Maybe we should meet escrita por Ponine


Capítulo 1
Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

Gente, então, é a primeira vez que escrevo algo do gênero, mas estou bastante satisfeita com o resultado, então espero que gostem!!

Só um aviso rápido: tudo que está em itálico seria as emoções na cabeça da Riley, ok?

Aproveitem!!



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Okay pessoal, estão todos prontos? Antes de subirem no ônibus, entreguem as autorizações, por favor ― Anunciou a professora. Riley já estava no primeiro ano do ensino médio, e como era política da escola, eles começaram a visitar algumas faculdades pela região. Riley não estava nem um pouco animada para visitar o centro de robótica do instituto de Tecnologia, e também não gostava muito da ideia de ficar três horas em um ônibus até San Fransokyo, mas como os seus pais insistiram tanto, acabou aceitando por livre espontânea pressão.

Meu deus, que tédio disse Nojinho lixando as suas unhas. e essa Hannah não para de tagarelar!

Calma, ela só está feliz, sabe como ela gosta dessas coisas Alegria tentou amenizar a situação. pode até ser legal. Há várias coisas para ver nesses lugares. Vai ser DEMAIS!

Hannah era a melhor amiga de Riley, e também, às vezes, sua pior inimiga, mas isso era só quando ela se empolgava demais. Fazia meia hora que elas estavam naquele ônibus, e meia hora que ela estava tagarelando do quão legal era aquele lugar e sobre um tal de Hiro. O que ela queria saber desse menino e seus micro-sei-lá-o-que?

EU. NÃO. AGUENTO. MAIS Gritou Raiva Manda essa menina calar a boca, ou eu vou dar na cara dela!!!

Não podemos fazer isso, vai chatear ela! o Medo falou.

Riley, já com dor de cabeça da falação incessante da amiga, tentou mudar o assunto para algo mais satisfatório, mas não funcionou, o assunto sempre voltava a robótica. A menina, desistindo, apenas colocou os fones de ouvido e deixou a amiga falar com os ventos. Seria uma viagem longa…

***

Pessoal, chegamos ao centro de robótica do Instituto de Tecnologia de San Fransokyo. a professora começou a explicar Lembre-se: vamos andar todos juntos, e certifiquem-se de estar sempre com os seus pares. Vocês terão o horário livre logo após o almoço caso queria visitar alguma coisa, ou fazer alguma pergunta. Dúvidas? Certo, então podem descer.

ALELUIA, minha bunda já está doendo de tanto tempo sentada. nojinho falou.

Vem, vamos lá. Olha que lugar grande, o que será que tem lá?

COISAS CHATAS!

― Vamos ficar até tarde sem fazer nada Tristeza falou sem ânimo

Vocês dois parem! Vamos lá, vai ser interessante e… pera aí, quem é esse cara vestido de dinossauro? perguntou alegria.

Isso é tããão brega Nojinho exclamou

O que? Acham que somos crianças? Medo já estava perdendo a cabeça.

No fim das contas aquele homem vestido de dinossauro era um tal de Fred, mascote da universidade. Ele seria o nosso guia naquela tarde e explicaria tudo para nós. Ele começou a falar de um incêndio que havia acontecido alguns anos atrás e sobre como a estrutura fora reconstruída. Também mostrou um pequeno mural em tributo a um homem que acabou morrendo nesse desastre, era um tal de Tadashi Hamada.

Alguém morreu aqui? medo gritou

Que mórbido a tristeza acrescentou ― “um irmão querido e um sobrinho amado” morreu ainda tão jovem.

Um incêndio? Mas como isso aconteceu?

Gente, vamos nos acalmar. Alguém viu a Hannah? alegria preocupou-se ela estava aqui do nosso lado agora mesmo.

ERA SÓ O QUE ME FALTAVA! Quando eu achar aquela menina, ela vai ver!

Calma gente, ela está indo pra aquele corredor. Vamos atrás dela

Mas falaram que não podiamos nos separar do grupo…

Medo, não vai acontecer nada. Agora vamos, antes que a gente a perca de vista.

Riley correu para o mesmo corredor que a sua amiga estava, porém, ao chegar lá, não havia nenhum sinal de sua amiga. Tentou chamar o seu nome diversas vezes, mas nenhuma resposta. Acabou se aventurando dentro daquele corredor.

NÃO CONTINUA!! ABORTAR, VOLTAR AO GRUPO

Medo, por favor, é um caminho reto, ela deve estar lá em cima. Vamos subir, pegar ela e voltar ao grupo. incentivou Alegria

Isso não vai dar certo acrescentou Nojinho.

Não mesmo dessa vez que falou foi a raiva. Nem vem, Alegria, você vai estragar

Cadê o senso de aventura de vocês?

Quando subiu a escada, percebeu que estava em um setor totalmente diferente do anterior. “será que é aqui aquele setor de experimentos robóticos que estavam falando antes?” pensou Riley, sabia que não deveria estar ali, mas aquele lugar estava estranhamente vazio, chegava até ser curioso. Continuou andando, quando, ao se aproximar da última porta do setor, acabou escutando uma voz.

Mas que porcaria! o menino socou algo e voltou-se para trás. Riley nem percebeu que esse tempo todo ela estava parada na porta observando aquele menino com o cabelo rebelde.

er.. quem é você?

AI MEU DEUS É UM MENINO! uma sirene começou a tocar.

Uau, é um gatinho. nojinho falou diz alguma coisa, Riley.

DIZ ALGO?

ela não vai dizer. ABORTAR MISSÃO.

Sair correndo em três… dois…

NÃO! interrompeu alegria. Diz algo Riley, pelo amor de Deus, diz algo!

Riley sentia uma sensação estranha na boca do estômago, sentia como se fosse vomitar a qualquer instante. Queria sair correndo, mas seu corpo não esboçava nenhuma expressão. Queria falar algo, mas não saia nenhum som. Céus, como aquilo era constrangedor, ela precisava dizer algo, mas o que?

Todos estavam observando aquele telão esperando Riley dizer alguma coisa. E depois de muitos segundos de um silêncio constrangedor Riley respirou fundo e disse:

er.. oi

os cinco em sincronia suspiraram em reprovação.

Oi O menino riu da timidez da menina prazer, sou Hiro, e você?ele estendeu a mão para ela. Quando ela foi o cumprimentar, e suas mãos se tocaram, um choque percorreu por toda sua mão.

Eu sou er.. a Rai.. wow que mãos macias

O que?

Pera, o que?

que vexame falou nojinho.não posso nem ver.

Eu sou a Riley Riley queria correr; queria se jogar de uma ponte; queria enfiar a cabeça no chão, como uma avestruz. Desculpa, eu tenho que er… ir! É, eu tenho que voltar para o meu grupo e achar a … AÍ! em meio aquela grande bagunça, Riley acabou pisando em algo no chão.

O que é isso? ― perguntou medo

― Parece um marshmallow gigante ― comentou Tristeza.

― Olá, sou Baymax, seu agente pessoal de saúde.

― Uau ― todos os cinco comentaram em sincronia

― Ouvi uma interjeição de dor. Qual é a sua queixa?

― Uau, o que é isso? ― disse chegando perto daquela 'coisa' gigante e branca.

― Esse é Baymax, meu irmão trabalhava nele. Foi projetado para ajudar as pessoas. ― disse chegando perto ― Essa é minha nova amiga, Riley.

― Olá Riley, em uma escala de 1 a 10, qual é o nível da sua dor?

― amiga? ― A menina pediu sem jeito. Ele já a considerava amiga! Por que isso era tão importante pra ela? Subitamente Baymax aproximou-se dela, com o seu braço estendido, perguntando se ao tocar doía. Riley se assustou com a proximidade daquele robô, e, ao tenta se distanciar de tais movimentos, acabou esbarrando em diversas mesas, cuja a existência era desconhecida até o momento. Quando, sem saber como, acabou tropeçando em algo e caiu em cima de Hiro.

― Você caiu. ― observou Baymax. O rosto de Riley corou ao olhar nos olhos puxados de Hiro, seus olhos castanhos tinham um certo brilho e seu cabelo estava mais rebelde ainda. Hiro também corou com aquela proximidade, mas nenhum dos dois estavam dispostos a se separar. Porém, para (in)felicidade dos dois, Baymax acabou quebrando todo aquele contato ― escaneando.

― Desculpa, não queria ter bagunçado a sua sala ― Riley estava envergonhada pela situação. Hiro, com o intuito de fazer com que ela se sentisse a vontade, teve uma ideia.

― Não se preocupe com isso. Venha. Quero te mostrar um negócio. ― Hiro correu até um armário e Baymax o seguiu. Riley não estava entendendo nada do que estava acontecendo.

O que eles estão tramando? perguntou Alegria

― Eu não estou gostando disso, nem um pouco. O que ele está planejando? ― comentou o Medo.

― O que é isso que ele está usando? Só tenho uma palavra para isso: bre-ga! Eu hein.

Hiro e Baymax agora estavam vestindo uma espécie de armadura vermelha e roxa. Parecia até que haviam acabado de sair de um HQ. Hiro apenas sorriu e saiu correndo corredor afora, em direção a escada.

―Ele quer que a gente o siga? ― perguntou a tristeza

― não, não e não! Vocês se esqueceram do grupo? Temos que voltar. ― lembrou Medo.

― Mas eu quero saber o que tem lá… ― Alegria fez beicinho.

Riley acabou seguindo o caminho qua a levou até topo do centro, onde havia uma pequena área plana. Hiro esta já em cima de Baymax e as turbinas de seu traje já estavam ligadas.

― Você quer que eu suba nessa coisa? ― Riley exclamou

―ABORTAR. Negativo. Não vai subir nisso de jeito nenhum! ― O medo tomou conta do teclado.

― Mas olha como ele ficou triste, queria ter coragem para subir nisso ― comentou Tristeza

― Hiro, não gosto dessa ideia.

― Vamos, confie em mim… ― O menino estendeu a mão, convidando-a para juntar-se a ele.

― Você acabou de o conhecer. Não pode sair voando com alguém que VOCÊ ACABOU DE CONHECER!!! ― Gritou Medo. Ele já estava perdendo a cabeça.

Mas toda aquela torcida negativa fora em vão. Riley segurou na mão de Hiro e ele a apoiou na sua frente. “não se preocupe, não vou deixar você cair” sussurrou em seu ouvido. Quando sentiu que já não estava no chão, Riley fechou os seus olhos e encolheu-se com medo da altura que estavam. Hiro não conseguia parar de olhar o jeito que a sua franja caia perfeitamente sobre o seu rosto, que agora estava corado. Esperou que Baymax se estabilizasse antes de pedir para que Riley abrisse os seus olhos para ver àquela imensidão azul. Ela não sabia o que dizer. Era tudo tão lindo. O vento que bagunçava o seu cabelo, e que batia contra a sua pele. Aquela sensação era totalmente nova, sentia uma leveza, como se tudo não existisse mais; mas tudo aquilo acabou quando ela se desequilibrou e acabou olhando para baixo, e percebendo a altura que estavam. O medo a consumiu, fazendo com que ela se encolhesse contra o peito de Hiro.

― Hey… ― ele delicadamente puxou o seu queixo fazendo com que ela olhasse para ele. Hiro não sabia da onde estava saindo essas ações, mas o fato dela ser mais tímida que ele (ou ao menos parecer assim) já lhe dava bastante segurança. Mas quando os seus olhares se encontraram, toda aquela segurança fora pro brejo. ― eu disse que não te deixaria cair. ― praticamente sussurrou.

As sirenes dentro da cabeça de Riley começaram a tocar. Será que finalmente apertariam o botão?

― Isso realmente está acontecendo? ― perguntou o medo.

― Okay pessoal isso não é uma simulação, preparar o botão e aperte no meu sinal ― ordenou alegria. Todos estavam nervosos naquela situação. ― cinco… quatro… três… dois…

E quando o botão estava preste a ser apertado, um pássaro perdido de seu bando acabou acertando os dois, fazendo com que ambos despertassem do transe que se encontravam. Hiro olhou a sua volta reconhecendo o local. Deu a ordem a Baymax e ele os levou ao ponto mais alto da cidade. Quando eles pousaram, Riley não poderia estar mais do que feliz por se encontrar em terra firme. Quando olhou para trás, não pode ignorar o traje todo sujo de cocô de seu colega.

― Está falando o que? O seu cabelo está todo bagunçado ― Hiro revidou. ― tem até uma pena.

Ambos riram e se sentaram lado a lado no chão, jogando conversa fora.

― Hiro, o que seus pais acham de tudo isso que você faz?

― Bem, eu não tenho mais pais, eles faleceram quando eu ainda era pequeno ― Riley queria morrer por ter perguntado algo desse gênero, mas como ela saberia? ― calma, não precisa se preocupar. ambos se encontravam em uma situação embaraçosa sem saber o que dizer.― Sabe… Tadashi teria gostado de você.

― Quem é ele?

― Meu irmão… ―então Riley se lembrou do mural logo na entrada do Instituto em tributo a tadashi que havia morrido no acidente. Estava se sentindo mal por ter feito tal pegunta. Não sabia ao certo se deveria fazer isso, mas queria consolá-lo. Timidamente tocou na mão de Hiro e a segurou. O choque percorreu pela mão de ambos, fazendo com que os seus olhares se encontrasse novamente.

― Pessoal, é agora. Dessa vez sem interrupções! Preparar botão! ― gritou alegria. Todos afivelaram seus cintos e olharam para o telão apreensivos. ― Medo, tudo preparado?

― Positivo!

― Preparar para o impacto em cinco… quatro… três… dois… um.

Hiro tirou uma mecha de seu cabelo e a posicionou logo atrás de sua orelha, e aproveitando a sua mão em seu rosto aproximou-se para beijá-la, como havia visto em filmes. Quando os seus lábios se tocaram era como se tudo naquele exato momento estivesse congelado. Riley escutava música na sua cabeça misturada com fogos de Artifício. Agora entendia o porquê de nos filmes os casais se beijarem tanto. A sensação da sua boca contra a dele era algo único. Quando se separaram, nenhum dos dois sabia o que dizer, então nada foi dito. Riley apenas encostou sua cabeça no obro de Hiro e ficaram naquele silêncio, e diferente do que muitos achavam, não era um silêncio constrangedor, mas confortável, aonde ambos sabiam que não haviam palavras para descrever o que sentiam naquele momento.

Mas como nem tudo é um mar de flores, Riley se deu conta que já fazia tempo desde que se separa do seu grupo, e que nem ao menos tinha encontrado a Hannah. Explicou a situação a Hiro e ele a levou de volta. Diferente da primeira vez, agora ambos aproveitaram. Gritaram, tentaram novas manobras e até trocaram mais um beijo ou dois.

Ao chegar novamente ao instituto, todo o grupo estava reunido na saída preocupados atrás de Riley, mas ninguém podia ignorar aquela chegada triunfal. Hiro ajudou-a a descer e foi conversar com a professora de Riley, disposto a tomar toda a responsabilidade pelo sumiço da menina. Mas de nada adiantou, pois no mesmo momento, seus quatro amigos apareceram para lhe dar uma bronca.

― Hiro, como que você sai no meio da tarde sem nem ao menos avisar aonde foi? Honney perguntou tentando manter um tom firme, diferente do seu tom casual, todo alegre e divertido

― Riley Andersen, como ousa sair assim, sem avisar ninguém? Sabe como nós estávamos preocupados? Não, não quero escutar explicações. Para o ônibus, mocinha. Agora ― Riley apenas concordou e foi se encontrar om Hannah.

― Aonde você estava? O que aconteceu? ― a loira apenas lançou um olhar a amiga que havia entendido tudo. ― AI. MEU. DEUS. Vocês dois? Como assim? Me conta TU-DO. ― Riley prometeu que contaria tudo no caminho de volta, quando sentiu algo segurar o seu braço.

― Quando vamos nos ver de novo?

― Não sei, Hiro. Mas você pode me visitar se quiser, ou eu posso tentar vir… mas acho que meus pais não iriam deixar…

― Tome o meu número. ― Ele a entregou um pequeno papel e Riley passou o seu número para ele. Hiro, a puxou para um último beijo ignorando toda a multidão que observava a situação, alguns faziam comentários, assobiavam, outros apenas ignoraram; já Hannah estava boquiaberta.

Todos na sala estavam pasmos com aquela atitude. Até Nojinho não reclamou.

Riley olhou uma última vez para trás e acenou para Hiro. Não sabia o que estava sentindo, tampouco entendia o que havia acontecido, mas não iria o esquecer, queria o conhecer melhor, sair e sentir os seus lábios contra o seu novamente.

― Não se esqueça de mim, Hiro… ― desejou em um sussurro. Logo que começou a explicar toda a história a Hannah seu celular vibrou. Era uma mensagem de Hiro. Riley apenas sorriu.

Agora apenas sobrara Alegria no teclado e ela estava parada observando Riley contar toda a história a sua amiga. Ela estava tão feliz. Alegria quase não percebeu a memória base que havia se formado, era de quando ele a beijou pela primeira vez.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado! Se você achou algum erro sinta-se livre para me avisar! Deixe a sua opinião/critica, vou adorar saber a sua opinião. Sinta-se livre também se quiser visitar minha outra fanfic no universo de peter pan.

Beijão!!



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