Light & Darkness - HIATUS escrita por Miss Weasley


Capítulo 1
Prólogo


Notas iniciais do capítulo

Olá, amores! Aqui vai o primeiro capítulo da fanfic *u* espero muito que gostem e não se esqueçam de comentar a opinião de vocês, é muito importante pra mim ♥

Boa leitura :*



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O sexto ano de Hogwarts iria começar hoje. Estranhamente, eu não estava tão ansiosa como eu costumava estar nos anos anteriores. Talvez seja porque eu já me acostumei com essa sensação de estar volta à meu lar. Onde eu realmente pertenço.

Não me levem a mal, eu não suporto os alunos e muito menos as aulas, mas gosto do ambiente. Pelo menos não é como na minha casa, onde meus pais vivem brigando. Às vezes até acabam brigando comigo sem nenhum motivo, pra sair da monotonia. Sempre me dão conselhos inúteis de como eu devo me comportar como uma bruxa sangue puro e deixá-los orgulhosos. Ridículo. É bem capaz que me deserdem se eu contar que eu sou lésbica, já que sempre tagarelam sobre como eu deveria casar com um rapaz da Sonserina – minha casa de Hogwarts e a casa de todos da minha árvore genealógica – de uma boa família. Com boa eles querem dizer pura, obviamente.

Como eu acordei cedo, e já havia feito minhas malas ontem, tomei um banho e me arrumei. Escolhi vestir um suéter verde e uma calça preta. Essas cores realmente combinavam comigo. Fiz um coque frouxo e desci para tomar café da manhã.

Meus pais já estavam à mesa, comendo silenciosamente. Quase não daria pra perceber que estavam ali se não fosse pelo barulho dos talheres batendo nos pratos.

– Bom dia. – digo. Ninguém respondeu.

– Já arrumou suas coisas para ir à King’s Cross? Precisamos sair cedo, seu pai tem assuntos importantes para cuidar no Ministério. Não temos tempo a perder. – disse minha mãe, enquanto cortava as omeletes cuidadosamente.

– Já arrumei sim, mãe.

O silêncio se alastrou novamente pela sala e esperei até que o nosso elfo doméstico trouxesse o meu café.

Já na King’s Cross, a estação onde pegamos um trem para a escola na plataforma nove e meia, faltavam 10 minutos para o Expresso de Hogwarts partir. Despedi-me rapidamente de meu pai e minha mãe e entrei na coluna entre as plataformas nove e dez. Logo me deparei com o enorme trem vermelho e preto, e o familiar local cheio de crianças e seus parentes se despedindo.

Assim como em todos os anos, guardei minhas malas e fui até o vagão onde estavam minhas amigas. Quando o trem começou a andar, as garotas já estavam imersas em conversas chatas sobre como foram as férias delas e o quanto se divertiram. Eu não tinha em que contribuir, pois não fiz nada de emocionante nessas férias.

Havia muitas “amigas” que eu não suportava, e duvido que elas também gostassem muito de mim, como Rachel Berry e Pansy Parkinson. Na verdade, a pessoa mais interessante ali era minha melhor amiga, Quinn Fabray. Ela é da Corvinal, e acho que o único motivo das outras meninas não estarem incomodadas com a presença dela ali é o fato de que ela namora o sonserino Noah Puckerman, ou apenas “Puck” que é como ele gosta de ser chamado. Sinceramente, Quinn poderia ter arrumado alguém melhor, mas quem sou eu para julgar? Eu ainda estou no armário e nunca tive um namorado, ou namorada, a minha vida inteira. Já fiquei com alguns caras, mas não era nada demais.

Acabei passando grande parte do tempo encarando a paisagem, comendo doces ou conversando um pouco com as garotas. Em algum momento, peguei no sono. Não sei quanto tempo fiquei dormindo, mas acordei com Quinn me sacudindo e pedindo para que eu acordasse.

– Santana, faltam alguns minutos para chegarmos, é melhor você colocar logo as suas vestes. – aconselhou ela. Bocejei e esfreguei meus olhos. Minha visão demorou para se acostumar, até eu ver que todos naquele vagão já estavam com o uniforme de Hogwarts.

– Merda. Você deveria ter me acordado antes! – peguei meu uniforme e corri para me trocar. Quando saí do banheiro, o trem já havia parado.

Só tinham poucos alunos lerdos ainda saindo do trem. Nenhum sinal de Quinn ou das minhas outras colegas. Peguei minhas coisas e saí empurrando todos à minha frente, ignorando os protestos das pessoas. Minha pressa foi inútil, já que com certeza as vadias já pegaram uma carruagem e nem ao menos me esperaram.

Só tinha apenas uma carruagem, com três pessoas já sentadas nela. Duas loiras, e um garoto moreno.

– Vocês se importam se eu me juntar à vocês? – pergunto, meio sem jeito.

– Sim… Quer dizer, não, claro que não. Por favor, sente-se. – insistiu uma das loiras. Ela estava com o uniforme da Lufa-Lufa e logo a reconheci como a artilheira do time de quadribol. Eu sou a capitã e batedora do time da Sonserina, e já havia jogado alguns jogos contra a casa dela.

Observei o resto das pessoas. A outra loira estava com o uniforme da Corvinal, e o garoto era da Lufa-Lufa. Já havia os visto na escola algumas vezes, mas nunca conversei com nenhum.

– Olá, eu sou Blaine Anderson. – apresentou-se o garoto, cordialmente e estendendo a mão para que eu a apertasse.

– Santana Lopez. – recusei o aperto de mãos.

– Isso é emocionante. Estudamos juntos há muito tempo, mas não acho que já conversamos. – concluiu a loira da Lufa-Lufa, enquanto acariciava o gato dela. – Sou Brittany S. Pierce e essa é Luna Lovegood.

– Oi. – falou Luna, meio dispersa, como se tivesse acabado de perceber que eu estava ali. Nesse momento, a carruagem começou a andar. – Ainda bem, achei que demoraríamos para sair daqui. Estou morrendo de fome. Espero que tenha pudim.

– Bom, acho que todos nós estamos com fome. – concordou Blaine. Odiei o jeito animado e sorridente dele, quase me dá vontade de vomitar.

Me peguei observando Brittany. Ela realmente era bonita, a garota mais atraente que eu já vira em Hogwarts. E, até agora, eu nunca tinha sentido nada assim por ninguém. Mas, afinal, o que eu estava sentindo? Não poderia estar apaixonada, pois mal conheço a garota. Não sei como isso de amor funciona, mas não deve ser assim. A garota tirou os olhos do gato e olhou em minha direção com curiosidade. Provavelmente deve ter percebido que eu estava a encarando, então desviei o olhar.

– Você está no time de quadribol da Sonserina, não é? – perguntou Brittany.

– Sim. Já joguei contra a sua casa antes. – falei.

– Sabia que a reconhecia de algum lugar! Digo, sem ser apenas nas aulas e nos corredores da escola.

– Não tem muito o que reconhecer quando se está voando rapidamente numa vassoura pelo campo. Não te culpo por não ter percebido de cara. – dei de ombros. – Você é artilheira, certo?

– Sim. E você? – ela parecia genuinamente interessada com a conversa, o que me surpreendeu.

– Batedora.

– O time da Sonserina é muito bom nos jogos. Vocês jogam com muita… garra. – disse Brittany. Os métodos dos nossos jogadores não eram os mais corretos, mas, de fato, jogávamos para vencer. Infelizmente acabamos perdendo alguns jogos contra a Grifinória, pois o nosso apanhador é inútil e parece nunca conseguir pegar o Pomo de Ouro quando precisamos.

No final, acabar me atrasando para chegar às carruagens não foi tão ruim. Conheci a Brittany, e isso já foi o suficiente para melhorar o trajeto até Hogwarts. Parece que eu não odeio todos nessa escola, afinal.


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