Amor ou amizade? escrita por Manusinha Mayara


Capítulo 2
Capítulo 2: Reencontros


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoal,

estou super inspirada e essa fic promete! kkkkkkk

Espero que gostem!



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Acordei com o sol forte batendo em meu rosto, havia esquecido de fechar as cortinas. Olhei para meu relógio em cima do criado mudo e já eram 11:30 da manhã. Escutei um som leve de música clássica que vinha do andar de baixo e o cheiro de frango sendo assado. Papai havia chegado e estava preparando um almoço especial para mim pelo visto.

Levantei, peguei minha toalha e fui tomar um banho para despertar. Voltei para o meu quarto em seguida, vesti uma calça jeans preta justa, uma camiseta branca e por cima coloquei uma blusa xadrez. Desci as escadas sem fazer barulho, queria surpreende-lo.

Cheguei na cozinha e ele estava no fogão concentrado cozinhando. Andei devagar e o abracei por trás.

– Sentiu muita ou pouca saudade? – perguntei, rindo um pouco do susto que ele levou.

– Quase morri de saudade! – disse virando para me dar um abraço forte.

– Nem recepção eu tive. – disse fazendo beicinho. Meu pai estava avaliando minhas mudanças, eu estava bem diferente.

– Desculpe, ficamos presos no transito. Você está lindíssima meu amor, igual sua mãe. – disse acariciando meus cabelos.

– Obrigada papai. Posso chamar a Manu pro almoço? – Perguntei, enquanto ele voltava a se concentrar nas panelas.

– Claro meu bem. – ele respondeu e eu voltei ao meu quarto para buscar meu celular.

Liguei para Manu e ela topou na hora. Depois de meia hora ela chegou, bem na hora que o almoço ficou pronto. Nos três almoçamos e conversamos bastante. Eles queriam saber tudo o que eu havia visto por lá e eu adorava contar todas as minhas novas histórias.

Depois de comer, nos duas fomos lavar a louça e meu pai saiu para ajudar seu patrão a resolver alguns problemas no escritório.

– Então, você viu o novo Simon? – Manu perguntou debochada e eu não pude deixar de rir.

– Vi, mas não achei tão diferente assim, só deixou de ser magricelo. – respondi e ela riu.

– Carlos que continua perfeito, ele e a Priscila brigam quase todo dia. Não sei porque insistem em ficar juntos.

– Simon me contou, acha que eles vão terminar? – perguntei curiosa.

– Claro, e vocês dois vão ficar juntos e felizes para sempre. – Manu disse e nos duas começamos a rir sem parar.

Terminamos de lavar a louça e subimos para meu quarto. Ela me atualizou de algumas coisas que estavam rolando no colégio, os novos casais que se formaram e quem terminou.

Mostrei para ela minhas roupas novas e ela ficou encantada. Me falou até que estava com uma paixão platônica por um garoto novo, Henrique, ele havia se mudado para cá ano passado, veio da Nova Zelândia e pelo visto todas as garotas estavam babando por ele.

Ficamos o resto do dia juntas, combinamos de nos encontrar no sábado para ir ao cinema. Depois disso ela se despediu, subiu em sua bicicleta e foi embora.

Manu vinha de uma família tão rica quanto a de Carlos, a casa dela era uma mansão como a deles, naquele mesmo condomínio. Ela virou minha única amiga, pois no colégio caro que frequentávamos, ela é uma das poucas garotas que é humilde. Lembro que quando cheguei ao colégio, graças a uma bolsa de estudos conseguida pelo pai de Carlos, como um favor ao meu pai, ninguém quis ser meu amigo.

Fiquei sozinha na maior parte do tempo, Simon era o único que vinha falar comigo as vezes. Manu veio transferida para o nosso colégio e se sentou ao meu lado logo no primeiro dia. Apresentei ela ao colégio e nos tornamos amigas quase que de imediato!

O resto da semana passou bem depressa, meu pai tirou um dia folga e fomos pescar na sexta feira. Tinha até me esquecido de como era divertido passar um tempo só eu e ele.

Minha mãe faleceu quando eu tinha 10 anos, ela sofreu um acidente de carro, um motorista bêbado invadiu a contramão e bateu de frente com o carro dela. Meu pai ficou destruído, ela era a alegria da nossa casa. Sempre sabia o que fazer ou falar para nos animar.

Meu pai quase não me deixou ir para o intercâmbio, ele só aceitou porque sabia que minha mãe queria muito isso para meu futuro.

No sábado à tarde, o pai da Bárbara passou em minha casa e nos levou ao shopping. Estava lotado, era o último fim de semana antes da volta ás aulas. Nos duas fomos em direção ao cinema e demos uma olhada nos filmes em cartaz.

Escolhemos um filme de terror, às outras opções eram animações ou comedias românticas, como não queríamos ficar cercadas de casais apaixonados, só nos restava o terror mesmo.

Entramos na fila e para minha surpresa vimos Carlos junto com Priscila e um grupo de amigos já no caixa comprando os ingressos. Fiquei feliz por estar usando meu vestido jeans curto, ele era lindo e mostrava minhas curvas sem ser vulgar.

Carlos finalmente me avistou, desviei o olhar e fingir não ter visto ele ali. Chegamos ao caixa e compramos o ingresso.

– Ele está te comendo com os olhos, Priscila parece até que vai surtar de raiva! – Manu disse em meu ouvido baixinho. Começamos a rir e continuei a ignorar a presença deles ali.

Fomos em direção a fila para comprar pipoca, pude sentir os olhares parados em mim, ninguém do colégio além da Manu e do Simon havia me visto ainda. Adorei ver os amigos de Carlos quase babando por mim, eles eram os mesmos garotos que me punham apelidos sem graça e me perseguiam no passado.

Enquanto esperávamos a moça pegar a pipoca, senti um toque em meu ombro, me virei e era Carlos. O encarei em choque por um momento, mas consegui me controlar, esse ano eu seria diferente!

– Oi Carlos. – disse com um sorriso educado e frio.

– Fernanda, não sabia que estava de volta.

– Cheguei ontem. – disse e vi por cima de seu ombro Priscila vermelha de raiva.

– Bom, você está diferente, nem parece a pirralha de sempre. – ele disse e deu uma risada sem graça. Não ia aturar ser chamada assim, peguei as pipocas enquanto Manu pegou os refrigerantes.

– Bom te rever. – disse, e lancei meu sorriso mais sedutor e fui embora deixando-o parado lá sozinho.

Caminhamos em direção a nossa sala, onde seria a sessão do filme. Havia uma pequena fila para entrar então paramos por ali.

– Você arrasou! Ele deve estar parado lá até agora pensando em como você mudou! – Manu disse animada.

– Te disse que esse ano seria diferente, queria que ele não fosse tão perfeito, quase voei em seus braços para abraçar, tive que me controlar. – desabafei e começamos a rir.

– Oi meninas. – ouvimos uma voz familiar e viramo-nos para olhar. Era Simon, ele estava muito cheiroso, vestia uma calça jeans e uma camisa do Kiss. Ao seu lado estava um garoto bonito, era loiro e tinha olhos azuis perfeitos.

– Oi – dissemos ao mesmo tempo, olhei para Manu e ela estava vermelha que nem um pimentão.

– Fernanda esse é o Henrique, Henrique essa é a Fernanda. Ela acaba de chegar dos EUA, é da nossa escola. – Simon nos apresentou. Henrique estendeu sua mão e eu a segurei educadamente.

– É um prazer te conhecer. – disse educada.

– O prazer é meu. Oi Manu, tudo bem? – Henrique perguntou olhando para minha amiga. Ela tinha travado, ficou olhando pro rosto dele com a boca aberta tentando pensar no que falar. Henrique e Simon se entreolharam e eu dei um murro nas costas da Manu. Ela voltou a si e disse:

– Tudo sim, vocês vão assistir esse filme também? – Manu perguntou puxando assunto.

– Sim, podemos nos sentar juntos se quiserem. – Sugeriu Simon. Manu ficou vermelha que nem um pimentão, resolvi socorre-la e responder.

– Claro, vai ser legal. – eu concordei e Manu me olhou agradecida. Essa seria a chance dela ficar lado a lado com sua paixão no escurinho do cinema ainda.

– Guardem meu lugar na fila, vou pegar uns chocolates pra gente. – Simon disse e percebi que essa era minha oportunidade de falar com ele a respeito desses pombinhos.

– Vou com você. – disse entregando as pipocas para Manu segurar. Quando eu e Simon chegamos a lanchonete eu falei:

– Simon, a Manu é doida com seu amigo. – disse olhando pra ele.

– Eu sei, e ele também sabe. – disse e deu uma risadinha. Fiquei surpresa.

– Como? – perguntei curiosa, se meninos pudessem ler pensamentos, minha estratégia com Carlos nunca iria funcionar.

– Ela fica nervosa só de ele dizer oi, fica olhando ele em todas as aulas, na educação física quase baba. – disse me encarando. Nossa, tinha que dar dicas urgentes para ela de como disfarçar suas intenções.

– Entendi, e o que ele acha dela? – perguntei curiosa, tinha que ajudar minha amiga.

– Ele curtiu ela bastante, gosta das tímidas, e a Manu é muito legal. - Simon disse e deu um sorriso tímido. Será que ele tinha seu interesse nela também? – fiquei pensando.

– Vamos ajudar? – disse enquanto já voltávamos para fila com os chocolates.

– Claro. – ele respondeu. A medida que nos aproximávamos vi que Manu e Henrique estavam conversando e rindo muito. Definitivamente esse era um bom sinal.

Entramos na sala e Simon cumpriu o prometido, Henrique sentou-se na ponta, Simon deixou a cadeira ao lado vazia e se sentou na seguinte. Percebi que Manu ia passar direto, então a empurrei para cadeira ao lado do Henrique. Ela me olhou constrangida, mas não disse nada. Eu me sentei ao lado de Simon.

Esse ano nos duas seriamos felizes no amor, eu mesma iria garantir isso. As luzes se apagaram e o filme começou.


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Notas finais do capítulo

Vários gatinhos a vista!

Obrigado por lerem.

Beijos