Light & Darkness - HIATUS escrita por Miss Weasley


Capítulo 3
Duplas


Notas iniciais do capítulo

Hello, it's me! Acho que até agora esse foi o maior capítulo que eu escrevi na fanfic, então vamos comemorar ~aplausos~ o/
Boa leitura :*



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Poções acabou sendo a minha primeira aula do dia. Até que eu gostava quando o Snape era o professor, pois ele sempre humilhava os alunos da Grifinória por qualquer simples errinho, o que me fazia rir. Mas, pela primeira vez em seis anos, temos um novo professor. Seu nome era Horácio Slughorn. Mal havia prestado atenção ontem quando o apresentaram no jantar. Na verdade, apenas descobri isso hoje de manhã quando Rachel não parava de tagarelar sobre o quanto não aprovava as mudanças que ocorreram esse ano. Como se ela pudesse ter feito alguma coisa para impedir que isso acontecesse. Ao que parece, Snape agora está lecionando Defesa Contra as Artes das Trevas.

Embora eu não seja uma ótima aluna em Poções, consegui tirar Excede Expectativas nos meus N.O.M’s no ano passado. Claro, tive bastante auxílio de Quinn, que passava horas ao meu lado estudando comigo até que o resultado seja perfeito.

Admito que hoje eu não estava com ânimo para nenhuma das aulas, não importa qual seja. Dormi muito mal ontem e estava exausta. Ainda tinha que estar presente nos testes para o time de quadribol, já que eu sou a capitã. Seria um saco ficar observando um monte de idiotas que provavelmente nunca subiram numa vassoura tentar jogar. Mas eu irei fazer com que seja rápido, e dispensarei logo aqueles mais patéticos.

Quando entrei na sala, todos já estavam lá, e eu aparentemente acabara de interromper o professor no meio de uma explicação. Todo mundo começou a olhar para mim, inclusive Slughorn, que parecia surpreso. Acho que não esperava que mais um aluno aparecesse, e se notou a minha ausência, provavelmente havia concluído que eu estava matando aula. É isso o que eu ganho por demorar alguns minutos à mais para me arrumar. Eu achava que ainda daria tempo de chegar cedo na aula, então deixei que minhas colegas de quarto saíssem antes de mim. Ótima primeira impressão que eu dei pro professor. Até merecia alguns pontos por chamar não só a atenção dele, mas a de todos ao meu redor.

— Desculpe pelo atraso, professor. –  não perdi tempo tentando arrumar uma desculpa, já que só iria piorar a situação. Falar a verdade também não iria ajudar. Apenas me desloquei para um dos últimos acentos ao lado de Kurt, que me olhou com a expressão de  “onde diabos você estava?”, e torci para que Slughorn não questionasse o meu atraso ou me desse detenção.

— Tudo bem, acabamos de começar a aula. Pode sentar-se, senhorita…?

A reação dele foi melhor do que eu esperava. Suspirei de alívio. Pelo menos eu não estava ferrada.

— Lopez, senhor. – respondi.

— Claro, claro. – disse, voltando-se para a turma. – Como eu ia dizendo, nessa aula quero que vocês façam duplas, para que trabalhem juntos na Poção do Morto-Vivo. Essa é uma poção muito poderosa. Faz com que a pessoa que tomá-la durma por várias horas, tendo quase a aparência de um morto-vivo, já que fica tão sonolenta que não é capaz de fazer nada, no máximo falar enquanto dorme ou acreditar que o que está ocorrendo em seu sonho é real. Devo dizer que é uma poção bastante complicada, e por isso o prêmio para quem realizá-la corretamente será esse frasquinho de Felix Felicis. Alguém aqui pode me dizer as propriedades da Felix Felicis?

Eu não fazia a menor ideia do que seria essa coisa, mas Hermione Granger levantou a mão.

— É também conhecida como Sorte Líquida. Faz a pessoa ter sorte em tudo o que tentar fazer. Extremamente difícil de se preparar, e pode ser catastrófica se errarmos sua fórmula. Demora cerca de seis meses para ficar pronta, pois é preciso cozinhá-la em fogo lento. – explicou ela, quase sem respirar enquanto falava. Me dá nos nervos o quanto aquela garota se acha a melhor só porque decora tudo o que lê nos livros.  Ela não passa de uma sabe-tudo irritante.

— Muito bem, senhorita Granger. 10 pontos para a Grifinória.

Ela fazia isso com tanta frequência que ninguém mais estava surpreso. Mas a carinha de satisfação dela permaneceu em seu rosto.

— Tomei a liberdade de eu mesmo fazer as duplas, baseadas no seus desempenhos em sala de acordo com o professor Severo Snape.

E então ele tirou uma lista de seu bolso e começou a ler os nomes das duplas, os direcionando para as mesas.

— Santana Lopez e Brittany Pierce. – eu congelei. Eu tinha ouvido isso direito? Não seria possível. Justo a garota que eu mais queria evitar.

Levanto da minha mesa e vou me sentar ao lado dela.

— Oi! – cumprimentou ela.

— Oi. –  digo. Não pude evitar de sorrir, mesmo com apenas uma palavra ela conseguiu ser mais adorável do que eu jamais poderia ser. Essa energia calorosa dos lufanos era contagiante, ou talvez era apenas Brittany que causava isso em mim. Eu não devia estar pensando assim. Foco, Santana.

Abro minha mochila para pegar o meu livro e terminar logo com isso. Procuro em todo o lugar, mas não estava lá. Merda, eu devo ter me esquecido de colocá-lo.

— O que aconteceu? – perguntou Brittany, percebendo a minha reação.

— Esqueci o livro de Poções. – digo. Hoje estava sendo um dia péssimo para mim.

— Tudo bem, nós podemos dividir o meu. – ela abriu o livro na página indicada pelo professor, e colocou-o entre nós duas, para que ambas pudessem enxergar as instruções.

— Obrigada.

Assim, começamos a preparar a poção. Era bem mais complicada do que eu imaginava. Eu não estava indo nada bem, mas quando olhei ao meu redor, os outros não pareciam tão melhores do que eu.

— Essas instruções não são nada precisas. Estou tentando seguir como está no livro, mas não fica do mesmo jeito. – comento.

— Bem que o Professor Slughorn disse que essa poção era complicada. Estou há um bom tempo tentando cortar essa coisa. – disse Brittany.

— Eu desisti de cortar e apenas joguei no caldeirão. – ela riu com o que eu falei. Uma risada que não durou nem alguns segundos, mas já me fez automaticamente feliz, apesar do meu fracasso nessa aula.

Depois de um tempo em silêncio, Brittany começou a tentar puxar assunto.

— Então… Eu soube que os testes para o time de quadribol da Sonserina serão hoje. – disse ela, com uma casualidade impressionante. Como se fôssemos amigas.

— É, bem… Não estou esperando nada de interessante nisso.

— Como assim?

— Nós, sonserinos, sempre buscamos a perfeição. Não podemos arriscar perder, o que infelizmente está ocorrendo bastante com o tal do Potter no time da Grifinória. Mas não acredito que alguém realmente talentoso fará o teste, ao menos não no padrão que estou procurando. Antigamente, alguns até pagaram para entrar, como o Draco Malfoy, que já nos fez perder em seu primeiro maldito jogo.

— Não entendo. Vocês querem alguém talentoso, mas deixam qualquer um que pagar entrar no time? – ela parecia confusa.

— Nosso antigo capitão, Marcus Flint, permitia isso. Mas eu não quero nada assim, só preciso de pessoas talentosas, entende? Ele não era um bom capitão, e já nos fez perder por tempo o suficiente. Quero melhorar o meu time. Buscar quem realmente puder nos fazer vencer.

— Talvez se surpreenda nos testes. Com certeza as pessoas certas irão aparecer, você vai ver.

Ela estava me consolando? De certa forma, parecia que sim. O que me pegou meio desprevenida. Não que eu precisasse de consolo, claro. Já estava conformada com o fato de não estar otimista quanto aos jogadores da minha casa.

— Silêncio na minha aula. Vocês precisam de concentração no preparo dessa poção. – ordenou Slughorn, diretamente para mim e Brittany. Parecíamos as únicas que estavam conversando.

***

Tive mais algumas aulas, que pareciam durar uma eternidade, até que finalmente a hora do almoço chegou.

No Salão Principal, o cheiro de comida me deixou ainda mais faminta. Sentei-me ao lado de Rachel e Kurt. Estranhamente, a dupla dinâmica Sebastian e Draco não estavam na mesa.

— Até que gostei da nossa aula de Poções. Eu estava sendo precipitada em não ir com a cara do novo professor. – disse Rachel, em meio a uma conversa com o Kurt.

— Só está dizendo isso porque adorou a sua dupla. Finn Hudson, o queridinho da Grifinória. – falou Kurt, teatralmente.

— Bom, ele não é o aluno mais inteligente, mas é um cara legal.

— Tem certeza que só o acha legal? – perguntou ele, ironicamente. Rachel começou a corar. – Cuidado, garota. 

— Não vejo problema em gostar de alguém de outras casas. Até acho impressionante o jeito que alguns deles são simpáticos. Eles têm uma personalidade bem diferente dos alunos da Sonserina. Quase mais agradável. – interrompo-os. Eu não estava defendendo Rachel de maneira alguma. Na verdade, nem sei por que eu falara aquilo.

— Viu. É bom falar com pessoas que não são da nossa casa. – concordou Rachel. – Aliás, você apenas está com raiva por que acabou fazendo dupla com um idiota. 

— E você, Santana? Deve ter gostado da sua dupla também. Qual é mesmo o nome dela… Britney? – perguntou Kurt, enquanto bebia um copo de suco de abóbora.

— Brittany. – corrijo-o. – Ela é… normal. Mas eu estava me referindo à Quinn.

—  Ah sim. Puck é da Sonserina e está namorando ela. Não há problema algum nisso. Mas infelizmente alguns de nós permanecem com essa ideia de que não devemos nos misturar. – disse Rachel, dando uma indireta para Kurt.

— Eu não disse isso, Rachel! Pelo amor de Deus, claro que não penso assim. Apenas não tenho nenhum amigo de outra casa. 

— Eu sei, só estou implicando com você, Kurt. Eu mesma não tenho amigos de outra casa, apenas alguns colegas de classe.

Além de Quinn, eu também não conhecia mais ninguém. Brittany não contava, já que não conversamos muito. Poucos alunos da Sonserina, de fato, se misturavam. Os outros alunos às vezes nem eram muito receptivos conosco. Ou talvez nós não sejamos receptivos com eles. Somos pessoas difíceis.

Mas, eu tinha a sensação de que isso iria mudar.


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