Amor ou amizade? escrita por Manusinha Mayara


Capítulo 7
Capítulo 7: A festa


Notas iniciais do capítulo

Oii pessoal,

esse capítulo está enrolado! kkkkkkkkk

Divirtam-se!



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A semana começou bem estranha, Priscila saiu do colégio, algumas pessoas afirmam que há viram de olho roxo no dia que ela apareceu para buscar seu histórico escolar. Provavelmente algumas das várias garotas que não a suportavam resolveram revidar finalmente.

Meu pai já havia viajado, então eu estava ficando na casa da Manu esses dias. Ela e Henrique estavam naquela fase grude de começo de namoro. Ele nos buscou e levou de volta pra casa dela a semana toda. Eu estava começando a me sentir um pouco deixada de lado, precisava começar a namorar o Carlos urgente!

A casa da Manu era maravilhosa, eu desconfio que o quarto dela era do tamanho da minha casa inteira. Ela tinha um closet repleto de roupas lindas! A mãe dela era estilista e morava em Paris. Manu ficou morando com seu pai e a madrasta após o divórcio, para compensar a distância, sua mãe enviava as roupas mais lindas para ela de presente.

Hoje era sábado à tarde e nos duas já começávamos a ficar ansiosas pela festa que viria a noite. Eu e a Manu nunca tínhamos sido convidadas para as festas do pessoal popular do colégio, essa foi a primeira vez.

— Pelo menos o Henrique não vai sair de perto de você! – eu dizia para acalmar a Manu.

— E você acha que o Carlos vai te deixar sozinha? – Manu perguntou impaciente.

— Mas ele ainda não é meu namorado, e a maioria das garotas quer a atenção dele. –respondi chateada.

Carlos conversou comigo durante poucos minutos nos intervalos do colégio essa semana. Ele dividia seu tempo entre mim e seu fã clube, situação que estava me incomodando muito, eu precisava de exclusividade já!

Demoramos um século para escolhermos nossas roupas e nos arrumamos. Quando o relógio já marcava nove e meia, ficamos prontas. Manu usava um vestido dourado, com muito brilho, não muito justo e saltos Louboutin altíssimos.

Eu resolvi arriscar e coloquei um vestido branco bem justo que trouxe dos EUA, usei Scarpin preto altíssimo, coloquei uma jaqueta de couro por cima e fiz uma maquiagem de arrasar em mim e na Manu.

Henrique foi o primeiro a chegar, quando Manu desceu as escadas ele parecia estar hipnotizado. Eu tinha que admitir, eles eram muito fofos juntos. Ele a ajudou a colocar seu casaco e perguntou:

— Tem certeza que não quer uma carona Fê? – Henrique perguntou preocupado.

— Não, Carlos vem me buscar, obrigada. – agradeci.

— Nos vemos lá então. – Manu se despediu e os dois saíram.

Depois de meia hora esperando, eu já estava começando a ficar preocupada. Depois de uma hora esperando, eu estava realmente irritada. Peguei o celular e liguei para Carlos, ele demorou para atender.

— Alô? – Carlos atendeu com uma voz esquisita, estava em um lugar barulhento.

— Carlos cadê você? – perguntei irritada.

— Quem é? – ele perguntou.

— Fernanda, a garota que você disse que viria buscar as 22 horas. – respondi irônica.

— Nossa Fernanda, me desculpe, Pablo me pediu para comprar as bebidas e eu acabei ficando preso aqui na festa. – ele tentou argumentar. Mas que desculpa esfarrapada era essa? – pensei.

— Você não podia ter dado um telefonema? Eu teria ido de carona com a Manu! – retruquei com os olhos cheios d’água.

— Não se preocupe, vou ai te buscar agora. A festa só começa a meia noite baby. Prometo te compensar. – ele disse tentando me animar.

— Não demora, tchau. – eu digo e desligo logo em seguida.

Droga, Carlos estava na festa desde cedo e me esqueceu!

Tentei pensar de uma forma positiva, talvez ele realmente tenha ficado preso lá, era muito popular e todos queriam sua atenção. Além do mais ele prometeu me compensar.

Subi correndo para o banheiro e retoquei minha maquiagem. Joguei mais perfume e depois de uns 20 minutos, ouvi alguém batendo a porta. Desci calmamente, não queria parecer ansiosa, respirei fundo e abri a porta.

O que você faz aqui? – perguntei sem entender a presença de Simon ali.

— Carlos me ligou, pediu para que eu viesse te buscar e te levasse a festa. –Simon respondeu.

— Não, ele disse que ele viria me buscar. – eu digo começando a ficar irritada outra vez.

— Ele já bebeu Fê, não está em condições de dirigir. – Simon disse e me deu um sorriso tranquilizador.

— Mas isso não é justo com você! – eu digo. Carlos estava usando ele!

— Não me importo. Podemos ir? – ele perguntou e realmente parecia não se importar. Eu peguei minha bolsa e sai. Caminhamos em direção ao carro dele.

— Aliás, você está linda. – Simon disse sem me olhar.

— Obrigada. – agradeci. Ele abriu a porta do carro pra mim e eu entrei. Dentro estava quente e tocava uma música tranquila bem baixinho. Não conversamos muito, o silencio estava gostoso.

Comecei a reparar em Simon, ele estava bonito, usava calça jeans escura, uma camisa branca. Ele não tinha o corpo musculoso e lindo de Carlos, mas tinha um corpo definido, braços fortes. Estava deixando a barba crescer, e seus olhos negros lindos estavam olhando para mim.

— Posso te ajudar em alguma coisa? – Simon perguntou. Droga, ele me pegou em flagrante o comendo com os olhos.

— Você está bonito também. – respondo desviando o olhar imediatamente.

— Obrigado. Henrique e a Manu vão estar lá? – ele agradece e muda de assunto.

— Sim, se eu soubesse que Carlos não ia me buscar, tinha ido de carona com eles para não te incomodar. –digo ainda sem olhar para ele.

— Não é incomodo algum. – ele respondeu atencioso.

— Você estava indo pra festa? – perguntei curiosa. Simon não parecia um cara que gostava de festas regadas as bebedeiras dos amigos de Carlos.

— Não, eu estava com a Priscila, fui deixar ela em casa quando Carlos me ligou. – ele respondeu.

Ficamos em silencio depois disso, ele e Priscila estavam realmente juntos pelo visto. Não sei porque isso não me deixava muito animada. Chegamos a casa de Pablo, era enorme e o som estava alto lá dentro. Simon arrumou uma vaga e estacionou seu carro.

Entramos juntos na festa. Todo mundo do colégio estava lá. A sala se transformou em uma pista de dança, na cozinha muita bebida sendo servida, mas a maior concentração de pessoas estava na piscina. Vimos Manu e Henrique sentados em um banco do jardim, fomos até eles.

— Finalmente Fê! Oi Simon. – Manu nos cumprimentou.

— Carlos não foi me buscar, Simon me deu uma carona. – disse tentando não demonstrar minha irritação, mas Manu percebeu na hora, trocamos um olhar cumplice e ela disse.

— Carlos está bem ali. – ela disse apontando para um sofá que estava próximo da piscina. Carlos estava conversando com três garotas lá.

— Eu vou lá falar com ele. – digo e começo a caminhar. Simon se levanta e entra na casa, acho que não quer segurar a vela de Manu e Henrique sozinho.

— Oi pessoal. – digo me aproximando de Carlos.

— Oi baby. – ele diz e se levanta para me abraçar. Por cima do seu ombro vejo a cara de irritação das garotas e fico satisfeita.

Carlos me levou para dentro e me serviu uma bebida, não estava muito acostumada com álcool, mas não queria parecer criança perto dele. Começou a chover lá fora e todo mundo entrou para casa. Fomos para pista de dança, juntos com Manu e Henrique.

Carlos era mesmo perfeito, seu jeito de dançar era tão sexy, ainda bem que tinha aprendido a dançar, na high school tinha muitos bailes que serviram de treinamento. Ele ficava olhando meu corpo e parecia completamente hipnotizado. Se aproximou e me roubou um beijo.

Nosso primeiro beijo não foi como eu imaginei. Carlos estava com um gosto amargo na boca, seus braços me apertaram com força demais e eu comecei a ficar sem ar. Me afastei um pouco e continuamos a dançar. Pablo se aproximou e cochichou algo no ouvido dele. Carlos se aproximou do meu ouvido logo em seguida e disse:

— Temos que comprar mais bebidas. Vou com Pablo e logo voltamos. – ele disse.

— Ok, não demore. – eu digo dando um selinho nele.

— Você é minha garota, comporte-se. – ele diz e se afasta.

Carlos vai embora e eu paro de dançar. Fiquei meio chateada, a noite estava ótima, ele havia me beijado, mas agora saiu com seu amigo no meio da festa.

 Fiquei conversando com a Manu e o Henrique por um tempo. Eles estavam se divertindo muito e Henrique era muito carinhoso com ela.

Depois de mais ou menos 40 minutos vi Carlos chegar com as bebidas. Tentei não parecer que estava esperando por ele, fingi que não tinha o visto por ali. Ele foi para cozinha e ficou uma eternidade por lá.

Manu e Henrique me disseram que já estavam indo embora, me ofereceram uma carona, mas nessa hora Carlos reapareceu do nada

— Eu cuido dela, não se preocupem. – ele disse aos dois, com o braço apoiado em meus ombros.

— Tudo bem, juízo! – Manu se despediu e os dois foram embora. Carlos me puxou novamente pra pista de dança e recomeçamos a dançar. Todos nos olhavam e eu estava ficando incomodada.

— Parece que somos o casal mais bonito do lugar. – Carlos cochichou em meu ouvido. Eu sorri feito boba.

— Vou ao banheiro. – digo em seu ouvido. Ele acena com a cabeça, continua dançando e eu saio da pista de dança.

Eu estava exausta, já eram quase três horas da manhã. Estava enjoada, havia bebido demais. Iria pedir para Carlos me levar embora. Desci as escadas e fui falar com ele. Para minha surpresa, ele estava dançando com Rachel, uma menina da minha sala no colégio, estavam roçando um no outro. Ridículos!

Decidi não fazer uma ceninha, fiquei encostada em uma parede encarando-o. Depois de uns dez minutos ele se tocou da minha presença ali, largou Rachel e veio na minha direção.

— Se divertindo? – pergunto sarcástica.

— Isso foi só um favor. Só ligo pra você! – ele disse se aproximando e me dando um beijo longo. Dessa vez o beijo foi bem melhor, ele estava com uma bala na boca, o que tornou tudo mais doce. Quando ele me soltou, eu disse:

— Pode me levar embora?

— Já? – ele perguntou estranhando a pergunta.

— São mais de três horas da manhã agora. – digo conferindo o horário em meu celular.

— Eu vou ter que ficar, vou ajudar Pablo e os meninos a limpar tudo. Os pais dele chegam as 10 horas e querem a casa brilhando.

— Vou te esperar então. – digo decidida, mesmo cansada queria passar o máximo de tempo possível com ele.

— Você está com carinha de sono, não precisa esperar. Vou te arranjar uma carona, pera ai. – Carlos disse e foi se afastando na multidão. Alguns minutos depois ele voltou junto com Simon.

— Simon vai te levar pra mim. – Carlos disse apontando para o irmão que estava um pouco atrás dele. Simon sorriu gentilmente para mim.

— Não acha que esta abusando um pouco dele? – Cochicho bem próximo a orelha de Carlos.

— Ele não liga. – Carlos responde e me puxa para seus braços, ele me dá um beijo quente.

— Até mais. – digo me despedindo.

— Eu te ligo amanhã baby. – Carlos se despede. Eu começo a caminhar junto de Simon para a porta e quando olho para trás Carlos estava de volta a pista de dança, rodeado de garotas.

Acho que esse era o preço por estar ficando com um garoto lindo e popular. Além do mais ele disse que só se importa comigo. – pensei.

Simon abri a porta do carro para mim, eu entro e ele liga o carro. Ficamos em silencio por um tempo.

— Se divertiu? – Simon me perguntou distraído.

— Muito e você? – pergunto.

— Mais ou menos. Quando todos ficam bêbados demais, começo a achar tudo chato. – Simon responde.

— Por que ficou até tarde? – Meia noite quase todo mundo já estava muito bêbado –pensei.

— Achei que você fosse precisar de carona. – ele responde. Fiquei chateada, Simon ficou me esperando a noite toda mesmo quando queria ir embora.

— Desculpe, não queria te dar trabalho. - digo envergonhada.

— Foi escolha minha, não se preocupe. – ele disse e sorriu em minha direção.

Quando chegamos na casa da Manu, ele desligou o carro e eu resolvi perguntar algo que estava me deixando bem curiosa nos últimos dias.

— Você e a Priscila estão juntos?

— Não, porque achou isso? – ele perguntou surpreso.

— Você disse que estava com ela, antes de vir me buscar. – disse sem querer mencionar que vi a discussão entre ele e Carlos.

— Eu estou ajudando ela, está com alguns problemas em casa. – Simon respondeu, eu senti que ele estava me escondendo alguma informação, mas achei melhor não insistir.

Simon desceu e abriu a porta para que eu descesse também. Meus saltos estavam agarrando na grama molhada, então Simon estendeu seu braço para que eu me apoiasse. Quando chegamos a porta eu disse:

— Obrigado por tudo, você foi muito legal mesmo. – digo sorrindo para ele.

— Foi um prazer Fê. – ele agradeceu, se aproximou e me deu um beijo na bochecha. Ficou parado próximo de mim por um momento e nos encaramos. Recobrando minha sanidade eu me despeço e entro depressa na casa.

Subo as escadas devagar, Manu já está dormindo, então vou direto para o quarto onde estou hospedada. Decido tomar um banho para me livrar do cheiro forte de bebida e suor. Depois coloco meu pijama e vou deitar.

Carlos foi incrível comigo, dançamos a noite toda, nos divertimos. Simon também foi muito prestativo e o fato dele não estar com Priscila me deixou mais contente do que eu esperava.

Mas algo me incomodava muito, Simon estava me escondendo alguma coisa em relação a Priscila. O que poderia ser?


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Notas finais do capítulo

Afinal qual é a deles?

Comentem please!

Até a próxima.