ali... comer a cozinha” ou “vou regar as plantas...” mais tarde ela iria lembrar do que havia sussurrado iria rir e agradecer por ninguém ter ouvido.

—“Erick, fiquei muito preocupado você não sabe o quanto” A voz de Fred estava emotiva.

—“Agradeço pela sua preocupação, agora pode me soltar...” –“falo sem jeito e um pouco corado”.

Fred então solta Erick, mas não se afasta.

—“Desculpa te falar isso já que você mal se recuperou do que aconteceu... Mas temos um problema. ” –O sorriso que havia no rosto dele agora havia sumido

—“Que problema? O que aconteceu? “-“Falo já sendo tomado pela preocupação. ”

—“É Melissa, ela desapareceu...”


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