Pokémon Luz e Erupção escrita por Natan


Capítulo 1
Capítulo I


Notas iniciais do capítulo

Capítulo I pra vocês! Aí tem uma introdução de como as coisas funcionavam na época, mas por enquanto está bem básica, nos próximos eu vou colocar mais detalhes!
Dedico esse capítulo a Nath SK por ter me incentivado a postar, apesar da minha bad!
Boa leitura!



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Capítulo I

 

Era uma bela manhã na cidade Azalea. A região Johto vinha tendo uma ótima temporada naquela primavera. Perfeita para o cultivo de Berries e Apricorns.

Dario acordara mais cedo que o usual naquele dia. Estava ansioso, hoje faria o grande teste anual para receber sua licença de treinador e, além disso, seu Pokémon inicial.

No chão ao lado de sua cama dormia Houndour, o Pokémon de sua mãe, ele era um pequeno cachorro, de pelagem escura. Dario estava levantando-se quando os olhos do Pokémon o encararam. O garoto de cabelos castanhos pegou sobre a sua escrivaninha um pouco da ração recém inventada, para Pokémon e despejou um pouco na tigela, para onde Houndour logo se dirigiu:

 — Bom dia Houndour! — ele fez um carinho na cabeça do Pokémon.

Desceu as escadas e sua mãe já estava à mesa com o café da manhã pronto. Antes mesmo de dizerem algo, alguém bateu na porta:

— Eu abro! — sua mãe disse calmamente, enquanto dava um meigo sorriso.

Dario apenas assentiu e pegou uma fatia de pão. Levou um susto quando uma mulher de cabelos azulados entrou na casa e sentou ao seu lado sorrindo:

— Está preparado garoto? — Buggy disse e deu um sorriso de orelha a orelha.

— Já nasci pronto, tia Buggy! — Dario engoliu a fatia de pão de uma só vez e se levantou. — Você vai comigo até Goldenrod?

— Eu sou a responsável pelos treinadores mirins de Azalea, pelo menos por esse ano! — coçou a cabeça. — Ou seja, vou eu, você e mais uma cambada de garotos!

Dario gargalhou e foi pegar sua mochila em seu quarto. Buggy olhou para Angelina, a mãe de Dario:

— Você sabia que esse dia ia chegar, mais cedo ou mais tarde, não é? — encarou a amiga.

— Sabia, mas não esperava que chegasse tão cedo, Bugs! — Angelina ajeitou o cabelo.

— Essas crianças de hoje crescem muito rápido! — abanou-se com as mãos.

— Falando em crianças, como vai a pequena Cherry? — a de cabelos castanhos perguntou.

— Está muito animada, vive brincando com os Pokémon da floresta. — os olhos de Buggy brilharam. — Ela adora um Caterpie que a fica seguindo por toda parte! —sorriu. — Agora vive me pedindo para que eu o guarde para quando ela tirar uma licença. 

As duas sorriram e Dario desceu as escadas com a mochila nas costas e uma determinação admirável estampada no rosto:

— Vamos? — Buggy perguntou.

— Vamos lá! — Dario respondeu, mas logo após foi até sua mãe. — Eu sei que está preocupada! — pegou as mãos dela. — Mas tia Buggy cuidará de mim e logo, logo estarei de volta para você!

Angelina já derramava lágrimas, mas sorriu ao ouvir aquilo de seu filho. Dario, que na maior parte do tempo era imaturo, e um tanto escandaloso, mas que naquele momento teve uma maturidade que ela já conhecia:

— Você falou como seu pai agora! — afagou o cabelo dele. — Nunca se esqueça de que aqui sempre será sua casa! — ela tirou o cordão de dentro da camisa de Dario, onde uma pedra de cor âmbar pendia como pingente. — Seu pai vai estar com você onde quer que você esteja!

Dario abraçou a mãe e logo foi com Buggy, apertava com força a pedra no cordão em seu pescoço. Quando Dario tinha apenas cinco anos seu pai dera a pedra a ele, isso foi logo antes de o pai sair em uma aventura e nunca mais voltar.

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Dario se juntou aos outros “treinadores mirins” na frente da prefeitura de Azalea. Uma mesa enorme estava em cima de um palco improvisado, coberta com um pano roxo. Eram entre dez a doze, meninos e meninas, “A concorrência é grande.” Dario pensou logo antes de Buggy começar a falar:

— Certo, todos estão aqui. — apontou para a mesa ao seu lado. — Eu vou chamar os nomes de cada um e quero que venham aqui e peguem aleatoriamente qualquer uma dessas belezinhas! — ela descobriu a mesa e todos vislumbraram a variedade de pokéballs sobre a mesa, havia desde Fastballs, até Heavyballs. — Vou começar! Ally Benson!

E Buggy foi chamando cada um. Dario foi o quarto a ser chamado, foi até a mesa e pegou uma bola vermelha*, provavelmente feita de um Apricorn vermelho. Era uma Level Ball na verdade. Ele voltou ao seu lugar e ficou esperando até que cada um dos doze participantes pegou uma das bolas de captura:

— Dentro de cada uma dessas pokéballs há um Pokémon. — Todos ficaram animados. — Mas é algo provisório, esse não será o Pokémon inicial de vocês. — fez uma pausa. — E eles só obedecerão vocês se os acharem dignos de ser um treinador! — ela se virou para descer do pequeno auditório, mas logo após voltou para falar algo que provavelmente havia esquecido. — Ah, e vocês só tem permissão para liberá-los quando entramos na Floresta Íllex!

Dario sorriu. Sua tia era uma mulher tão atrapalhada que chegava a ser cômico. Ela levou todos em um grupo até a saída a oeste da cidade, que dava na Floresta Íllex, lugar famoso pela quantidade de Pokémon inseto presentes lá:

— Estamos indo para a Floresta dos Insetos? — uma garota perguntou. — Que medo!

— Os insetos não farão mal a vocês! — Buggy disse. — Pelo menos a maioria deles não vai.

Dario sorriu. Sabia que os Pokémon não os atacariam, e se eles os as atacassem, os bichinhos dentro daquelas pokéballs os protegeriam. Buggy não o faria desistir tão fácil:

— Não é lá que fica a Casa de Poder dos tipos Inseto e Lutador? — um garoto de óculos perguntou.

— Sim, eu sou uma dos líderes. — Buggy confirmou.

— O que é uma Casa de Poder? — a garota de antes perguntou de novo.

— Você não sabe o que é uma Casa de Poder? — Dario olhou para ela de um modo repressor, como se fosse um pecado não saber o que é uma Casa de Poder.

— Não sei, mas eu quero saber! — ela o encarou. — O que é uma Casa de Poder?

— Casa de Poder é uma Meca para os treinadores! — o garoto de óculos disse. —Existem quatro na nossa região, cada uma com dois líderes!

— Os líderes propõem um desafio distinto para os desafiantes! — Dario continuou. —Se você cumpre os desafios com sucesso você ganha uma medalha, uma insígnia para ser mais exato!

— Se você juntar quatro delas você ganha o privilégio de desafiar o campeão da região! — o de óculos continuou. — Que na nossa região é...

— Derek Kress, aquele lindo de cabelos prateados! — a garota disse com os olhos brilhando. — Disso eu sei!

— Como você sabe quem é o campeão da nossa região e não sabe o que são Casas de Poder? — Buggy perguntou.

— Como eu não saberia quem é ele? — ela disse. — Ele aparece todo dia na TV!

— Você tem uma TV em casa? — Dario perguntou, ter uma TV era algo bem caro na época.

— Claro! — disse como se fosse algo normal. — Vocês não têm?

— Qual o seu nome? — o garoto de óculos perguntou.

— Alicia Benson!

— Ah, está explicado. — ele disse ajeitando seus óculos. — Seu pai não é o homem que está tentando inventar um tipo de Pokéball industrial?

— Sim! — ela diz. — Qual o nome de vocês? — mudou de assunto.

— Sou Matthew Pharrel! — ele disse com orgulho.

— Eu já te vi na escola! — Dario disse. — Você senta na primeira cadeira!

— Sim, seu nome é Dario Chase, e você senta em uma das últimas cadeiras, apesar de suas notas serem razoáveis! — ele apontou para Dario.

— Não gosto da frente... — o moreno falou.

— Chegamos! Assim que eu disser vocês podem liberar os pokémons! — Buggy disse.

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A Floresta Íllex era completamente escura. As árvores cresciam altas e as folhas eram espalhadas impedindo a passagem da luz, tornando a floresta clara em apenas alguns pontos. Buggy se virou olhando para as doze crianças:

— Vocês têm permissão para liberar seus Pokémon! — fez um sinal com as mãos, sinalizando que continuassem prestando atenção nela. — Mantenham-se perto um dos outros e não saiam da rota! — deu um sorriso assustador. — Muitas pessoas que se perderam nessa floresta nunca mais foram encontradas!

E abaixou a mão, sinalizando que o grupo poderia finalmente liberar seus Pokémon. Dario jogou sua pokéball para cima fazendo com que o seu Pokémon fosse liberado. Um Pokémon azul e de forma redonda caiu em seus braços. Marill um Pokémon tipo água, isso era tudo o que ele sabia sobre o Pokémon, pois um dos seus vizinhos possuía um da espécie daquele pequeno Pokémon. Passou a mão entre as orelhas dele afagando levemente:

— Olá Marill! — sorriu. — Parece que seremos parceiros por um tempinho!

— Qual é o seu Pokémon? — Ally veio correndo, ao seu lado corria um Pokémon de cor bege, ele era bípede e parecia um gato, uma moeda saia de sua testa.

— É um Marill! — sorriu. — E o seu?

— É um Meowth! — o Pokémon ronronou pra ela. — Ele não é fofo?

— É sim! — Marill subiu nos ombros de Dario.

Matt veio correndo com um Pokémon metálico flutuando ao seu lado, dois imãs estavam um de cada lado do Pokémon, um com a ponta vermelha e o outro com a ponta azul:

— Olhem o meu Magnemite! — ele vinha correndo e sorrindo.

Dario estava feliz, pois podia reconhecer a maioria dos Pokémon dali, ele os conhecia seja por viajantes que passavam pela cidade, ou por livros que sua mãe lhe dava. Ele tirou um caderno vermelho de sua mochila e um lápis e passou a desenhá-los enquanto caminhava, colocando o nome do Pokémon no título. Dario não era um desenhista exímio, mas desenhava até que razoavelmente. Sorriu quando um Rattata passou correndo entra suas pernas. Marill olhava atentamente de seu ombro enquanto ele desenhava:

— Esse aqui é você! — sorri. — Só que ainda falta pintar de azul! Você enxerga cores?

Marill não disse nada, apenas pulou de seu ombro e foi brincar com o Meowth de Ally e o Spearow de outra garota.  Dario sorriu:

— Senhorita Buggy! — um garoto disse. — Quanto tempo se leva pra atravessar a floresta?

— Geralmente, — Buggy o encarou. — De quatro a cinco dias, parando pra acampar e usando um mapa, mas como vocês estão comigo, nós seguiremos uma rota diferente!

— E vamos passar quanto tempo aqui? — o menino interrogou.

— A viagem vai demorar cerca de cinco horas! — Matt respondeu, Dario olhou pra ele.

— Como você sabe? — perguntou.

— Ano passado eu vim fazer a prova! — ele disse e ajeitou os óculos sobre o nariz. — Oscar demorou cinco horas dentro da floresta até chegarmos à rota 34!

— Rota 34? — a garota do Spearow perguntou.

— Essa é a rota que da em Goldenrod, não é? — Dario perguntou.

— Isso mesmo! — a mais velha respondeu. — Quando chegarmos a Goldenrod eu colocarei uma estrela na testa de vocês! — sorriu.

— Tudo bem! — a menina do Spearow disse. — Temos cinco horas pra nos divertimos!

— Na verdade, vocês têm três horas! — Buggy disse. — Esse é o tempo em que eu consigo atravessar a Floresta Íllex!

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O grupo finalmente havia chegado a rota 34, segundo o relógio de Matt, eles haviam chegado em duas horas e cinquenta e cinco minutos, eles andavam tranquilamente, conversavam bastante, Dario já havia desenhado cada um dos doze Pokémon:

— E esse aqui é aquele Clefairy! — sorriu enquanto mostrava seus desenhos para Ally.

— Eles são realmente bonitos! — ela disse. — Quando eu tirar minha licença, eu vou tentar capturar um desses, com toda certeza!

Todos sorriam, brincavam com os Pokémon emprestados e corriam de um lado para outro, ainda que seguindo a rota. Dario ia atrás com Ally, Matt, a garota do Spearow, que ele havia descoberto que se chama Jane, e outro garoto que possuía um Teddiursa. De repente eles foram surpreendidos por um par de Bellsprout, juntamente com um par de Machop, pareciam agressivos e tentaram atacar os Pokémon que acompanhavam os cinco que estavam atrás. Buggy correu até eles:

— Eles são hostis! — disse. — Usem seus Pokémon e batalhem!

— O quê? — disse Matt desesperado ao lado de seu Magnemite. — Como faremos isso?

— Não sabemos nenhum ataque dos nossos Pokémon! — Jane disse.

— Analisem seus Pokémon! —ela disse. — Quais ataques eles provavelmente possuem?

Dario demorou um pouco para entender a informação, mas o garoto do Teddiursa logo disse:

— Teddiursa, use Scratch! — o pequeno urso foi até um dos Bellsprout e o arranhou com suas garras.

E então ele entendeu e passou a analisar o Marill. Quais ataques aquele pequeno Pokémon de água poderia aprender e que seria útil naquele momento? Depois de um tempo lembrou-se do Marill de um viajante que passou por Azalea algum tempo antes. Logo disse:

—Marill, use Rollout! — não tinha certeza de que o Pokémon sabia o ataque até que ele começou a rolar continuamente até um dos Machop, cada vez que ele o acertou o ataque pareceu mais forte.

Logo todos conseguiram pensar em algo. Enquanto o Meowth de Ally usava Fury Swipes em um dos Bellsprout, o Magnemite de Matt usava Sonicboom no outro. Spearow tentava acertar Peck em um dos Machop, mas acabou errando e acertando uma árvore. Teddiursa continuava tentando arranhar, mas sem olhar pra onde atacava. Um Machop o acertou com um Karate Chop em cheio, que logo o fez desmaiar, ficando fora de combate. Dario percebeu que os outros sete garotos não os ajudavam. Buggy havia dito para que eles não interferissem:

— Isso é um teste... — sussurrou.

Spearow acertou Peck em um dos Machop, que desmaiou. Mas o outro pegou uma das pedras e lançou no pássaro, Rock Throw. Spearow desmaiou. Agora, eram Marill, Magnemite e Meowth, contra um Machop e dois Bellsprout. Magnemite usou Sonicboom no Machop, o que o fez ficar mais fraco, mas ele não desistiu e foi para cima do Magnemite tentando acertá-lo com um Karate Chop, que foi interrompido por Rollout do Marill, Machop desmaiou. Meowth derrubou um dos Bellsprout, que desmaiou, mas o Pokémon gato já estava cansado. Magnemite e Marill que estavam em melhores condições pegaram a frente da luta. Dario teve uma idéia:

—Marill, use Iron Tail! —o Pokémon provavelmente não saberia aquele movimento, já que era de um nível relativamente baixo, mas era um Pokémon emprestado, poderia saber outros tipos de movimento.

Marill acertou o chão ao lado de Bellsprout, deixando um buraco no chão, mas logo foi atingido por uma onda de som lançada por Magnemite, um Sonicboom. O Pokémon tipo grama desmaiou, os garotos ganharam a batalha.

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Depois de passarem por uma casa em construção no final da rota, o grupo finalmente havia chegado à cidade Goldenrod. Era enorme, havia vários prédios, e muitos mais em construção. Quando chegaram a um enorme prédio, logo todos entraram e ficaram esperando no hall de entrada. Buggy não disse nada, além de que eles deviam esperar ali por um tempo, mas Dario já sabia que eles estavam esperando para dar início à prova que definiria quem ganharia seu Pokémon inicial e sua licença.


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Notas finais do capítulo

*Sei que a Level Ball é na verdade dourada, mas como era no passado eu pensei que não haveria a necessidade de enfeitar a bola, até para que o tempo de fabricação fosse menor, portanto a Level Ball é vermelha assim como a Apricorn da qual ela é feita!
E aí, gostaram do capítulo?
Se tiverem gostado comentem algo! Nem que seja só um "Gostei!" já vai esquentar meu kokorô! (hahahahaha)
Até mês que vem gente!
Beijos!