Amor ou amizade? escrita por Manusinha Mayara


Capítulo 3
Capítulo 3: Volta às aulas


Notas iniciais do capítulo

Oii,

Não demorei nadinha.

Aproveitem o capítulo!



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O filme era horrível, terror muito fake. Eu e Simon ficamos zoando o tempo todo, segurar vela ao lado dele até que não era tão ruim. Manu e Henrique ficaram conversando durante o filme todo, quando ela parava de falar e olhava para tela, ele continuava olhando para ela. Acho que o amor estava no ar, mas eles não ficaram, ela era muito tímida.

Depois da sessão, os meninos quiseram ir à praça de alimentação fazer um lanche. Foi muito divertido, Henrique tinha historias incríveis da Nova Zelândia, à medida que ele contava Manu ia ficando cada vez mais encantada. Quando terminamos, Simon nos deu uma carona.

Henrique morava em um apartamento perto do colégio, então Simon o deixou primeiro. Logo depois deixamos a Manu em casa e então fomos pra nossa. Colocamos em uma estação de rádio podre e ficamos zoando as músicas ridículas que tocavam durante o caminho. Quando chegamos ele entrou com o carro na garagem e eu desci.

Caminhamos juntos pelo gramado, estava um pouco molhado por causa da chuva forte que caiu a tarde. Começamos a ouvir um barulho estranho próximo à cerca da minha casa, Simon foi na frente para ver do que se tratava. Sinceramente eu pensei que fosse algum animal.

– Fê me ajuda aqui! – Simon pediu agachado próximo da cerca. Me aproximei e pude ver Carlos caído bem ali.

– Ele está ferido? O que houve? – perguntei preocupada.

– Relaxa gatinha, eu não mordo. – Carlos falou. Ele estava tão bêbado que nem conseguia se levantar sozinho.

– Ele só bebeu demais. – disse Simon. Ele passou um braço de Carlos por seus ombros e eu peguei o outro braço para que ele se apoiasse em mim. Não pude deixar de admirar os braços musculosos de Carlos, ele era perfeito até daquele jeito.

– Você tá linda Fernandinha. – disse Carlos pra mim. Sorri pra ele e não disse nada. Provavelmente amanhã ele nem se lembraria disso mesmo. Quando nos aproximamos da porta da casa, Simon disse:

– Vamos entrar em silencio absoluto, se mamãe ver ele desse jeito vai ficar muito brava.

Começamos a caminhar devagar, Carlos já estava de olhos fechados quase dormindo enquanto andava, subimos até o segundo andar e fomos até uma das últimas portas do enorme corredor. Eu abri a porta, aquele era o quarto do Carlos com certeza.

Nas paredes havia pôsteres antigos de times de futebol, e fotos dele com a Priscila espalhados por todo lugar (credo!). Estava uma bagunça também, o chão cheio de roupas, ele sempre foi muito bagunceiro me lembrei. Colocamos ele na cama, eu recuei um pouco e observei Simon.

Ele cuidava mesmo do irmão, retirou os tênis e as meias dele, ajeitou ele na cama e o cobriu. Saímos em silencio do quarto e ele cochichou:

– Vou te levar até a porta da sua casa.

– Não precisa. – eu disse. Eu morava nos fundos da casa dele, da janela do quarto dele ele podia ver meu quarto provavelmente.

– Faço questão, já esta tarde. – ele insistiu.

Começamos a caminhar pelo gramado novamente, o carro do meu pai não estava ali, devia estar trabalhando até mais tarde pelo visto. Quando chegamos próximo a porta, me virei para encara-lo e disse:

– Obrigada por tudo, você foi muito legal. – disse e dei um sorriso sincero pra ele.

– O prazer foi meu, bem vinda de volta Fernanda! – Simon falou e me surpreendeu ao se aproximar e dar um beijo em minha bochecha. Ele se virou e foi embora. Eu entrei e fui direto para meu quarto.

Tomei um banho rápido e coloquei meu pijama. Já era quase uma hora da madrugada, peguei meu celular e havia uma mensagem da Manu.

“Você é a melhor amiga do mundo, obrigada pela força, acho que nós dois temos a maior química! Te ligo amanhã. “

Fiquei muito feliz ao ver minha amiga apaixonada. Me deitei e adormeci depressa.

Domingo, papai me acordou bem cedo e fomos visitar minha avó. Passamos o dia inteiro com ela e só voltamos a noite. Manu me ligou e me contou o quanto Henrique era maravilhoso, ele mandou uma mensagem para ela dizendo que os dois deveriam sair sozinhos da próxima vez.

A segunda feira chegou e eu me sentia preparada para enfrentar o mundo. Vesti uma calça jeans e uma blusa azul marinho de mangas longas. Fiz uma maquiagem simples e natural. Desci as escadas correndo e fui tomar meu café da manhã.

– Animada para voltar pra escola abelhinha? – Meu pai perguntou sem tirar seus olhos do jornal que lia.

– Sim, e pai não me chama assim, sou uma moça agora. – disse repreendendo-o com carinho. Dei um beijo em sua bochecha e sai correndo para pegar minha bicicleta.

Adorava voltar à essa rotina de pedalar todo dia para ir à escola, Manu encontrava comigo na esquina e íamos pedalando juntas. Ela falou o caminho todo de Henrique e eu como boa amiga fiquei escutando e dando apoio pra ela. Ela sempre me escutava falando de Carlos há uns três anos já.

Depois de guardamos nossas bicicletas, entramos no colégio juntas e fiquei feliz com os olhares que recebi dos garotos. Pessoas que nunca tinham falado comigo antes me cumprimentavam agora. Conferimos nossos nomes na lista e estávamos na mesma turma esse ano. Que sorte!

Às aulas foram tranquilas, a high school era bem mais avançada e já tinha aprendido todas as matérias que estavam incluídas na grade curricular para esse ano, ia passar com facilidade.

Junior, um dos garotos da minha sala, amigo de Carlos não parava de me olhar. Manu e eu nos entreolhávamos e riamos baixinho.

No intervalo eu fui comprar um lanche e Manu se sentou em nossa mesinha costumeira para me esperar. Demorei um pouco por causa da fila e quando estava voltando Priscila parou bem na minha frente com suas cinco seguidoras mesquinhas.

– Você está se achando não é coisinha?! – Priscila disse com deboche, tentei sair dali mas elas me cercavam.

– O que vocês querem? – perguntei impaciente.

– Você longe do Carlos e de volta ao seu lugar de nerd invisível. – ela respondeu e soube naquele momento que ela estava com ciúmes de mim.

– Se cuidar do que é seu nunca irá perder querida. – disse e sai esbarrando nela. Para minha sorte elas não vieram atrás de mim.

– O que ela queria? – Manu me perguntou assim que me sentei junto a ela na mesa.

– Está com ciúmes de mim e Carlos. – disse com um sorriso vitorioso nos lábios.

– Que demais! – Manu comentou e começamos a lanchar. Voltamos para as últimas aulas e no final do dia fomos embora para casa.

Enquanto tirávamos a trava de nossas bicicletas fui pega completamente de surpresa, Carlos se aproximou e estendeu uma rosa vermelha para mim.

– Uma rosa para a outra, sua linda. – ele disse e comecei a pensar que estava sonhando.

– Obrigada. – agradeci pegando a rosa para mim.

– Estava pensando, agora que sou um homem solteiro, nós poderíamos sair juntos. O que acha? - perguntou e me lançou seu sorriso perfeito.

– Solteiro? Não é o que a Priscila me disse hoje no intervalo. – respondi enrolando para aceitar seu convite.

– Ela é louca. Aceita sair comigo sim ou não? – ele perguntou impaciente. Estava na cara que nunca havia sido rejeitado, eu resolvi ser a primeira a fazer isso para deixa-lo louco por mim (dica de minhas irmãs americanas).

– Desculpe, tenho compromisso nos próximos dias. – eu respondi dando meu sorriso inocente para ele. Subi na bicicleta e fui embora deixando ele sem fala.

Quando já havíamos nos afastado o suficiente dele, Manu me perguntou histérica:

– Você está ficando louca? – ela me perguntou chocada.

– Relaxa, faz parte do meu plano. – respondi e sorri pra ela.

Eu iria deixar Carlos louco por mim e isso faria com que a Priscila ficasse mais louca ainda. Se eles já haviam terminado porque ela se deu ao trabalho de vir me ameaçar afinal?

Sinceramente isso não me importava, meu sonho de infância iria em breve se realizar!


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Notas finais do capítulo

O que acharam?

Deixem seus comentários please.

Bjos