Real world escrita por Bi Styles


Capítulo 34
Capítulo 32 (Narrado por Luke)


Notas iniciais do capítulo

Heeey amores! Voltei com mais um capítulo novinho em folha! Percebi que vocês adoram capítulos narrados pelo Luke, então tratarei de trazer muitosss mais pra vcs ♥
Leiam e espero que gostem!



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Eu estava preparado. Ah cara, eu estava tão preparado. Demorei cerca de 17 anos para decidir me declarar para uma garota e quando vou fazer isso, acontece essa merda. Eu tinha até mandado flores para a casa dela, caralho!

Mas também né, parece que eu tenho o dom de estragar as coisas. Que merda!

Como pude deixar que Sophia falasse tudo aquilo na minha cara e não dissesse nada?  Como pude deixar ela sair chorando daquele jeito sem ao menos tentar entender?

Ah não. Em que merda eu me meti, hein. Me apaixonei por uma garota que não sentia o mesmo e que me deixou. Agora, por incrível que pareça, me arrependi de ter recusado a oferta de Britney.

Eu estava completamente irado.

Como é que Sophia mudou comigo de uma hora para outra? Até onde eu sabia, estávamos de boa, um sabendo lidar com o outro. Parecia que ela até gostava de mim. Mas aí essa louca varrida aparece no meio do tempo e fala aquelas coisas pra mim. Ela sempre soube que eu fui assim, deveria estar até percebendo que eu estava tentando mudar por ela, e vem com essa historinha de: “Chega”. E aquele choro? Será que era realmente verdadeiro?

Ah, não acredito que eu estava mudando por uma garota como ela. Nunca me passou pela cabeça nem mudar pela minha irmã, quanto mais por uma garota qualquer.

Se me dissessem, cerca de 2 meses atrás, que eu me apaixonaria pela garota que jogou chiclete no meu cabelo, eu riria e mandaria internar a pessoa.

Não acredito. Ah, eu estava muito irritado. MUITO IRRITADO. Tive vontade de quebrar a trave de futebol de salão bem ali. Mas eu sabia que tinha uma coisa melhor para descontar minha raiva.

...

Corri para a mini academia que tinha na escola e fui para a seção de artes marciais.

E daí que eu iria ficar com falta nas aulas de matemática? Estou simplesmente cagando pra isso.

Coloquei algumas duas luvas estilo boxe e peguei um saco de pancada.

Respirei fundo e dei o primeiro soco.

Sophia é uma idiota por achar que eu correrei atrás dela. Não vou correr mesmo.

Segundo soco.

Se ela acha que eu irei ficar rastejando aos pés dela, está muito enganada. Nunca fiz isso, nunca farei. Tem milhões de garotas disponíveis para mim.

Terceiro e quarto soco.

Se bem que a gente estava tão de bem... O que houve para deixa-la daquele jeito?

Quinto soco.

Será que foi aquele babaca do Brian que colocou abobrinha na cabeça dela?

Sexto e sétimo soco.

Ele chegou hoje, e pode muito bem ter ido falar merda para Sophia.

Oitavo, nono e décimo soco.

Aquele idiota, além de roubar minha vaga no time estava querendo roubar minha garota?

Décimo primeiro soco, décimo segundo, décimo... Perdi as contas. Comecei a esmurrar com tanta violência o saco de pancadas que tive medo de o mesmo vir a cair.

Eu estava mais do que irritado... Estava frustrado. Nunca uma garota tinha negado algo para mim, todas queriam ter minha atenção. Estava acostumado a dar os foras, não recebe-los.

Desde o começo, vi que Sophia seria diferente, que ela seria um desafio. E eu aceitei esse desafio. E, acho que só pelo fato de ela ser tão diferente, me apaixonei. Mas tratarei de me desapaixonar logo.

O suor ensopava meu rosto. Respirava fundo para conseguir recuperar minha respiração.

—Não falte ar logo agora... –murmurei e inspirei profundamente, á procura de ar. Meu peito começou a doer. Comecei a fazer massagem no local.

Tudo bem, eu sou um irresponsável. Tenho asma brônquica desde os 7 anos de idade, mas nunca me acostumei com os sintomas. A falta que o ar faz nos pulmões é horrível, e o fato de o ar não sair nem entrar é pior ainda.

Vocês devem estar se perguntando: Então por que você não faz o que aquela enfermeira super gente boa fala?

Primeiro: Por que eu odeio ficar com aquela bombinha de ar pra cima e pra baixo como se fosse uma criança.

Segundo: Por que eu odeio ficar sem praticar nenhum exercício físico.

Antes as crises eram menos frequentes, mas este ano já tive tantas que perdi a conta. Eu fui no pneumologista e ele disse que é por que a asma brônquica tem duas fases: a da remissão e da exacerbação. O da remissão é o período que a doença se acalma e os sintomas não aparecem. O da exacerbação é quando a doença volta com tudo e os sintomas também. Então, digamos que estou no período da exacerbação.

Comecei a tossir. Quando chegava nessa etapa, é por que eu estava precisando seriamente da bombinha.

Me segurei no saco de pancadas e inspirei. O ar estava preso dentro de mim.

Ouvi palmas soarem atrás de mim.

—O grandioso Luke está tendo uma crise de asma. –me virei e vi Nathan segurando minha bombinha de ar na mão.

Ele jogou pra mim, que a pegou como se fosse a coisa mais valiosa do mundo. Chupei duas vezes e inspirei fundo. O ar já ventilava normalmente.

—Acho que não preciso perguntar como foi com a Sophia, não é? –ele provocou e se sentou em uma cadeira que estava ali por perto.

—Fique calado. –respondi e grunhi.

—O que ela disse? “Não”? –ele falou e riu.

—Pior. –respondi e dei um chute no saco de pancadas.

—O quê? –ele perguntou e cruzou os braços.

—Antes de eu falar qualquer coisa, ela disse “chega”. –falar aquilo em voz alta doeu mais que o normal.

—Hein? Como assim?

—Ela disse que o que quer que a gente tivesse, ela estava cansada e não queria ter mais nada comigo e bla bla bla. –expliquei e dei dois socos no saco de pancadas.

—Assim, de repente?

—Assim, de repente.

—Ihh, cara. Perdeu então.

—É, fazer o quê. –falei e balancei a cabeça, rindo.

—O que foi?

—Acho que vou ter que voltar atrás do que eu disse para Britney.

—Ah, sério que você vai querer aquela vadia de novo? Você consegue coisa melhor, Luke.

—Com certeza acho. Mas a Britney serve por enquanto.

—Não, não serve. Tem aquela novata, a Abby. Poderia tentar ela, não acha?

—Por que você sempre quer colocar juízo na minha cabeça?

—Porque se eu não faço isso, não tem quem faça. –ele disse e se levantou. –E aí, senhor Falta de Ar, vai fazer o quê?

Tirei minhas luvas de boxe e as joguei em um canto do chão.

—Vou investir. –respondi e sorri, de um jeito que provavelmente Nathan odiou.

...

Na última aula, que era a de música, tive o infeliz destino de me encontrar com Sophia. Ela tentava não olhar para mim, mas juro que a peguei me olhando de canto uma vez ou outra. E digamos que eu também a olhava quase sempre que podia.

Ela era tão linda. Aqueles cabelos avermelhados cujos cachos eu já enrolara tantas vezes estavam amarrados em um rabo de cavalo. Suas sobrancelhas estavam unidas, em expressão de concentração, enquanto aprendia a tocar piano. Ao seu lado estava aquele garoto, que eu não fazia ideia de quem era. Ele sorria para ela, e ela sorria para ele, como se estivessem paquerando. Mal havia “terminado” comigo e já estava arrastando asa para outro cara? Enquanto isso eu estava apenas a encarando e lembrando dos seus beijos, e em como ela se encaixava perfeitamente no meu abraço? Calma aí, isso estava incrivelmente errado.

Sorri ao ver Abby se aproximar de onde eu estava. Ela não era tão linda quanto Sophia, mas iria servir para pelo menos tirar minha concentração de lá.

—Cheguei um pouco atrasada, me desculpe. –ela pediu e se sentou á minha frente.

—Tudo bem. –respondi. –Vamos tentar algo diferente hoje?

—Tipo o quê? –ela perguntou e sorriu.

—Vou te ensinar a tocar violão. –informei e seus olhos azuis brilharam.

—Sério? Sempre quis aprender! –ela falou, entusiasmada.

Peguei um violão que estava atrás de mim e coloquei em seu colo.

—Acho que você sabe segurar, pelo menos... –brinquei e ela sorriu.

—Claro que sei. –falou e, como que para mostrar que era verdade, posicionou de forma correta o instrumento em seu colo.

—Vamos começar por uma música mais fácil... –falei e pensei em alguma música que tivesse a estrutura um pouco mais simples.

—Eu gostaria de aprender “Little things” do One Direction. –ela falou e eu  assenti.

—Okay. –respondi e peguei uma pasta que havia na mesinha ao lado, com algumas cifras de músicas. Procurei por little things e achei logo de cara. Posicionei a cifra na frente de Abby e me aproximei mais, para ajuda-la a posicionar os dedos nas cordas.

—A primeira nota é a Dó. –avisei e coloquei seus dedos nas cordas, de forma que formasse a nota em questão.

Podem me chamar do que quiserem, mas eu fiquei hipnotizado pelo decote dela. Estava bem generoso hoje e eu precisei piscar duas vezes para desviar o olhar de lá e continuar a aula.

Ela até que era uma boa aluna. Aprendeu as notas com bastante rapidez. Até estranhei sua flexibilidade com os dedos.

—Você já tocou alguma outra vez? –perguntei, desconfiado.

—Na verdade, eu toco violoncelo. –ela respondeu. –É quase a mesma coisa. Mas sempre pensei que fosse mais difícil.

—Ah, entendi. –falei e sorri. –Pronta para tentar tocar a música toda?

Ela assentiu. Antes de começar, porém, amarrou seus cabelos negros em um rabo de cavalo. Ela respirou fundo e começou a tocar, cantando em um tom até razoável.

Your hand fits in mine (Sua mão se encaixa na minha)

Like it's made just for me (Como se fosse feita só pra mim)

But bear this in mind (Mas mantenha isso em mente)

It was meant to be (Era destino)

Enquanto ela cantava, senti um olhar fixado em mim. Quando olhei, vi Sophia me encarando, com um olhar que transbordava ressentimento.

Eu sabia por que. Foi ao som dessa mesma música que nos beijamos pela primeira vez, debaixo de uma chuva intensa. Lembro de sua cara de surpresa depois do que fiz, seguida da raiva por eu tê-la beijado.

Eu entendo seu ressentimento. Eu estava tocando uma música muito especial para ela com outra garota. Eu deveria pedir para Abby parar.

Mas, peraí, quem foi que terminou mesmo?

Desviei o olhar de Sophia e sorri para Abby.

—Está livre hoje á noite? –perguntei.

...

—Não acredito que você realmente vai querer fazer isso. –Nathan falou e balançou a cabeça.

—Deixe de ser mole. –o repreendi. –Só é engolir de uma vez.

Já era quase 10 horas da noite. Eu e Nathan decidimos ir á uma balada no centro de Londres. Fomos até o barzinho de lá e pedi uma rodada de vodca. Nathan, assim como eu, odiava beber. Mas estávamos ali para nos divertir, então, nem liguei.

Peguei o copo e virei de uma vez. Nathan fez o mesmo. O álcool desceu rasgando a garganta.

Nathan tossiu e fez uma careta.

—Não vou querer mais... –ele reclamou.

—Mais duas doses, por favor. –pedi ao garçom.

—Eu nem sei o que estamos fazendo, de fato, aqui, Luke.

—Esperando Abby. –expliquei.

—Estou dizendo aqui, bebendo. –ele revirou os olhos.

—Deu vontade.

—Deu vontade ou você precisa tomar umas doses para enfrentar outra garota a não ser Sophia? –ele alfinetou e eu ri.

—No dia que eu ficar querendo apenas uma garota, me interne. Por favor. –falei e ele deu de ombros.

—Tudo bem, então. Olha quem chegou. –ele falou e acenou com a cabeça para trás da gente.

Abby vinha desfilando até a gente, com um vestido curto bem colado, que deixava á mostra suas pernas bem generosas. O decote também não deixava a desejar.

Me levantei e dei um beijo na sua bochecha, meio que para cumprimentar.

—Quer uma bebida? –ofereci.

—Desculpe, eu não bebo. –ela negou e sorriu.

—Quer ir para algum outro lugar, então? –perguntei.

—Não, não precisa. –ela disse. –Só queria que me acompanhasse até o banheiro. Tenho medo de boates lotadas.

Fiquei desconfiado daquele pedido, mas nada falei.

Avisei para Nathan que eu iria “ao banheiro” com ela e disse que se ele quisesse ir embora, eu não ficaria chateado.

—Vá em frente. –ele me encorajou e riu, crente de que eu me arrependeria disso depois.

Levei ela até a área dos banheiros e falei:

—Aquele é o feminino.

Ela olhou de canto de olho pra mim e riu.

—Perdi a vontade de usar o banheiro. –falou e se aproximou de mim, me imprensando contra a parede.

—Ainda bem. Odiaria esperar mais tempo. –falei e mordi seu lábio inferior.

—Esperar mais tempo pra quê? –ela perguntou, e eu juro, juro pela minha vida, que por um segundo eu vi Sophia na minha frente. Engoli em seco, sem saber o que fazer. Acho que arregalei levemente os olhos, por que ela perguntou, meio tensa: -O que foi?

Pisquei duas vezes e a minha visão voltou ao normal.

—Nada. –falei e a beijei.

Não sei por que, mas notei que nosso beijo não tinha a sintonia correta. Foi um beijo sem graça, sem aquele fogo que geralmente tem. Novamente lembrei de Sophia, e em como nossos beijos sempre tinham uma mistura de desejo e paixão. Em como suas mãos sempre ficavam bagunçando meu cabelo, a minha mão na sua cintura e os sorrisos no meio do beijo.

Minha mão desceu instintivamente para a bunda da garota que estava ali, apertando-a de leve. Enquanto isso, a outra mão foi parar mais em baixo, fazendo um tour pelas suas pernas. Ela arfou e se separou de mim.

—Vamos para um quarto? –foi direta na pergunta.

—Vamos. –respondi na lata, apesar de minha cabeça dizer que não.

Peguei meu carro no estacionamento e ela entrou no banco do passageiro.

—Tem um hotel próximo daqui... –ela falou e eu soube exatamente onde era.

No caminho, olhava de vez em quando para ela e engolia em seco. Vez ou outra, via Sophia ali. Via ela sentada, chorando, com medo de outro homem fazer aquilo com ela. Piscava duas vezes para poder tirar aquilo da frente dos meus olhos. Eu só havia bebido uma dose de vodca, como poderia estar vendo alucinações?

Chegamos no hotel e fiz um check in. Subimos para o quarto de número 12 e tranquei a porta.

Agarrei-a e a beijei loucamente. Sinceramente não sabia o que fazer. Para espanto de vocês, eu era virgem. E não é do signo que estou falando.

Ela começou a desabotoar minha camisa, jogando-a no chão logo em seguida. Tirei seu vestido, que por sinal quase não saía, e joguei em cima da cama que estava perto de onde estávamos.

A joguei em cima da mesma e me posicionei em cima de Abby, colocando cada perna de um lado seu.

Beijei seu pescoço e o mordi-o, sem se preocupar em deixar marcas.

Suas mãos correram para desabotoar minha calça, e eu deixei, ficando apenas com minha cueca box vermelha.

Ela me puxou para mais perto, fazendo com que meu membro já ereto ficasse em cima de sua coxa.

Retirei seu sutiã e mordisquei seu seio direito, enquanto que minha mão apertava o esquerdo.

Abby arfou.

—O que você está esperando pra tirar a merda dessa box? –perguntou e eu me afastei dela rapidamente. Era a voz de Sophia.

Olhei para o que deveria ser Abby na cama, mas ao invés disso vi Sophia. Saí de cima dela.

—O que houve? –Sophia perguntou. –O que eu fiz?

Pisquei duas vezes. Ao voltar a abrir os olhos, vi Sophia novamente. Pisquei novamente. Era Sophia.

—Saia da porcaria da minha cabeça! –exclamei e segurei minha cabeça com força.

—Luke, você está bem? –ela disse e avançou na minha direção, querendo me tocar. Desviei.

—Saia daqui, por favor. –pedi.

—Mas... –ela voltou a falar e vi que agora era Abby.

Tarde demais, meu membro já havia se desanimado.

—Desculpe por fazê-la passar por isso. –falei. –Eu não estou me sentindo muito bem.

Ela me olhou, confusa, mas nada disse. Assentiu e se vestiu, enquanto eu estava sentado na cama em silêncio.

—Até segunda na escola, Luke. –ela se despediu e saiu.

Assim que ela saiu, joguei um vaso no chão.

Que droga estava acontecendo com a minha cabeça? Foi a vodca, só pode.

Nem minha mente acreditava mais nessa desculpa da vodca. Eu tinha que aceitar. Sophia não era somente uma mera paixãozinha. Eu estava realmente gostando dela.

Que droga ela fez comigo?

Continua...


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Notas finais do capítulo

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